EQUIPAMENTOS DE PROTE��O INDIVIDUAL PARA ATENDER EMERGÊNCIAS QUÍMICAS Marco Antonio Jos� Lainha & Edson Haddad Introdu��o | Objetivo | Considera��es gerais | Classifica��o dos EPIs acordo com tipo de prote��o | Considera��es finais | Bibliografias consultadas
1. Introdu��o Um pa�s n�o pode crescer se n�o possuir grandes parques e instala��es de p�los petroqu�micos que subsidiem mat�rias primas para a composi��o dos produtos necess�rios a manuten��o da vida di�ria. O vazamento destes produtos para o meio ambiente tem sido ocasionado por aspectos humanos e materiais, envolvendo os v�rios segmentos que manipulam estes produtos, tais:
Os produtos perigosos tem gerado diversos riscos ao homem e ao meio ambiente, causando danos corporais, materiais e interrompendo a vida dos seres vivos. Neste sentido, o crescente n�mero de acidentes envolvendo de produtos perigosos, vem preocupando consideravelmente as autoridades e segmentos envolvidos em todo o mundo. As ocorr�ncias envolvendo produtos perigosos requerem cuidados especiais, bem como pessoal habilitado para o seu atendimento, tendo em vista riscos de inflamabilidade, toxidez e corrosividade que envolvem estes produtos, quando do vazamento e derrames acidentais, gerando atmosferas contaminadas por vapores e/ou gases. O atendimento de tais epis�dios geram diversos riscos a integridade f�sica dos profissionais que desenvolve atividades nestes cen�rios . Neste sentido, nas emerg�ncias que envolvem produtos qu�micos, � de suma import�ncia que os envolvidos utilizem Equipamentos de Prote��o Individual – EPIs, de acordo com os riscos apresentados pelos produtos envolvidos, tamanho do vazamento, locais atingidos e atividades a serrem realizadas. 2. Objetivo O objetivo deste trabalho � apresentar, de forma sucinta, os principais Equipamentos de Prote��o Individual – EPIs utilizados no atendimentos de emerg�ncias com produtos perigosos. 3. Considera��es gerais Equipamento de Prote��o Individual � todo dispositivo de uso individual, de fabrica��o nacional ou estrangeira, destinado a proteger a sa�de e a integridade f�sica do trabalhador. Os EPIs n�o reduzem o "risco e ou perigo", apenas adequam o indiv�duo ao meio e ao grau de exposi��o. Quando usar? durante realiza��o de atividades rotineiras ou emergenciais, de acordo com o grau de exposi��o. Como escolher? De acordo com as necessidades, riscos intr�nsecos das atividades e parte do corpo a ser protegida. Observa��es:
4. Classifica��o dos EPIs acordo com tipo de prote��o
4.1. Prote��o cut�nea: 4.1.1 - Roupas de prote��o �s subst�ncias qu�micas No que se refere ao atendimento de acidentes envolvendo subst�ncias qu�micas ,as roupas de prote��o tem como finalidade proteger o corpo de produtos, o qual pode provocar danos a pele ou mesmo ser absorvido pela mesma ser absorvido pela mesma e afetar outros �rg�os. Uma vez adequadamente selecionada e utilizada em conjunto com a prote��o respirat�ria, a roupa protege os t�cnicos em ambientes hostis. Proteger os t�cnicos contra a exposi��o � pele requer o uso da mais efetiva roupa de prote��o. � fundamental selecionar uma roupa confeccionada em material que apresente a maior resist�ncia poss�vel ao ataque de produtos qu�micos. O estilo da roupa � tamb�m importante e depende se o produto envolvido estiver presente no ar ou se a exposi��o � pele (contato com o produto) for direta ou atrav�s de respingos. Outros crit�rios para sele��o devem ser considerados, incluindo a probabilidade da exposi��o, facilidade de descontamina��o, mobilidade com a roupa, durabilidade da roupa e, em menor escala, o seu custo. Uma variedade de materiais de confec��o est� dispon�vel para a fabrica��o das roupas de prote��o. Cada um desses materiais fornece um grau de prote��o � pele contra uma gama de produtos, mas nenhum material fornece a m�xima prote��o contra todos os produtos qu�micos. A roupa de prote��o selecionada deve ser confeccionada em material que forne�a a maior resist�ncia contra o produto conhecido ou que possa estar presente. A sele��o adequada da roupa de prote��o pode minimizar o risco de exposi��o a produtos qu�micos, mas n�o protege contra riscos f�sicos tais como fogo, radia��o e eletricidade. O uso de outros equipamentos de prote��o tamb�m � importante para fornecer completa prote��o aos t�cnicos. Prote��o � cabe�a � fornecida por capacetes r�gidos; prote��o para os olhos e face por �culos resistentes a impactos; prote��o aos ouvidos � dada por protetores auriculares; e prote��o aos p�s e m�os � fornecida pelas botas e luvas resistentes a produtos qu�micos. Desta forma, este trabalho tem por finalidade auxiliar as equipes de atendimento a emerg�ncias no processo de sele��o da roupa de prote��o (modelo e tecido) mais adequada a ser utilizada quando da ocorr�ncia de acidentes envolvendo subst�ncias qu�micas. Assim sendo, este trabalho foi dividido em duas partes, sendo que a primeira aborda as roupas de prote��o qu�mica, enquanto que a segunda contempla luvas e botas. Classifica��o das roupas de prote��o As roupas s�o classificadas por estilo, uso material de confec��o. Estilo Roupa de encapsulamento completo: totalmente encapsulada, essa roupa � confeccionada em pe�a �nica que envolve (encapsula) totalmente o usu�rio. Botas, luvas e o visor est�o integrados � roupa, mas podem ser remov�veis. Se assim forem, essas partes s�o conectadas � roupa por dispositivos que a tornam � prova de gases e vapores. At� o ziper (fecho eclair) fornece perfeita veda��o contra gases/vapores. Esta roupa � � prova de gases e deve, obrigatoriamente, ser submetida a testes de press�o para assegurar sua integridade. A prote��o respirat�ria e o ar respir�vel s�o fornecidos por um conjunto aut�nomo de respira��o com press�o positiva interno � roupa, ou por uma linha de ar mandado que mant�m press�o positiva dentro da mesma. A roupa de encapsulamento � utilizada para, principalmente, proteger o usu�rio contra gases, vapores e part�culas t�xicas no ar. Al�m disso, protege contra respingos de l�quidos. A prote��o que a roupa fornece contra uma subst�ncia qu�mica depende do material utilizado para a sua confec��o. Uma vez que n�o existe ventila��o, h� sempre o perigo de ac�mulo de calor, podendo resultar numa situa��o de risco para o usu�rio. Devido a complexidade, o usu�rio precisa ser auxiliado na coloca��o da roupa. H� uma grande variedade de acess�rios que podem ser utilizados em conjunto com esta roupa, visando dar conforto e praticidade operacional, como por exemplo colete para refrigera��o, sistema de r�dio e botas com tamanho dois n�meros acima do usual. Roupa n�o encapsulada: a roupa de prote��o a subst�ncias qu�micas n�o encapsulada, normalmente chamada de roupa contra respingos qu�micos, n�o apresenta a prote��o facial como parte integrante. Um conjunto aut�nomo de respira��o ou linha de ar pode ser utilizado externamente � roupa, assim como m�scara com filtro qu�mico. A roupa contra respingos pode ser de dois tipos: uma pe�a �nica, do tipo macac�o, ou conjunto de cal�a e jaqueta. Qualquer um dos tipos acima pode incluir um capuz e outros acess�rios. A roupa n�o encapsulada n�o foi projetada para fornecer a m�xima prote��o contra gases, vapores e part�culas mas apenas para prote��o contra respingos. Na verdade, a roupa contra respingos pode ser completamente vedada com a utiliza��o de fitas de veda��o nos pulsos, tornozelos e pesco�o n�o permitindo a exposi��o de qualquer parte do corpo; no entanto, tal roupa n�o � considerada � prova de g�s, mas pode ser um bom substituto da roupa de encapsulamento completo se a concentra��o do produto envolvido estiver baixa e o material n�o for extremamente t�xico por via d�rmica. Uso Uma terceira classifica��o � a roupa de uso �nico ou descart�vel. Esta classifica��o � relativa e baseia-se no custo, facilidade de descontamina��o e qualidade da confec��o. � normalmente considerada roupa de prote��o qu�mica descart�vel aquela que custa menos de US$ 25,00 por pe�a. Em situa��es onde a descontamina��o � um problema, roupas mais caras podem ser consideradas descart�veis. Requisitos de desempenho para roupas de prote��o qu�mica �rios requisitos de desempenho devem, obrigatoriamente, ser considerados na sele��o do material de prote��o adequado. Sua import�ncia relativa � determinada pela atividade a ser executada e condi��es espec�ficas do local. Os requisitos de desempenho s�o:
