Quais as influências do Banco Mundial na elaboração de uma agenda global para a educação?

Autores

  • Franciel Coelho Luz de Amorim Universidade de Pernambuco - UPE
  • Maria Jorge dos Santos Leite Universidade de Pernambuco - UPE

DOI:

https://doi.org/10.9771/gmed.v11i1.31889

Palavras-chave:

Banco Mundial, Políticas Educacionais, Privatização, Brasil.

Resumo

O artigo analisa as definições e orientações do Banco Mundial nas políticas educacionais brasileiras e identifica as novas orientações propostas por esse organismo a partir da imposição de um ajuste considerado “justo” pelo Banco Mundial à educação brasileira. Para tanto, balizamos a revisão de literatura nas evidências de atuação do órgão com as políticas de educação nacionais, dando suporte a análise de dois documentos: “Atingindo uma educação de nível mundial no Brasil: Próximos Passos” e em “Um Ajuste Justo - Análise da Eficiência e Equidade do Gasto Público no Brasil”, no qual o Banco traça, na última parte, as linhas gerais das principais reformas de educação que o país necessita adotar para seguir seu papel periférico na esteira do neoliberalismo, enxugando os gastos do Estado, mediante reformas que abrem caminho à privatização da educação pública.

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Biografia do Autor

Franciel Coelho Luz de Amorim, Universidade de Pernambuco - UPE

Mestrado em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Formação de Professores e Práticas Interdisciplinares (PPGFPPI), Universidade de Pernambuco - UPE Campus Petrolina (2018.1). Graduado em História pela mesma instituição e Pedagogia pela Faculdade de Educação Superior de Pernambuco - FAESPE. Atualmente é Professor da Educação Básica, atuando como Coordenador Pedagógico do Município de Petrolina - PE.

E-mail: 

https://orcid.org/0000-0002-4356-2914

Maria Jorge dos Santos Leite, Universidade de Pernambuco - UPE

Doutorado em Educação pela Universidade Federal do Ceará-UFC (2012, Mestrado em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará-UFC (2001), Especializada em Afabetização pela Universidade Regional do Cariri-URCA (1997) e Licenciatura em História pela Universidade Regional do Cariri-URCA (1989). Atualmente é Professora-adjunta do Colegiado de Nutrição da Universidade de Pernambuco-UPE, Campus Petrolina. Atua como professora permanente do Programa de Pós-graduação em Formação de Professores e Práticas Interdisciplinas -PPGFPPI,da Universidade de Pernambuco-UPE.

E-mail:

https://orcid.org/0000-0001-5655-1184

Referências

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Quais as influências do Banco Mundial na elaboração de uma agenda global para a educação?

Como Citar

Amorim, F. C. L. de, & Leite, M. J. dos S. (2019). A influência do Banco Mundial na educação brasileira na educação brasileira: a definição de um ajuste injusto. Germinal: Marxismo E educação Em Debate, 11(1), 28–41. https://doi.org/10.9771/gmed.v11i1.31889

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Qual a importância do Banco Mundial para os organismos internacionais de educação?

O Banco Mundial percebia a educação como uma forma de compensar à situação de pobreza que o país se encontrava ao passar pelos ajuste econômicos. Ele enfatiza a aducação como um mecanismo fundamental na aquisição de um novo padrão de acumulo do capital.

Qual foi a proposta do Banco Mundial para a educação?

A proposta de educação para promover a melhoria do acesso, a equidade e a qualidade dos sistemas de ensino está direcionada, fundamentalmente para a formação básica e, se constitui em pacotes de medidas formulados para os países em vias de desenvolvimento, abrangendo um amplo conjunto de aspectos macro para micro- ...

Qual o papel do Banco Mundial na educação brasileira?

A forte influência exercida pelo Banco Mundial na política macroeconômica brasileira irradia-se sobre diversos setores, entre eles, a edu- cação. Não alheio a isso, o governo Fernando Henrique Cardoso vem dando continuidade a reformas educacionais, muitas das quais coinci- dem com propostas do Banco Mundial (BIRD).

Quais os impactos influências das políticas internacionais para a educação no Brasil?

As políticas educacionais internacionais estão cada vez mais em voga na sociedade contemporânea. Neste sentido, o currículo como forma de poder na área educacional vem ganhando uma herança globalizadora, emanada principalmente dos organismos internacionais aos quais as políticas públicas vêm sendo influenciadas.