No cerne de relações sociais, moldadas pelas lutas, Max Weber percebe de fato a dominação, dominação esta, assentada em uma verdadeira constelação de interesses, monopólios econômicos, dominação estabelecida na autoridade, ou seja o poder de dar ordens, por isso ele acrescenta a cada tipo de atividade tradicional, afetiva ou racional um tipo de dominação particular.Weber definiu as dominações como a oportunidade de encontrar uma pessoa determinada pronta a obedecer a uma ordem de conteúdo determinado. Show
Dominação Legal (onde qualquer direito pode ser criado e modificado através de um estatuto sancionado corretamente), tendo a “burocracia” como sendo o tipo mais puro desta dominação. Os princípios fundamentais da burocracia, segundo o autor são a Hierarquia Funcional, a Administração baseada em Documentos, a Demanda pela Aprendizagem Profissional, as Atribuições são oficializadas e há uma Exigência de todo o Rendimento do Profissional. A obediência se presta não à pessoa, em virtude de direito próprio, mas à regra, que se conhece competente para designar a quem e em que extensão se há de obedecer. Weber classifica este tipo de dominação como sendo estável, uma vez que é baseada em normas que, como foi dito anteriormente, são criadas e modificadas através de um estatuto sancionado corretamente. Ou seja, o poder de autoridade é legalmente assegurado. Dominação Tradicional (onde a autoridade é, pura e simplesmente, suportada pela existência de uma fidelidade tradicional); o governante é o patriarca ou senhor, os dominados são os súditos e o funcionário é o servidor. O patriarcalismo é o tipo mais puro desta dominação. Presta-se obediência à pessoa por respeito, em virtude da tradição de uma dignidade pessoal que se julga sagrada. Todo o comando se prende intrinsecamente a normas tradicionais (não legais) ao meu ver seria um tipo de “lei moral”. A criação de um novo direito é, em princípio, impossível, em virtude das normas oriundas da tradição. Também é classificado, por Weber, como sendo uma dominação estável, devido à solidez e estabilidade do meio social, que se acha sob a dependência direta e imediata do aprofundamento da tradição na consciência coletiva. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Dominação Carismática (onde a autoridade é suportada, graças a uma devoção afetiva por parte dos dominados). Ela assenta sobre as “crenças” transmitidas por profetas, sobre o “reconhecimento” que pessoalmente alcançam os heróis e os demagogos, durante as guerras e revoluções, nas ruas e nas tribunas, convertendo a fé e o reconhecimento em deveres invioláveis que lhes são devidos pelos governados. A obediência a uma pessoa se dá devido às suas qualidades pessoais. Não apresenta nenhum procedimento ordenado para a nomeação e substituição. Não há carreiras e não é requerida formação profissional por parte do “portador” do carisma e de seus ajudantes. Weber coloca que a forma mais pura de dominação carismática é o caráter autoritário e imperativo. Contudo, Weber classifica a Dominação Carismática como sendo instável, pois nada há que assegure a perpetuidade da devoção afetiva ao dominador, por parte dos dominados. Max Weber observa que o poder racional ou legal cria em suas manifestações de legitimidade a noção de competência, o poder tradicional a de privilégio e o carismático dilata a legitimação até onde alcance a missão do “chefe”, na medida de seus atributos carismáticos pessoais. Referências: WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. Ed. Guanabara: Rio de Janeiro, 1981. COSTA, Cristina. “Sociologia alemã: a contribuição de Max Weber”, in: Sociologia – Introdução à ciência da sociedade. (2a ed). São Paulo: Moderna, 2001 (pp. 70-77). FERREIRA, Delson. Manual de sociologia: dos clássicos à sociedade da Informação. São Paulo: Atlas, 2001. Bianca Wild. O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. O Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor. Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: http://www.brasilescola.com. Metalinguagem é uma das funções da linguagem e está relacionada a mensagens que deixam em evidência a própria linguagem utilizada na comunicação. Desse modo, é identificada em textos verbais e não verbais que se voltam para si mesmos, como um filme que fala de cinema. Fenômeno diferente da intertextualidade, que se configura no diálogo entre dois ou mais textos. Leia também: Função conativa: ênfase no destinatário com pretensão de persuadi-lo Tópicos deste artigo