Resist�ncia qu�mica A efic�cia dos materiais na prote��o contra produtos qu�micos est� baseada na sua resist�ncia a penetra��o, degrada��o e permea��o. Cada uma destas propriedades deve ser avaliada quando da sele��o do estilo da roupa de prote��o e do material que � feita. Penetra��o Penetra��o � o transporte do produto atrav�s de aberturas na roupa. Uma subst�ncia pode penetrar devido ao projeto ou imperfei��es na roupa. Pontos de costura, orif�cios de bot�es, zipers e o pr�prio tecido podem permitir a penetra��o do produto. Uma roupa bem projetada e confeccionada previne a penetra��o atrav�s da exist�ncia de zipers selados, juntas vedadas com fita colante e n�o utiliza��o de tecidos. Rasgos, furos, fissuras ou abras�o � roupa tamb�m permitem a penetra��o. Degrada��o Degrada��o � uma a��o qu�mica envolvendo uma ruptura molecular do material devido ao contato com uma subst�ncia. A degrada��o � evidenciada por altera��es f�sicas do material. A a��o do produto pode causar ao material a sua contra��o ou expans�o, torn�-lo quebradi�o ou macio ou ainda alterar completamente suas propriedades qu�micas. Outras altera��es incluem uma leve descolora��o, superf�cie �spera ou pegajosa ou rachaduras no material. Tais altera��es podem aumentar a permea��o ou permitir a penetra��o do contaminante. Informa��es sobre os testes de degrada��o para subst�ncias espec�ficas em classes de produtos est�o dispon�veis nos fabricantes e fornecedores de roupas de prote��o. Tais dados fornecem ao usu�rio uma taxa de resist�ncia � degrada��o, a qual � subjetivamente expressa como excelente, boa, fraca e pobre conforme mostra a tabela 1. Os dados de degrada��o podem ajudar na determina��o da capacidade de prote��o de um material mas n�o devem substituir os dados do teste de permea��o. A raz�o para tal � que um material com excelente resist�ncia � degrada��o pode ser classificado como fraco em permea��o. Portanto, degrada��o e permea��o n�o est�o diretamente relacionadas e n�o podem ser intercambiadas. Permea��o Permea��o � uma a��o qu�mica envolvendo a movimenta��o de uma subst�ncia, a n�vel molecular, atrav�s de um material. � um processo que envolve a sor��o (adsors�o e absor��o) de uma subst�ncia na superf�cie externa, difus�o e desabsor��o da subst�ncia da superf�cie interna do material de prote��o. Dessa forma, � estabelecido um gradiente de concentra��o: alto no lado externo e baixo no interno. Uma vez que a tend�ncia � atingir a concentra��o de equil�brio, for�as moleculares conduzem a subst�ncia ao interior do material em dire��o a �reas sem ou com baixa concentra��o. Finalmente o maior fluxo de permea��o qu�mica ocorre e torna-se constante. A permea��o � medida como uma taxa. Taxa de permea��o � a quantidade de subst�ncia que se mover� atrav�s de uma �rea do material de prote��o num dado tempo. � normalmente expressa em microgramas de produto permeado por cent�metro quadrado por minuto de exposi��o (�g/cm2/min). Muitos s�o os fatores que influenciam a taxa de permea��o, incluindo o tipo do material e a sua espessura. Uma regra geral � que a taxa de permea��o � inversamente proporcional a espessura. Outros fatores importantes s�o a concentra��o da subst�ncia, tempo de contato, temperatura, umidade e solubilidade do material nas subst�ncias qu�micas.
Outra medida da permea��o � feita atrav�s do tempo de passagem, expresso em minutos. Tempo de passagem atrav�s da roupa � o tempo decorrido entre o contato inicial de uma subst�ncia com a superf�cie externa de um material e a sua detec��o na superf�cie interna. Assim como a taxa de permea��o, o tempo de passagem � espec�fico para cada subst�ncia e material e � influenciado pelos mesmos fatores. Como regra geral, o tempo de passagem � diretamente proporcional ao quadrado da espessura. Os dados referentes a taxa de permea��o e tempo de passagem s�o fornecidos pelos fabricantes. Embora exista metodologia padr�o da ASTM - American Standard for Testing Materials para testes de permea��o, existem diversas e consider�veis varia��es nos dados fornecidos pelos fabricantes, quanto a espessura e qualidade do material, processo de fabrica��o, temperatura, concentra��o das subst�ncias e m�todo anal�tico. O melhor material de prote��o a uma subst�ncia espec�fica � aquele que apresenta nenhuma ou baixa taxa de permea��o e longo tempo de passagem atrav�s da roupa. No entanto, estas propriedades n�o devem ser correlacionadas, ou seja, um longo tempo de passagem n�o significa, necessariamente, uma baixa taxa de permea��o e vice-versa. O valor desejado �, normalmente, um longo tempo de passagem atrav�s da roupa. Material de confec��o As roupas de prote��o contra produtos qu�micos tamb�m s�o classificadas de acordo com o material utilizado para a confec��o. Todos os materiais podem ser agrupados em duas categorias: elast�meros e n�o elast�meros. Elast�meros: s�o materiais polim�ricos (como pl�sticos), que ap�s serem esticados, retornam praticamente � forma original. A maioria dos materiais de prote��o pertence a esta categoria, que inclui: cloreto de polivinila (PVC), Neoprene, polietileno, borracha nitr�lica, �lcool polivin�lico (PVA), viton, teflon, borracha but�lica e outros. Os elast�meros podem ser colocados ou n�o em camadas sobre um material semelhante a pano. N�o elast�meros: s�o materiais que n�o apresentam a caracter�stica da elasticidade. Esta classe inclui o tyvek e outros materiais. Materiais de prote��o H� uma grande variedade de materiais de prote��o. A rela��o abaixo apresenta os materiais mais comuns utilizados em roupas de prote��o divididos em elast�meros e n�o elast�meros. Os termos "bom para" e "fraco para" representam dados para taxa de permea��o e tempo de passagem atrav�s da roupa. Estes s�o normalmente recomendados; no entanto, existem muitas exce��es dentro de cada classe de subst�ncias qu�micas.
N�veis de prote��o As equipes de atendimento �s emerg�ncias devem utilizar os equipamentos de prote��o individual sempre que houver a possibilidade de contato com subst�ncias perigosas que possam afetar a sua sa�de ou seguran�a . Isso inclui vapores, gases ou part�culas que podem ser gerados em virtude das atividades no local do acidente promovendo, desta forma, o seu contato com os componentes da equipe. A m�scara facial dos equipamentos aut�nomos de respira��o protege as vias respirat�rias, aparelho gastrintestinal e os olhos do contato com tais subst�ncias. A roupa de prote��o protege a pele do contato com subst�ncias que podem destruir ou ser absorvidas pela pele. Os equipamentos destinados a proteger o corpo humano do contato com produtos qu�micos foram divididos, pelos americanos (NFPA 471), em quatro n�veis de acordo com o grau de prote��o necess�rio, conforme segue.
Deve ser utilizado quando for necess�rio o maior �ndice de prote��o respirat�ria, a pele e aos olhos. � composto de:
Deve ser utilizado quando for necess�rio o maior �ndice de prote��o respirat�ria, por�m a prote��o para a pele encontra-se num grau inferior. � composto de:
Deve ser utilizado quando se deseja um grau de prote��o respirat�ria inferior ao N�vel B, por�m com prote��o para a pele nas mesmas condi��es. � composto de:
Fonte: Personal do Brasil Equipamentos de Prote��o Individual Ltda.
