Quais as contribuição da prática reflexiva durante o desenvolvimento do estágio?

Introdu��o

    O est�gio supervisionado � o momento essencial para que o estagi�rio possa fazer a conex�o entre teoria e pr�tica, isso apresenta relev�ncia na forma��o do professor. � o momento adequado para que o estagi�rio desenvolva compet�ncias transformando o seu est�gio em uma atividade reflexiva, visando uma educa��o de qualidade, buscando cumprir seu real papel de professor.

    Este � um momento indispens�vel na vida do universit�rio, visto que o espa�o proporciona di�logo, supera��o das dificuldades, constru��o de pr�ticas educativas, visando uma aprendizagem efetiva dos alunos.

    O est�gio � relevante para a forma��o docente para fazer a liga��o entre a teoria e a pr�tica, promovendo o seu desenvolvimento profissional. O est�gio n�o pode ser considerado como a parte pr�tica do curso ou da forma��o do estudante. Ele � um dos momentos da forma��o que possibilita a intera��o mais pr�xima com a realidade onde o futuro profissional ir� atuar, possibilitando-lhe reflex�es a respeito da mesma (Bellochio e Beineke, 2007).

    Torna-se o eixo central na forma��o acad�mica do futuro professor, pois atrav�s desse est�gio que o educando tem acesso aos conhecimentos indispens�veis para a constru��o da identidade e dos saberes do cotidiano (Pimenta e Lima, 2004).

    Sendo este, um momento crucial na forma��o inicial do universit�rio, visto que o estagi�rio tem contato com a escola, colocando em pr�tica a observa��o, construindo seu conhecimento atrav�s da pratica reflexiva, proporciona a troca de experi�ncias com professor mais experientes (Souza e Bonela, 2007).

    O est�gio representa as atividades de aprendizagem social, profissional e cultural, deve ter a pr�tica vivenciada no campo de trabalho. Os estagi�rios devem proporcionar a complementa��o do ensino e da aprendizagem e ser planejados, executados, acompanhados e avaliados (Brasil, 2004).

    A inter-rela��o entre teoria e pr�tica devem ser presentes no contexto que envolve a Educa��o F�sica, em vista de proporcionar a emers�o dos processos de ensino, pesquisa e extens�o. Quando a percep��es pedag�gicas do entrecruzamento teoria e pr�tica n�o despertam, conseq�entemente, resulta em um empobrecimento das pr�ticas nas escolas, evidenciando a necessidade de explicitar por que o est�gio � teoria e pr�tica (Pimenta e Lima, 2004).

    Com isso, o est�gio � o espa�o que o universit�rio tem para fortalecer todo o conhecimento constru�do ao longo do curso, � o momento em que o estagi�rio vai ter conhecimento das reais situa��es que passar� durante toda sua vida como docente. Constitui um processo de transi��o profissional que liga duas l�gicas a educa��o e trabalho e proporciona o estudante a oportunidade de mostrar os conhecimentos e habilidades adquiridas (Brasil, 2007).

Experi�ncias compartilhadas no est�gio supervisionado

Per�odo de observa��o

    � no est�gio supervisionado que o aluno estagi�rio por meio da observa��o vai entreter-se com as partes do processo ensino-aprendizagem, tendo oportunidades de visualizar todos os aspectos que lhe ser�o essenciais para exercer a reg�ncia (Medina e Prudente, 2009).

    A observa��o foi realizada numa escola particular, com turmas do segundo e terceiro ano, sob supervis�o de uma professora do curso de gradua��o, no primeiro semestre do ano de dois mil e quatorze, sendo este, o quinto semestre acad�mico.

    Segundo Medina e Prudente (2009) o processo de observa��o no est�gio serve para identificar, para medir, avaliar os fen�menos por descri��o, classifica��o, com ou sem instrumentos que atinge o observador e n�o o fen�meno a ser observado.

    De acordo com Pimenta (2004) a observa��o � muito variada, pois envolve toda a organiza��o da escola, como sala dos professores, o recreio, o conte�do, a metodologia, o planejamento, a rela��o professor-aluno e at� mesmo as dificuldades de aprendizagem e de relacionamento dos alunos. Ou seja, a observa��o no est�gio supervisionado implica conhecer desde a realidade da escola, at� a aula de educa��o f�sica propriamente dita.

