Por que os combustíveis fósseis contribuem para o aquecimento global?

Os combustíveis fósseis contribuem para o aquecimento global, razão pela qual a sociedade vem buscando novas alternativas energéticas mais limpas e cada vez mais competitivas.

Considerando-se essa informação e os conhecimentos sobre fontes de energia, pode-se afirmar:

A)

O uso de biocombustíveis, por ser antieconômico, é pouco utilizado, todavia nos países centrais eles já estão substituindo as fontes tradicionais, principalmente na Europa Oriental.

B)

A maior usina de etanol celulósica do planeta está localizada na Amazônia, onde há matéria-prima disponível e abundante.

C)

A energia eólica tornou-se mais competitiva nos EUA, após o uso das máquinas flutuantes que giram hélices mais longas.

D)

A localização geográfica do Brasil dificulta a circulação dos ventos, razão pela qual não há parques eólicos no país.

E)

A energia geotérmica é a fonte alternativa mais utilizada no Hemisfério Norte porque é barata, limpa, de fácil obtenção, além de ser inesgotável.

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O efeito estufa � um fen�meno natural indispens�vel para manter a superf�cie do planeta aquecida. Sem ele, a Terra seria muito fria, cerca de -19�C. Os gases do efeito estufa s�o capazes de reter o calor do Sol na atmosfera, formando uma esp�cie de cobertor em torno do planeta, impedindo que ele escape de volta para o espa�o.

Este fen�meno se torna um problema ambiental, quando a emiss�o de gases do efeito estufa (como o g�s carb�nico, o metano e o �xido nitroso), � intensificada pelas atividades humanas, causando um acr�scimo da temperatura m�dia da Terra, conhecido como Aquecimento Global.

O fr�gil equil�brio natural do clima foi rompido com a revolu��o industrial. A temperatura global m�dia aumentou 0,74�C entre 1906 e 2005. Os anos mais quentes ocorreram de 1995 para c�. Segundo o relat�rio de pesquisas dos cientistas do IPCC - Painel Intergovernamental de Mudan�as Clim�ticas (fev. 2007) :
- n�o restam d�vidas de que o aquecimento do planeta est� sendo provocado pela a��o humana;
- a temperatura m�dia do planeta subir� de 1,8�C a 4�C at� 2100 (3�C em m�dia);
- furac�es e ciclones ter�o mais for�a;
- as �reas de seca devem se expandir;
- teremos ondas de calor mais intensas, mais inunda��es;
- o n�vel do mar deve aumentar entre 20 e 60 cent�metros at� o fim do s�culo, sem levar em conta os efeitos prov�veis do degelo dos p�los;
- metade de todas as esp�cies animais estar�o sob risco de extin��o no fim do s�culo 21.

O poss�vel impacto do aquecimento global no Brasil previsto por pesquisadores brasileiros do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)   :
- Nos pr�ximos anos, as regi�es Sul e Sudeste v�o sofrer com chuvas e inunda��es cada vez mais freq�entes.
- A floresta Amaz�nica pode perder 30% da vegeta��o, por causa de um aumento na temperatura de vai de 3�C a 5,3�C at� 2100.
- No Nordeste, at� o fim do s�culo, a varia��o deve ficar entre 2�C e 4�C.
- O n�vel do mar deve subir 0,5 metro nas pr�ximas d�cadas e 42 milh�es de pessoas podem ser afetadas.
- O aumento na temperatura no Centro-Sul do pa�s deve ser de 2�C a 3�C, aumentando a for�a das tempestades.
O Brasil precisa de um plano nacional de mudan�as clim�ticas englobando vulnerabilidade, impactos e adapta��o.