Deve ser utilizado somente como uniforme ou roupa de trabalho e em locais n�o sujeitos a riscos ao sistema respirat�rio ou a pele. Este n�vel n�o prev� qualquer prote��o contra riscos qu�micos. � composto de:
Fonte: Personal do Brasil Equipamentos de Prote��o Individual Ltda. Sele��o e uso da roupa de prote��o Sele��o da roupa de prote��o A sele��o da roupa de prote��o mais adequada � uma tarefa mais f�cil quando o produto qu�mico � conhecido. A sele��o torna-se mais dif�cil quando n�o se conhece o produto envolvido ou quando se trata de uma mistura de produtos, conhecidos ou n�o. Outra s�ria dificuldade no processo de sele��o da roupa de prote��o � o fato de n�o haver informa��o dispon�vel sobre a qualidade da prote��o oferecida pelos materiais utilizados na confec��o da roupa contra a grande variedade de produtos qu�micos existentes. O processo de sele��o da roupa consiste em:
Apesar das diversas vari�veis existentes, em muitas situa��es ser� poss�vel selecionar a roupa de prote��o mais adequada baseado no cen�rio e na experi�ncia da equipe. Como exemplo encontram-se listadas abaixo algumas condi��es para a sele��o do n�vel de prote��o mais apropriado. N�vel A de prote��o Escolha o N�vel A de prote��o sempre que:
N�vel B de prote��o Escolha o N�vel B de prote��o sempre que:
N�vel C de prote��o Escolha o N�vel C de prote��o sempre que:
N�vel D de prote��o Escolha o N�vel D de prote��o sempre que:
Conforme pode ser observado o n�vel de prote��o utilizado pode variar de acordo com o trabalho a ser realizado. No entanto, para a primeira avalia��o do cen�rio acidental o n�vel m�nimo de prote��o recomendado � o B. Cada n�vel de prote��o apresenta suas vantagens e desvantagens para utiliza��o. Geralmente, quanto maior o n�vel de prote��o maior � o desconforto da roupa. A determina��o do n�vel de prote��o deve estar fundamentada, primeiramente, na seguran�a do t�cnico sendo o objetivo principal fornecer-lhe a prote��o mais adequada com a m�xima mobilidade e conforto. Outros fatores devem ainda ser considerados na escolha do n�vel de prote��o mais adequado, entre eles:
O monitoramento da concentra��o de g�s ou vapor presente na atmosfera tamb�m pode auxiliar na sele��o do n�vel de prote��o mais adequado. A tabela 2 fornece o n�vel de prote��o de acordo com a concentra��o de g�s ou vapor desconhecido no ambiente. Crit�rios para escolha e uso de roupas de prote��
Observa��o: Todos os trajes de prote��o anteriormente apresentados, n�o devem "nunca" ser utilizados diretamente sobre a pele. Para situa��es onde n�o se conhece o contaminante, por�m atrav�s de equipamentos de monitoramento tal como um fotoionizador, pode ser estimar a concentra��o de vapores na atmosfera, � poss�vel selecionar um n�vel de prote��o mais apropriado, conforme tabela abaixo: N�vel de prote��o x concentra��o de g�s ou vapor desconhecido
Nos acidentes onde n�o se conhece o produto envolvido, ou este n�o foi ainda identificado, a sele��o do estilo da roupa a ser utilizada dever� ser baseada nas condi��es do cen�rio envolvido. As condi��es abaixo indicam a necessidade de utiliza��o da roupa de encapsulamento completo:
Situa��es desconhecidas requerem bom planejamento quanto a necessidade de utiliza��o da m�xima prote��o (encapsulamento completo) ou de um conjunto cal�a/jaqueta, ou do tipo macac�o. Uso da roupa de prote��o Ap�s determinar o tipo de roupa a ser utilizada, a pr�xima etapa � selecionar o material de prote��o. Os fabricantes dos materiais utilizados na confec��o das roupas podem, algumas vezes, fornecer dados sobre a resist�ncia qu�mica do material. No entanto, sempre haver� limita��es nessas informa��es, visto que n�o � poss�vel testar o material para o grande n�mero de subst�ncias qu�micas existentes. A permea��o � o principal crit�rio de sele��o. O melhor material de prote��o contra uma subst�ncia espec�fica � aquele que apresenta nenhuma ou pequena taxa de permea��o e um longo tempo de passagem atrav�s da roupa e que tenha sido confeccionado sem imperfei��es de projeto. A degrada��o, por sua vez, � uma informa��o menos �til. � uma determina��o qualitativa da capacidade do material suportar o ataque de uma subst�ncia, sendo normalmente expressa em unidades subjetivas como excelente, bom, fraco, ou termos similares. Os dados de degrada��o s� devem ser utilizados para auxiliar na sele��o do material se nenhum outro dado estiver dispon�vel. Nas situa��es onde o material de prote��o n�o puder ser escolhido devido �s incertezas quanto a sua resist�ncia qu�mica, as considera��es abaixo devem ser observadas:
Decidir se a roupa de encapsulamento completo deve ou n�o ser utilizada pode n�o ser t�o evidente. Se, de acordo com a situa��o, qualquer estilo da roupa puder ser utilizado, outros fatores devem ser considerados:
Precau��es anteriores ao uso da roupa de prote��o Antes de utilizar o N�vel A de prote��o, devem ser tomadas as seguintes precau��es:
A percep��o do odor � tamb�m um indicador de falha na veda��o da roupa de prote��o. Outros cuidados devem ainda ser adotados com rela��o � roupa interna, a ser utilizada sob a roupa de encapsulamento, tais como:
4.1.2 - Luvas de Prote��o �s Subst�ncias Qu�micas Luva � a forma mais comum de roupa de prote��o. Atualmente h� uma grande variedade de produtos e materiais de muitos fabricantes e importadores no mercado brasileiro. Nem sempre � f�cil decidir quanto a luva mais adequada a ser utilizada para uma determinada atividade. Antes da correta sele��o da luva deve-se compreender algumas diferen�as b�sicas entre elas. Os materiais mais utilizados na confec��o de luvas de prote��o, encontram-se listados abaixo:
A espessura do material de confec��o da luva � um fator importante a ser considerado no processo de sele��o. Para uma dada espessura, o material (pol�mero) selecionado tem uma grande influ�ncia no n�vel de prote��o fornecida pela luva. Para um pol�mero, uma maior espessura fornecer� uma prote��o melhor, se a subsequente perda de destreza (devido a espessura da luva) puder ser tolerada de forma segura, para aquela atividade. Aditivos s�o normalmente utilizados como mat�ria-prima de modo a atingir as caracter�sticas desejadas do material. Devido a tal fato, h� certa varia��o na resist�ncia qu�mica e no desempenho f�sico de luvas confeccionadas com o mesmo pol�mero, mas de fabricantes distintos. Outros fatores de desempenho devem ser considerados quando da sele��o de luvas de prote��o, tais como a resist�ncia � permea��o, flexibilidade, resist�ncia a danos mec�nicos e a temperatura. Da mesma forma que nas roupas de prote��o, a sele��o da luva deve levar em considera��o tanto a permea��o como a degrada��o do material. A permea��o qu�mica pode ser compreendida de forma simples, atrav�s da compara��o do que ocorre com um bal�o (bexiga) ap�s algumas horas. Embora n�o existam furos ou defeitos e o bal�o esteja bem selado, o ar contido no seu interior passa (permeia) atrav�s de suas paredes e escapa. Neste simples exemplo foi abordada a permea��o de um g�s, sendo que o princ�pio � o mesmo para os l�quidos, pois com estes a permea��o tamb�m ocorre. Os testes de permea��o s�o importantes pois fornecem uma informa��o segura para o manuseio de subst�ncias qu�micas. Por muitos anos, a sele��o de luvas baseou-se somente nos dados de degrada��o, mas algumas subst�ncias permeiam rapidamente atrav�s de certos materiais os quais apresentam boa resist�ncia a degrada��o. Isto significa que os usu�rios podem ficar expostos mesmo quando acreditam que est�o adequadamente protegidos. Os materiais de confec��o da luva de prote��o podem enrijecer, endurecer e tornarem-se quebradi�os, ou podem amolecer, enfraquecer e inchar muito al�m do seu tamanho original. Embora os testes de resist�ncia � degrada��o n�o devam ser considerados como suficientes para a escolha da luva � um dado essencial para a seguran�a do usu�rio. Testes para determinar a qualidade das luvas Os testes de resist�ncia a degrada��o e a permea��o foram padronizados pela ASTM e s�o, basicamente, conforme segue:
Uma amostra do material de confec��o de uma luva ou roupa de prote��o � fixada numa c�lula de teste como se fosse uma membrana, conforme a figura 2 . O lado externo da amostra � exposto � subst�ncia qu�mica. Em intervalos pr�-determinados, o lado interno da c�lula de teste � verificado no sentido de identificar se houve a permea��o qu�mica e em que intensidade. A metodologia de teste permite uma variedade de op��es nas t�cnicas anal�ticas de coleta e an�lise do produto permeado. A cromatografia gasosa com detec��o por ioniza��o de chama, como m�todo de an�lise e nitrog�nio seco como meio de coleta s�o as t�cnicas normalmente utilizadas. Quando da realiza��o de teste para �cidos e bases inorg�nicos, detectados pelo processo acima mencionado, � utilizado neste caso um m�todo colorim�trico padronizado pela ISO - International Standard Organizacional. O meio de coleta � a �gua e a detec��o � feita pela troca de cor de um papel indicador de pH.