    Nas aulas observadas, a Educa��o F�sica era trabalhada de forma pedag�gica, onde eram realizadas as atividades de ludicidade, levando em conta brincadeiras recreativas para que houvesse divers�o, participa��o, contato social, est�mulos motores, habilidades b�sicas e espec�ficas.

    Foi poss�vel, neste per�odo, identificar o planejamento como um conjunto de a��es que s�o preparadas projetando um determinado objetivo, em ouras palavras � �um conjunto de a��es coordenadas visando atingir os resultados previstos de forma mais eficiente e econ�mica� (Luckesi, 1992, p.121).

    Al�m do mencionado, os professores, para realizar o seu trabalho com confian�a, necessitam de uma vis�o b�sica das a��es a serem desenvolvidas.Um projeto educacional parte dos objetivos que precisam ser alcan�ados para que o foco n�o se perca ao longo do caminho. Isto ir� conduzi-los a refletir sobre seu ensino, e buscar um aperfei�oamento para atingir os progressos mais significativos (Gomes, 2011).

    A experi�ncia de observar o que o professor est� desenvolvendo proporciona entender como podemos proceder no ensino da Educa��o F�sica nas escolas, neste caso, no Ensino Fundamental I. Esta conviv�ncia proporcionou a troca de experi�ncias que s�o de suma import�ncia para a forma��o como docente.

Per�odo de coparticipa��o

    A coparticipa��o � a continua��o da observa��o, onde os estagi�rios participam de forma mais direta nas aulas sem interferir no desenvolvimento dela. A coparticipa��o � o momento mais participativo, no qual � permitido auxiliar o professor regente no que for necess�rio, sempre com a presen�a e a autoriza��o dele.

    Com isto, foi poss�vel obter melhor compreens�o e prepara��o para a pr�xima etapa do Est�gio, a reg�ncia. Pois, com esta viv�ncia o universo acad�mico come�a a se concretizar nas pr�ticas de uma realidade.

Per�odo de reg�ncia

    A Reg�ncia � o momento crucial do est�gio, em que neste per�odo s�o colocados em pr�tica as teorias trabalhadas em sala de aula e discuss�es com professores orientadores e regentes.

    Nesta fase do est�gio, s�o considerados os conte�dos propostos pelo plano de ensino do professor regente, para elaborar o plano de aula do estagi�rio. A reg�ncia trata-se de um momento engrandecedor para o estagi�rio no trabalho pedag�gico da escola, pois oportuniza o acad�mico a analisar a sua did�tica na Educa��o Infantil, Ensino Fundamental e M�dio (Oliveira et al, 2010).

    Durante a realiza��o das aulas, foi proporcionado aos alunos, brincadeiras que estimulassem a coordena��o motora, a capacidade de racioc�nio e a intera��o entre eles, valendo ressaltar a prontid�o e envolvimento das crian�as nestas atividades. Considera-se a experi�ncia �nica, pois o est�gio oportunizou vivenciar a realidade de uma escola, tendo conseq�entemente a partilha de conhecimentos que v�o auxiliar na vida futura como profissionais da �rea.

Considera��es finais

    Ao t�rmino do est�gio exigido pela disciplina Est�gio Supervisionado II, podemos ver a import�ncia e a grandiosidade do contato e conhecimento com a realidade de uma institui��o escolar.

    Nesse per�odo de est�gio observamos que a escola em estudo v� a Educa��o F�sica como disciplina importante para os alunos. Isto se deu, atrav�s da valoriza��o do planejamento anual, bimestral e di�rio, da rotina de trabalho e da participa��o da comunidade escolar nas atividades educacionais.

    Por fim, com esta viv�ncia, foi poss�vel adquirir novos conhecimentos sobre a fase educacional � Ensino Fundamental I, a import�ncia do l�dico e os diferentes objetivos nas aulas. Verificamos de fato, a import�ncia da Educa��o F�sica para as crian�as, pois elas precisam de atividades adequadas e prazerosas.

Bibliografia

  • Bellochio, C. R. e Beineke, V. (2007). A Mobiliza��o de Conhecimentos Pr�ticos no Est�gio Supervisionado: Um Estudo com Estagi�rios de M�sica da UFSM/RS e da UDESC/SC. M�sica Hodie, 7 (2), 73-88.

