Quais as principais contribuições de Henri Fayol para a administração?

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Quais as principais contribuições de Henri Fayol para a administração?

Jules Henri Fayol (1841-1925) foi um engenheiro francês, usualmente apresentado como um dos codificadores da Escola Clássica da Administração. Também é frequentemente associado ao seu contemporâneo, Frederick Taylor, teórico norte americano.

Os conceitos desenvolvidos por Fayol antecipam aspectos das teorias que mais foram desenvolvidas mais tarde, como a Escola de Relações Humanas, a Teoria Contingencial e o Planejamento Estratégico.

Poucos estudos destacam o pensamento de Fayol, ou reconhecem seu mérito em relação à adoção, pela Administração moderna, da necessidade de planejar e prever as metodologias para o desenvolvimento de estratégias organizacionais, isto é, as práticas atuais de planejar, prever e pensar a longo prazo.

Sua principal obra foi Administration  Industrielle et Générale (Administração Industrial e Geral).

Em seus últimos anos de vida, dedicou-se a divulgar princípios de administração, que tinham como base sua experiência de vida. Fundou o Centro de Estudos Administrativos e também coordenou reuniões, nas quais fizeram parte importantes industriais, funcionários do governo, escritores, filósofos e militares. (Fonte)

Quais as principais contribuições de Henri Fayol para a administração?

Veremos aqui que Julis Henri Fayol, autor e criador da Teoria clássica da Administração, desde o princípio demonstrava sinais de brilhantismo antes mesmo de ter uma formação. Ao 17 anos entrou na faculdade e aos 19 já havia se tornado engenheiro. Fayol passou por inúmeras profissões, mas nada que fugisse completamente do seu interesse. Dentre elas, e salvo ressaltar o emprego como engenheiro de minas aos 19 anos, tal emprego surgiu em época na qual a empresa de encontrava em situação deplorável, beirando a falência. Com a entrada de Fayol, a empresa foi levada a outro patamar.

Posteriormente, foi desenvolvendo pesquisas relacionadas aos trabalhos sobre  mecanismo no ambiente corporativo e como poderia ser realizado progresso nesse meio.

Fayol criou a Teoria Clássica da Administração, originando-se do estudo da estrutura para firmar a eficácia a todas as partes envolvidas, sendo elas seções, departamentos,  ou pessoas como ocupantes de cargos e executores de tarefas. A preocupação com a estrutura da organização no geral constitui uma substancial expansão do objeto de estudo da TGA (abordagem anatômica e estrutural). Como naquela época havia pouco conhecimento relacionado a área administrativa, Henri Fayol viu a necessidade de explorar essa área, criando assim sua própria teoria, dividindo a empresa em seis atividades: técnicas, comerciais, financeiras, administrativas, contábeis e segurança.  Sendo a administrativa a de maior valor para Henri por coordenar as demais, e tinha como componentes o planejamento, a organização, o comando, a coordenação e o controle.

Também, foi de suma importância para ele a gestão da empresa, afinal, sem um bom gestor, não teria como desenvolver o trabalho com êxito e excelência de resultados.  Quem estava à frente deveria definir diretrizes, estabelecer metas para os funcionários, tomar decisões e atribuir responsabilidades. Pensando nisso, ele indicou 16 ações (deveres),  para seguir um modelo de gestão, e para isso ele apresentou 14 princípios com ênfase na construção de uma administração eficaz. Com esses princípios, Fayol procurou criar um modelo perfeito de administração,  conduziu a ciência da administração para um patamar de direção da empresa, afirmando como um processo administrativo pode ser dividido em áreas interdependentes de responsabilidades, princípios e funções. Para ele, de primeira mão era fundamental ser um bom administrador.

Para Fayol, era crucial realizar suas atividades com maestria fazendo com que todas as necessidades da empresa fossem atendidas e suas expectativas alcançadas.

Com isso pôde-se perceber a importância que Fayol teve na história da administração, para o seu desenvolvimento como ciência, ele ajudou a criar e divulgar novas ideias em relação à época em que vivia, além de criticar a metodologia que existia, mostrou como deveria ser feito. Mostrou um novo caminho. Dessa forma, vale ressaltar que após o surgimento da teoria neoclássica da administração, surgiu uma alteração nas cinco funções inicialmente estabelecidas por Fayol, uma vez que os autores do movimento neoclássico compreendiam que as funções de comandar e coordenar obtinham o mesmo sentido singular de “direção”. Assim, mostrou que resumidamente falando, a teoria nos levou a planejar, organizar, dirigir e controlar.