Para execu��o deste teste s�o obtidos filmes (pel�culas) do material a ser testado. Estes filmes s�o pesados, medidos e completamente submersos na subst�ncia qu�mica por 30 minutos. Em seguida, determina-se a altera��o do tamanho, expressa em porcentagem, sendo que, posteriormente, os filmes s�o secados de modo a calcular a porcentagem da altera��o do tamanho e do peso. As altera��es f�sicas tamb�m s�o observadas e registradas. A avalia��o � baseada na combina��o desses dados. � importante lembrar que a permea��o e a degrada��o s�o afetadas com a varia��o da temperatura, principalmente com o seu aumento. Uma vez que os dados obtidos dos testes s�o v�lidos para temperaturas entre 20 e 25�C, devem ser adotados cuidados quando da utiliza��o de luvas em l�quidos aquecidos, pois haver� uma brusca redu��o na resist�ncia do material. Misturas de subst�ncias qu�micas tamb�m alteram significativamente a resist�ncia dos materiais. Por exemplo, o tempo de passagem da acetona atrav�s de laminado viton/clorobutil � de 53 - 61 minutos, enquanto que o hexano n�o permeia este material em 3 horas. No entanto, a combina��o de acetona e hexano resulta numa redu��o do tempo de passagem para 10 minutos. O sinergismo dessas subst�ncias n�o pode ser explicado em termos de efeitos individuais sobre o material. A tabela em anexo cont�m os dados de resist�ncia a degrada��o e permea��o de luvas de prote��o. As tabelas apresentam dados de testes de permea��o para as seis principais luvas de prote��o qu�mica: �lcool polivin�lico, l�tex, viton, borracha nitr�lica (NBR), borracha but�lica e neoprene. Estas tabelas fornecem a fam�lia qu�mica com diversos tempos de passagem para as principais luvas citadas acima. Estes dados devem ser utilizados no processo de sele��o da luva apenas como um guia inicial. Quando nenhum dado de desempenho estiver dispon�vel, a sa�de e seguran�a dos t�cnicos depender� do julgamento profissional do usu�rio. A maneira mais segura e recomendada para a sele��o da luva (e roupa), principalmente para subst�ncias t�xicas ou altamente t�xicas, � a realiza��o de testes em laborat�rios. Fam�lia qu�mica com tempo de passagem atrav�s da luva de 0 - 10 minutos para diversos materiais
Fam�lia qu�mica com tempo de passagem atrav�s da luva de 300 - 480 minutos para diversos materiais
Comprimento das luvas O comprimento de uma luva de prote��o tamb�m � outro aspecto a ser considerado no processo de sele��o. O comprimento adequado depende do servi�o a ser realizado e do grau de prote��o desejado. O comprimento � medido a partir da extremidade do dedo do meio at� a outra extremidade da luva, enquanto que o seu tamanho � medido pelo per�metro da palma da m�o. A tabela abaixo, apresenta alguns comprimentos t�picos de luvas e a prote��o oferecida. Comprimentos t�picos de luvas e prote��o oferecida
Inicialmente, muitos fabricantes de roupas herm�ticas (encapsuladas) incorporaram as luvas como parte permanente da roupa de prote��o. No entanto, esta n�o foi uma boa pr�tica visto que a forma da luva, o tempo necess�rio para o seu reparo e reposi��o quando da troca e os procedimentos para a descontamina��o eram afetados, reduzindo desta forma a disponibilidade da roupa. Atualmente, a maioria dos fabricantes fornece roupas de prote��o de encapsulamento completo com luvas remov�veis. As luvas s�o conectadas � roupa atrav�s da utiliza��o de an�is de veda��o, os quais tamb�m n�o permitem a passagem de g�s e vapor para o interior da roupa. Em muitas situa��es � aconselh�vel a utiliza��o de um par de luvas adicional, a ser colocado sobre a luva de prote��o de modo a fornecer a seguran�a necess�ria de acordo com o servi�o a ser realizado. Tamb�m � uma boa pr�tica de trabalho utilizar luvas descart�veis (tipo cir�rgicas) sob a luva de prote��o visando aumentar o tato e a sensibilidade. Alguns tipos de roupas apresentam uma prote��o especial contra respingos nas luvas e botas. Trata-se, na realidade, de uma segunda manga, a qual � sobreposta � luva ou bota de prote��o. Permea��o: tempo de passagem atrav�s do material Este tempo indica o menor tempo observado desde o in�cio do teste at� a primeira detec��o da subst�ncia no outro lado da amostra do material. Representa o tempo esperado para que o material ofere�a a mais efetiva resist�ncia contra a subst�ncia. 4.1.3. – Botas de Prote��o �s Subst�ncias Qu�micas At� recentemente as botas de prote��o comercialmente dispon�veis eram confeccionadas somente em PVC ou borracha. Devido as necessidades do mercado, os fabricantes desses materiais v�m desenvolvendo um elevado n�mero de misturas de pol�meros que s�o mais resistentes �s subst�ncias qu�micas. Muitos problemas est�o relacionados com a utiliza��o de novas misturas de pol�meros devido ao complicado processo de moldagem por inje��o para a fabrica��o das botas. Cuidados devem ser ainda observados quando as botas entram em contato com subst�ncias qu�micas, uma vez que estas podem agir como uma "esponja qu�mica" (absor��o da subst�ncia), resultando na exposi��o do usu�rio. As botas mais simples s�o produzidas atrav�s do processo de moldagem por inje��o de �nico est�gio. O aspecto da bota � semelhante �s botas de borracha contra chuvas, e s�o fabricadas em neoprene e borracha but�lica. Devido ao processo de �nico est�gio, o solado da bota � feito com o mesmo material, sendo, no entanto, mais espesso. Isso significa que as caracter�sticas de tra��o e desgaste da sola n�o s�o as mais adequadas. De modo a fornecer um produto mais funcional e dur�vel, foi desenvolvido um processo de moldagem por inje��o de dois est�gios. Isso permite a fabrica��o de um produto de baixo peso na sua parte superior com um solado com alta resist�ncia ao desgaste e boa tra��o. Este processo tamb�m resulta numa bota mais apropriada e com uma maior resist�ncia qu�mica. Estas botas est�o dispon�veis em PVC e PVC/borracha nitr�lica. Botas confeccionadas � m�o est�o dispon�veis em v�rios tamanhos de modo a fornecer uma melhor adapta��o e conforto. Estas botas s�o confeccionadas em est�gios com um grande n�mero de componentes, o que as tornam propensas a atuar como "esponja qu�mica". Outros estilos de botas est�o dispon�veis, confeccionadas em neoprene e diversas formula��es de borracha. Todos os conceitos j� apresentados em roupas e luvas (permea��o, degrada��o, penetra��o e outros) podem ser aplicados �s botas, ressaltando-se apenas que a prote��o oferecida por estas n�o � somente devido ao material de confec��o, mas tamb�m pela espessura do solado, o qual permite, para a maioria dos casos, um tempo de contato mais prolongado quando comparado a luvas e roupas confeccionadas com o mesmo material. 