  • Brasil (1997). Secretaria de Educa��o Fundamental. Par�metros Curriculares Nacionais � Educa��o F�sica / Series Iniciais. Bras�lia: MEC/SEF.

  • Brasil (2004). Minist�rio da Educa��o. Bras�lia: Di�rio Oficial da Uni�o. Acesso em: 30 de outubro de 2015. Dispon�vel em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/2007/pces058_04.pdf

  • Brasil (2007). Minist�rio da Educa��o. Bras�lia: Di�rio Oficial da Uni�o. Acesso em: 30 de outubro de 2015. Dispon�vel em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces003_07.pdf

  • Oliveira, Z. Pires, R. e Hon�rio, X. (2010). Orienta��es para est�gio de observa��o, participa��o e reg�ncia. FACITEC. 3-9.

  • Gomes, �. (2011). A import�ncia do planejamento para o sucesso escolar. [Vers�o Eletr�nica] Brasil: UFT. Acesso em: 30 de outubro de 2015. Dispon�vel em: file:///C:/Users/pc/Downloads/Edula_corrigido_ULTIMA_VERSAAO%20(3).pdf

  • Luckesi, C.C. (1992). Planejamento e Avalia��o escolar: articula��o e necess�ria determina��o ideol�gica. Mario Covas, 115-119. Acesso em: 30 de outubro de 2015. Dispon�vel em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_15_p115-125_c.pdf

  • Medina, A. e Prudente, P. (2009). Est�gio Supervisionado do curso de Educa��o F�sica, modalidade a dist�ncia, da Universidade FUMEC: um relato de experi�ncia. FUMEC, 9(12,) 187-206.

  • Pimenta, S. G. e Lima, M. S. L. (2004). Est�gio e Doc�ncia. (2. ed.) S�o Paulo: Cortez.

  • Souza, J.C.A., Bonela, L.A. e Paula, A. H. (2007). A import�ncia do est�gio supervisionado na forma��o do profissional de educa��o f�sica: uma vis�o docente e discente, Movimentum, 2 (2), 3-5.

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Quais as contribuição da prática reflexiva durante o desenvolvimento do estágio?

EFDeportes.com, Revista Digital � A�o 20 � N� 214 | Buenos Aires,Marzo de 2016
Lecturas: Educaci�n F�sica y Deportes - ISSN 1514-3465 - © 1997-2016 Derechos reservados

Quais foram as contribuições do estágio para sua formação?

Profissionais que passam por experiências de estágio têm a oportunidade de construir uma carreira mais flexibilizada, adquirem conhecimento prático em setores e áreas diferentes e aprendem cedo a lidar com dificuldades que não podem ser previstas por nenhuma teoria.

Quais são as contribuições do estágio?

O estágio possibilita uma aproximação da realidade da sala de aula e da escola, sendo que essa leva a uma reflexão teórica sobre a prática, sobretudo o que se observa e vivencia, propiciando ao aluno a oportunidade de se aproximar da realidade em que atua ou, futuramente, atuará (CABRAL; ANGELO, 2010, p.

Qual a importância da prática no estágio?

O estágio supervisionado promove experiência prática e é fundamental para o melhor aproveitamento da graduação. Nessa atividade, é possível colocar em ação os conhecimentos adquiridos na faculdade. O estudante acompanha o dia a dia de profissionais experientes e conhece o mercado de trabalho antes de se formar.

Como você enxerga as contribuições do estágio para sua formação?

É preciso olhar com outros olhos e enxerga-lo como uma forma de se encontrar no mercado de trabalho ou numa futura carreira acadêmica. Um estágio lhe traz experiências que além de enriquecer seu currículo, ampliará sua rede de contatos no mercado, aumentando suas oportunidades de emprego após a formação.

Em que medida as reflexões e as atividades realizadas no Plano Emergencial de estágio contribuíram para minha formação como professor e educador para o século XXI?

O plano emergencial de atividades foi muito importante para a formação como professor e educador no século XXI. Apesar desse plano ser de fato criado em um ambiente de emergência, mostra que vivíamos uma realidade educacional muito ultrapassada que não sabia lidar com a tecnologia de maneira plena.

Como o estágio contribui para a formação do professor?

O Estágio tem grande importância na formação inicial docente, uma vez que permite o contato direto dos licenciandos com a realidade escolar, levando estes professores em formação inicial a vivenciarem o processo de ensino e aprendizagem sob a ótica docente.