Entenda a política do café com leite. Esse acordo estabeleceu o poder do governo federal centralizado entre São Paulo e Minas Gerais, apoiado pelos estados. Show
Durante a República Velha, houve no Brasil a chamada “política café com leite”, que teve seu início em 1898. Esse termo determinou o ‘toma lá dá cá’ entre políticos de São Paulo e Minas Gerais, que revezavam o poderio enquanto líderes da República do Brasil. A política café com leite consistia em um acordo firmado entre oligarquias – estados – do país e o governo federal. A ideia era manter sempre no poder um presidente da República que fosse escolhido entre os integrantes políticos dos dois entes. Na prática, ora o presidente seria paulista, outrora mineiro. De certa maneira, essa foi uma forma encontrada para centralizar o poder do Governo Federal na época. Ambos os estados eram populosos e fortes braços das principais legendas republicanas do Brasil. A escolha do termo ‘Política café com leite’Para que você entenda melhor, o termo política café com leite é conhecido até os dias de hoje, devido a sua importância. O termo tratava diretamente de uma alusão aos produtos responsáveis pela economia dos dois estados, e praticamente de todo o país. O estado de São Paulo era o grande produtor de Café, enquanto Minas Gerais foi o maior produtor de leite do país. Bem como, os reflexos estão na economia presente até os dias de hoje. Atualmente o Brasil se tornou grande exportador desses produtos.
Na época, o que conhecemos por ‘estados’ hoje era chamado de oligarquias. E no contexto político, as prerrogativas entre as duas oligarquias para a escolha do presidente determinava os benefícios ao restante do país. Era uma dependência pura dos paulistas e mineiros, já os demais brasileiros nas mãos dos dois povos. A política café com leite contava com duas forças partidárias:
Política café com leite: da autonomia local ao apoio ao governoUma coisa que os estados sempre buscam é autonomia em suas questões locais. Partindo deste princípio, foi desta maneira que as oligarquias à época conquistaram a sua ‘autonomia’ e não interferência da república. Durante a política café com leite, as elites estaduais de todo país garantiam o apoio das suas bancadas ao presidente da República. É quando se dava a execução de um outro acordo, chamado de a política dos governadores. Vamos entender melhor? A política dos governadores é uma referência a influência das oligarquias de São Paulo e Minas Gerais que controlavam o processo sucessório nacional. A influência do peso econômico, demográfico e político desses estados faziam que os governadores de todo o país se unissem para apoiar um desses estados como representante nacional.
Veja a alternância de poder durante a política café com leite:Presidentes mineiros (PRM)
Presidentes paulistas (PRP)
No ano de 1930 se deu o fim da política café com leite. Porém, a revolução ou período militar, ditadura ou como queira mencionar ou afirmar – sem debate histórico, foi marcado por uma discordância entre os dois partidos. Júlio Prestes era o presidente para o mandato entre 1930-1934, mas não tomou posse. Do mesmo modo, o Partido Republicano Mineiro (PRM) deseja ter o presidente do período, no entanto o Partido Republicano Paulista (PRP) quis se manter no poder. Insatisfeitos os mineiros apoiaram o ato de 1930, acabando com a república velha e o toma lá dá cá entre os dois estados mais fortes do país. Decerto, Getúlio Vargas assume o poder e encerra em 1930, o período café com leite. A Constituição de 1891 ampara a Política Café com Leite?Você deve estar se perguntando se, para que dois estados se mantivessem no poder revezando, havia alguma brecha na legislação, não é mesmo? E foi justamente o problema da constituição em relação ao poderio dos mineiros e paulista. A Constituição de 1891 determinava a representação proporcional das oligarquias na Câmara dos Deputados. Assim sendo, cada estado elegia um número de Deputados Federais proporcional ao número de seus habitantes.
Na prática, a população do Brasil, durante a República Velha e os tempos da Política Café com Leite, se centralizava nesses estados, dando a eles número significativo de representantes. Ao todo, a população de ambos representava um terço da população nos colégios eleitorais. Curiosidades: durante os primórdios do governo republicano, apenas dois presidentes foram exceções da política café com leite:
Fonte: UOL, Toda Matéria, InfoEscola Fontes de Imagem: brainly, Guia do Estudante, História de tudo, Todo Estudo. Por que a República Velha e marcada como um período de revoltas populares?As revoltas na Primeira República foram motivadas por inúmeros fatores, como desigualdade social e pobreza, violência policial, medo, fanatismo religioso etc. As quatro principais revoltas do período, isto é, as mais estudadas são: Canudos, Contestado, Revolta da Vacina e Revolta da Chibata.
O que aconteceu na República Velha?a queda do prestígio do café; revoltas tenentistas; avanço dos movimentos operários; crise da bolsa de valores de Nova Iorque (1929).
O que mais caracterizou o processo eleitoral republicano na República Velha?A existência das fraudes nas eleições desse período pode ser percebida nas votações presidenciais, em que o candidato do vencedor, por diversas vezes, teve mais de 90% dos votos. Assim, como podemos identificar, o voto de cabresto é uma prática de repressão contra um direito (de voto).
Como pode ser dividida a República Velha De 1889 a 1930 o que caracteriza cada período?Esse período foi marcado pela reorganização da estrutura política do país e costuma ser dividido em duas fases: a “República da Espada”, de 1889 a 1894, e a “República Oligárquica”, de 1894 a 1930.
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