4.2 - Prote��o Respirat�ria Introdu��o Proteger o homem contra os riscos representados por elementos respir�veis nocivos � sa�de presentes no ar atmosf�rico, � fonte de preocupa��o h� muitos s�culos em nossa sociedade. A utiliza��o de bexiga animal como filtro protetor contra poeiras em minas romanas no s�culo I; posteriormente o grande avan�o durante a primeira guerra mundial, quando desenvolveram-se equipamentos de prote��o respirat�ria para fazer frente aos gases t�xicos utilizados com fins b�licos, e finalmente nos dias atuais onde dispomos de equipamentos eficazes e totalmente independentes do ar atmosf�rico, s�o indicativos da import�ncia dos dispositivos que propiciam prote��o respirat�ria em ambientes adversos. O sistema respirat�rio � a principal via de contato com subst�ncias nocivas. Apesar de possuir defesas naturais, o grau de toler�ncia do homem para exposi��o a gases t�xicos, vapores, part�culas ou ainda a defici�ncia de oxig�nio, � limitado. Algumas subst�ncias podem prejudicar ou mesmo destruir partes do trato respirat�rio, outras podem ser absorvidas pela corrente sang��nea gerando danos aos demais �rg�os do corpo humano. Nos acidentes envolvendo produtos qu�micos perigosos, onde a libera��o de materiais t�xicos para a atmosfera pode gerar altas concentra��es, � fundamental a prote��o das equipes de atendimento, pois muitas vezes os �ndices de contaminantes no ar podem ser imediatamente letais. O conhecimento apurado dos riscos oferecidos por um determinado produto qu�mico, as condi��es espec�ficas do local e as limita��es do operador e dos equipamentos nortear�o a sele��o do sistema de prote��o respirat�ria mais adequado para propiciar a seguran�a necess�ria �s equipes de atendimento nas situa��es emergenciais. Na descri��o dos equipamentos de prote��o optou-se por citar os recursos b�sicos encontrados nos v�rios modelos existentes no mercado. Detalhamento de dispositivos ou recursos adicionais de cada fabricante, n�o foram contemplados. Inicialmente ser� abordado os riscos mais comuns nos epis�dios emergenciais, numa segunda etapa ser�o descritos os tipos de aparelhos de prote��o respirat�ria, diretrizes para sele��o e uso, as limita��es e as recomenda��es pr�ticas para a utiliza��o. Objetivo Este trabalho tem por finalidade propiciar a equipes de atendimento emergencial o conhecimento b�sico sobre a prote��o respirat�ria nas situa��es de emerg�ncia envolvendo produtos qu�micos perigosos. Riscos respirat�rios Risco respirat�rio � toda altera��o das condi��es normais do ar atmosf�rico que interfere no processo da respira��o, gerando consequentemente danos ao organismo humano. A presen�a de gases contaminantes, materiais particulados em suspens�o no ar ou mesmo a varia��o da concentra��o de oxig�nio no ar, representam riscos comumente encontrados pelas equipes empenhadas nos atendimentos aos epis�dios emergenciais envolvendo produtos qu�micos perigosos. Os efeitos gerados pela exposi��o humana a tais condi��es v�o desde a simples irrita��o das vias a�reas at� o comprometimento das fun��es vitais ocasionando a morte. Para efeito deste trabalho ser�o abordados os riscos respirat�rios, dividindo-os em dois grupos: a defici�ncia de oxig�nio e os contaminantes do ar atmosf�rico. Antes de serem abordados os t�picos acima, uma breve explana��o sobre a composi��o do ar e o consumo humano de oxig�nio, torna-se necess�ria. Composi��o do ar atmosf�rico O ar atmosf�rico, em condi��es normais, � composto por gases para os quais o organismo humano est� devidamente adaptado. A tabela abaixo apresenta o percentual em volume desses gases no ar, considerando-o isento de umidade. Composi��o do ar atmosf�rico
Observa��o: A rigor n�o existe ar atmosf�rico que n�o contenha umidade. Na presen�a de 1% de vapor d'�gua, correspondente a 50% de umidade relativa do ar a 20�, permanecem apenas 99% de ar seco. J�, para 3% de vapor d'�gua, correspondente a 100% de umidade relativa no ar a 24�, tem-se uma parcela de 97% de ar seco. A temperatura do ar � outro fator que o torna respir�vel, pois altera��es extremas ocasionar�o queimaduras ou congelamento das vias respirat�rias e pulm�es. Consumo de ar O consumo de ar pelo homem � mensurado atrav�s do volume respirat�rio por minuto, representado pelo volume corrente normal (500 ml), multiplicado pela freq��ncia respirat�ria normal (cerca de 12 por minuto). Tem-se ent�o que o volume respirado num minuto eq�ivale a 6 litros de ar. Esse consumo pode variar em fun��o da demanda de ar dispon�vel, do estado psicol�gico e do esfor�o f�sico desempenhado. Em qualquer uma dessas situa��es s�o promovidas altera��es na profundidade da respira��o, com aumento do volume respirado, e na freq��ncia respirat�ria com aumento dos ciclos (inspira��o/expira��o) por minuto, visando suprir a necessidade de oxig�nio do organismo. A tabela abaixo compara o incremento no consumo de ar com o oxig�nio, em fun��o da intensidade de esfor�o f�sico desempenhado. De forma geral, pode-se concluir que a capacidade pulmonar e as varia��es no consumo de oxig�nio determinam a ventila��o alveolar e por conseguinte o n�vel de oxigena��o sang��nea, refletindo no desempenho funcional do organismo como um todo. Consumo de ar
Fonte: Prote��o Respirat�ria Completa (Manual), Drager - Lubeca Defici�ncia de oxig�nio O volume parcial de oxig�nio em rela��o � composi��o total do ar � sempre constante (20,93%), por�m em circunst�ncias espec�ficas esse percentual pode sofrer redu��o. Os efeitos dessa redu��o sobre o organismo est�o diretamente ligados � press�o exercida pelo oxig�nio sobre os alv�olos pulmonares. Em termos gerais, pode-se dizer que o oxig�nio exerce uma press�o sobre os alv�olos, possibilitando a troca gasosa entre estes e as hem�cias da corrente sang��nea. Isto significa dizer que ao diminuir a quantidade de oxig�nio presente no ar tem-se menor press�o alveolar. Com, isso o teor de oxig�nio nas hem�cias � menor, comprometendo a oxigena��o dos demais tecidos e �rg�os, sendo que, paralelamente, h� um incremento da taxa de CO2 na corrente sang��nea e nas c�lulas dos tecidos. A press�o parcial do oxig�nio (PPO2) tamb�m � afetada pela press�o atmosf�rica total. Esta � de 760 mmHg ao n�vel do mar, sendo a PPO2 de 159 mmHg, condi��o esta considerada ideal para a respira��o. H� uma diminui��o progressiva da press�o total com o aumento da altitude. Altitudes superiores a 4240 metros s�o consideradas imediatamente perigosas � vida e � sa�de, j� que neste n�vel tem-se uma press�o atmosf�rica de 450 mmHg implicando numa PPO2 de 95 mmHg. Saliente-se que pessoas aclimatizadas �s grandes altitudes n�o sofrem esses efeitos, pois o organismo realiza mudan�as compensadoras nos sistemas cardiovascular, respirat�rio e formador do sangue. A tabela abaixo que segue compara a redu��o do volume de oxig�nio com a redu��o da PPO2, ao n�vel do mar, e seus efeitos sobre o homem. Concentra��o de oxig�nio e os riscos para a sa�de
Fonte: Revista CIPA No 172 Por outro lado, em condi��es de press�o atmosf�rica elevada haver� maior absor��o sang��nea dos gases que comp�em o ar e concomitantemente pelas c�lulas dos tecidos. Com a redu��o da press�o esses gases tendem a ser liberados, da� os problemas de embolia gasosa e morte gerados pelo nitrog�nio quando da redu��o brusca da press�o. O aumento da press�o atmosf�rica por si s�, pode gerar danos como os descritos a seguir: a) acima de 4 atmosferas*, o nitrog�nio causa efeitos narc�ticos; b) a 5 atmosferas, o oxig�nio, em concentra��o normal, causa irrita��o nos pulm�es; c) a 15 atmosferas, o ar pode ser tolerado por apenas 3 horas. (*) 1 atmosfera = 1 bar = 760 mmHg (ao n�vel do mar). Causas geradoras da defici�ncia de oxig�nio Neste item est�o abordados os casos normalmente encontrados nos atendimentos emergenciais que podem ocasionar a redu��o na concentra��o de oxig�nio contida no ar. Embora cada cen�rio tenha suas caracter�sticas particulares que dever�o ser observadas, podem-se adotar como causas b�sicas da defici�ncia de oxig�nio, as descritas a seguir:
Os materiais org�nicos destes ambientes tamb�m est�o sujeitos � oxida��o natural, contribuindo para a diminui��o da concentra��o de oxig�nio. Os despejos industriais podem conter gases que por si s� deslocam o ar.
