A primeira pergunta que nos ocorre quando refletimos sobre as perspetivas futuras para a escola portuguesa é que escolas merecem as crianças e os jovens? Show É nossa convicção que toda a Educação é sempre virada para o futuro e contém uma certa conceção dos seres que viverão este amanhã e que a Escola desempenha um papel insubstituível na preparação e formação de cidadãos capazes de enfrentar mudanças da sociedade. A ser assim, duas interrogações emergem – Para que futuro devemos educar? Conseguirá a Escola antever as competências que serão fundamentais para um futuro onde imperará, por certo, o desconhecido, o imprevisível, a volatilidade, a incerteza, a complexidade e a ambiguidade? Com a globalização e automação, assistimos a que tudo o que pode ser automatizado tem sido automatizado. Nos tempos mais recentes, máquinas e algoritmos têm realizado mais funções do que o ser humano. Há estudos que apontam que esta tendência predominará no futuro. Uma nova realidade tecnológica da digitalização e, quem sabe, outras transformações estão ainda para chegar. Ora, se quisermos acompanhar esta tendência, parece-nos, salvo melhor opinião, que as competências-chave para o futuro serão aquelas que as máquinas não conseguem realizar. Assim, a escola do futuro não deve ter a excelência como pilar fundamental, mas antes e intencionalmente, o desenvolvimento global dos seus alunos. A sociedade de hoje em constante mudança exige não só conhecimento, mas também habilidades e competências para além do conhecimento. A necessidade de adaptação é rápida e constante. A Escola, ontem, tinha a missão de desenvolver saberes para um mundo conhecido. Hoje, a Escola, para construir autonomia para o futuro, para um mundo desconhecido, deve colocar as “aprendizagens no centro da vida escolar” [Matias Alves (2022)], assente em quatro pilares fundamentais: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser, aprender a conviver. O foco da Escola passa a ser a renovação constante das competências do aluno para a vida, como um todo. Queremos educar uma nova geração de pensadores e criadores. Neste sentido, a Escola deve desenvolver duas dimensões – uma, de natureza ecológica, ambiental e climática; outra, de natureza educacional, que promova uma visão participativa dos alunos e os prepare para obterem competências-chave como: comunicação (partilhar conhecimento, questões, ideias e soluções); colaboração (trabalhar em equipa para alcançar os objetivos, através de talento, experiência e inteligência); pensamento crítico (procurar situações/problemas e idealizar/propor soluções, ligando as aprendizagens aos assuntos/temas e às disciplinas); criatividade (experimentar novas abordagens para fazer coisas inovadoras e inventivas), curiosidade, adaptabilidade, literacia no uso e acesso à informação, investigação e pesquisa, literacia mediática, cidadania digital, operações e conceitos em TIC, flexibilidade, auto-orientação, produtividade, liderança e responsabilidade. Mas, no atual contexto de incertezas de um Mundo em transformação, precisamos de escolas que sejam também, e muito, um lugar de Felicidade, onde existam espaços e tempos de Sentir & Saber (Damásio, 2020) e onde se tenha presente que, para se aprender, é de todo necessário Emoção e Afetividade. A escola do futuro que começa já hoje deve fomentar uma cultura servidora, ativa, colaborativa, inovadora. Como desafios-compromissos estratégicos de intervenção/ação imediata que se colocam à Escola, destacamos, salvo melhor opinião, os seguintes:
À política educativa também se colocam vários desafios-compromissos estratégicos para que a escola do futuro que começa já hoje possa ter maior impacto. Destacamos, entre outros, os seguintes:
Por último, pode pensar-se que algumas das ações aqui referidas são uma utopia. No entanto, importa reter que há muitas escolas em Portugal que já estão hoje a iluminar e bem o futuro, pelas suas dinâmicas transformacionais sustentadas na qualidade do trabalho organizacional e pedagógico, fruto da ação das lideranças das suas direções, das lideranças de gestão intermédia e ainda, e muito, pela competente, dedicada e afetiva ação dos seus docentes, que produz um impacto forte e duradouro na vida dos alunos. O autor escreve segundo o novo acordo ortográfico Que escola e a escola do século XXI?O que é a escola do século XXI e qual a sua importância? Um sistema escolar que utiliza a tecnologia como instrumento complementar de ensino permite que o aprendizado do aluno seja mais frutífero e eficaz.
Como e a educação do século XXI?Na educação do século XXI, o conhecimento está fora da redoma. Eis o grande desafio dos professores e escolas dos novos tempos: assimilar as transformações; criar métodos para atrair a atenção dos estudantes; e agregar conhecimento a eles, oferecendo algo além do que eles poderiam obter na internet.
Qual e o papel da escola no século 21?A proposta da UNESCO continua muito atual. Educar, no século XXI, está ligado a formar pessoas capazes de aprender a conhecer, a conviver, a fazer, a ser. “Educar, no século XXI, está ligado a formar pessoas capazes de aprender a conhecer, a conviver, a fazer, a ser”.
Qual a importância da educação para a sociedade do século XXI?A educação no século XXI busca defender a formação profissional contínua construindo uma ação pedagógica mais consciente e transformadora, construindo para a formação da cidadania. Historicamente o Brasil se atrasou se atrasou na implantação de uma rede nacional de ensino.
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