                                                               Ass: Wesley Andrade

Quais as principais contribuições de Henri Fayol para a administração?

Que antecederam os 14 princípios que conhecemos.

1 – unidade de comando

Para executar qualquer ação uma pessoa deve receber ordens de apenas um único chefe. A violação deste produz confusão e desesperança entre os empregados, conflitos entre supervisores e superiores. Se isto persiste, o resultado é o enfraquecimento da organização, podendo leva-la à ruína. Esse princípio é apresentado como fundamental, dele deriva princípios secundários.

2 – transmissão hierárquica de ordens – cadeia de comando

 A medida que uma organização cresce, o líder não pode mais dar ordens diretamente a todos os empregados. Sendo assim, ele institui intermediários para transmitir orientações e supervisionar o trabalho. Se a organização cresce ainda mais, o líder poderá não ter como lidar diretamente com este primeiro nível intermediário, sendo obrigado a criar outro nível que possa supervisionar. Esse ciclo se chama transmissão hierárquica de ordens. O não cumprimento deste princípio causa descontentamento e confusão quanto às responsabilidades pelo trabalho.

3 – separação de poderes – autoridade, subordinação, responsabilidade e controle

Fayol explica esse princípio como:

a divisão de uma organização em distintos departamentos, cada um independente dos outros, mas sujeitos a uma autoridade comum, possui diversas causas como o grande crescimento dos negócios, a diversidade das operações, exigindo diferentes competências ou a separação física das atividades.

A definição de departamentos e funções exige o estabelecimento de direitos, deveres e responsabilidades. Cada um deve saber a quem pode dar ordens e a quem deve se reportar, cada autoridade deve estar familiarizada com o que acontece em sua área, através da supervisão direta, controle, reuniões, relatórios e um sistema contábil.

4 – centralização

A centralização é uma consequência natural do princípio da unidade de comando. O comando pode ser centralizado ou descentralizado. Segundo Fayol, um líder pode conduzir todos os assuntos, tomar suas próprias decisões e impor uma obediência passiva. Porém:

na medida em que a organização cresce, este tipo de líder ficará inadequado e seus métodos serão deplorados. Outro líder dará muita autoridade a seus subordinados, mas o que acontece se estes subordinados são apenas medíocres? Esta é, portanto, uma questão de grau: precisamos considerar a importância das várias circunstâncias, as dificuldades especiais que elas causam, sua extensão, a distância que separa as várias partes dos negócios. Precisamos ter em conta o valor dos empregados. Somente a consideração das circunstâncias pode decidir o respectivo balanço entre poder e iniciativa, o que pode ser conveniente dar a todos os empregados.

5 – ordem

É o meio para evitar desperdício de materiais e de tempo bem como para evitar conflitos. A unidade de comando está ligada indiretamente com este princípio, através da delimitação de autoridade e identificação dos responsáveis por cada ato da organização.

6 – disciplina

Além de um princípio, é um conjunto de regras para que sejam atingidos os objetivos da organização . Fayol reconhece que problemas com disciplina podem ter origem na incapacidade dos chefes para lidar com conflitos para os subordinados, ou a existência de acordos trabalhistas que não sejam suficientemente claros e equitativos.

7 – planejamento

Fayol classifica como o mais importante meio para assegurar o sucesso dos negócios. Enfatiza a necessidade de orçamento anual para o próximo período financeiro, acrescido de um plano decenal que deve ser revisado sistematicamente.

Abordava o planejamento como sendo algo incerto e flexível, pois o ambiente externo influencia na modificação dos planos originais. Planejar, é prever as necessidades de capital, mão de obra e canais de distribuição.

Conceber um plano e assegurar-lhe o sucesso é uma das mais vivas satisfações que o homem inteligente pode experimentar; é, também, um dos mais fortes estimulantes da atividade humana.

8 – organograma

Em sua palestra, Fayol apresenta as funções do organograma: 1 – pessoal (recrutamento, organização e operação); 2 – exploração e manufatura; 3 – manutenção e construção; 4 – vendas e compras; 5 – contabilidade, finanças e diversos. Ou seja, é composto de um grupo de diversos departamentos secundários, os quais mão são necessariamente parte dos departamentos principais.

