Atualmente, existe uma preocupa��o em aperfei�oar e ampliar os m�todos para diagnosticar e tratar a Hipertens�o Arterial (HA). Desta forma justifica-se nosso interesse em identificar qual o conhecimento que os profissionais de enfermagem da aten��o b�sica de sa�de possuem sobre a HA, tendo em vista o papel dos mesmos no tratamento, controle e preven��o das poss�veis complica��es da HA. Trata-se de uma pesquisa de campo de car�ter qualitativo, observacional e de natureza descritiva. Participaram desta pesquisa Enfermeiros e T�cnicos de enfermagem selecionados em cinco Unidades da Estrat�gia Sa�de da Fam�lia, localizadas no Munic�pio de Montes Claros, regi�o Norte do Estado de Minas Gerais. Os resultados permitiram conhecer o entendimento dos profissionais de enfermagem sobre hipertens�o, fatores de risco, consequ�ncias e medidas de educa��o em sa�de frente ao paciente hipertenso. Tamb�m foi poss�vel identificar inadequabilidade entre a pr�tica de aferi��o de Press�o Arterial (PA) realizada pelos profissionais, em rela��o ao descrito na literatura. Os relatos elucidam a vis�o de a��es de preven��o frente a HA. As orienta��es e a mudan�a de comportamento foram citadas como as principais condutas para trabalhar com Hipertensos. Tamb�m se evidenciou o conhecimento sobre fatores de risco e consequ�ncias HA, embora parte dos profissionais demonstrassem inseguran�a no que se refere ao conceito de Hipertens�o. Foi poss�vel identificar neste estudo que os profissionais n�o realizam a t�cnica de aferi��o adequada, o que contribui para valores imprecisos de press�o arterial. Unitermos: Hipertens�o arterial. Profissionais de sa�de. Enfermeiros. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, A�o 16, N� 164, Enero de 2012. http://www.efdeportes.com/
Introdu��o A for�a exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos, conhecida como Press�o Arterial (PA) � um par�metro fisiol�gico indispens�vel na investiga��o diagn�stica e cl�nica do indiv�duo. Referida em mil�metros de merc�rio (mmHg), os n�veis press�ricos elevados iguais ou superiores a 140 mmHg de press�o sist�lica e/ ou 90 mm Hg de diast�lica, em pelo menos duas aferi��es subseq�entes, obtidas em dias diferentes, ou em condi��es de repouso e ambiente tranq�ilo caracteriza a Hipertens�o Arterial Sist�mica (HAS) (ASSIS; OLIVEIRA, 2003, SOUZA; SILVA, 2004). A mensura��o indireta da press�o arterial � o procedimento mais realizado por enfermeiros, tanto na assist�ncia prim�ria, secund�ria, quanto na terci�ria. Estes profissionais desempenham papel importante seja na detec��o precoce da hipertens�o arterial, controle, acompanhamento ou na orienta��o dos hipertensos. Baseando-se nestes aspectos, justifica-se nosso interesse em identificar qual o conhecimento que os profissionais de enfermagem da aten��o b�sica de sa�de, possuem sobre hipertens�o e como est�o desenvolvendo a habilidade t�cnica para aferi��o de PA. Metodologia Trata-se de uma pesquisa de campo, de car�ter qualitativo, observacional e de natureza descritiva. A popula��o do estudo comp�s-se de 4 enfermeiros e 4 t�cnicos de enfermagem selecionados de cinco unidades da Estrat�gia Sa�de da Fam�lia, localizadas no Munic�pio de Montes Claros, regi�o Norte do Estado de Minas Gerais. A coleta para aquisi��o dos dados ocorreu em duas fases, no per�odo de 18/11/2010 a 24/11/2010. A primeira fase consistiu em observar a qualidade das aferi��es de press�o arterial e registrar em checklist, validado pelo estudo Pr�-Sa�de em 2001. J� a segunda fase compreendeu a avalia��o do conhecimento te�rico dos pesquisados atrav�s da aplica��o de entrevista gravada em CD-R. An�lise e discuss�o de dados
Avaliando a qualidade das aferi��es da press�o arterial Avaliando a aferi��o de PA por m�todo observacional em formul�rio pr�prio, percebemos que os cliente foram recebidos de maneira af�vel pelos profissionais da sa�de entrevistados, em meio a um ambiente tranq�ilo e favor�vel explicaram o procedimento que seria realizado; solicitaram ainda que os clientes se sentassem e expusessem o bra�o direito livre de roupas. Na seq��ncia, o profissional escolheu o manguito adequado, elevou o bra�o do funcion�rio na altura adequada, ponto m�dio do esterno, e, evitaram conversas desnecess�rias durante o procedimento. Dos enfermeiros entrevistados, apenas dois colocaram o manguito adequadamente (m�todo palpat�rio), apalparam a art�ria braquial e utilizaram o m�todo palpat�rio para