Onde na bíblia está escrito

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“Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então se abriam livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforma o que se achava escrito nos livros (...) e se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo” (Ap 20:12-15).

O Livro da Vida do Cordeiro está citado na bíblia, no livro de Apocalipse, e trata sobre a salvação, o encontro da noiva adornada com o seu esposo, ou seja, de Jesus Cristo com a Sua Igreja.

O autor do livro Apocalipse (que quer dizer “Revelação”), o apóstolo João, é levado ao topo de uma alta montanha por um dos sete anjos, que carregam sete taças na mão, para ver de perto a esposa do Cordeiro, a Santa Cidade de Jerusalém. Do alto ele vê uma grande cidade descendo do céu, vinda de Deus. De acordo com as escrituras, a cidade tem a glória de Deus e descreve seu esplendor através das pedras preciosas.

Não se trata exatamente da Jerusalém “física” citada na bíblia. Esta é a visão de uma Jerusalém celestial, que tem alta muralha, segura e intocável, onde os anjos de Deus guardam as portas cujos nomes das doze tribos de Israel e em seus fundamentos estão os nomes dos doze apóstolos. Esses nomes podem ser um indicativo que abrangem a Israel do Antigo Testamento e a igreja do Novo Testamento, testificando a perfeição, a vida e a magnitude de toda a Palavra de Deus. O último capítulo da bíblia alerta para que se alguém acrescentar ou tirar qualquer coisa das palavras deste livro (a Bíblia) será acrescentado os flagelos descritos nele; o próprio Jesus disse que céus e terra passarão, mas a Sua Palavra não passará, entre outras referências.

Sobre a Jerusalém celestial, no encontro da noiva com o cordeiro, outras características são mencionadas na narrativa bíblica. A referência ao livro da vida do Cordeiro, está num contexto onde a nova Jerusalém já não tem mais um templo como antes, no Antigo Testamento, onde o templo era considerado o local onde Deus habitava. Agora, na ressurreição de Jesus Cristo o templo é formado pelas próprias pessoas que venceram, que creram Nele, “pegaram sua cruz e o seguiram”. Dessa forma, o Espírito de Deus habitou dentro de cada cristão.

Após a separação do joio e do trigo, onde Jesus fará a Sua colheita, não passaram pelas portas da Jerusalém nada que a contamine, entre outros critérios: “Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte” (Ap 21:8).

E passarão pelas portas somente os que estão inscritos no Livro da Vida: “E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra. E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite. E a ela trarão a glória e honra das nações. E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro” (Ap 21:23-27).

Bibliografia:
A Bíblia da Mulher: leitura, devocional, e estudo. 2 ed, Barueri SP: sociedade Bíblica do Brasil 2009.
Bíblia sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil 2 ed Barueri SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 1988, 1993.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/biblia/livro-da-vida-do-cordeiro/

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“A Bíblia, e só a Bíblia: eis a única regra de fé”. Verdade capital, fundamento de todo o cristianismo e que, por isso mesmo, se devera encontrar expresso com uma clareza insofismável na própria Escritura. No entanto, abro a Bíblia, percorro-a de cabo a rabo, e não a encontro uma só vez nem sequer acenada! Que terrível decepção! Para firmar a sua norma de fé, o protestantismo começa por violá-lo flagrantemente. A contradição irrompe logo pela primeira porta e crava-se no coração do sistema.

Lutero e os seus discípulos encalçados pela lógica dos católicos deram-se a folhear as Escrituras à cata de textos que os justificassem. Baldado esforço. Nenhum protestante instruído ousaria fazer gala das investigações exegéticas dos primeiro reformadores. Nem foram mais felizes os que lhes sucederam na desesperada empresa. Assim, da sua excursão pela imensa seara bíblica colheu o Sr. C. Pereira [1] não mais de três textos. Quereis ver-lhes a força demonstrativa?

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O Pe. Leonel Franca, autor destas linhas.

O primeiro é de S. João (5, 39): “Examinai as Escrituras”. O seu significado nem de longe acena à tese protestante. Cristo num discurso apologético prova contra os seus adversários a divindade de sua missão. Invoca primeiro o testemunho do Padre, depois o do Precursor, apela em seguida para os seus milagres e finalmente num argumento ad hominem aduz a verificação das profecias escritas: “Vós examinais [2] as Escrituras cuidando ter nelas a vida  eterna; pois são elas que dão testemunho de mim”.

Ver nestas palavras — dirigidas não aos discípulos, mas aos adversários, propostas não como regra de fé do cristianismo, senão como prova apologética do seu messiado — uma confirmação da teoria protestante, é zombar da Escritura e insultar o bom senso dos leitores.

O segundo texto é tirado de S. Mateus (13, 43). Ao terminar a explicação da parábola do trigo e do joio diz Jesus: “Quem tem ouvidos de ouvir, ouça”. O Sr. C. Pereira vê aí toda a doutrina da Reforma: só a Bíblia é regra da fé; só o livre exame deve interpretá-la. Se, a grande esforço, não chegais a enxergar naquelas palavras todas estas importantíssimas verdades, a culpa é vossa. Falta-vos aquela agudeza de intuição que caracteriza a exegese do ilustrado gramático.

