Quais são os efeitos da destruição da camada de ozônio na saúde humana

O ozono (O3) que existe na atmosfera localiza-se maioritariamente (90%) na estratosfera – camada da atmosfera entre os 12 e os 50 Km acima da superfície terrestre - observando-se as maiores concentrações a altitudes aproximadamente entre os 15 e os 35 Km de altitude, constituindo o que se convencionou chamar de "Camada de Ozono".

A Camada de Ozono é fundamental para assegurar a vida na Terra, uma vez que este ozono estratosférico absorve grande parte da radiação ultravioleta nociva B e C (UV-B e UV-C), componentes da radiação solar com efeitos nocivos, que podem mesmo ser letais, nos seres vivos e que por isso ameaçam a saúde humana e o ambiente.

A utilização de determinadas substâncias químicas em sistemas de refrigeração e ar condicionado (CFC e HCFC), em sistemas de extinção de incêndios de aeronaves (halons), em certos pesticidas (CTC e brometo de metilo) e em sprays (CFC) gera emissões para o ar dessas mesmas substâncias. Estes gases tem como característica longos tempos de permanência na atmosfera e quando não são num curto espaço de tempo removidos da atmosfera pela precipitação de chuva ou neve podem ser transportadas por longas distâncias até à estratosfera onde se tornam mais reativas e promovem reações químicas de destruição das moléculas de ozono (O3). Este processo de destruição ocorre em ciclos catalíticos e, um único átomo de cloro presente numa das substâncias químicas referidas pode destruir milhares de moléculas de ozono. Estas substâncias ficaram conhecidas como substâncias que empobrecem a camada de ozono.

Nas regiões polares, os ciclos de destruição de ozono são sazonais e estão dependentes de condições meteorológicas particulares, designadamente temperaturas muito baixas, que levam à formação de nuvens polares estratosféricas, que combinadas com a insolação nestas regiões e também com a composição química da atmosfera provocam uma destruição severa do ozono nessas regiões que ficou conhecida como “buraco do ozono”.

A depleção da camada de ozono devida à produção e consumo de substâncias empobrecedoras da camada de ozono ou substâncias que destroem a camada de ozono (ODS - ozone deplection substances) comprovada pela comunidade científica levou a uma ação concertada internacional no âmbito da qual diversas nações que se comprometeram a tomar medidas no sentido de proteger a camada de ozono.

A adoção da Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozono, sob a égide das Nações Unidas através do seu Programa para o Ambiente (UNEP) levou, em 1985, um conjunto de 28 nações a comprometer-se a proteger a saúde humana e o ambiente dos danos causados pela destruição da camada de ozono.

Mais tarde, em 1987, a adoção de um acordo internacional estabelecido pelo Protocolo de Montreal sobre as Substâncias que Empobrecem a Camada de Ozono, é reconhecida a necessidade de limitar a produção e o consumo de todas as substâncias que possam contribuir para o empobrecimento da camada de ozono.

As partes que assinaram e ratificaram estes acordos internacionais, Convenção de Viena e Protocolo de Montreal, ficaram obrigadas a dar cumprimento a obrigações que levaram à produção de legislação nacional sobre este tema.

Em Portugal, as medidas regulamentares para a produção, importação, exportação, colocação no mercado, utilização, recuperação, reciclagem, valorização e destruição de substâncias que empobrecem a camada de ozono, bem como para a comunicação de informações sobre estas substâncias, a sua importação, exportação, colocação no mercado e utilização de produtos e equipamentos que as contenham ou que delas dependam, bem como para as utilizações críticas de halons, entre outros aspetos técnicos está estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 85/2014 de 27 de maio, sendo a autoridade competente para a aplicação da legislação sobre proteção da camada de ozono a Agência Portuguesa do Ambiente.

Infografia - Camada de Ozono - versão inglês

Atmosfera terrestre

Neste artigo vamos conhecer a camada de ozônio que funciona como um filtro natural barrando grande parte da radiação ultravioleta do tipo B ou a radiação nociva do sol, que tem o poder de aniquilar a vida do planeta. Versão original criada por Ana Lucia Souto.

Atmosfera terrestre

A camada de ozônio (O3) é formada por gases atmosféricos, que se encontram entre 20 km e 35 km de altitude, na estratosfera. Sua função prioritária na atmosfera terrestre é filtrar e impedir a passagem dos raios ultravioletas (UV-A, UV-B e UV-C) para a superfície da Terra.

