Quais os meios tecnológicos se desenvolveram com o avanço da globalização?

Quais os meios tecnológicos se desenvolveram com o avanço da globalização?

por Antonovsky, em 28.04.09

Depois breve introdução, do que se poderá chamar, os antecedentes da globalização, podemos afirmar que a comunicação, o contacto e a interacção entre os povos e civilizações levou e leva, ao desenvolvimento tecnológico e científico. O modo como determinadas tarefas são executadas, as ferramentas utilizadas, os avanços tecnológicos e científicos diferem muitas vezes de região para região, de país para país e se o know-how for levado através de um intercâmbio de informação para as outras partes do globo poderá haver uma adaptação e uma evolução positiva.

Quais os meios tecnológicos se desenvolveram com o avanço da globalização?

Na história da humanidade o Século XX não tem comparação no que respeita à evolução tecnológica e cientifica, graças aos meios de comunicação, transportes e avanços científicos. Podemos recuar ao final do século XIX com a revolução industrial como um dos rastilhos que impulsionou toda a humanidade para o que é hoje em dia, mas as duas grandes guerras já no século XX que sacudiram o mundo, pressionaram as nações para pesquisas e desenvolvimento cientifico que só visionários como Júlio Verne imaginariam. Basta pensarmos um pouco como era a sociedade em 1900 e passados menos de 70 anos Neil Armstrong dá os primeiros passos na lua. Foi o século em que surgiram ou se desenvolveram transportes e meios de comunicação mais rápidos e eficientes: os aviões e o TGV, os satélites e os cabos de fibra óptica, os telemóveis, os computadores e redes de informação como a internet, tudo isto fez “encurtar” o mundo, que não parece ter a mesma distância que tinha há 500 anos atrás.

Os meios de comunicação tornaram-se ainda mais importantes e um veículo importantíssimo para obter o poder. Os políticos e líderes aperceberam-se disso e os mass media foram alvo de uma utilização sistemática e controlo desde o princípio do referido século, para transmitirem a sua mensagem, a sua propaganda (por ex: regimes ditatoriais). Se os jornais e os folhetins do princípio do século já faziam alguma agitação, mesmo atendendo ao grande número de iletrados que existia na altura, o rádio e, posteriormente a TV, foram novas tecnologias que podiam chegar a todos. E as opiniões, vontades e necessidades podem ser utilizadas, moldadas, manipuladas na sua maioria, de acordo com as intenções de quem controlava os mass media.

Porém, já final do século surgiu uma rede de informação que, baseada e desenvolvida anteriormente para fins militares, acabou por se tornar numa rede de redes de informação, que utilizam um protocolo comum de navegação que pode ser acedido em qualquer lugar do mundo. Esta última invenção veio transformar o funcionamento comum da informação em massa, assim como, criar vazios legais e situações difíceis de controlar para a organização e estabilidade social. (continua)

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"O conhecimento científico em geral circula livremente, mesmo em períodos em que as tendências antiglobalização são fortes", diz
(Arte: TUTU)

Por José Goldemberg

O processo de globalização, que se expandiu extraordinariamente desde o fim da 2.ª Guerra Mundial, em 1945, é usualmente associado exclusivamente à abertura dos mercados. Blocos econômicos como o Mercosul e a União Européia levaram a uma enorme expansão dos negócios antes restrito ao mercado interno para outros países, e economias emergentes. A expansão dos mercados veio também acompanhada de integração cultural e de esportes. O melhor testemunho disso é o futebol, em que os padrões técnicos são elevados e aproximadamente iguais em todos os países, como se viu na Copa do Mundo na Rússia. Outra área em que isso ocorreu é a do tráfego aéreo, em que aeroportos e procedimentos técnicos sãos universais.

Houve, contudo, outros períodos da História em que globalização econômica era vista com grande desconfiança e a emergência de nacionalismos exacerbados levou às duas guerras mundiais do século 20. Antes disso, no século 19, a globalização significava impérios coloniais, como o britânico, que dominou metade do mundo.

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A área científica, contudo, tem se mantido praticamente imune a esses problemas. O conhecimento científico é universal por natureza e adquiri-lo não depende de fronteiras, de acordos comerciais ou de proteção de patentes. As leis da física são as mesmas para todos os países. O conhecimento científico dificilmente pode ser controlado e em geral circula livremente, mesmo em períodos em que as tendências antiglobalização são fortes.

Todavia há exceções: o antissemitismo de Hitler era tão extremado que assim que assumiu o poder, em 1933, decidiu expulsar os cientistas judeus das universidades alemãs. Foi-lhe ponderado que isso poderia atrasar o desenvolvimento da ciência alemã, ao que Hitler retrucou que preferia que a ciência na Alemanha se atrasasse alguns anos por essas perdas a aceitar a “ciência judaica”, de que Einstein era o principal expoente, e que os cientistas alemães recuperariam o atraso após alguns anos.