Considera��es gerais Nos atendimentos �s emerg�ncias com produtos perigosos, utiliza-se como valor limite de seguran�a a concentra��o, internacionalmente aceita de 19,5% em volume de oxig�nio, pois fica impl�cito que qualquer redu��o na concentra��o normal de oxig�nio, implica no aumento da concentra��o de outro g�s. Assim, a redu��o de 1% em volume de oxig�nio no ar (equivalente a 10.000 ppm) representa um aumento de 1% em volume na concentra��o de outra subst�ncia, muitas vezes desconhecida, o que pode significar uma situa��o de alto risco. A avalia��o quantitativa da concentra��o de oxig�nio no ar � fator preponderante na sele��o dos m�todos eficazes de prote��o respirat�ria. Aparelhos espec�ficos fornecem o percentual em volume de oxig�nio em determinado ambiente. A an�lise dos dados obtidos permite a identifica��o de condi��es prejudiciais ou mesmo letais ao homem. Ar respir�vel em condi��es normais significa:
Contaminantes S�o todas subst�ncias alheias � composi��o normal do ar atmosf�rico, que podem gerar irrita��es ou danos ao organismo humano. Embora em muitos casos n�o sejam percept�veis � vis�o e olfa��o, podem estar presentes nos v�rios cen�rios com que se deparam as equipes de emerg�ncia. Os contaminantes s�o comumente divididos em dois grupos: os gasosos e os particulados, tamb�m conhecidos como aerodispers�ides. Contaminantes gasosos S�o representados pelos gases propriamente ditos e pelos vapores. Os gases s�o subst�ncias qu�micas que se encontram no estado gasoso em press�o e temperatura ambiente. Possuem grande mobilidade e misturam-se facilmente ao ar atmosf�rico. Vapor � o estado gasoso de subst�ncias que em condi��es de press�o e temperatura ambiente, s�o l�quidas ou s�lidas. A emana��o de vapor ocorre pelo aumento da temperatura ou pela redu��o da press�o. As defesas naturais das vias respirat�rias oferecem certa prote��o contra os riscos gerados pela inala��o dessas subst�ncias, quer seja atrav�s da filtragem de parte dos gases e vapores, como pela atua��o do revestimento mucoso, onde ser�o absorvidos. Devido � grande mobilidade das mol�culas gasosas, a penetra��o no trato respirat�rio � facilitada, atingindo diretamente os alv�olos onde s�o absorvidas pela corrente sang��nea. Na seq��ncia s�o abordadas as caracter�sticas qu�micas e toxicol�gicas dos contaminantes gasosos. Aerodispers�ides Aerodispers�ide � um termo usado para descrever os contaminantes na forma particulada (s�lida ou l�quida). S�o pequenas part�culas em suspens�o no ar, muito maiores que uma mol�cula. Os danos que causam ao organismo quando inalados dependem de suas caracter�sticas, tais como: tamanho, forma, densidade e propriedades f�sicas e qu�micas. Apesar das defesas naturais do sistema respirat�rio abordadas anteriormente, muitas part�culas podem atingir as por��es mais internas dos pulm�es. Crit�rios de avalia��o A avalia��o dos riscos representados pelos contaminantes � feita com base nas aferi��es de concentra��o obtidas por aparelhos de medi��o. Em algumas circunst�ncias, al�m dos gases e vapores pode haver o risco associado a aerodispers�ides, quando dever�o ser adotadas medidas de seguran�a adicionais. Genericamente, pode-se dizer que os principais t�picos a serem observados quanto ao risco dos contaminantes, s�o:
Equipamento de Prote��o respirat�ria S�o equipamentos destinados a proteger o usu�rio dos riscos representados pela presen�a de contaminantes no ar ambiente. O m�todo pelo qual eliminam ou diminuem o risco respirat�rio baseia-se fundamentalmente na utiliza��o de uma pe�a facial que isola o usu�rio do ar contaminado e de um sistema de purifica��o ou de suprimento de ar respir�vel. O sistema de purifica��o consiste basicamente de um elemento filtrante que ret�m o contaminante e permite a passagem do ar purificado. J� o sistema de suprimento de ar, fornece ar respir�vel ou oxig�nio a partir de uma fonte independente da atmosfera contaminada. Tipos de Equipamentos de Prote��o Respirat�ria Dependentes: S�o m�scaras faciais ou semi faciais que atuam com elementos filtrantes, removendo do ambiente contaminado o ar necess�rio para respira��o. Esses equipamentos possuem algumas restri��es quanto ao uso, dentre as quais pode-se destacar:
Independentes Normalmente, s�o conjuntos aut�nomos port�teis ou linhas que fornecem o ar necess�rio ao usu�rio, independentemente das condi��es do ambiente de trabalho (grau de contamina��o). Propiciam o isolamento do trato respirat�rio do usu�rio da atmosfera contaminada. QUADRO GERAL DE PROTE��O RESPIRAT�RIA Elemento filtrante Os elementos filtrantes (filtros) s�o confeccionados de materiais apropriados para a remo��o de contaminantes espec�ficos. De acordo com o contaminante a ser removido, os filtros podem ser do tipo qu�mico, mec�nico ou combinado (mec�nico e qu�mico). a) Filtro mec�nico � utilizado para a prote��o contra materiais particulados, sendo normalmente confeccionado em material fibroso, cujo entrela�amento microsc�pico das fibras ret�m as part�culas e permite a penetra��o do ar respir�vel. Segundo o Projeto de Norma 2:11-03-006 ABNT, os filtros mec�nicos podem ser classificados em fun��o de sua capacidade de filtra��o, conforme descrito a seguir:
Obs: A prote��o propiciada por uma determinada classe de filtros compreende tamb�m a prote��o fornecida pelo filtro da classe anterior. Aparelhos Purificadores Equipamentos com filtros mec�nicos - M�scaras contra suspens�es particuladas (respiradores): Caracter�sticas:
Observa��es:
Limita��es:
b) Filtro qu�mico � o filtro utilizado para a prote��o contra gases e vapores. O processo de funcionamento baseia-se na adsors�o dos contaminantes gasosos por meio de um elemento filtrante, normalmente o carv�o ativo. Alguns filtros qu�micos utilizam adicionalmente elementos qu�micos (sais minerais, catalisadores ou alguns alcalinos) que melhoram o processo de adsors�o. A quantidade (concentra��o) do contaminante que o filtro pode reter, depende da qualidade do elemento filtrante, granulometria, massa filtrante (quantidade) e do tipo do contaminante, influindo tamb�m a temperatura e umidade. O Projeto de Norma 2:11-03-006 - ABNT estabelece os tipos de filtros de acordo com o contaminante gasoso contra o qual se deseja prote��o, como descrito a seguir:
Os filtros acima mencionados podem se apresentar de forma combinada, oferecendo prote��o contra mais de um tipo de contaminante gasoso. Considerando-se a capacidade de reten��o, os filtros s�o classificados em tr�s tamanhos: Classe 1 - cartuchos pequenos, para contaminantes gasosos em baixas concentra��es; Classe 2 - cartuchos m�dios, para contaminantes gasosos em m�dias concentra��es; Classe 3 - cartuchos grandes, para contaminantes gasosos em altas concentra��es. A tabela abaixo demonstra a m�xima concentra��o de uso dos filtros qu�micos. Concentra��o de uso