A concentra��o de g�s carb�nico ou di�xido de carbono (CO2) na atmosfera cresceu principalmente pelo uso de combust�veis f�sseis (carv�o, petr�leo, g�s natural) em termel�tricas, ind�strias, autom�veis e tamb�m pela devasta��o e queima de florestas.
O CO2 � o g�s que mais contribui para o aquecimento global. O g�s carb�nico emitido hoje permanece na atmosfera por um longo relativo tempo (cerca de 100 anos).

OS MAIORES POLUIDORES

Os pa�ses industrializados s�o os maiores respons�veis pela emiss�o de g�s carb�nico na atmosfera. A maior parte da degrada��o foi causada (historicamente) pelos pa�ses desenvolvidos.
Os EUA com 4% da popula��o mundial, s�o os respons�veis por mais de 20% de todas as emiss�es globais de gases do efeito estufa.
Atrav�s do Protocolo de Kyoto, acordo internacional promovido pela ONU, em vigor desde fevereiro de 2005, v�rios pa�ses industrializados se comprometeram a reduzir em 5% as emiss�es de gases do efeito estufa at� 2012 em rela��o aos n�veis de 1990. O governo do presidente George Bush se recusou a assinar o tratado. Contr�rios a esta decis�o, prefeitos de centenas de cidades americanas assumiram compromissos para reduzir suas emiss�es.

Para atingir suas metas, os pa�ses ricos podem contar com o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que permite a compra de “cr�ditos de carbono” dos pa�ses em desenvolvimento, como o Brasil, adotando projetos que comprovadamente reduzam as emiss�es de gases de efeito estufa nos setores energ�tico, de transporte e florestal (contempla o plantio de �rvores mas n�o a conserva��o de florestas j� existentes).

Os pa�ses desenvolvidos que mais emitiram g�s carb�nico em 2004 foram nesta ordem : EUA, Jap�o, Alemanha, Canad�, Reino Unido, Austr�lia, It�lia, Fran�a, Espanha e Pol�nia. Os dados s�o do documento oficial da Conven��o de Clima das Na��es Unidas, 2006. (UNFCCC)

Considerando todos os pa�ses, os que mais contribuem para o efeito estufa s�o : EUA (20%), China (15%), Uni�o Europ�ia (14%), R�ssia (6%), �ndia (5,6%), Jap�o (4%), Alemanha (3%), Brasil (2,5%), Canad� (2,1%) e Inglaterra (2%). Fonte : World Resources Institute (2005).

A China superou os EUA em emiss�o de CO2 em 2006, por 7,5%, segundo a Ag�ncia de Avalia��o Ambiental da Holanda. Os pa�ses desenvolvidos transferem muita ind�stria manufatureira para a China. O pa�s com uma popula��o de 1,3 bilh�o, emite cerca de 4,7 toneladas de CO2 por habitante, contra 19,2 toneladas nos EUA.

A demanda global por energia subir� muito nas pr�ximas d�cadas devido a ascens�o econ�mica da China e da �ndia, pa�ses que re�nem 40% da popula��o mundial. As duas na��es tem como principais fontes o carv�o mineral (energia "suja"). Uma alternativa � o desenvolvimento de novas tecnologias que utilizam a biomassa.

O Brasil se baseia principalmente nas hidrel�tricas para gerar energia (limpa), mas consideradas as emiss�es totais de gases do efeito estufa liberados pelas queimadas e pela agropecu�ria, o Brasil � um dos maiores poluidores.
O pa�s necessita conter desmatamentos e queimadas. Uma das fun��es das florestas � absorver g�s carb�nico da atmosfera atrav�s da fotoss�ntese, promovendo o sequestro de carbono. No Brasil, as queimadas na Amaz�nia respondem pela maior parte das emiss�es de gases que produzem o efeito estufa

Embora tenha 45% da energia originada de fontes n�o-poluentes e da produ��o de biocombust�veis, o Brasil precisa de uma pol�tica p�blica eficaz contra o desmatamento para impedir o aumento das emiss�es de g�s carb�nico. Atualmente, o Brasil � o quarto emissor de g�s carb�nico do mundo, despejando cerca de um bilh�o de toneladas por ano, segundo o Minist�rio de Ci�ncia e Tecnologia. As raz�es desse volume n�o est�o nos ve�culos ou nas chamin�s das f�bricas. Isso porque 75% das emiss�es do principal g�s causador do efeito estufa s�o provocadas pelas derrubadas de �rvores. (Ag�ncia Brasil 02/07/07).