A linguagem é utilizada para a comunicação. Por meio dela, enviamos mensagens. Há diversos tipos de linguagem, como a cinematográfica, a literária, a poética, entre outras. Assim, a metalinguagem é considerada uma das funções da linguagem. Pode ser entendida como uma mensagem que evidencia a própria linguagem utilizada nela. Por exemplo, um romance que fala sobre literatura, um filme cuja temática é o cinema, um poema que fala de poesia etc. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) A metalinguagem na literatura é bastante comum, principalmente na poesia, como podemos ver no soneto “A um poeta”, do escritor parnasiano Olavo Bilac (1865-1918). Nesse caso, o tema do poema é o próprio fazer poético: Longe do estéril turbilhão da rua, Mas que na força se disfarce o emprego Não se mostre na fábrica o suplício Porque a Beleza, gêmea da Verdade, Leia também: Função referencial – função da linguagem que comunica de forma objetiva Na pintura As meninas, do pintor espanhol Diego Velázquez (1599-1660), é possível observar a presença de um pintor (o próprio Velázquez), com o pincel e a paleta nas mãos. Assim, a pintura evidencia o próprio ato de pintar. No trecho da letra de música “Esta canção”, composta por Lulu Santos, a metalinguagem se mostra quando o eu lírico se refere à própria canção que está sendo cantada: Eu lhe fiz esta canção Na procura insana [...] Cartaz do filme “Cinema Paradiso”.[1]O filme Cinema Paradiso, uma produção franco-italiana de 1988, de Giuseppe Tornatore, foi vencedor do Oscar e conta a história de Totó, um menino que descobre a magia do cinema por meio de seu grande amigo, o projecionista Alfredo. Nesse anúncio publicitário, referente ao Encontro Nacional de Pesquisadores em Publicidade e Propaganda, é evidenciada a metalinguagem quando o texto menciona a publicidade. Veja este trecho do capítulo introdutório da quarta edição da Gramática descritiva do português, de Mário A. Perini, publicada pela editora Ática, em 2002|1|:
Ainda, a metalinguagem nas gramáticas vai além de uma menção a elas no próprio livro de gramática. Então, quando uma gramática usa uma oração para definir o que é oração, um verbo para conceituar verbo etc., está sendo utilizada a função metalinguística. É possível verificar isso nesta oração, retirada da nona edição da Gramática contemporânea da língua portuguesa, de José de Nicola e Ulisses Infante, publicada pela editora Scipione, em 1992|2|: “A oração é caracterizada pela presença de um verbo”. Assim, o verbo que faz dessa frase também uma oração é o verbo “ser”. Leia também: Função emotiva – função da linguagem que mantém o foco no emissor Diferenças entre metalinguagem e intertextualidadePara simplificar, vamos dizer apenas que metalinguagem é quando um texto faz referência a si mesmo, isto é, um texto que fala do próprio texto. Já a intertextualidade é um diálogo de um texto com um ou mais textos, sejam eles verbais, sejam não verbais. Dessa forma, podemos ver a intertextualidade na letra de música “Língua”, de Caetano Veloso: Gosto de sentir minha língua roçar [...] Flor do Lácio Sambódromo Percebemos que o texto acima dialoga com Camões e Noel Rosa, e cita Fernando Pessoa — “Minha pátria é minha língua” —, em referência à sua obra Livro do desassossego, em que escreve: “Minha pátria é a língua portuguesa”. Também dialoga com Olavo Bilac, cujo poema “Língua portuguesa” se inicia com o verso: “Última flor do Lácio, inculta e bela”. Questão 1 - (Enem) Expressões idiomáticas Expressões idiomáticas ou idiomatismo são expressões que se caracterizam por não identificar seu significado através de suas palavras individuais ou no sentido literal. Não é possível traduzi-las em outra