Fonte: Projeto de Norma 2:11.03-006/1990 ABNT
Adota-se tamb�m um c�digo de cores para os filtros qu�micos, em fun��o do tipo de contaminante gasoso para o qual foi projetado. As Tabelas abaixos apresentam os c�digos de cores adotados pela NIOSH - National Institute for Occupational Safety and Health e pelo CEN - Comit� Europeu de Normaliza��o. 3) Filtros combinados S�o utilizados para prote��o contra contaminantes gasosos e particulados simultaneamente. S�o constitu�dos portanto, pela combina��o de um filtro mec�nico sobreposto a um filtro qu�mico. Dependendo da pe�a facial utilizada, podem estar dispostos em cartuchos separados; por�m, o detalhe construtivo da pe�a deve permitir que o ar contaminado passe primeiro pelo filtro mec�nico e posteriormente pelo filtro qu�mico. A disposi��o do filtro em cartuchos distintos � prefer�vel, pois geralmente o filtro mec�nico satura primeiro. Vida �til do filtro Os elementos filtrantes t�m capacidade finita para remover contaminantes e quando seu limite � atingido, os filtros come�am a saturar. No caso dos filtros qu�micos, atingindo o ponto de satura��o, o elemento filtrante permitir� progressivamente a passagem do contaminante at� o interior da pe�a facial. Nos filtros mec�nicos a impregna��o de part�culas impor� resist�ncia � respira��o. O per�odo de tempo que um filtro efetivamente ret�m o contaminante � conhecido como vida �til. De acordo com o Projeto de Norma 2:11.03-006/1990 (ABNT), os filtros quando ensaiados devem apresentar a vida �til m�nimaconforme os dados da Tabela abaixo. Para maiores detalhes sobre as condi��es em que s�o efetuados os ensaios (concentra��o de teste, concentra��o limitante, vaz�o, etc), o Projeto de Norma citado deve ser consultado. Vida �til M�nima
Nota: Se um filtro � uma combina��o de dois ou mais tipos, a vida �til m�nima exigida fica dividida pela metade A vida �til de um determinado tipo de filtro depende de v�rios fatores, como os descritos a seguir: a) Frequ�ncia respirat�ria Influi na vida �til do filtro, pois quanto maior for a frequ�ncia respirat�ria do usu�rio, tanto maior ser� a quantidade de contaminante em contato com o elemento filtrante num dado per�odo de tempo, com isto aumenta-se a taxa de satura��o. b) Concentra��o do contaminante A expectativa de vida �til de um filtro diminui conforme aumenta a concentra��o do contaminante no ambiente, j� que h� maior quantidade desse em contato com o elemento filtrante. c) Efici�ncia do filtro A capacidade do filtro qu�mico em remover o contaminante do ar pode variar numa mesma fam�lia qu�mica. A tabela abaixo compara a efici�ncia dos filtros para vapores org�nicos com certos solventes, em fun��o do tempo necess�rio para se atingir a penetra��o de 1% do contaminante no ar filtrado. A concentra��o inicial de teste � 1.000 ppm de vapor de solvente, enquanto que a concentra��o de penetra��o � 10 ppm. Equipamentos com Filtros Qu�micos - M�scaras contra gases ou vapores: Caracter�sticas:
Observa��es:
A autonomia dos equipamentos pode variar de fra��es de hora at� uma hora, de maneira geral. Limita��es:
Fonte: MSA do Brasil – Equipamentos e Instrumentos De Seguran�a Ltda. Equipamentos com Filtros Combinados - M�scaras para associa��es de part�culas e formas gasosas: Caracter�sticas:
Observa��es:
Limita��es:
Fonte: MSA do Brasil – Equipamentos e Instrumentos De Seguran�a Ltda. Aparelhos de Isolamento Equipamentos autoprotetores ou aut�nomos: Equipamento aut�nomo a cilindro de ar: Caracter�sticas:
Observa��es:
Limita��es:
Equipamentos de adu��o ou provis�o de ar: Equipamento a ar aspirado por depress�o respirat�ria: Aparelhos com adu��o de ar Estes equipamentos suprem o oxig�nio ou ar necess�rios ao homem, independente do meio onde esteja trabalhando, ou seja, isolam o usu�rio da atmosfera circundante. Comparados aos purificadores de ar, oferecem maior prote��o ao usu�rio, pois operam com suprimento de ar respir�vel, n�o dependendo de sistemas de filtragem para a remo��o dos contaminantes. O suprimento � feito atrav�s de uma linha ou tubula��o onde o ar prov�m de uma fonte externa ao ambiente contaminado. Essa fonte pode ser uma bateria de cilindros, compressores, ventoinha manual ou el�trica, ou ainda pela simples a��o respirat�ria do usu�rio. O ar respir�vel tamb�m pode ser fornecido a partir de cilindros de ar comprimido ou sistemas que o liberem quimicamente, ambos portados pelo usu�rio. Caracter�sticas:
Observa��es:
Limita��es:
Fonte: Drager Industria e Com�rcio Ltda. Equipamentos a ar insuflado ou de linha de ar: Caracter�sticas:
As M�scaras Linha de Ar Fluxo Cont�nuo e Press�o de Demanda s�o alimentadas por um fluxo de ar comprimido interligado ao compressor e/ou atrav�s de provedor de ar. Os equipamentos trabalham com uma press�o variadas, sendo a de Fluxo Cont�nuo de 2,0 a 2,5 Kgf/cm2 e a Press�o de Demanda de 5,0 a 7,05 Kgf/c, com uma vaz�o constante de 60 litros por minuto. As mangueiras s�o fabricadas com produtos at�xicos, em comprimentos que variam de 5, 10 e 20 m. Estas mascaras podem ser mascaras Semi Facial e/ou Facial, podem trabalhar com press�o positiva, que previne uma eventual infiltra��o de ar contaminado no seu interior. As mascara facial, pode ser dotada de um regulador de demanda (press�o positiva), com acionamento autom�tico (ap�s a primeira inala��o do usu�rio) e bloqueador semi-autom�tico, sendo conectado � pe�a facial atrav�s de um sistema de Engate R�pido. Observa��es:
Limita��es: Mascara Semi Facial conectada a linha de ar com fluxo de ar cont�nuo e/ou press�o de demanda:
Mascara Facial conectada a linha de ar com fluxo de ar cont�nuo e/ou press�o de demanda:
Mascaras com Linha de Ar Fluxo cont�nuo: Fonte: MSA do Brasil – Equipamentos e Instrumentos De Seguran�a Ltda. Mascara com Linha de Ar Press�o de Demanda: Fonte: MSA do Brasil – Equipamentos e Instrumentos De Seguran�a Ltda. Mascaras com Linha de Ar Fonte: MSA do Brasil – Equipamentos e Instrumentos De Seguran�a Ltda. Sele��o de Respiradores A escolha do equipamento de prote��o respirat�ria adequado para a prote��o das equipes de emerg�ncia, depende basicamente da avalia��o pr�via das vari�veis presentes no ambiente onde se desenrolar�o as atividades. Aspectos a serem observados na sele��o da prote��o respirat�ria Os seguintes fatores ser�o levados em conta na sele��o do tipo mais adequado:
Na seq��ncia, s�o pormenorizados cada um dos fatores acima citados.