No setor de energia, o Brasil teve importantes iniciativas ao desenvolver o programa do �lcool e biodiesel, al�m de possuir grande potencial para a implementa��o de sistemas de energia solar, e�lica e de aproveitamento de biomassa.

A queima de combust�veis f�sseis � a principal causa do aumento da concentra��o de gases de efeito estufa na atmosfera e os impactos do aquecimento global amea�am as florestas. O ambiente quente e seco fica mais vulner�vel ao fogo. Se o mundo n�o for capaz de controlar a emiss�o de gases poluentes, a floresta Amaz�nica entrar� em colapso. Grandes por��es da floresta se tornar�o �rea de cerrado (processo de savaniza��o) e causar� uma grande perda de biodiversidade.

Segundo o WWF, "o motor hidrol�gico da Amaz�nia tem um grande papel na manuten��o do clima global e regional. A �gua liberada por plantas na atmosfera e por rios no oceano influencia o clima mundial e a circula��o das correntes oce�nicas".

Em m�dia, cada americano � respons�vel pela emiss�o de cerca de 22 toneladas de di�xido de carbono por ano, de acordo com as estat�sticas das Na��es Unidas, um n�mero per capita muito maior do que em qualquer outra na��o industrializada, onde a m�dia de emiss�o � de 6 toneladas de di�xido de carbono por pessoa.

OUTROS GASES DO EFEITO ESTUFA

O metano, g�s do efeito estufa, responde por um ter�o do aquecimento do planeta. A sua capacidade de reter calor na atmosfera � 23 vezes maior que a do g�s carb�nico. Cerca de 28% das emiss�es mundiais desse g�s v�m da pecu�ria. O gado envia milh�es de toneladas anuais de metano para a atmosfera (rumina��o, fermenta��o intestinal, esterco). O metano tamb�m � liberado na queima de g�s natural, em campos de arroz inundados, em aterros e lix�es (decomposi��o de res�duos org�nicos), no esgoto, na queima do carv�o e de material vegetal, entre outros. O metano permanece ativo na atmosfera por 12 anos.
Segundo relat�rio da FAO (nov. 2006), a pecu�ria prejudica mais o ambiente que os carros.

Os clorofluorcarbonos (CFCs) produzidos pela ind�stria qu�mica, tamb�m s�o gases que provocam o efeito estufa e destroem a camada de oz�nio que protege a Terra contra os raios nocivos do sol que provocam danos na vegeta��o e c�ncer de pele em humanos. Devido a um acordo internacional, o Protocolo de Montreal, que determina a elimina��o de todas as subst�ncias que destroem a camada de oz�nio, os CFCs foram banidos de refrigeradores, condicionadores de ar e aeros�is. Com este esfor�o global, cientistas esperam uma recupera��o lenta da camada de oz�nio, por�m a situa��o na Ant�rtica vem piorando nas �ltimas d�cadas.

A presen�a m�dia de CO2 registrada durante o ano de 2005 na atmosfera terrestre foi 35,4% acima do que havia em tempos pr�-industriais. J� a concentra��o de �xido nitroso aumentou 18,2% desde o s�culo 17, gerada principalmente pela queima de combust�veis f�sseis, biomassa, pelo uso de fertilizantes e em processos industriais. A presen�a do metano na atmosfera terrestre cresceu 154,7% desde o in�cio da era industrial. Estes dados s�o do boletim publicado pela OMM - Organiza��o Meteorol�gica Mundial, vinculada � ONU.