A importância central da camada de ozônio é impedir a entrada dos raios ultravioletas. Ao realizar essa função primária, os resultados são positivos, pois o filtro UV impede o aquecimento da Terra, que, por sua vez, não desenvolve o efeito estufa, o aquecimento global, doenças desencadeadas por esse processo, como o câncer de pele, a diminuição de biodiversidade, entre outros. Sua destruição está ocorrendo pela emissão desenfreada de gases como o CFC, o que provoca o aumento do efeito nocivo à saúde humana e do planeta.

Leia também: Quatro novos gases que destroem a camada de ozônio

Tópicos deste artigo

Formação da camada de ozônio

A camada de ozônio (O3) é formada por gases atmosféricos, que se encontram entre 20 km e 35 km de altitude, na estratosfera. Aproximadamente 90% da camada de ozônio são formados por esse gás.

Na atmosfera, esse gás é criado quando a radiação solar ultravioleta (UV) entra em contato com o oxigênio (O) e interage com a molécula de oxigênio, fazendo com que ela seja quebrada em dois átomos de oxigênio (O2). Ao entrarem em contato com outra molécula de oxigênio, forma-se o ozônio. Observe a seguinte equação:

(O2 + O = O3)

Dessa maneira, observa-se a importância dessa interação dos raios UV com o oxigênio, na formação de mais gás oxigênio e na promoção da manutenção natural da camada de ozônio.

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Função da camada de ozônio

A função prioritária da existência da camada de ozônio na atmosfera terrestre é filtrar e impedir a passagem dos raios ultravioletas (UV-A, UV-B e UV-C) para a superfície da Terra. Desse modo, qualquer alteração na camada de ozônio afeta diretamente essa função, causando um desequilíbrio ambiental.

Funcionamento da camada de ozônio.

Entende-se que essa camada protege os seres vivos em diversos momentos e de diversos fatores que são provocados pela inexistência ou destruição da camada de ozônio. São problemas relacionados à saúde e ao equilíbrio ambiental que podem levar à destruição da vida na Terra. Destacam-se:

  • Câncer de pele e doenças relacionadas ao Sol e aos raios UV
  • Doenças de pele
  • Problemas relacionados à visão
  • Aquecimento global
  • Efeito estufa
  • Alteração do ciclo da água
  • Derretimento das calotas polares
  • Aumento do nível dos oceanos
  • Perda de biodiversidade

Veja também: Sete desastres ecológicos causados pelo homem 

Importância da camada de ozônio

Entende-se que a importância da camada de ozônio está relacionada ao equilíbrio do planeta Terra, de modo geral, sua manutenção natural evita esses problemas ambientais enfrentados na atualidade.

A importância central da camada de ozônio é impedir a entrada dos raios ultravioletas. Ao realizar essa função primária, os resultados são positivos, pois o filtro UV impede o aquecimento da Terra, que não desenvolve o efeito estufa ou aquecimento global, não havendo o derretimento das calotas e, consequentemente, o aumento do nível dos oceanos. Por fim, nenhum tipo de biodiversidade é afetado por esse fenômeno do aumento das águas, o ciclo da água mantém-se, e o equilíbrio ambiental e natural permanece.

Pensar no funcionamento da camada de ozônio e sua importância é o mesmo que pensar na saúde e manutenção da vida no planeta Terra, e manter o funcionamento da camada refletirá nesse mesmo resultado.

O que prejudica a camada de ozônio?

A camada de ozônio está sendo prejudicada pela existência de gases que entram em contato com os raios UV e com eles acabam reagindo, diminuindo a quantidade de gases ozônio na atmosfera terrestre. São várias substâncias, como:

  • Óxido nítrico (NO)
  • Dióxido de carbono (CO2)
  • Clorofluorcarbonetos (CFCs)
  • Óxido nitroso (N2O)

Esses gases são produzidos por diversas atividades, como a queima de combustíveis fósseis, a queima de combustíveis nos veículos e as indústrias químicas, até mesmo eletrodomésticos e produtos usados no dia a dia são responsáveis por prejudicar a camada de ozônio.

Ao entrarem em contato com a camada, as moléculas dessas substâncias promovem a decomposição da molécula de ozônio (O3), criando-se assim gás oxigênio (O). A ausência de ozônio na camada desfaz sua função central de filtrar os raios ultravioletas. Essa ação ocasiona problemas na camada de ozônio.

Destruição da camada de ozônio

O ozônio pode ser destruído na atmosfera de maneira natural ou como resultado das atividades humanas. Naturalmente ele é destruído pela radiação ultravioleta do Sol, a cada molécula de ozônio destruída, um de átomo de oxigênio e uma molécula de oxigênio são formados, podendo recombinar-se para produzir o ozônio novamente, e assim fazer a manutenção da camada de ozônio.