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O Apocalipse de S. João subministra-lhe outro passo não menos peremptório: “Bem-aventurado aquele que lê e ouve as palavras desta profecia” (1, 3). O que diz o Discípulo amado, entende-se facilmente. Ler e ouvir a palavra inspirada é fonte de felicidade. A Igreja a lê todos os dias na sua liturgia e aconselha repetidamente a sua leitura aos fiéis. Mas daí à afirmação protestante vai um abismo que nem a hermenêutica mais atrevida é capaz de saltar.

Com estas infantilidades proferidas em tom de seriedade aruspicina, julga-se o Sr. C. Pereira no direito de concluir: “estes passos e muitos outros [3] da Sagrada Escritura importam em um reconhecimento formal do direito, e, ainda mais, do dever do livre exame e juízo privado no estudo do código divino”. Quem tem ouvidos de ouvir ouça... e pasme diante desta lógica de por aí além!

Mas se a Escritura, nem mesmo torturada, dá um só texto em favor do protestantismo, a sua origem, a sua índole, as suas declarações formais depõem concordemente contra ele.

Jesus Cristo só ensinou de viva voz, não escreveu uma só linha. E todo o cristianismo deveria apoiar-se num livro! E Cristo não nos deu este livro! E Cristo não disse aos seus apóstolos: “Sentai-vos, escrevei ou viajai e distribui Bíblias”; senão: “Ide e pregai; quem vos ouve, a mim ouve”. E os apóstolos foram fiéis à sua missão; poucos escreveram e pouco, todos pregaram e muito.

Já a Igreja estava fundada, já o cristianismo se havia propagado e não havia ainda um livro do Novo Testamento! O primeiro evangelho de S. Mateus, escrito em aramaico, saiu na Palestina vários anos depois da ascensão do Senhor; o último, de S. João, veio à luz nos derradeiros anos do primeiro século. Durante este tempo a Igreja crescia e prosperava em todo o mundo. Qual era então a regra de fé dos cristãos? Qual o veículo da doutrina integral de Jesus? O ensino oral, vivo, autêntico dos apóstolos ou dos a quem eles confiaram o governo e a doutrina das cristandades [4].

Em que dia, em que ano, em que época cessou esta economia para dar lugar ao reino do livro? Só a Bíblia o deveria dizer. Di-lo? Não. Antes como depois da Bíblia, a Igreja continua sempre como a fundou Cristo, como a estabeleceram os apóstolos, afirmando o direito de ensinar de viva voz, de examinar e interpretar os livros que se apresentam como inspirados. Na história, nenhum vestígio de ab-rogação da antiga regra de fé.

Seria mesmo possível esta ab-rogação? Seria possível que a Igreja, mais tarde, substituísse outra norma de crer à que foi ensinada, praticada e inculcada pelo próprio Cristo e pelos apóstolos?

Mas, enfim, os apóstolos escreveram alguma coisa; escreveram  evangelhos e epístolas. Porventura pretenderam encerrar nestes escritos todo o cristianismo, todo o depósito das verdades reveladas? Basta considerar-lhes a índole e natureza para responder imediatamente e sem tergiversar: não.

S. Mateus escreve para provar aos hebreus que Jesus é o Messias prometido. Da vida do Salvador escolhe os fatos que lhe faziam ao intento e omite os outros. S. Marcos, que resume a pregação de S. Pedro, é ainda mais conciso e poucas notícias novas adianta às que já escrevera S. Mateus. Aos evangelistas anteriores S. Lucas acrescenta algumas parábolas, alguns milagres, alguns episódios da vida do Senhor. S. João, a pedido dos fiéis, toma a pena para pôr em maior relevo a divindade de Cristo, contra as heresias nascentes dos corintianos, ebionitas e nicolaítas.

E as epístolas? Escrevem-nas os seus autores, segundo a oportunidade, para corrigir um erro, extirpar um preconceito, expor uma doutrina, premunir contra uma heresia, dar um conselho, etc. Surgem escândalos na igreja de Corinto? Dirige-lhe S. Paulo duas epístolas veementes. Ilaqueiam os judaizantes a boa fé dos Gálatas? Escreve-lhes o apóstolo precavendo-os contra as suas insídias. A Timóteo, a Tito manda conselhos, exortações, instruções sobre o modo de governar a Igreja, etc.

Em todo o Novo Testamento não há um só compêndio ordenado da doutrina cristã, nada que se pareça com um manual, um código, um catecismo destinado a substituir o magistério vivo e ser para o futuro o canal exaustivo do ensinamento cristão. À vista deste caráter evidentemente ocasional de todos os livros inspirados do N.T., como afirmar que só a Bíblia é fonte de fé, que só nela se encerram todas as verdades religiosas?

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Os Apóstolos na Ascensão do Senhor.

