O presente artigo tem como objetivo discutir a influ�ncia da m�dia na autoimagem corporal dos adolescentes, trazendo a discuss�o da m�dia e como a mesma influencia os adolescentes atrav�s dos diferentes ve�culos, recursos e t�cnicas de informa��es como jornais, revistas, r�dio, cinema, outdoor, p�gina impressa, propaganda, bal�o infl�vel e an�ncios em site da internet. Unitermos : Educa��o F�sica. Adolescentes. Imagem corporal. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, A�o 19, N� 195, Agosto de 2014. http://www.efdeportes.com
1. Introdu��o Esse presente artigo � fruto de estudo realizado no curso de Licenciatura em Educa��o F�sica do Departamento de Ci�ncias Humanas da Universidade do Estado da Bahia, Campus IV. As discuss�es desse artigo voltam-se para a influ�ncia da m�dia e suas implica��es com a autoimagem do adolescente. Essa revis�o bibliogr�fica tem como p�blico alvo adolescentes que atrav�s das imposi��es da m�dia tem voltado uma grande aten��o para o corpo fazendo do mesmo instrumento de culto. Segundo Suplicy et al. (1995) o corpo do adolescente � uma casa em edifica��o, boa parte dos c�modos est�o prontos e outros ainda por terminar e essa edifica��o vai ser determinadas de formas variadas segundo a hist�ria de cada um, as experi�ncias, perdas e conquistas. Desta forma, entende-se que a situa��o problema deste trabalho relaciona-se com a influ�ncia da m�dia e suas implica��es com a imagem corporal de adolescentes. Deste modo, entende-se que a relev�ncia deste artigo trazer contribui��es significativas diretamente para os adolescentes que ter�o acesso a esse material como fonte de conhecimento e informa��es perante a busca desesperada e �s vezes desnecess�ria pela est�tica, cultuando o pr�prio corpo realizando at� loucuras para se manter nos padr�es midi�ticos. 2. Influ�ncia da m�dia na autoimagem Por vivemos na era da informatiza��o, somos diariamente bombardeados por milhares de imagens, express�es e sons produzidos pelas m�dias. A m�dia est� em toda parte. Outdoor, r�dio, jornal, videocassete, revista, TV aberta e por assinatura, internet, CD-ROM (BETTI, 1991 p.1). Segundo Betti (1991), ligado cada vez mais ao cotidiano, por meio do seu discurso apoiado em uma linguagem audiovisual que relaciona-se com os sons, as imagens e as palavras, os ve�culos de informa��es �m�dia� nos conduzem a informa��es, ludibriam o nosso imagin�rio e arquitetam uma interpreta��o do mundo. Com isso, � preciso considerar que muitas dessas informa��es possuem apenas a forma do espet�culo e do entretenimento, longe de inquieta��es educativas formais, visando apenas interesses econ�micos. O que as m�dias propiciam, � um grande mosaico sem estrutura l�gica aparente, combinado de informa��es incoerentes, em geral descontextualizadas e recebidas por cada ser, n�o instaurando, portanto um verdadeiro processo de comunica��o. Al�m da falta do apoio social para lidar com as transforma��es adolescentes, os jovens deparam-se com os modelos de beleza e com a extrema valoriza��o da apar�ncia que est� ligada aos ve�culos de comunica��o. Como afirma Kehl (2001), a acuidade com que os ve�culos de comunica��o informa��o atingem as culturas � mais intensa que a capacidade de entendimento das pessoas, fazendo com que o que se v� seja incorporado sem ser simbolizado. Nova tend�ncia de redirecionamento da cultura corporal de movimento foi apontada como o �confundimento� ou �entrela�amento� entre os modelos de est�tica corporal e o modelo do fitness (sa�de/aptid�o f�sica), promovido pelas m�dias (BETTI, 2004 p.2). Essas tend�ncias podem leva a um questionamento da tradi��o da