Quais os interesses da burguesia na centralização do poder nas mãos do rei?

O Absolutismo é o sistema político no qual o poder se encontra nas mãos do Rei. Denominado "Antigo Regime". Surgiu com a formação das monarquias nacionais, como Portugal, Espanha, Inglaterra e França. O Rei representava os interesses da nação, o ideal nacional, o rei concentrava todos o poderes, instituindo leis, exercia a justiça, controlava o pode militar, nomeava ministros e criava impostos .

O poder do Rei era legitimado por ideologias que justificavam o absolutismo. Destaco Thomas Hobbes, Jacques Bossuet e Nicolau Maquiavel.

• A) O poder absoluto e o contrato social: No Estado de Natureza as pessoas viviam em guerras, cada qual lutando pela sua sobrevivência, em busca de seus interesses, o temor da morte violenta (temor que é uma paixão mais forte do que a vaidade) que vai determinar os homens a saírem do estado de natureza, Os homens vão procurar a paz e a segurança. Ora a paz só é possível se cada qual renunciar ao direito absoluto que por mútuo acordo (contrato ou pacto social), nas mãos de um soberano que será o detentor absoluto do poder.

• B) O Príncipe de Maquiavel: O rei poderia utilizar a violência contra os seus súditos para preservar o interesse do Estado,

• C) O poder Absoluto do rei como Direito Divino: De Bossuet, A autoridade do rei e sagrada e absoluta porque emana de Deus. " Um rei, uma fé, uma lei".

Na França Luís XIV, "o Rei- Sol", expressou o seu poder na seguinte frase: "O Estado sou Eu". Na Inglaterra o poder Real estava nas mãos da Dinastia Tudor, nos reis Henrique VIII e a sua filha Elizabeth I.

O Antigo Regime, em língua francesa Ancien Régime, refere-se originalmente ao sistema social e político aristocrático estabelecido na França, termo utilizado no Sec. XVIII. As origens do Antigo Regime estão ainda no final do período Medieval, quando começaram a se formar Estados Nacionais. Na transição da Idade Média para Idade Moderna, as monarquias que se colocavam no domínio político e social. 

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ESTAMENTOS

No Período do Antigo Regime, a sociedade Francesa estava dividida em três estamentos, ordens ou estados.

1) O Primeiro Estado: representado pelo clero (bispos, abades, padres, frades e monges); Entre os clérigos podem-se distinguir aqueles que compõem o clero regular — que, sendo consagrados, segue as regras de uma ordem religiosa — do clero secular ("secular" provém do latim "sæculum", que significa mundo) — parcela do clero que desempenha atividades voltadas para o público, que se dedica às mais variadas formas de apostolado e à administração da Igreja e que vive junto dos leigos.

2) O Segundo Estado, representado pela nobreza: Eram os guerreiros, responsáveis por garantir a defesa militar da sociedade. 

3) O Terceiro Estado: que representava a burguesia, os camponeses - ou seja, o restante da população e os trabalhadores urbanos, pagavam altos impostos, sustentando o Primeiro e o Segundo Estados, que tinham o privilégio da isenção de impostos. 

Características: 

O Antigo Regime tem como características básicas:

• 1º sistema econômico: transição do feudalismo ao capitalismo comercial; a propriedade da terra, principal fator de produção, estava submetida a vinculações que incluíam os morgados, no poder da nobreza, as mãos-mortas, em poder do clero, e as terras comunitárias dos ajuntamentos.

• 2º relações sociais: determinadas pela oposição entre a sociedade estamental e uma burguesia que não pode assumir o papel da classe dominante, reservado aos estamentos privilegiados;

• 3º sistema político: monarquia absolutista ou, pelo menos, autoritária. A tensão fundamental se produz entre a centralização do poder e o respeito aos privilégios de todo tipo (pessoais, estamentais e territoriais), que mantinham uma grande multiplicidade de jurisdições e "forúns".

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Absolutismo foi uma forma de governo muito comum na Europa entre os séculos XVI e XIX e defendeu a teoria do poder absoluto do rei sobre toda a nação. O poder dos reis durante a Idade Média era considerado limitado em comparação com o período absolutista, pois havia muita fragmentação política e a influência do rei dependia de uma relação de vassalagem, na qual a troca de favores entre reis e nobres garantia o poder real.

À medida que as nações modernas estruturavam-se, principalmente Inglaterra, França e Espanha, e que o comércio ressurgia na Europa, uma nova classe social emergia com grande poderio econômico: a burguesia. Para a burguesia, a fragmentação política e econômica existente desde a Idade Média não era interessante, pois afetava seus negócios, principalmente por causa das diferenças de moeda e impostos existentes de uma província para outra (mesmo em províncias do mesmo reino, havia essas diferenças de moeda e impostos).

A nobreza, por sua vez, via com bons olhos a concentração do poder na figura do monarca como forma de garantir o controle das terras que possuía. Assim, a concentração do poder nas mãos do rei era uma demanda da burguesia em ascensão e também da nobreza.

Com o poder concentrado no rei, cabia a ele a criação de impostos, determinação e imposição das leis, garantir a segurança do reino, sufocar rebeliões e revoltas e impedir invasões e ataques estrangeiros. Para que isso acontecesse de forma eficiente, foi criada toda uma estrutura administrativa para auxiliar os reis em suas várias obrigações. Com a formação dos Estados Nacionais – as nações –, o rei determinava a imposição de moeda e idioma único para toda a nação, eliminando as diferenças que restringiam a atuação da crescente classe mercantil.

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Como a economia das nações cresceu e fortaleceu-se, foi necessário garantir a proteção da produção nacional. Assim, foram criados impostos alfandegários, ou seja, impostos para produtos que eram produzidos em outros países. Com o poder concentrado em suas mãos e o crescimento da arrecadação, já que inúmeros impostos foram criados, o rei pôde formar um exército especializado e permanente para defender o reino.

Quais os interesses da burguesia na centralização do poder nas mãos do rei?

Nicolau Maquiavel foi um dos mais influentes defensores do poder absolutista **

Como o poder real possuía grande respaldo, que partia tanto da ascendente burguesia quanto das elites nobres, surgiu uma série de intelectuais, tais como Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes, Jacques Bossuet, Jean Bodin, entre outros, para ressaltar a legitimidade do poder absoluto do rei. A crítica ao absolutismo surgiu a partir da popularização dos ideais iluministas a partir do século XVIII.

*Créditos da imagem: Pecold e Shutterstock

** Créditos da imagem: Irisphoto1 e Shutterstock


Por Daniel Neves
Graduado em História

Quais eram os interesses da burguesia na centralização do poder nas mãos dos reis?

Nessa aliança, a burguesia contribuía com o dinheiro e o rei, com medidas políticas que favoreciam o comércio. O dinheiro da burguesia facilitava aos reis a organização de um exercito para impor sua autoridade à nobreza feudal.

Quais são os interesses da burguesia ao apoiar o rei?

Concomitantemente, a burguesia também apoiou a figura do rei absolutista ao perceber os problemas que o poder local e a falta de unidades fiscais e monetárias causavam aos seus negócios.

Por que os burgueses queriam a centralização do poder?

Para a burguesia, a restauração de seu poder, em detrimento do restante da nobreza, seria uma possibilidade de superação dos obstáculos ao comércio.

Quais as principais interesses da burguesia?

Os burgueses buscavam o enriquecimento e a mobilidade social, algo que era impossível dentro da sociedade feudal, onde o nascimento determinava o lugar de cada um.