A Independência das colônias espanholas na América ocorreu após quase 300 anos de domínio colonial e resultou na formação de 18 novos países. Show
AntecedentesOs movimentos de emancipação estiveram divididos em três fases denominadas:
O império colonial espanhol, desde o século XVIII, estava dividido em quatro vice-reinados e quatro capitanias gerais:
Por sua parte, as capitanias-gerais equivalem territórios de Cuba, Guatemala, Venezuela e Chile. CausasAs independências das colônias da América Espanhola ocorrem no século XVIII quando as ideias como liberalismo e autonomia começavam a conquistar as elites criollas. Além disso, podemos citar como causas:
As primeiras ações militares receberam duras repressões da metrópole. Embora tenham ocorrido de maneira desorganizada e intempestiva, ajudaram os moradores das colônias a questionarem o sistema de exploração e criaram as condições para as futuras guerras. Entre os mais importantes movimentos está o liderado por Tupac Amaru II, que lutou a partir de 1780 pela independência do território peruano. No primeiro levante, 60 mil índios foram mortos pelos espanhóis e Tupac Amaru foi preso e executado. A partir de 1783, revoltas semelhantes ocorreram e foram igualmente reprimidas na Venezuela e no Chile. O principal líder venezuelano foi Francisco de Miranda (1750-1816) que, em 1806, deu os primeiros passos para a independência das colônias da Espanha. Miranda seguiu o modelo norte-americano e também o haitiano, quando os escravos se libertaram da França. Rebeliões Fracassadas (1810 a 1816)O padre Hidalgo (ao centro, de negro) clama contra os espanhóis, no México, em 1810A ascensão de José Bonaparte (1778-1844) ao trono espanhol, em 1808, intensificou o processo de libertação. Os espanhóis fiéis ao rei se reuniram em Cádiz para resistir ao domínio francês. Por sua parte, os criollos, através dos cabildos, garantiram sua lealdade ao rei Fernando VII, ao não reconhecer José Bonaparte como rei da Espanha. O movimento dos criollos, porém, passou de lealdade para o entendimento de que podiam ser emancipados e movimentos por liberdade se intensificaram a partir de 1810. Ao contrário do que ocorreu com o Brasil, neste primeiro momento, os movimentos de independência não contavam com o auxílio da Inglaterra. Afinal, este país estava em luta contra o Império Napoleônico. Somente em 1815, quando Napoleão foi derrotado pelas tropas inglesas, as colônias espanholas receberam apoio para a independência concedido pela Grã-Bretanha. Com o interesse em novos acordos comerciais, a Inglaterra apoiou os levantes que começaram em 1817 e perduraram até 1824. Rebeliões Vitoriosas (1817 a 1824)Em 15 de junho de 1813, Simón Bolívar assina o decreto de Guerra até a Morte a todos os espanhóisEntre as principais lideranças está Simón Bolívar (1783-1830) cuja campanha militar resultou na independência de Colômbia, Equador e Venezuela. Em troca do apoio militar fornecido pelos haitianos, Bolívar se comprometeu em abolir a escravidão em todos os territórios que conquistasse. A independência da Argentina, Chile e Peru foi comandada por José de San Martín (1778-1850). Ambos os líderes se encontraram em Guayaquil, em 27 de julho de 1822, a fim de combinar estratégias políticas para os novos países. Quando a maioria das colônias espanholas já havia feito sua independência, os Estados Unidos proclamaram a Doutrina Monroe. Com o lema "América para os Americanos", a doutrina resumia-se no combate a intervenções de caráter militar dos países europeus às nações do continente americano. Décadas mais tarde seriam os americanos que fariam o mesmo expulsando os espanhóis de Porto Rico e Cuba. Consequências
ResumoConfira abaixo as datas de emancipação das colônias do continente americano:
CuriosidadesA maioria das bandeiras dos países da América Espanhola foi criada na época da independência. Que tal ler sobre sua história e aprender mais sobre o assunto?
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Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha. Quais foram as consequências da crise do Império Espanhol para as colônias espanholas?Ao perceber o enfraquecimento de sua metrópole, as colônias na América se revoltam, conquistando a independência. Restaria apenas Cuba, República Dominicana, Porto Rico na América; na África, o Marrocos Espanhol, o Saara e a Guiné; na Ásia, as Filipinas (Guam e Marianas incluídas).
O que foi a crise do Império Espanhol?O Império Espanhol entrou em crise devido a fatores políticos, administrativos e territoriais. Isso envolveu mudanças na sociopolítica global, a ascensão de Napoleão Bonaparte e a incompetência sucessiva dos reis espanhóis no período que levou à crise.
Quais foram as principais causas que levaram o Império Espanhol a entrar em crise?Um dos grandes motivos para a crise do império espanhol foi a mudança no cenário econômico. A Revolução Industrial mudou completamente a riqueza de uma nação, que agora era a sua capacidade de produção, além disso, o absolutismo e o colonialismo começaram a ser confrontados pelo iluminismo.
Como foi o Império Espanhol?O Império Espanhol foi descrito como o primeiro império global da história, uma descrição também dada ao Império Português. Foi o império mais poderoso do mundo entre o século XVI e a primeira metade do XVII, atingindo sua extensão máxima no XVIII. Foi o primeiro a ser chamado de "o império no qual o Sol nunca se põe".
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