Educa��o F�sica. Nessas falas, as gin�sticas e o exerc�cio f�sico n�o s�o relacionados � sa�de ou bem estar, mas sim se direcionam a um modelo est�tico de magreza corporal. Todavia, para o esculpimento desse corpo n�o basta mais somente o exerc�cio a malha��o, gin�stica nem mesmo as restritivas dieta. Obriga tamb�m a interven��o cir�rgica lipoaspira��o, cirurgia pl�stica, pr�teses de silicone. Na atualidade o mercado de comercio do corpo est� em desenvolvimento. Novos ambientes e estrat�gias de oferecimento da muscula��o, dan�a, exerc�cios terap�uticos, artes marciais, aer�bica e outras condutas modificam o tradicional sistema de clubes. Essa n�o � apenas uma novidade no n�vel econ�mico e organizacional, mas representa altera��es substantiva na cultura do corpo e do movimento contempor�nea para Eicheberg (1995). As pr�prias especialidades das m�dias traduzem-se em superficialidade. Como lembra (SANTAELLA 1996, p.36) a cultura das m�dias � a cultura do ef�mero, do breve, do descont�nuo; � a cultura �dos eventos em oposi��es aos processos�. Somando-se a esses fatos a cultura das m�dias caracteriza-se tamb�m pela influ�ncia m�tua entre elas, e a mesma not�cia passa de uma m�dia a outra, admitindo an�lises mais aprofundadas nas revistas semanais e no jornalismo investigativo da TV por assinatura. A preval�ncia dos interesses econ�micos, a l�gica das m�dias, em �ltima inst�ncia, busca atender sempre aos interesses econ�micos, entronando na nos programas televisivos os altos �ndices de audi�ncia, e criando assim um c�rculo vicioso, os produtores imaginam que o telespectador que � visto como homog�neo quer, e s� lhe oferecem isso, portanto, n�o podem imaginar se o p�blico anseia outra coisa. Novidades constantemente aparecem, mas sempre sobre os mesmos temas e sob as mesmas formas. Diante do apresentado Betti (2001) discorda da coloca��o acima e afirma, que o valorizar da forma em rela��o ao conte�do � um atributo marcante que a m�dia televisiva imp�e. Isso ocorre de um discurso televisivo de fazer uso privilegiado da linguagem audiovisual, fazendo analogia entre imagem, som e palavra. As ideias das m�dias, em �ltima inst�ncia, visam os interesses econ�micos, em torno da televis�o. Os �ndices de audi�ncia v�m criando um c�rculo vicioso onde os produtores pressup�em o que o p�blico quer assistir, ouvir e lhe oferecem apenas isso, portanto, n�o dando oportunidade de saber se deseja outra coisa. Em nossa sociedade, a uma grande supervaloriza��o da imagem corporal, e esse culto ao corpo, que � vendido como objeto de consumo, onde, mais importante � ter medidas perfeitas, considerando-se o padr�o de magreza para as meninas e o ganho de massa para os meninos como ideal. Assim, os adolescentes, que naturalmente est�o mudando porque a fase os leva a mudar s�o colocados � frente de modelos midi�ticos com uma grande impossibilidade de corresponder a estes ve�culos. Para Fisher (2000), as influ�ncias est�o al�m de um simples local b�sico de lazer, tratando-se de um lugar altamente poderoso no que se diz respeito � produ��o e � circula��o de uma s�rie de valores, concep��es, aspectos que se relacionam e com a pr�tica cotidiana sobre quem n�s somos, o que devemos fazer com o nosso corpo, entre outros. Para a mesma autora, os aparelhos televisivos, em especial, comungam diretamente na forma��o dos adolescentes, sugerindo, estimulando e delineando algumas formas de exist�ncia em grupos ou da semelhan�a consigo mesmo e com o outro. De acordo com Adams (1977), percebe-se que o mundo social, claramente, discrimina os indiv�duos n�o atraentes, numa s�rie de situa��es cotidianas