língua e se originam de gírias e culturas de cada região. Nas diversas regiões do país, há várias expressões idiomáticas que integram os chamados dialetos. Disponível em: brasilescola.uol.com.br. (adaptado). O texto esclarece o leitor sobre as expressões idiomáticas, utilizando-se de um recurso metalinguístico que se caracteriza por A) influenciar o leitor sobre atitudes a serem tomadas em relação ao preconceito contra os falantes que utilizam expressões idiomáticas. B) externar atitudes preconceituosas em relação às classes menos favorecidas que utilizam expressões idiomáticas. C) divulgar as várias expressões idiomáticas existentes e controlar a atenção do interlocutor, ativando o canal de comunicação entre ambos. D) definir o que são expressões idiomáticas e como elas fazem parte do cotidiano do falante pertencente a grupos regionais diferentes. E) preocupar-se em elaborar esteticamente os sentidos das expressões idiomáticas existentes em regiões distintas. Resolução Alternativa D. Ao definir as expressões idiomáticas, o texto utiliza a língua (portuguesa) para expor características relacionadas a ela. Assim, temos um idioma sendo utilizado para fazer referência a expressões dele. Questão 2 - (Enem) Não tem tradução […] Lá no morro, se eu fizer uma falseta […] Essa gente hoje em dia que tem mania de exibição ROSA, N. In: SOBRAL, João J. V. A tradução dos bambas. Revista Língua Portuguesa, ano 4, n. 54. São Paulo: Segmento, abr. 2010 (fragmento). As canções de Noel Rosa, compositor brasileiro de Vila Isabel, apesar de revelarem uma aguçada preocupação do artista com seu tempo e com as mudanças político-culturais no Brasil, no início dos anos 1920, ainda são modernas. Nesse fragmento do samba “Não tem tradução”, por meio do recurso da metalinguagem, o poeta propõe A) incorporar novos costumes de origem francesa e americana, com vocábulos estrangeiros. B) respeitar e preservar o português padrão como forma de fortalecimento do idioma do Brasil. C) valorizar a fala popular brasileira como patrimônio linguístico e forma legítima de identidade nacional. D) mudar os valores sociais vigentes à época, com o advento do novo e quente ritmo da música popular brasileira. E) ironizar a malandragem carioca, aculturada pela invasão de valores étnicos de sociedades mais desenvolvidas. Resolução Alternativa C. A letra de música de Noel Rosa é um samba que fala de samba, e afirma que esse gênero de texto não tem tradução. Desse modo, há uma valorização da fala popular brasileira como patrimônio linguístico e forma legítima de identidade nacional. Crédito de imagem [1] Kathy Hutchins / Shutterstock Por Warley Souza O que é educação resumo pequeno?Educação é uma prática social que visa ao desenvolvimento do ser humano, de suas potencialidades, habilidades e competências. A educação, portanto, não se restringe à escola. A educação é um direito de todos e visa ao pleno desenvolvimento humano por meio do processo de ensino-aprendizagem.
Qual é a tese defendida pelo autor do artigo como uma resposta a essa questão controversa?02) Qual é a tese defendida pelo autor do artigo como uma resposta a essa questão controversa?(A) O autor aponta a educação como caminho. Mas. segundo ele, a aprendizagem não deve ser o ponto de. partida rumo à realização e sucesso numa sociedade.
O que você imagina o que vai ser discutido no artigo de opinião a seguir?O que você imagina que vai ser discutido no artigo de opinião a seguir? Resposta: Será discutido sobre o futuro da educação, onde irá haver questionamentos sobre o melhor caminho para o futuro. Espero ter ajudado! Boas atividades.
O que você achou desse conceito aplicado a sala de aula em sua escola as relações de aprendizagem são internacionais explique?c) O que você achou desse conceito aplicado à sala de aula? Em sua escola, as relações de aprendizagem são interacionistas? Explique. Essa concepção de educação consegue prender o interesse do aluno, visto que ele visualiza a aplicação prática dos seus conhecimentos prévio e dos novos adquiridos nas escolas.
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