A atividade do usu�rio � fator de extrema import�ncia na sele��o do melhor equipamento, quer seja aut�nomo, com filtro qu�mico, com filtro mec�nico ou com mangueira de ar. Deve-se levar em conta se a atividade f�sica a ser desenvolvida � considerada um trabalho leve, m�dio ou pesado, pois o esfor�o exigido do usu�rio e do respirador podem reduzir drasticamente a vida �til do equipamento. Por exemplo, o volume de ar respirado por um homem andando a uma velocidade de 6,5 km/h � tr�s vezes maior do que o respirado por um homem parado. Nesta situa��o, o consumo de ar nas m�scaras aut�nomas � maior, os filtros qu�micos s�o exauridos em tempo menor e os filtros mec�nicos s�o obstru�dos com maior facilidade e rapidez. Isto se aplica a todos os tipos de equipamento de prote��o respirat�ria, exceto para os com linha de ar. Nos casos onde � necess�rio o uso de roupas de encapsulamento, o desgaste f�sico est� potencializado pela perda de l�quido do organismo. O uso do equipamento em condi��es adversas, tais como ru�do, calor, umidade, entre outras, as quais tendem a aumentar o desgaste f�sico, podem provocar efeitos adversos � sa�de do usu�rio, comprometendo o desenvolvimento da atividade, bem como o tempo de perman�ncia no local.
Dada a imprevisibilidade dos cen�rios encontrados nos atendimentos a emerg�ncias, torna-se necess�rio monitorar as concentra��es do contaminante e de oxig�nio periodicamente, durante o tempo em que as equipes estejam na �rea de risco. Qualquer altera��o significativa requer a ado��o de medidas complementares ou mesmo a substitui��o do equipamento por outro mais efetivo para as condi��es detectadas. Outro fator a ser considerado quando da sele��o do EPR, � sua aprova��o por meio de ensaios; ou seja, os equipamentos de prote��o respirat�ria devem ter sido aprovados em ensaios para determinado tipo e concentra��o de contaminante, al�m dos testes de resist�ncia dos v�rios componentes. Tanto a capacidade de reten��o dos filtros, como a qualidade do ar ou do oxig�nio dos aparelhos com suprimento, devem estar de acordo com as normas vigentes. Igualmente, os respiradores devem ter sido submetidos aos ensaios de veda��o pertinentes. Manuten��o de Equipamentos A manuten��o de equipamentos de prote��o respirat�ria deve ser programada de acordo com o tipo de uso. Os equipamentos empregados para uso individual e rotineiro devem possuir um programa de manuten��o diferente dos equipamentos destinados ao atendimento de emerg�ncias. Embora os programas sejam diferenciados, possuem o mesmo n�vel de import�ncia, tendo em vista os fins a que se destinam. H� que se ressaltar que todo e qualquer programa de manuten��o deve ser feito por pessoas treinadas e devidamente conscientizadas da import�ncia do trabalho. Um programa de manuten��o de prote��o respirat�ria consiste basicamente de tr�s itens:
Inspe��o As inspe��es, quando bem processadas, minimizam a probabilidade da ocorr�ncia de falhas dos equipamentos e ajudam a fixar no usu�rio a mentalidade da import�ncia da seguran�a. A frequ�ncia para a sua realiza��o (di�ria, semanal, mensal, etc) depende do tipo de equipamento utilizado, atividade e risco. Os respiradores usados rotineiramente devem ser cuidadosamente inspecionados. Uma boa vistoria realizada pelo usu�rio diariamente antes de us�-lo, para certificar-se que tudo est� em boas condi��es, � de vital import�ncia para sua prote��o. Essa inspe��o visual deve indicar as condi��es de v�lvulas e membranas, de modo a permitir a remo��o de sujeiras ou quaisquer outras impurezas que possam causar vazamentos. Os equipamentos, como por exemplo m�scaras aut�nomas, devem ser rigorosamente controlados quanto as datas de inspe��es, manuten��es preventivas e os defeitos encontrados, e anotados em fichas de registro individuais. Cuidados redobrados s�o necess�rios no que tange ao controle da reutiliza��o de filtros. A manuten��o de m�scaras aut�nomas deve receber um tratamento diferenciado com rela��o aos demais respiradores, em virtude da complexidade dos seus componentes. Os fabricantes em geral recomendam testar este equipamento antes do seu uso quanto ao funcionamento dos reguladores, v�lvulas, alarme e outros dispositivos de alerta, pe�a facial, traqu�ia e v�lvula de exala��o 5. Considera��es finais Os Equipamentos de Prote��o Individual, usualmente identificados pela sigla ‘EPI’, formam um conjunto de recursos amplamente empregado para proteger a integridade f�sica do trabalhador no exerc�cio de suas atividades. Neste sentido, � de suma import�ncia que nas opera��es de emerg�ncia que envolvam produtos qu�micos, os EPIs sejam definidos a partir de crit�rios t�cnicos, de acordo com os riscos apresentados pelos produtos envolvidos, tamanho do vazamento, locais atingidos e servi�os a serem realizados, ap�s a avalia��o de campo especialistas. Os EPIs devem ser utilizados por pessoas devidamente treinadas e familiarizadas com eles, uma vez que a escolha ou a utiliza��o errada pode acarretar conseq��ncias indesej�veis. O ingresso em �reas onde existam riscos de explos�o, ocasionado por subst�ncias perigosas deve ser realizado sempre por, no m�nimo, duas pessoas devidamente protegidas, tendo suas atividades acompanhadas permanentemente por uma equipe de retaguarda. Em caso de d�vida quanto �s caracter�sticas dos produtos envolvidos e aos riscos que oferecem, deve-se evitar adentrar as �reas consideradas perigosas. No entanto, se a gravidade da situa��o exigir a ado��o de uma medida imediata, sempre se dever� optar pela prote��o m�xima, ou seja prote��o do cr�nio, roupas herm�ticas (incluindo luvas e botas soldadas) e conjunto aut�nomo de respira��o a ar comprimido. O uso dos EPIs poder� levar a desgastes f�sicos, principalmente as roupas que poder�o ocasionar a desidrata��o do usu�rio. Quando destas situa��es, os t�cnicos devem ser orientados para adotarem a��es pr�vias para evitar problemas f�sicos que podem interferir na seguran�a da atividade desenvolvida. Todos os equipamentos de prote��o devem ser higienizados e rotineiramente inspecionados, de foram minuciosa, para detec��o desgastes e poss�veis avarias. Um equipamento de prote��o mal selecionado e/ou avariado, pode aumentar o risco de acidentes e n�o evit�-los. Conv�m destacar, que no desenvolvimento de atividades emergenciais, al�m dos riscos inerentes � respectiva atividade, outros fatores devem ser considerados para a utiliza��o dos EPIs, tais como:
Outro aspecto que deve ser levado em considera��o diz respeito �s roupas contaminadas durante o atendimento a situa��es emergenciais com produtos qu�micos, as quais devem ser descontaminadas ainda no local do atendimento, o que pode ser feito com o uso de mangueiras ou nebulizadores de �gua antes que o usu�rio as retire. Este procedimento assegurar� uma maior vida �til e evitar� que ocorra a contamina��o das pr�ximas pessoas que utilizarem estes equipamentos. Finalmente, vale lembrar que todo equipamento de prote��o deve ser:
6. Bibliografias
Cat�logos :
Quais os EPIs usados para prevenir riscos físicos?Protetor Auricular. 1) Protetor Auricular Tipo Concha.. 3) Protetor Auricular de Inserção Pré-Moldável.. 1) Luvas de procedimento (descartáveis).. 2) Luvas de borracha antiderrapante.. 3) Luvas resistentes a temperaturas altas e baixas.. 4) Luvas para manuseio de produtos químicos.. Jaleco ou avental descartável:. Quais são os equipamentos de proteção individual EPIs?Demais EPI
Proteção Da Cabeça: capacete de segurança; capuz / balaclava… Olhos e Face: óculos de segurança; máscara de solda… Auditiva: protetor auricular; protetor auditivo… Respiratória: respirador; máscara respiratória…
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