importantes. Pessoas julgadas pelos padr�es vigentes como atraentes s�o tratadas socialmente muito bem � como funciona como uma esp�cie de aceita��o social, assim, indiv�duos tidos como n�o atraentes, est�o mais prop�cios a encontrar ambientes sociais com um modelo rejeitador e que desencorajam os a estarem em um conv�vio social igualit�rio. Segundo Serra & Santos (2003), os ve�culos midi�ticos veiculam ou produzem not�cias, reprodu��es e expectativas nos indiv�duos com propagandas, informa��es e notici�rio em que de um lado incitam ao consumo de produtos que direcionados ao emagrecimento. O corpo � um local de luta constante que abrange v�rios saberes, pr�ticas e imagin�rio social. Para o Instituto de Nutri��o Annes Dias (2004), refletindo com o exposto a refer�ncia ao corpo est� diretamente ligado � imagem de dom�nio, beleza e mobilidade social, sendo alta e constante a insatisfa��o dos jovens com a pr�pria apar�ncia. O estilo de vida baseado nos avan�os tecnol�gicos est� colaborando para a redu��o dos n�veis de atividade f�sicas laborais e de lazer, acontecimento ligado com o alto consumo de alimentos hipercal�ricos, os padr�es de beleza exigem perfis antropom�tricos cada vez mais magros. Na contemporaneidade, a sociedade tem sido qualificada por uma cultura que visa o estere�tipo como uma forma de identidade. Por meio dos ve�culos de m�dia, que conduz propagandas com imagens de corpos irreais, direcionando suas aten��es principalmente para os adolescentes, come�a a existir uma busca por uma figura aparentemente perfeita, o que induz as pessoas a se distanciarem cada vez mais do seu corpo real. Sob essa apar�ncia, os adolescentes passam a acreditar que, para ser aceito no meio social, � preciso que a sua autoimagem corporal esteja de acordo com os padr�es estabelecidos socialmente, que tende a produzir uma insatisfa��o com o seu corpo, al�m de ocasionar mudan�as na percep��o da imagem corporal. Para Andrade; Bosi, (2003); Conti; Frutuoso; Gambardella (2005). Diante do apresentado, torna-se presente a apreens�o com o peso e a apar�ncia. Bem prov�vel que na mocidade ainda n�o exista aceita��o da apar�ncia f�sica, o que, de acordo com Sisto e Martinelli (2004), pode ocasionar em baixa autoestima e comprometimento do autoconceito. A identifica��o se organiza atrav�s de identifica��es, inicialmente com os pais, professores e �dolos, mas depois com o "grupo de iguais" que se constitui sem um importante modelo de identifica��o (TIBA 1986, p.2). Pois, � em seu grupo social que o p�bere compartilha seus anseios e desejos e troca experi�ncias. Por falarem e perpetrarem coisas comuns, s�o reconhecidos por suas roupas, atitudes e dialetos utilizados. Na turma, os adolescentes s�o uniformemente originais. Segundo Maldonado (2003) a falta de respeito ao corpo feminino e a tentativa de reduzi-lo a objeto de consumo s�o flagrantes nos dias de hoje. Os ve�culos de informa��o e comunica��o, em especial as revistas chamadas femininas repetem um padr�o de beleza corporal � estrema exaust�o, procurando de certa forma persuadir a mulher de que � fundamental iguala-se as modelo para serem aceita socialmente. Com isso � utilizada a descri��o de fatores econ�micos e sociais que entusiasmam este modelo corporal al�m das t�ticas utilizadas por dois ve�culos de m�dia como: impressa, revistas. � despeito de tantos perigos que circundam as m�dias no mundo na sociedade contempor�neo, a Educa��o F�sica na escola est� na privilegiada posi��o de poder proporcionar aos estudantes a oportunidade de contrastar a viv�ncia das pr�ticas da cultura corporal de movimento, enquanto experimento verdadeiramente vivida Belbenoit (1976), com a experi�ncia de visualizar, ler e ouvir enquanto consumidor das m�dias. Para (BETTI 2002, p.1), E tudo isso adaptado �s caracter�sticas de cada m�dia, preservando a forma espetacular que atrai o leitor, o ouvinte, o telespectador. 