Não foi isso que aconteceu. O esforço de guerra dos Aliados, que se opunham à Alemanha, beneficiou extraordinariamente cientistas judeus asilados, como o próprio Einstein e muitos outros, o que permitiu o desenvolvimento até das armas nucleares antes que os alemães o fizessem.

Houve áreas em que isso não se verificou, como a de foguetes, em que os alemães mantiveram a liderança. Mas na de energia nuclear foi o contrário, apesar de contar com cientistas excepcionais, como Heisenberg.

Outro exemplo é o de Lysenko, geneticista que convenceu Stalin de que as idéias obsoletas de Lamarck eram corretas e com isso atrasou os avanços da genética na União Soviética durante décadas. Isso só foi possível pelo isolamento do país por questões políticas, o que manteve os cientistas russos fora dos avanços correntes da genética nos países ocidentais.

O presidente Trump tem adotado uma linha semelhante à seguida por Hitler ao limitar fortemente a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de países islâmicos, alegando razões de segurança nacional.

Não só defensores dos direitos civis se opuseram a essas medidas, como também várias importantes indústrias do Vale do Silício que recrutam cientistas desses países. Trump argumentou como Hitler que esses cientistas estavam tirando empregos de técnicos americanos e que o país poderia passar semeies. O futuro dirá quão danosa é essa política para os Estados Unidos, como foi para a Alemanha nazista.

A “internacionalização” da pesquisa científica é hoje aceita como uma política benéfica por todos e o exemplo do Estado de São Paulo nessa área é significativo: o número de artigos científicos publicados por cientistas paulistas em colaboração com cientistas de outros países tem crescido rapidamente, graças principalmente ao apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A mesma tendência ocorre em outros países, como na Espanha e até nos Estados Unidos,apesar da enorme capacidade científica do país.

A globalização na área científica é muito superior à globalização econômica, que passa por “soluços” e descontinuidades, como agora, em razão das políticas econômicas adotadas por Trump.

Revistas como Science, nos Estados Unidos, e Nature, na Inglaterra, são realmente universais e estabelecem o padrão de qualidade utilizado pelas demais revistas em todos os países. O que acontece com publicações científicas não se repete em áreas tecnológicas, em que a propriedade intelectual é protegida por patentes, um obstáculo que países em desenvolvimento têm de superar.

Converter o conhecimento científico em tecnologias, máquinas e outros produtos pode dar origem a limitações à sua disseminação. De modo geral, os países da Europa e os Estados Unidos tiveram grande sucesso em fazê-lo no passado, o que deu origem às grandes empresas multinacionais que comercializam esses mesmos produtos nos países em desenvolvimento.

Tecnologia é um ingrediente muito importante da globalização porque o comércio internacional depende da produção de bens e serviços que envolvem tecnologias em que propriedade intelectual e patentes precisam ser negociadas. Por essas razões na área tecnológica não ocorreu a globalização que se viu em outras áreas. Ela permaneceu firmemente nas mãos dos países onde foi desenvolvida.

Por exemplo, são poucos os países capazes de construir aviões comerciais porque as tecnologias envolvidas estão nas mãos de empresas multinacionais, como a Boeing, nos Estados Unidos, a Airbus, na Europa, e similares na Rússia.

E por esse motivo que o fato de a Embraer ter conseguido quebraresse monopólio e construir aviões de qualidade fala bem do nível de desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, beneficiando-se, é claro, da cooperação internacional.

*José Goldemberg é Presidente do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP
Artigo originalmente publicado no jornal O Estado de S.Paulo no dia 16 de julho de 2018.

Quais são os avanços tecnológicos da globalização?

As redes de comunicação, cada vez mais rápidas e eficientes, especialmente por causa da proliferação da internet, permitiram o acesso a qualquer parte do globo de forma instantânea, e contribuíram para: o desenvolvimento do comércio internacional; o crescimento do número de empresas multinacionais e/ou transnacionais, ...

São exemplos de avanços tecnológicos que ocorreram na terceira fase da globalização?

Computadores, softwares, o aprimoramento da internet, chips e outros produtos eletrônicos facilitaram a vida de milhares de pessoas e impulsionaram um grande desenvolvimento econômico. Nessa fase da Revolução Industrial, foram criadas também: Telefonia móvel. Foguete de longo alcance.

O que e globalização e avanço das tecnologias?

A globalização é caracterizada pelo intenso intercâmbio econômico e sociocultural entre diferentes povos e lugares do planeta. Alguns fatores como o avanço tecnológico nos meios de comunicação e transporte ampliaram a inter-relação entre pessoas situadas em diferentes lugares do planeta.

Qual e o papel dos avanços tecnológicos no processo de globalização?

Novos meios tecnológicos contribuem na produção de produtos melhorados, atendendo e superando as expectativas do mercado competitivo. Além de melhorar o produto, melhora a sua produtividade, ou seja, na interação de pessoas e maquinas que ajudem e possibilitem um maior número da produção pelo tempo.