Produzir leite sem estar gestante pode acontecer. Se não estiver grávida ou amamentando e apresentar galactorreia (secreção mamária de leite), é fundamental que se faça a dosagem do hormônio denominado prolactina. O normal é a mulher ter este hormônio entre 3ng/ml e 23 ng/ml. Show A hiperprolactinemia nada mais é do que o excesso de produção de prolactina (o hormônio responsável pela produção de leite), podendo haver secreção ou não de leite. A causa deste distúrbio geralmente é um tumor benigno na hipófise (uma pequena glândula alojada no cérebro) que pode ser eliminado através de remédios com o acompanhamento de um profissional. O tumor pode ser menor que um centímetro e receber o nome de microprolactinoma ou maior que um centímetro, sendo chamado de macroprolactinoma. No mais, apontamos outras causas para a hiperprolactinemia, como: as fisiológicas; estresse e sono – o hormônio prolactina sofre alterações ao longo do dia, aumentando durante o sono e enquanto se pratica exercícios – traumas no tórax e farmacológicas. São muitos os medicamentos responsáveis pelo aumento da prolactina como alguns antidepressivos, por exemplo. Os principais sintomas são: atraso menstrual, podendo chegar a amenorreia (ausência da menstruação), infertilidade e diminuição da libido. Não somente das citadas acima, mas, diante destas manifestações, também é importante fazer o teste de dosagem hormonal. O tratamento tem o objetivo de regularizar, com medicamento, os níveis de prolactina ou, no caso de prolactinomas, estabilizar ou diminuir o tamanho do tumor. Caso a mulher fique grávida neste período, é necessário que a administração dos remédios seja suspensa e o médico seja consultado imediatamente para que veja qual atitude tomar. A amamentação natural, aquela que resulta da gestação, pode ser contra indicada ou não. Que vai dizer isso é o profissional da saúde. É válido informar que os homens estão sujeitos a este problema e neles as consequências podem ser muito mais graves, pois a hiperprolactinemia causa severos transtornos por entrar em choque com a produção de testosterona. Dr. Thomas Moscovitz – Doutor pela Faculdade de Medicina da USP. Especialista em: Ginecologia – Obstetrícia – Videolaparoscopia – Videohisteroscopia. Assistente Voluntário do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Médico Ginecologista na Granmedic. Dr. Thomas Moscovitz escreve às segundas-feiras aqui no Universo Jatobá. Insira aqui o seu email para receber gratuitamente as atualizações do Universo Jatobá! Quero receber! Quero receber! Marcela e Melanie amamentam os filhos gêmeos A lactação induzida é permitir que uma pessoa que não gestou comece a produzir leite. A lactação induzida pode ser feita, por exemplo, em casos de um casal de duas mulheres onde apenas uma gestou e a outra não, no caso de adoção e também nos casos de barriga solidária. No caso das adoções, a consultora de amamentação, Kely Carvalho, é mais difícil pois não dá para precisar qual a idade do bebê e quando ele vai chegar. “Isso acontece com mais facilidade em países como nos EUA onde acontece a adoção direta”, explica a consultora, especialista em lactação induzida que já atendeu mais de 40 pessoas nessa situação. Ela explica que a lactação induzida acontece após os profissionais de saúde seguirem um protocolo que inclui uso de medicação, estimulo por bomba para fazer ordenha e, é claro, muito planejamento e iniciar os protocolos pelo menos seis meses antes do bebê chegar. Mas, esse prazo não é definitivo, ou seja, dá para fazer em outros momentos. “A consultora de amamentação que trabalha com lactação induzida precisa trabalhar em conjunto com um médico pois é ele quem vai prescrever as medicações para ‘simular’ uma gestação. Os medicamentos são baratos e o mais caro é adquirir a bomba”, explica. Kely comenta que a sua primeira paciente foi a escritora Marcela Tiboni que é casada com Melanie Graille, que engravidou de gêmeos. As duas mães tinham a intenção de amamentar e dividir as noites em claro e, é claro, o prazer de amamentar e cuidar igualitariamente dos bebês. As duas amamentaram os gêmeos até completarem dois anos e a experiência da maternidade homoafetiva rendeu o livro “Mama: relato de uma maternidade homoafetiva”, onde conta desde o planejamento para engravidar até os preconceitos e desafios que enfrentaram. LACTAÇÃO INDUZIDA NÃO É AMAMENTAÇÃO CRUZADA Em entrevista ao Mães de Peito, ela explica que um bebê mamar nas duas mães não é amamentação cruzada. “A amamentação cruzada é quando a mãe amamenta o bebê de outra mulher. Nesse caso, as duas são mães”, orienta. Kely diz que tem mulheres que vão amamentar exclusivos e outras vão precisar complementar. “Cada gota importa”, afirma. Confira a entrevista completa no nosso canal no Youtube: É possível produzir leite sem ter filho?A lactação induzida é um processo para gerar leite humano em pessoas que não estejam gestando - como casais homoafetivos, mulheres trans e mães que vão adotar. A jornalista Ana Fritsch, 44 anos, se encaixa nesse último grupo.
Porque estou produzindo leite sem estar grávida?A hiperprolactinemia se caracteriza por níveis elevados de Prolactina, hormônio produzido pela hipófise (uma glândula localizada na base do cérebro) e responsável por estimular a lactação. Esta é a alteração mais comum desta glândula e predomina em mulheres.
O que faz a mulher ter leite?“Fábrica” de leite
Depois que o bebê nasce e tenta mamar, outros dois hormônios continuam agindo: a prolactina e ocitocina. Quando o hormônio prolactina é liberado no organismo, é como um comando que ativa a produção do leite nos alvéolos mamários, células no interior dos seios.
|