3. Implica��es para a sa�de dos adolescentes A influ�ncia da m�dia na forma��o de novos h�bitos alimentares; contribui para iludir e ludibriar a mente dos adolescentes que atrav�s de computadores, r�dios e televis�o copiam um estere�tipo formado por esses ve�culos de informa��o para se tornarem ou se aproximarem daquele corpo bem esculpido e desenhado.
Para Stice (2002), existem fontes que afirmam e d�o suporte de que os ve�culos de informa��o �m�dia�� desenvolvem dist�rbios da imagem corporal e alimentar de jovens. An�lises t�m colocado que modelos, atrizes e outros �cones femininos que est�o em constante evidencia, v�m se tornando mais magras ao longo das d�cadas. Pessoas com dist�rbios alimentares sentem-se sob press�o em demasia e exig�ncias da m�dia para serem magros e citam terem aprendido m�todos n�o-saud�veis de controle de peso como exerc�cios f�sicos severos e rigorosas dietas. Somando-se ao supracitado muitos autores Baumann (2001); Esper, Neder (2004); Novaes (2003); Codo & Sene (1985), discutem a sociedade moderna como sociedade narc�sica voltada para culto do corpo, traduz-se em uma ego�sta adora��o a si mesmo, estabelecendo esfor�os e controle pessoal para obter a imagem corporal ideal exigida pela m�dia, transcorrendo em uma id�ia de um modelo est�tico corporal, pois os que n�o os possui s�o tidos por desleixado, relaxado ou pregui�oso. Diante do apresentado Fontes (2011) afirma, que os resultados antes alcan�ados apenas por freq�entes idas �s academias de gin�sticas, n�o ser�o apenas necess�rias para atender �s anseios de transforma��es imediatas que se almejam para a reconstru��o do pr�prio corpo. Entra em cena a medicina e os cirurgi�es pl�sticos, assegurando altera��es diante de uma simples passagem por mesas cir�rgicas, no qual se entra com um corpo e se sai com outro totalmente esculpido. Garrini (2007) afirma que, nesta cultura que classifica os indiv�duos a partir de estrutura corporal, a gordura passa a ser classificada como uma doen�a, al�m de a apar�ncia ser fator importante para o reconhecimento do indiv�duo no meio social. O conceito de sa�de, um construto sociocultural, j� representou o sobrepeso como sin�nimo de sa�de, tamb�m o igualou com reconhecimento e respeitabilidade social, enquanto que a magreza corporal j� foi sugestiva de sinais de pobreza, h� alimenta��o, doen�a, decad�ncia e diretamente ligado ao emblema de maldades e morte para Fontes (2011). J� Couto (2003) diz que, ao debater as redefini��es de termos como �saud�vel� e �doente�, fala-se que no passado n�o t�o distante a sa�de era analisada em um estado de equil�brio org�nico, e hoje a medicina n�o est� levando o status de a cura, pelo contr�rio, fala-se em tend�ncias, habilidades e probabilidade. O adolescente � ser de constru��o social contempor�nea, que constitui a probabilidade da emerg�ncia de subjetividade de inova��es de apontadores padr�es identit�rios. Biologicamente � o per�odo de maior rapidez do desenvolvimento do jovem, o que implica numa necessidade de grande aporte de calorias e de nutrientes segundo Gambardella (1999). Serra e Santos (2003) ressalta, que nem sempre nessa fase da vida dos adolescentes s�o acatadas as demandas que condizem essa faixa cronol�gica e social. Entende-se, entre nutricionistas e profissionais de sa�de, que nessa fase, o acr�scimo de calorias pode ser