Qual a diferença de surdo e deficiente auditivo

Você já ouviu ou até mesmo usou termos como surdo ou deficiente auditivo para descrever uma pessoa com perda auditiva? Esses termos são facilmente confundidos, mas apesar de ambos serem utilizados para identificar um indivíduo com problema auditivo, essa confusão deve ser evitada, já que existe diferença entre essas terminologias, ou seja, elas não devem ser classificadas como sinônimos. 

Neste artigo, vamos mostrar algumas explicações que podem ajudar você a compreender melhor a diferença entre surdo e deficiente auditivo de maneira correta. Vamos lá?

Surdez

Essa é a nomenclatura correta para se referir a uma pessoa com surdez profunda, seja ela em um ou nos dois ouvidos. Geralmente, o indivíduo que é surdo já nasce sem a audição ou a desenvolve ainda no período pré-lingual, isto é, antes que a criança tenha tido o contato com a linguagem oral para aprender a ler, falar ou até mesmo entender a fala. 

Pessoas que se reconhecem como surdas, geralmente utilizam a língua de sinais para se comunicar e encaram a perda de audição não como uma deficiência, mas como uma forma diferente de aproveitar o mundo, já que na maioria dos casos, consideram não ser uma condição que os impossibilita de viver normalmente.

A surdez pode ser causada por fatores genéticos, hereditários, por doenças durante a gravidez ou complicações no parto. Confira alguns exemplos:

  • Rubéola, Toxoplasmose e diabetes congênita;
  • Hereditariedade
  • Doenças e infecções sexualmente transmissíveis;
  • Uso de medicamentos ototóxicos durante a gravidez;
  • Ingestão de álcool e drogas durante a gravidez;
  • Asfixia no momento do nascimento;
  • Infecções hospitalares.

Deficiência auditiva

A deficiência auditiva, diferentemente de quem já nasce surdo, é o termo designado a pessoa que nasceu ouvindo e perdeu a audição ao longo ou em algum período da vida, em um ou ambos ouvidos. Na maioria dos casos, a pessoa ainda possui algum percentual de audição.

Geralmente, pessoas com problema de audição foram alfabetizadas em português e se comunicam pela fala, fazendo o uso de aparelhos auditivos. Desse modo, deficientes auditivos comumente não se comunicam por meio da língua brasileira de sinais, ou LIBRAS, como é conhecida.

A perda auditiva pode acontecer por inúmeros fatores. Veja a lista dos mais comuns:

  • Infecções e inflamações geradas por bactérias ou vírus no ouvido;
  • Doenças infecciosas, como sarampo e meningite;
  • Lesão na cabeça ou ouvido;
  • Uso de medicamentos ototóxicos;
  • Exposição prolongada a barulhos excessivos;
  • Idade avançada;
  • Excesso de cera no canal auditivo.

Níveis de surdez 

Pela área da saúde e área educacional, o indivíduo com surdez pode ser diagnosticado de acordo com o nível de gravidade da sua condição. Elas são:

Perda auditiva severa:

Neste caso, a pessoa ouve apenas sons acima de 61 a 80 decibéis. Quem tem perda auditiva severa não recebe ajuda de aparelhos auditivos, porém, próteses oferecem ao indivíduo melhorias para que a fala seja compreendida em diversas situações. 

Perda auditiva profunda:

Neste caso, a pessoa ouve apenas sons acima de 90 decibéis. Geralmente, com perda a auditiva profunda não se escuta nada, desse modo, a comunicação fica por conta da linguagem de sinais, leitura labial e escrita.

Níveis de deficiência auditiva

Os níveis de gravidade em pessoas com deficiência auditiva são:

Perda auditiva leve:

Embora muitas pessoas não levem a sério neste caso, alguém com perda auditiva leve pode detectar sons acima de 26 e 40 decibéis, ou seja, ela pode ouvir a fala em quase todas as situações, porém costuma ter problemas em ambientes com ruído muito alto de fundo.

Perda auditiva moderada:

Para quem sofre de perda auditiva moderada, conversar em ambientes com muito barulho ou quando não enxergam a pessoa com quem estão falando pode ser bem difícil. Elas conseguem detectar sons entre 41 e 60 decibéis.

Em quais casos o aparelho auditivo é indicado?

Nos casos de deficiência auditiva leve e moderada, o uso de aparelhos auditivos geralmente é indicado. Eles facilitam a compreensão dos sons, tornando qualquer conversa mais clara e agradável. 

É importante lembrar que o diagnóstico e tratamento devem ser feito por um médico especialista em doenças do ouvido, nariz e garganta.

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É errado falar deficiência auditiva?

O termo 'deficiente auditivo' sequer deve ser usado. O correto é pessoa com deficiência auditiva.

O que é considerado deficiente auditivo?

O que caracteriza os deficientes auditivos Assim, pode-se dizer que uma pessoa que não é capaz de ouvir como alguém com audição normal - 25 dB ou mais - apresenta perda auditiva. O problema pode acontecer em apenas um ou nos dois ouvidos e pode causar dificuldade em falar ou ouvir sons comuns do cotidiano.

O que é ser uma pessoa surda?

Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Art. 2o Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras.

Como se chama a pessoa que é surda?

Na medicina, o termo “surdo” é utilizado quando a pessoa com surdez é diagnosticada com surdez profunda, quando é leve ou moderada ainda persiste o termo Deficiente Auditivo. Já na Comunidade Surda, o surdo é aquele que é usuário de Libras e pertence a tal.