Entre os métodos que eu utilizo e que têm sido mais úteis, eu poderia citar o organograma. Temos aqui três quadros. O primeiro representa a organização geral da companhia Commentry-Fourchambault et Decazeville. O segundo representa a organização de uma das minas e o terceiro é a organização de uma das fábricas desta companhia. […] Este método de representação dos serviços se plica igualmente a todos os estabelecimentos da companhia, como demonstra o organograma, compreendendo quatro minas de carvão, uma mina de minério de ferro, três fábricas e oito estabelecimentos principais empregando cerca de 9.000 pessoas. Estes organogramas permitem ver claramente: 1 – cada função tem um chefe; 2 – que a linha hierárquica está bem definida; 3 – que os departamentos ou seções estão bem definidos entre si; 4 – que a centralização é completa; 5 – que cada departamento continua na falta ou impedimento de seu chefe.

Para ele, todos os anos o organograma deve ser revisado e modificado, para assegurar que ninguém esteja sobrecarregado, que a autoridade e linha de reporte de cada um estejam bem determinadas e que a unidade de comando esteja sendo respeitada.

Além disso, Fayol focava também no mundo exterior, para fora da organização, preocupava-se em desenhar uma estrutura que pudesse ser ágil no atendimento aos clientes.

9 – reuniões e relatórios

Defensor da comunicação e do eficaz gerenciamento de equipes, Fayol recomenda frequentes reuniões, semanais, mensais e anuais, por considera-las excelente ferramenta para o direcionamento e controle, mas alertando para o fato de que o sucesso desses instrumentos depende da maneira como são utilizados.

Líderes habilidosos encontram a oportunidade para entender seus subordinados, para estimular suas iniciativas e para trazer entre eles a unidade de ação e, com grande possibilidade, a unidade de propósito.

Em Administração Industrial e Geral, ao tratar do que chama de “abuso das comunicações escritas” (burocracia), Fayol incentiva a comunicação verbal como a mais eficiente e simples.

Destarte, conclui-se que, sempre que possível, as relações devem ser verbais. Ganha-se com isso em rapidez, clareza e harmonia.

10 – contabilidade

A contabilidade é uma das funções da organização, encarregada das atividades relacionadas a inventários, balanços, preços de custo, estatística, etc. É comparada a um termômetro, que mede as condições e a saúde da organização.

Constitui o órgão de visão das empresas. Deve revelar, a qualquer momento, a posição e o rumo do negócio. Deve dar informações exatas, claras e precisas sobre a situação econômica da empresa.

Defende também a necessidade de transparência, pregando a divulgação interna das informações produzidas pela contabilidade a todos os empregados.

Quais as principais contribuições de Henri Fayol para a administração?

Sobre a palestra de 16 de junho de 1908, Fayol faz um retrospecto da história da empresa Comambault, visto que o evento tinha também como objetivo a celebração dos cinquenta anos da empresa que dirigia há vinte anos. Ele explica que com os fechamentos de minas – que ocorreram devido ao desenvolvimento das indústrias metalúrgicas, além do alto custo de exploração e redução de resultados, em 1885 – a empresa cessava o pagamento de dividendos e encontrava-se à beira da falência. Em 1888, Fayol assumiu a presidência quando a empresa estava prestes a fechar. Desde então, a empresa tornou-se novamente lucrativa e sua recuperação foi contínua.

Fayol enfatiza que

A história da empresa mostrará que seu declínio e recuperação se deveram somente aos procedimentos administrativos utilizados. Isto aconteceu com as mesmas minas, as mesmas fábricas, os mesmos empregados.

Ele também enfatizou que o sucesso de uma empresa depende muito mais da habilidade administrativa de seus líderes do que de suas habilidades técnicas.

É certo que o líder que é um bom administrador mas tecnicamente medíocre é, em geral, mais útil para uma organização do que se ele for brilhante técnico, mas um administrador medíocre.

Em seguida, ele discorre sobre Administração, sendo definida como

“governar ou gerenciar negócio público ou privado. Isto significa procurar fazer o melhor uso possível dos recursos disponíveis para atingir os objetivos da organização. Administração inclui, portanto, todas as operações da organização”.

Esta definição mostra que seu enfoque era direcionado para a administração geral, e não para funções específicas de uma organização.

