As rotas eram importantes estratégias de comércio e troca da Idade Média. Comerciantes chegavam pelos portos e começavam o seu trajeto parando em pontos específicos para efetuar suas vendas. Show Essa cultura foi tão importante que, por meio dela, várias cidades começaram a se formar. As rotas comerciais balançavam o mundo medieval e foram decisivas durante a transição entre feudalismo e o capitalismo. A Rota da Seda comercializava o tecido mas também especiarias e outros produtos (Foto: Freepik) A Rota da Seda conectava o Oriente com o Ocidente e com isso conseguiu permanecer ao longo dos séculos, inclusive se adaptando aos dias de hoje com a chamada Nova Rota da Seda.
O que foi a Rota da Seda?A Rota da Seda carrega esse nome porque o seu principal produto comercializado era justamente a seda. Durante séculos os chineses monopolizaram a forma de fazer esse tecido, e o vendiam por verdadeiras fortunas, principalmente para os ocidentais. Essa rota ligava os povos por vias terrestres, essencialmente. E era formada por caravanas de vendedores que utilizavam animais como condutores das cargas. A principal porta de entrada em outros territórios, que não a China, era pelos portos. De lá, as cargas eram distribuídas. A seda que ia para Constantinopla, por exemplo, chegava ao porto e era entregue para comerciantes nômades da Ásia Central que fazia com que ela chegasse na cidade-destino com altos lucros. Apesar da seda ser transportada em caravanas e embarcações oceânicas, ela não estava sozinha. Muitas outras mercadorias eram comercializadas juntas. As especiarias foi uma das mercadorias que mais se disseminou pela Rota da Seda. MapaA Rota da Seda ligava a Ásia a Europa (Imagem: Reprodução | Wikimedia Commons) A Rota da Seda foi de grande importância para os principais povos do mundo antigo e medieval: Pérsia, Constantinopla e China. Em princípio, ela conectava a China até a Antioquia, depois a Coreia até o Japão e por fim, conectava toda a Europa com o Ocidente, principalmente através de Flandres, de domínio francês na época. A seda chegou para os europeus por meio da conquista do Egito pelo Império Romano em 31 a.C. Curiosidades
A importância da Rota da SedaAs rotas tinham uma importância de comunicação entre os povos. Mais do que um fim comercial, as rotas formavam as principais cidades da Idade Média. Cada ponto em que as caravanas paravam, aglomerações se formavam e, por fim, com o intenso tráfego de pessoas, casas, centros comerciais, templos e espaços burocráticos foram se fixando. A importância da rota também se dava pelo fim estratégico, porque durante conquistas esses caminhos eram a principal referência para avançar em diversos locais. Durante muito tempo na Idade Média, as fronteiras entre Oriente e Ocidente eram fechadas pela igreja. A Rota da Seda possibilitou essa abertura. A nova Rota da SedaA nova Rota da Seda visa a independência da China dos Estados Unidos, que é a sua principal segurança nas rotas comerciais. O projeto abarca uma grande construção de rodovias, ferrovias e corredores marítimos com base na Rota da Seda antiga, que conseguia atender todo o continente. Esses corredores terrestres e marítimos alcançam 60% da população chinesa, que obtém sozinha 40% do PIB mundial. Essa é uma complexa estratégia geopolítica de fortalecimento econômico. O projeto tem como nome ‘Um Cinturão, Uma Estrada’, e tem como valor de construção mais de 90 bilhões de dólares. O que equivale a metade da riqueza nacional brasileira inteira. Exemplos dos corredores criados na Nova Rota da Seda:
Pelas conexões percebemos que é um projeto de raiz na Rota da Seda, mas que deseja uma estrutura muito maior e de grande potência econômica. Resumo do Conteúdo Nesse texto você aprendeu que:
Exercícios resolvidos1- O que foi a Rota da Seda? R: Uma das principais vias de comércio que ligava o continente asiático ao europeu. 2- Por que a Rota da Seda recebeu esse nome? R: Por causa do principal produto vendido, a seda. 3- Cite uma importância da Rota da Seda. R: Nos pontos de parada dos comerciantes se formaram grandes cidades. 4- O que é a Nova Rota da Seda? R: Projeto chinês que visa expandir e desenvolver comércios utilizando as principais vias da Rota da Seda. 5- Como era feita a distribuição das mercadorias na Rota da Seda? R: Navios levavam a carga aos portos, de onde caravanas de mercadores, utilizando animais de carga, saiam em direção às cidades-destino. Referências » KISSINGER, Henry. Sobre a China. Editora Objetiva Ltda. Rio de Janeiro. 2011. » SCHERER, André Luis. A Nova Estratégia de Projeção Geoeconômica da China e a Economia Brasileira. Revista Paranaense de Desenvolvimento, Curitiba, v.36, n.129, p.35-51, julho/dezembro de 2015. » VISENTINI, Paulo Fagundes. As relações diplomáticas da Ásia. Articulações regionais e afirmação mundial. Editora Fino Traço. Belo Horizonte, 2012. Qual e a importância da Rota da Seda?Foi graças à Rota da Seda que o Budismo se espalhou da Índia para o leste da Ásia, dominando a região, e por conta desse movimento que a arte também passou a ser compartilhada entre os povos, com a estética da Grécia antiga influenciando outras culturas, por exemplo.
Qual a importância das rotas de comércio?Importância da rota comercial
Além disso, por conta das rotas comerciais, as cidades da Idade Média começaram a ser construídas, dando início à grandes impérios. As rotas, que eram percorridas por caravanas, paravam em locais estratégicos para que as trocas comerciais acontecessem.
Qual o objetivo da nova rota da seda?A nova rota da seda (ou belt and road initiative - BRI),também conhecida como iniciativa do cinturão e rota, lançada em 2013, pelo presidente chinês Xi Jinping, com o objetivo de traçar rotas de integração entre a Europa, Ásia, África e Oriente Médio, a partir de investimentos em infraestrutura terrestre, marítima, de ...
Qual e a importância da Rota da Seda na ocupação da Ásia?O objetivo era a busca por locais de melhor habitação para consequente desenvolvimento. Anos mais tarde, além de espalhamento, a rota da seda viria a ser uma zona de acesso e expansão. Assim, no âmbito comercial esta via seria ainda fundamental para a imersão de povos indo-europeus no Médio Oriente.
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