estima��o da press�o sist�lica. Todavia, n�o desinsuflaram totalmente o manguito e tamb�m n�o esperaram o intervalo de um minuto para continuar o processo da medida da press�o arterial, uma vez que realizaram a medida da press�o arterial diretamente, diferente do que preconiza o Minist�rio da Sa�de, inviabilizaram, assim, a t�cnica. Neste sentido Rabelo et al (2004), informam que a palpa��o da art�ria radial para estimar a press�o sist�lica e consequente n�vel m�ximo de infla��o do sistema � uma etapa do procedimento que quando n�o realizada contribui para resultados incorretos na medida da press�o arterial. Para tal preconiza-se a palpa��o do pulso radial e infla��o do manguito. No desaparecimento da pulsa��o, o manguito deve ser desinsulflado rapidamente e o procedimento ser reiniciado ap�s repouso de pelo menos 1 minuto. Todos os profissionais colocaram o estetosc�pio na art�ria braquial, insuflaram rapidamente o manguito e desinsuflaram a uma velocidade uniforme (2 a 3mmHg p/segundo) e registraram os valores das press�es sist�lica e diast�lica. Contudo frente ao acompanhado podemos concluir que as aferi��es de press�o arterial eram erroneamente realizadas pelos sujeitos desta pesquisa, n�o seguindo o preconizado pelas literaturas. Manobra important�ssima como a estimativa da press�o sist�lica, al�m de evitar hiperinsufla��o que ocasiona dor ao paciente evita-se hipoestima��o da press�o sist�lica na presen�a do hiato auscultat�rio. Alguns indiv�duos podem ter a press�o subestimada diante da t�cnica de aferi��o realizada por estes profissionais. Considera��es finais Por todo o exposto acima, conclu�mos que a Estrat�gia Sa�de da Fam�lia � a �nica forma de organiza��o dos servi�os na rede b�sica ou aten��o prim�ria, sendo a principal porta de entrada do Sistema �nico de Sa�de (SUS), portanto cabe aos profissionais inseridos nestas unidades de aten��o, tra�ar estrat�gias visando melhorar a preven��o, o diagn�stico, o tratamento e o controle da HA. Vale ressaltar que a HA � uma doen�a altamente prevalente, com um custo social elevado, e que, apesar dos avan�os no conhecimento da sua fisiopatogenia e tratamento, continua a manter baixas taxas de ades�o e controle, com conseq�entes repercuss�es nos altos �ndices de morbidade e mortalidade cardiovascular relacionadas � mesma. Podemos perceber que conceituar, descrever a hipertens�o foi uma tarefa que gerou bastante inseguran�a na maioria dos sujeitos, notamos que o conceito de HA relatado pelos profissionais � limitado � �press�o alta relacionado a fatores de risco�, contudo a HA � uma patologia complexa. Em rela��o �s classifica��es de valores de press�o arterial, percebeu-se durante as entrevistas que os profissionais n�o consideram relevante memorizar os valores pra classifica��o de hipertens�o arterial preconizados pelo Minist�rio da Sa�de, j� que, sempre que necess�rio podem recorrer �s tabelas. Tamb�m foi poss�vel perceber o conhecimento dos entrevistados que responderam corretamente, a import�ncia de medidas subsequentes de press�o arterial, bem como a investiga��o de h�bitos para o diagnostico de Hipertens�o Arterial. Verificamos que o conjunto dos fatores de risco bem como as consequ�ncias da HA � bem identificado pelos entrevistados. Os relatos apresentados elucidam por parte dos entrevistos a vis�o de a��es de preven��o frente a HA. Ficou evidente, nessas falas, que os profissionais valorizam como conduta �s orienta��es de educa��o em sa�de e a mudan�a de comportamento. O melhor m�todo de preven��o, detec��o e tratamento da Hipertens�o Arterial � a implanta��o de um programa de aferi��o e controle da Press�o Arterial no grupo familiar, incluindo atividades que diminuam o risco de hipertens�o, tais como est�mulo ao exerc�cio f�sico e educa��o nutricional adequada. Em rela��o � t�cnica err�nea de aferi��o de PA, podemos concluir que a n�o estimativa da press�o sist�lica levam a resultados imprecisos na medida da press�o arterial. Refer�ncias
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A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9).
Quais são os valores considerados ideias para a pressão arterial?Hoje se considera que a pressão está ótima quando o valor de medição fica na faixa de 12 por 8 — ou, como preferem os especialistas, 120 por 80 milímetros de mercúrio (mmHg). Se o índice passou dos 14 por 9, aí ela é considerada alta.
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