alcan�adas pelo exagero de alimentos cheios de gorduras e a��cares, como no caso da pr�tica di�rias de lanches r�pidos, levando os jovens ao sobrepeso, obesidade entre outras doen�as. Com isso, pode haver uma redu��o do aporte de calorias, pois, o adolescente tamb�m � conduzido a se preocupar ou est� muito aflito com sua autoimagem corporal e acaba cedendo � est�tica corporal moderna, que procura dar �nfase ao corpo esguio esbelto, que poder� ter como implica��o o desenvolvimento de dist�rbios alimentares, como: anorexia e bulimia nervosa. Segundo Serra e Santos (2003), os ve�culos de comunica��o conduzem e produzem informa��es, representa��es e expectativas nas pessoas com propagandas, informa��es e notici�rio em que de um lado incitam o consumo de produtos diet�ticos e constantes pr�ticas alimentares visando o emagrecimento e, de outro, excitam ao consumo de lanches rotineiros do tipo fast food. N�o se trata de uma decis�o ou a��o das empresas midi�ticas, elas agregam um contexto empresarial e um sistema de costumes em que h� uma apertada rela��o entre uma suposta verdade biom�dica e um anseio social e individual. O corpo � um campo de luta que invade diferentes conhecimentos pr�ticos e do imagin�rio social.
Os problemas em conseguir o almejado corpo pode refletir na inicia��o sexual e afetiva dos jovens. Afirma��es de pesquisa para Abdo (2004) assinalam, que as aspira��es sexuais das adolescentes pode diminuir se as mesmas n�o estiver nas adequadas medidas pr�xima a perfei��o, meninos e meninas podem querer ou n�o se permitirem conhecer a pr�pria imagem corporal se n�o estiverem nos ajustes consideradas como ideais. Segundo Dutra et al (2004), o corpo se tornou mira de uma aten��o redobrada, nos tempos atuais com o aumento de m�todos que cuidam e gerenciam os corpos, atrav�s das dietas, dos treinos de muscula��o e cirurgias est�ticas, tornando-se um condi��o primordial, aumentando cada vez mais entre os jovens a insatisfa��o com o pr�prio corpo, conseq�entemente aumenta tamb�m o consumo dos EAA (Ester�ides Anabolizantes Andr�genos) ou anabolizantes. V�rios s�o os motivos que conduzem os indiv�duos a perpetuarem o uso de anabolizantes, isso � decorrente as implica��es da m�dia na busca de corpos perfeitos, a fantasia de conseguir resultados r�pidos e facilitados, e a falta de responsabilidade com rela��o �s atividades rotineiras. As pessoas que fazem o uso de ester�ides anabolizantes de forma errada acredita que os EAA promovam sess�es de atividade f�sica intensas, devido a demorar do alcan�o da fadiga, motiva��o e resist�ncia aumentada, al�m de lev�-los a tornarem-se agressivos e diminuir o tempo necess�rio para recupera��o entre as sess�es de exerc�cios. Diante do apresentado Dutra et al (2004) ressalta, que no Brasil a inquieta��o com os adolescentes que por serem imediatistas, querem obter ganho de massa corporal e m�sculos velozmente visualizando um corpo atl�tico em curto prazo, entregam-se a anabolizantes, muitas vezes esses produtos s�o recomendados por instrutores de muscula��o, atletas e praticantes, sem nenhum conhecimento adequado para tal postura. As altera��es psicol�gicos de transtornos da autoimagem corporal se manifestavam com maior intensidade em mulheres que desejam ser magras, atualmente presenciou-se os dist�rbios em homens com anseios de alcan�arem um corpo mais forte e musculoso, totalmente diferentes das mulheres. Os consumidores de anabolizantes se encontram em uma m�dia de idade entre 18 a 34 anos, sexo masculino, os quais querem ganhar uma estrutura corporal atl�tico a curto prazo. Segundo Santos e Nogueira (2009), entende-se