Definição das responsabilidades de um departamento administrativo, por Fayol:

Alguém poderia definir o departamento administrativo dizendo que ele inclui tudo que não é parte de outros departamentos [técnico, comercial e financeiro], mas podemos definir isto de uma maneira mais positiva, dizendo que ele é especificamente responsável por: 1 – garantir que unidade de ação, disciplina, antecipação, atividade, ordem, etc. existam em todas as partes da organização; 2 – recrutamento, organização e direção das força de trabalho; 3 – garantir o bom relacionamento entre os vários departamentos entre si com o mundo exterior; 4 – fazer convergir todos os esforços em direção ao objetivo social; 5 – dar satisfação aos acionistas e aos trabalhadores, ao trabalho e ao capital.

Fayol defendia a possibilidade e necessidade do ensino de Administração, não somente para os profissionais envolvidos na gerência de negócios, visto que, no seu entendimento,

a capacidade administrativa pode e deve adquirir-se, assim como a capacidade técnica, primeiramente na escola e depois na oficina.

Assim, ele apresenta um elenco de dez itens, que denomina de Princípios da Administração, que formam a base dos 14 princípios que foram desenvolvidos mais tarde em sua obra, Administração Industrial e Geral.

Quais as principais contribuições de Henri Fayol para a administração?
Henri Verney publicou, em 1925, a primeira biografia conhecida de Fayol, denominada de Le fondateur de la doctrine administrative (O fundador da doutrina administrativa). Verney afirma em seu texto que em 1924, Fayol teria aceitado fazer um pronunciamento na Liga das Nações, dirigido à Federação Internacional de Universidades, em Genebra. Ele sugere que “o pronunciamento foi feito, e que era esperado que fosse publicado, mas o texto não foi disponibilizado na época”. (Breeze, 1980, p.34)

A bibliografia de Fayol apresentada por diversos autores mostra pequenas divergências, devido ao fato de que os trabalhos de Fayol não foram publicadas de forma sistemática. Enquanto um autor menciona a data em que foi feita a palestra, outro menciona a data da publicação das anotações referentes às palestras. “O caráter disperso da produção de Fayol, a falta de uma publicação sistemática de seus textos e o desaparecimento dos arquivos do Centro de Estudos Administrativos são fatores que contribuem para dificultar uma investigação mais aprofundada de sua contribuição científica à ciência da Administração”.

Em 16 de junho de 1908, na palestra citada acima, Fayol apresentou seus Princípios Gerais de Administração para uma audiência formada por colegas da indústria mineral francesa. O texto desta palestra que antecede a publicação da obra Administração Industrial e Geral foi disponibilizado por seu filho para Arthur G. Bedeian, em 1975, mas somente veio a público em 2002, o que significa que nesse período o texto inédito circulou a apenas um grupo restrito.

Quais foram as principais contribuições de Fayol para a administração?

Uma das contribuições da teoria criada e divulgada por FAYOL foi o desenvolvimento da abordagem conhecida como Gestão Administrativa ou processo administrativo, onde pela primeira vez falou-se em administração como disciplina e profissão, que por sua vez, poderia ser ensinada através de uma Teoria Geral da ...

Quais são as principais contribuições da teoria clássica da administração?

A teoria clássica caracteriza pela ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente. da eficiência das organização. A A C se dava pela racionalização do trabalho operário e do somatório das eficiências individuais enquanto a clássica, partia do todo organizacional para garantir a eficiência.

Quais são as principais ideias de Fayol?

Fayol relacionou 14 princípios básicos que podem ser estudados de forma complementar aos de Taylor:.
1 - Divisão do trabalho. ... .
2 - Autoridade e responsabilidade. ... .
3 - Unidade de comando. ... .
4 - Unidade de direção. ... .
5 - Disciplina. ... .
6 - Prevalência dos interesses gerais. ... .
7 - Remuneração. ... .
8 - Centralização..

Quais são as contribuições mais significativas de Taylor e Fayol?

São eles: divisão do trabalho; autoridade e responsabilidade; unidade de comando; linha de autoridade; centralização; unidade de direção; equidade; ordem; iniciativa; disciplina; remuneração de pessoal, estabilidade no emprego; subordinação de interesses individuais ao interesse comum e; espírito de grupo" (JONES & ...