Qual a função do tubo polínico na formação do embrião e do endosperma em angiospermas?

A dupla fecundação é um processo típico das angiospermas, ou seja, só ocorre nesse grupo de plantas. Esse processo caracteriza-se pela fecundação da oosfera e dos núcleos polares por dois gametas masculinos.

→ Grão de pólen e saco embrionário

Antes de descrever esse processo, precisamos entender as características do grão de pólen e do saco embrionário. A seguir, descreveremos essas duas estruturas:

  • Grão de pólen: Diferentemente do que muitos pensam, o grão de pólen não é o gameta masculino. Ao ser liberado da antera, em geral, ele é formado por uma célula vegetativa (célula do tubo) e uma célula geradora e, nesse estágio, é conhecido como microgametófito imaturo. Posteriormente, a célula geradora divide-se e, então, dá origem aos gametas masculinos, chamados de células espermáticas.

  • Saco embrionário: No início do desenvolvimento, o óvulo é apenas nucelo, e essa estrutura é, posteriormente, envolvida pelos tegumentos, os quais formam uma abertura chamada micrópila na extremidade do óvulo. Um único megasporócito surge no nucelo e, em seguida, divide-se por meiose, formando quatro megásporos haploides. Três dos quatro megásporos degeneram-se, e o megásporo funcional começa a ter seu núcleo dividido mitoticamente. Ao final do terceiro ciclo mitótico, temos oito núcleos. Dois núcleos estão localizados no centro da célula octonucleada e são chamados de núcleos polares. Três núcleos localizam-se na região próxima à micrópila e constituem o aparelho oosférico com duas sinérgides e uma oosfera. Outros três núcleos localizam-se na região oposta à micrópila e são chamados de antípodas. Nas antípodas, observa-se a formação de parede celular, assim como nas sinérgides. Temos, portanto, uma estrutura com oito núcleos e sete células: o saco embrionário ou megagametófito maduro.

    Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

→ Processo de dupla fecundação

Para ocorrer a dupla fecundação, é necessário que aconteça, inicialmente, a chamada polinização. Nesse processo, o grão de pólen é depositado sobre o estigma da flor, ou seja, a parte feminina. O grão de pólen absorve água do estigma e germina, formando o tubo polínico. O tubo, então, segue pelo estigma e pelo estilete até alcançar a entrada da micrópila.

Ao entrar na micrópila e atingir o saco embrionário, o tubo polínico, que carrega os dois gametas masculinos e o núcleo vegetativo, adentra uma sinérgide. Essa célula degenera-se e os gametas são descarregados. Um núcleo de um gameta masculino une-se com o núcleo da oosfera e outro, com os núcleos polares. É por esse motivo que dizemos que ocorre uma dupla fecundação.

→ Resultado da dupla fecundação

Como resultado da dupla fecundação, haverá a formação do embrião e do endosperma. A união do gameta masculino com a oosfera produzirá o embrião, enquanto a união do gameta com os núcleos polares levará à formação do endosperma. Esse último destaca-se por ser um tecido triploide rico em nutrientes que fornecerá alimento para o embrião em desenvolvimento.

Qual e a função do tubo polínico?

Ao ser depositado na parte feminina da planta, o grão de pólen germina e dá origem ao chamado tubo polínico. Esse tubo, então, transporta o gameta masculino (núcleo espermático) até o óvulo para que possa fecundar a oosfera.

Qual a contribuição do tubo polínico na reprodução das angiospermas?

Os tubos polínicos agem como condutos para transportar as células do gâmeta masculino do grão de pólen, seja do estigma (em planta com flor) para os óvulos na base do pistilo ou diretamente através do tecido do óvulo em alguns gimnospermas.

Qual a função dos núcleos polares?

Núcleos polares são núcleos celulares presentes na célula central do saco embrionário do óvulo das angiospermas, pertencendo ao conjunto das células que têm intervenção directa no processo de polinização destas plantas, com destaque par o processo de dupla fertilização.

Como ocorre a formação do tubo polínico?

O tubo polínico, formado a partir do grão de pólen, cresce através do estigma e do estilete. O crescimento ocorre entre as células do chamado tecido transmissor. Alguns grupos de angiospermas, entretanto, apresentam estiletes ocos que são revestidos por uma epiderme glandular por onde esse tubo cresce.