que os ve�culos de informa��o �m�dias� tem grande poder de influ�ncia. N�o apenas na popula��o mais velha, mas tamb�m sobre os jovens adolescentes. A televis�o � uma grande alienadora e incentivadora de todo tipo de informa��o, atuando como formadora de opini�o. Os constantes bombardeios de informa��es e imagens da m�dia televisiva entre outras, induz uma rapidez do ingresso no mundo adulto por parte dos jovens que ainda n�o tem orienta��o, estrutura emocional e ps�quica para isso. Observou-se nas tele programa��es ofertadas pela televis�o: que a grande quantidade � composta por programas que visam padr�es de conduta, quaisquer que sejam eles. Agregando ao apresentado pode-se citar o culto ao corpo, a valoriza��o do que � belo, os corpos sarados e esculpidos que os jovens tem exibido de maneira insinuada, passando o sujeito a ser visto como objeto. Santos e Nogueira (2009) afirmam, que as novelas, seriados e filmes com conte�do adultos grande parte das vezes s�o mostrados em hor�rio inoportunos em que ainda h� a presen�a de telespectadores inapropriados como pr�-adolescentes e crian�as. As crian�as s�o as maiores prejudicadas pelo est�mulo visual, pois visualizam cenas de insinua��o e relacionamento sexual, sexo descart�vel, car�cias e corpos nus, o que desperta a sua sexualidade de uma forma mais cedo do que a habitual. Isso n�o significa que o adolescente seja um sujeito passivo diante dessa situa��o, apenas absorvendo o conte�do transmitido. Contudo n�o se pode negar que a probabilidade de uma leitura mais cr�tica e de altera��es do conte�do recebido n�o s�o facilitadas, analisando-se as grandes massas de informa��es transmitidas pela televis�o. Al�m dos aparelhos televisivos, outros ve�culos de comunica��o procurados pelos adolescentes, que s�o as revistas voltadas para o p�blico jovem e as conversas entre amigas (os). A grande parte dos jovens n�o l� jornal ou buscam est� informado com os notici�rios. Dizem que n�o os acompanham por possuir conte�dos cheios de viol�ncia e �pol�tica�. Mas os mesmo entendem o grande valor de se manterem atualizados. Para eles as revistas e jornais s�o os ve�culos de informa��o mais produtivos, uma vez que trazem orienta��es acerca de sa�de, comportamento e forma��o. O conceito de garotos e garotas sobre os ve�culos de m�dia s�o, muitas vezes, contradit�rios. Os adolescentes n�o acreditam em seu papel influenciador sobre o comportamento dos indiv�duos, tendo a m�dia apenas a fun��o de informa��o. Segundo Santos e Nogueira (2009), reconhecem contudo que os meios de informa��o e comunica��o s�o apropriados para influenciar o comportamento, mas que isso estar sujeito a cada pessoa e que � principalmente importante construir um pensamento cr�tico, como com rela��o �s propagandas, que relatam os exemplos da vida di�ria. No entanto se pode falar sobre as iniciativas como a da Ag�ncia de Not�cias dos Direitos da Inf�ncia (ANDI), organiza��o n�o-governamental (ONG) brasiliense que vem seguindo a evolu��o do comportamento da m�dia jovem e criando uma s�rie de projetos direcionados para apoiar os profissionais de imprensa a realizar uma cobertura das quest�es referentes � inf�ncia e � adolesc�ncia a partir da vis�o dos direitos humanos. Somando-se ao apresentado foi determinado �Os Jovens e a M�dia�, o projeto � encontrado em jornais, revistas e programas de televis�o direcionada para p�blico adolescente, de forma sistem�tica. Os principais atributos desses ve�culos de informa��o, visam citar algumas tem�ticas mais freq�entes e que s�o analisados de relev�ncia social: AIDS e DSTs, cultura, drogas, educa��o, fam�lia, forma��o