Apesar de sua reconstituição natural, a camada de ozônio está sendo alterada quimicamente e não está voltando ao normal, sendo alterada pelas intensas atividades humanas, com a queima de combustíveis fósseis e o desenvolvimento industrial. Alguns gases estão entre os mais nocivos emitidos na atmosfera, capazes de alterar a camada de ozônio, são eles:

  • Halom (CBrCtF2)
  • Tetracloreto de carbono (CTC)
  • Hidroclorofluorcarbono (HCFC)
  • Clorofluorcarbono (CFC)
  • Brometo de metila (CH3BR)

Quando liberados, esses gases chegam até a camada de ozônio e deslocam-se acima dela, promovendo sua alteração e consequente destruição. Outro aspecto relevante está no fato de que alguns elementos químicos ficam ativos por 80, 90, 100 anos.

Buraco na camada de ozônio

O buraco na camada de ozônio consiste num fenômeno que ocorre nas regiões polares, especialmente na Antártica, onde ocorre a diminuição da concentração de ozônio. Trata-se de um fenômeno natural em certas épocas do ano e que depois desaparece. Sua existência na Antártica é mais facilitada devido ao frio da região, que permite uma maior interação entre os elementos químicos.

Buraco na camada de ozônio – entrada de radiação e raios ultravioletas.

Nas últimas décadas o buraco começou a não desaparecer, devido ao aumento dos gases na atmosfera, resultado das atividades dos seres humanos. O exemplo mais comum de gás poluente é o do gás clorofluorcarbono, que reage facilmente com o ozônio e é muito usado na indústria, em geladeiras, freezeres e spray aerossol.

Atualmente há uma tentativa mundial de diminuir-se o uso e produção desses gases, a fim de estabilizar a camada de ozônio e impedir o crescimento do buraco, considerando que sua destruição trará resultados nocivos à saúde humana e ao equilíbrio ambiental planetário.

Veja mais: Chuva ácida – fenômeno atmosférico que consiste na precipitação com elevada acidez

Consequências da destruição da camada de ozônio

Como já mencionado, o planeta Terra precisa do funcionamento e existência da camada de ozônio como forma de proteção à radiação vinda do Sol e à chegada dos raios ultravioletas na litosfera. Sua destruição ocasionaria alguns problemas.

Sem a proteção da camada de ozônio, vários impactos ao meio ambiente e à saúde seriam registrados com maior frequência. Dentre eles destacamos:

  • Riscos e danos à visão
  • Envelhecimento precoce
  • Aumento dos casos de câncer de pele
  • Degeneração de células da pele
  • Enfraquecimento do sistema imunológico

Tais fatores ligados à saúde mais aqueles de desequilíbrio ambiental (como aumento da temperatura da Terra, ou redução das calotas polares e consequente aumento dos níveis dos oceanos) só podem ser sanados à medida que ações governamentais e práticas sejam efetivadas, revertendo, assim, o processo de aumento real da camada de ozônio.

Por Gustavo Henrique Mendonça
Professor de Geografia 

Porque a destruição da camada de ozônio prejudica a saúde humana?

Por que a destruição do ozônio representa uma ameaça à saúde humana e ao meio ambiente? Sem o escudo protetor da Camada de Ozônio, os seres vivos estarão mais expostos aos raios ultravioleta (UV), e, consequentemente, mais propensos a desenvolver doenças.

Quais são as consequências da destruição da camada de ozônio?

Consequências da destruição da Camada de Ozônio Sem a proteção da camada de ozônio, teríamos uma diminuição na taxa de crescimento das plantas, que fariam menos fotossíntese. Os raios ultravioletas também prejudicam o desenvolvimento de organismos aquáticos e reduz a produtividade do fitoplâncton.

Quais são os efeitos da destruição da camada de ozônio na saúde humana a Principalmente problemas cardiovasculares B aumenta o risco de melanoma?

A destruição da camada de ozônio é um problema muito preocupante, pois essa região da estratosfera possui um papel importante na absorção de grande parte da radiação ultravioleta (UV) do Sol, que poderia causar grandes danos aos humanos. Entre esses danos, podemos apontar, exceto: a) Câncer de pele. b) Osteoporose.

Qual a importância da camada de ozônio para a saúde humana?

A camada de ozônio fica localizada entre 20 e 35 quilômetros de altitude, na estratosfera. Possui a função de filtrar os raios ultravioletas B (UV-B). Previne os seres humanos de várias doenças, como o câncer de pele e outras relacionadas à visão.

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