Há mais. Os próprios apóstolos que deixaram escritos e precisamente os que por último escreveram, são os primeiros a declarar que não escreveram tudo, são os primeiros a insistir em que se conserve a tradição do seu ensino oral. S. João remata o seu Evangelho advertindo que Jesus fez muitas outras coisas que não se acham escritas no seu livro nem em livro algum (cf. Jo 20, 30; 21, 25). O mesmo apóstolo termina as suas duas últimas epístolas dizendo expressamente que não quis confiar tudo à tinta e ao pergaminho, reservando para o comunicar de viva voz: os ad os loquemur (cf. 2Jo, 12; 3Jo, 14).

S. Paulo não se cansa de inculcar a necessidade da tradição oral. Aos tessalonicenses: “Estai firmes, irmãos, e conservai as tradições que aprendestes ou de viva voz ou por epístola nossa” (2Ts 2, 15). Na mesma carta: “Nós vos prescrevemos […] que vos aparteis de todos os irmãos que andem desordenadamente e não segundo a tradição que receberam de nós” (2Ts 3, 6). A Timóteo: “O que de mim ouviste por muitas testemunhas, ensina-o a homens fiéis que se tornem idôneos para ensinar aos outros” (2Tm 2, 2). Aí está claro o ensino vivo,  transmitido por tradição de uns a outros. O apóstolo já velho, nas vésperas do martírio, adverte a Timóteo a necessidade de prover quem continue o seu magistério. Nada de livre exame das Escrituras; sempre o ensino oral feito por mestres autorizados.

Nas suas duas epístolas ao mesmo discípulo, insiste ainda São Paulo para que conserve o bom depósito: “bonum depositum custodi” (1Tm 6, 20; 2Tm 1, 14). Com os corintos, na sua primeira epístola, congratula-se porque haviam conservado as suas tradições orais: “sicut tradidi vobis, praecepta mea sustinetis” (1Cor 1, 14).

De todos estes textos o Sr. C. Pereira nem uma palavra! Em vez de cantar em todos os tons o mesmo estribilho: a Bíblia, e só a Bíblia, fora melhor que a patenteasse aos seus leitores e lhes dissesse sinceramente: “Julgai. Em todo o N.T. nem uma só vez se propõe explicitamente ou implicitamente a regra protestante.  Em mil lugares diversos se inculca a necessidade do ensino vivo, a importância de conservar a tradição, a insuficiência da Escritura, que, segundo afirma S. João, não encerra tudo o que ensinou o Salvador. Jesus Cristo nunca mandou aos seus discípulos que folheassem em um livro para achar a sua doutrina, mandou pelo contrário aos fiéis que ouvissem aos que Ele mandara pregar: Quem vos ouve, a mim ouve; se algum não ouvir a Igreja, seja considerado como infiel e publicano, isto é, não pertencente à minha Igreja; se algum não vos receber nem ouvir as vossas palavras, saindo da casa ou da cidade, sacudi o pó dos sapatos; Pai, oro, não só por esses (apóstolos), mas por todos os que hão de crer em mim mediante a sua palavra a fim de que sejam todos uma coisa só. Foi Jesus ainda quem prometeu o seu Espírito de Verdade, a sua assistência espiritual, todos os dias até à consumação dos séculos, para que os apóstolos, vivendo moralmente em seus sucessores, continuassem até ao fim dos tempos a ensinar sempre tudo o que Ele nos mandou. Eis, meus caros leitores, o que diz a Bíblia”.

Assim devera falar o Sr. C. Pereira, se desejasse ser sincero e realmente lhe interessasse o conhecimento exato e fiel das Escrituras. Mas é mais fácil repisar o estafadíssimo chavão: A Bíblia, só a Bíblia. É mais cômodo passar a esponja na história e continuar a escrever: Roma fecha a Bíblia; só a Reforma abriu aos povos o Livro da palavra de Deus.

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O que a Bíblia fala sobre a ansiedade?

Evangelho de Mateus, 6: 25-33-34 diz: “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?

Qual o versículo da Bíblia mais forte?

“Confie no Senhor de todo o seu coração e não te estribes no teu próprio entendimento.” Esse versículo é a verdadeira base para a sabedoria e ter uma vida feliz. Deus pede que O amemos, que confiemos Nele de todo coração. Afinal, Ele é bom o tempo todo, não nos dá nada pela metade ou que nos prejudica.

O que a Bíblia fala sobre o casamento?

O Casamento Foi Ordenado por Deus O Senhor disse: “Aquele que proíbe o casamento não é aprovado por Deus, porque o casamento foi instituído por Deus para o homem” (D&C 49:15). Desde o princípio, o casamento tem sido uma lei do evangelho e deveria durar para sempre, não apenas durante esta vida mortal.

O que a Bíblia fala sobre a depressão?

Deus não é indiferente a nada e nos dá meios para que alcancemos a sua graça. Isso também acontece quando o assunto é a depressão. Um desses meios é a própria Palavra de Deus. Ela é, por excelência, a mensagem que Deus tem para nossas vidas.