profissional, gravidez, m�dia, portadores de defici�ncia, projetos sociais, sa�de, sexualidade e viol�ncia. Para finalizar, Codo (1985) conclui que como um exemplo da import�ncia de se instruir-se pela experi�ncia, o culto ao corpo atrapalha no comportamento dos adolescentes que fazem o uso de anfetaminas, anabolizantes, dietas que os mesmos encontram descritas em televis�es, internet e revista, e assim alteram a compreens�o do que seria preocupar-se com o corpo, colocando de lado quest�es da sa�de para se preocupar com as quest�es da beleza e do relacionar o corpo como fonte de prazer, para se situarem no contexto social imediato. Conclus�es Diante do apresentado h� uma percep��o de que os adolescentes diante da sociedade contempor�nea tem voltado totalmente suas aten��es para cultuarem e idolatrarem o corpo numa vis�o �narcisista�, onde tornam-se seguidores de tend�ncias no que � visto e apresentado pelos ve�culos de informa��o e comunica��o �as m�dias�, imergindo em um mundo onde o imediatismo de decis�es se faz constantemente presente contribu�do assim para dist�rbios e transtornos biol�gicos, psicol�gico e alimentares. Por estarem em uma idade onde est�o passando por constantes mudan�as sejam elas f�sicas ou psicol�gicas os jovens tornam-se cada vez mais inseguros e deixam de buscar ajuda com familiares, come�ando a se isolar buscando ajuda em instrumentos de comunica��o que deveriam instru�-los e ajud�-los, tem produzido um efeito contr�rio visado apenas a ludibriar�o dos adolescentes atrav�s de aquisi��es de produtos desejando sanar seus problemas o mais r�pido poss�vel por serem imediatistas. Diante da revis�o bibliogr�fica, podemos notar o quanto os adolescentes s�o seres que necessitam de uma aten��o redobrada por parte de seus familiares, mestres ou respons�veis por constantemente serem atingidos pela �M�dia e suas implica��es� que visa apenas a aquisi��o de poder e lucros sem se importar com seus consumidores que nesse caso s�o os adolescentes ass�duos, imediatista e consumistas ao extremo sem se importarem com o que pode acontecer com seus pr�prios corpos. Nessa busca constante de imitar modelos que atrelam a magreza com beleza por parte das meninas as expondo a dietas altamente restritivas, e a corpos cada vez mais fortes e musculosos relacionando ao uso de anabolizantes por parte dos meninos, para se alcan�ar esse padr�o �s vezes irreal de estrutura corporal os mesmos fazem extremos sacrif�cios. Contribuindo com que j� foi exposto as preocupa��es com o corpo Codo (2002) traz um pensamento de livr�-los das mazelas e problemas sexualmente transmiss�veis e do uso abusivo de drogas, esses problemas tem sido negligenciado por parte dos adolescentes, dos familiares, institui��es escolares, inst�ncias governamentais e as redes de informa��o e comunica��o, em uma sociedade que n�o costuma ter rela��o para com o que de fato importa, no qual os corpos nus nas redes midi�ticas possui grande valor representativos de uma sociedade vazia e sem sentido. A partir da reflex�o descrita acima, entendemos a despreocupa��o amplamente social relacionada aos adolescentes que na atualidade est�o com todas as suas aten��es voltadas para os ve�culos de m�dia, instrumentos que por tr�s dos bastidores recebem alt�ssimo investimento por parte daqueles que deveriam voltar suas aten��es para instruir, investir e incentivar a popula��o principalmente h� adolescente a terem h�bitos de vida saud�veis, n�o tem tido import�ncia com o futuro da na��o os for�ando a est� sempre acompanhando esse capitalismo desenfreado. Refer�ncias
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