O PLANETA APRESENTA SINAIS DE FEBRE

Em 2004, chegou ciclone no litoral sul do Brasil desabrigando mais de 33.000 pessoas e causou preju�zos de mais de R$1bilh�o.
Houve seca na Amaz�nia em 2005 influenciada pelo aumento da temperatura na superf�cie do Atl�ntico, isolando 35 munic�pios. In�meras embarca��es ficaram encalhadas.

O total de �reas atingidas por secas dobrou em 30 anos. Os desertos avan�am. Cientistas brit�nicos do Instituto Hadley calculam que, at� o ano 2100, um ter�o do planeta vai virar deserto.

A polui��o do ar provocada principalmente pela queima de combust�veis f�sseis, mata 2 milh�es de pessoas ao ano, segundo a OMS - Organiza��o Mundial de Sa�de.

Os oceanos absorvem um ter�o do g�s carb�nico que jogamos na atmosfera e est�o se tornando mais �cidos, amea�ando os corais e a biodiversidade marinha.

Os efeitos clim�ticos tendem a ficar mais frequentes e extremos.
O aquecimento crescente poder� provocar entre outras consequ�ncias : inc�ndios florestais de dif�cil controle, altera��o nos regimes das chuvas, avan�o do mar sobre os rios e o litoral, escassez de �gua pot�vel, destrui��o de habitats e a consequente perda de biodiversidade (acentuada extin��o esp�cies afetando ecossistemas), perdas agr�colas, mais fome, migra��es de comunidades vulner�veis (problemas sociais) e amea�as � sa�de das pessoas (dengue, mal�ria, desnutri��o, doen�as por contato com �gua contaminada).

No filme "Uma Verdade Inconveniente" lan�ado em 2006, Al Gore (EUA) alerta que a humanidade est� sentada numa bomba rel�gio. Ele diz que temos apenas dez anos para evitar uma enorme cat�strofe que pode alterar todo o sistema clim�tico do nosso planeta, e que resultar� numa destrui��o �pica - uma cat�strofe criada por n�s mesmos.
O filme mostra que a concentra��o de CO2 na atmosfera hoje � maior do que em qualquer outro momento dos �ltimos 600 mil anos. Estudos demonstram que altas concentra��es de g�s carb�nico na atmosfera vem acompanhadas por per�odos quentes no planeta.

A falta de iniciativa custar� � economia mundial entre 5% e 20% do Produto Interno Bruto, enquanto reduzir as emiss�es de CO2 agora representaria apenas 1% do PIB, segundo o Relat�rio Stern, do governo brit�nico. Se a mudan�a clim�tica for ignorada, poder� causar uma cat�strofe econ�mica compar�vel a uma guerra mundial.

O problema exige mudan�as em muitos h�bitos de consumo. Os cidad�os em todo o mundo, enquanto eleitores, tem o poder de pressionar seus governos a impor limites para as emiss�es e a adotar fontes de energia renov�veis.

A Terra pede socorro. Precisamos agir j�. N�o d� para adiar medidas urgentes.

M�sicas relacionadas ao tema.

Dicas para reduzir a polui��o do ar e os impactos das altera��es clim�ticas .

V�deos :
V�deo sobre Liberta��o Animal atrav�s do Vegetarianismo - Young Man : Save the Animals ! (3 minutos)
Como entender o caos no clima mar. 2007
Como ser� a terra no futuro? fev. 2007
Caos no clima do mundo  jan. 2007
Emiss�es de g�s carb�nico jan. 2007
O avan�o do n�vel dos oceanos  jan. 2007
Amea�a a animais e plantasjan. 2007
As conseq��ncias do aquecimento global para o Brasil nov. 2006

Saiba mais : Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia MCT (Protocolo de Kyoto), Mercado Carbono, CPTEC,  Ambiente Brasil, WWF, Green Peace e Manual do Cr�dito de Carbono.

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