Qual a relação do mimetismo é camuflagem com a evolução dos seres vivos?

O mimetismo é uma forma de defesa em que alguns organismos “imitam” outros que apresentam defesas naturais a fim de enganar o predador.

Qual a relação do mimetismo é camuflagem com a evolução dos seres vivos?
A falsa-coral oferece pouco perigo, mas normalmente é confundida com as corais-verdadeiras, que são peçonhentas

Os diferentes padrões de coloração animal, sem dúvida nenhuma, impressionam todas as pessoas. Além de garantirem beleza às espécies, eles estão relacionados também com aspectos como a defesa. O mimetismo, por exemplo, é quando um animal imita o padrão de coloração ou o comportamento de outro organismo como uma forma de proteção.

Um dos exemplos mais clássicos de mimetismo ocorre entre a coral-verdadeira e a falsa-coral. A coloração das duas espécies é bastante semelhante, entretanto, apenas a coral-verdadeira é peçonhenta. Observe que, nesse caso, a falsa-coral “imita” a outra espécie a fim de causar medo em seus pedradores. Essa característica, oriunda do processo de seleção natural, trouxe grandes benefícios à espécie que teve seu padrão passado de geração a geração.

No exemplo citado, percebe-se que uma espécie inofensiva apresenta características de uma espécie que é relativamente perigosa. Sendo assim, um ser vivo que possui uma espécie de defesa natural foi copiado por outro que não possui tal defesa. Quando isso acontece, estamos falando de um mimetismo batesiano, um tipo de mimetismo que foi proposto no século XIX pelo naturalista Henry Walter Bates. No mimetismo batesiano, o predador é enganado, pois acredita estar diante de uma presa indesejável.

Algumas vezes, o mimetismo também ocorre em espécies em que ambas possuem defesas. Esse é o caso das várias espécies de corais-verdadeiras, que apresentam padrões de coloração bem semelhantes e todas são peçonhentas. Quando o ser vivo imita um padrão de outro organismo que também é perigoso, dizemos que o mimetismo é mülleriano. Esse tipo de mimetismo foi proposto pelo naturalista Fritz Müller, em 1864, e geralmente ocorre em espécies próximas e que sofreram com as mesmas pressões seletivas do meio.

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Qual a relação do mimetismo é camuflagem com a evolução dos seres vivos?

A borboleta-monarca possui sabor desagradável e é imitada pela borboleta vice-rei

Vale destacar que a dificuldade em descobrir se um ser vivo é ou não é palatável complica a diferenciação entre mimetismo batesiano e mülleriano. Apesar de ter sido considerado por muitos anos como mimetismo batesiano, o caso da borboleta-monarca e da vice-rei, por exemplo, está sendo discutido. Pesquisas recentes revelaram que a borboleta vice-rei imita a borboleta-monarca, porém ela também possui sabor desagradável, o que as torna exemplos de mimetismo mülleriano.

Muitas pessoas confundem mimetismo com camuflagem, entretanto, nessa última forma de defesa, o animal não apresenta semelhanças com outro ser vivo. Na camuflagem, o animal assemelha-se muito com o ambiente em que vive, dificultando a sua localização pelos predadores. O bicho-folha, por exemplo, é um animal que apresenta essa forma de defesa. Sua cor e forma fazem com que os predadores confundam-no com os vegetais.


Por Ma. Vanessa dos Santos

Por Vanessa Sardinha dos Santos

A camuflagem é um recurso que inúmeras espécies de animais utilizam para se protegerem de seus predadores, e também para se manterem imperceptíveis aos olhos de suas presas. Na camuflagem, quando os animais permanecem parados, eles se confundem com o ambiente em que vivem, como é o caso do urso polar, do bicho-pau, bicho-folha, leões etc.

Qual a relação do mimetismo é camuflagem com a evolução dos seres vivos?

Várias espécies usam o recurso da camuflagem com o objetivo de não serem vistos pelos predadores e por suas presas. 

Os camaleões são animais que possuem células especializadas, chamadas de células cromatóforas e células guanóforas. Essas células são as responsáveis pela mudança de cor na pele do animal, mas é preciso frisar que o camaleão não muda de cor somente com o intuito de se camuflar no ambiente. Pelo contrário, as mudanças de cores da pele do camaleão servem para comunicação, controle da temperatura, atrair parceiros ou repelir rivais.

Outra forma que animais e também vegetais encontraram, ao longo de sua evolução, para repelir predadores são as chamadas cores de advertência, ou aposematismo.

O aposematismo é uma aquisição evolutiva em que o intuito das espécies não é se esconder, mas serem vistas. Através de cores vivas e chamativas, como vermelho, laranja, verde, azul, ou até variações entre as cores, os animais tornam-se vistos e evitados por seus predadores. Mas então, surge a questão: “Se eles querem ser vistos, os predadores os verão e irão atacá-los?” Não, os predadores não os atacarão, porque esses animais que possuem cores vivas e marcantes são impalatáveis e quase sempre venenosos, e à medida que evoluíram, os seres predadores passaram a identificar e evitar os organismos de cores aposemáticas, que podem causar grandes prejuízos e até a morte de quem os consumir.

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Qual a relação do mimetismo é camuflagem com a evolução dos seres vivos?

Os animais adquirem cores fortes ao longo de sua evolução para afugentar predadores

Essas espécies que possuem cores vivas e chamativas mantêm seus predadores à distância, e a partir dessa experiência, outras espécies, ao longo de sua evolução, passaram a “copiar” essas cores chamativas com o único objetivo de manter os predadores à distância. Esse recurso de alguns animais  são denominamos de mimetismo.

Há vários casos de mimetismo, e um deles é o que ocorre entre a cobra coral verdadeira e a cobra coral falsa. No intuito de ser confundida, a cobra coral falsa, que não possui veneno algum, copia as cores da cobra coral verdadeira, que é extremamente venenosa.

Qual a relação do mimetismo é camuflagem com a evolução dos seres vivos?

A cobra coral verdadeira é extremamente venenosa, enquanto que a cobra coral falsa não possui nenhum tipo de veneno

Como o mimetismo é camuflagem atuam no processo evolutivo?

Mimetismo: Os seres assemelham-se uns com os outros para obter alguma vantagem. Camuflagem: Os seres assemelham-se com o ambiente em que vivem para se esconderem de predadores ou surpreender as presas.

Qual a importância da camuflagem e do mimetismo?

A camuflagem é uma importante adaptação dos organismos ao meio, uma vez que permite torná-los praticamente invisíveis, o que dificulta a ação de predadores. Os animais apresentam diversas adaptações em seu corpo que os auxiliam na luta pela sobrevivência.

Como a evolução explica o mimetismo?

Mimetismo é o caso em que uma espécie possui características que evoluíram especificamente para se assemelhar com as de outras espécies, um exemplo de evolução convergente..

Qual a importância do mimetismo para a sobrevivência do organismo?

O mimetismo é uma característica adaptativa de animais ou plantas de imitar outro organismo para obter vantagens. Entre os maiores objetivos do mimetismo está a proteção contra predadores. Há, também, outras funções, como obter vantagem no acasalamento, alimentação ou confundir a presa.