O que é necessário para que dois organismos sejam considerados da mesma espécie?

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Comumente ouvimos falar sobre as espécies de seres vivos. Quem nunca ouviu por aí que uma determinada espécie, por exemplo, entrou em extinção ou que uma nova espécie foi descoberta? Mas, afinal, o que é uma espécie?

Durante os anos, vários conceitos foram elaborados, e outros, substituídos, pois observava-se que uma espécie era muito mais complexa do que poderíamos imaginar. Estima-se que existam aproximadamente 26 conceitos diferentes para essa pequena palavra e nenhum é completamente aceito pela comunidade científica.

Atualmente, aceita-se que organismos de uma mesma espécie são aqueles encontrados em uma mesma população, que se cruzam ou possuem potencial para cruzar e produzem descendentes férteis em condições naturais. Esse conceito foi proposto pelo biólogo Ernst Mayr (1904-2005).

Segundo esse critério, o aspecto físico dos organismos não é considerado para definir uma espécie, apesar de ajudar na definição. A característica física não é utilizada porque existem organismos que apresentam machos e fêmeas bastante diferentes e outros organismos, no entanto, que são extremamente semelhantes, mas que não são da mesma espécie. Para o pesquisador, o que caracteriza um organismo como sendo da mesma espécie é a capacidade de cruzar entre si e produzir filhotes que crescerão e serão capazes de se reproduzir.

O que é necessário para que dois organismos sejam considerados da mesma espécie?

As bactérias reproduzem-se assexuadamente e não se enquadram no conceito de espécie

Todavia, até mesmo a definição mais aceita possui problemas. Quando pensamos em indivíduos que se reproduzem entre si, não levamos em consideração a reprodução assexuada. Então, como poderíamos definir uma espécie de bactérias? Além disso, existem espécies diferentes que são capazes de cruzar entre si e gerar os chamados híbridos, que, mesmo constituindo um evento raro, podem ser férteis.

Viu só? Definir o que é ou não uma espécie é um processo bastante delicado e é por isso que vários conceitos surgem como forma de tapar uma lacuna que outro deixou. Entretanto, enquanto o conceito ideal não é criado, o de Mayr continua sendo o mais válido e aceito pela comunidade científica.


Por Ma. Vanessa dos Santos

O que é necessário para que dois organismos sejam considerados da mesma espécie?
 Mundo Estranho/Mundo Estranho

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As coisas não são mais tão simples assim. “Hoje em dia são conhecidos muitos casos de animais e plantas de espécies diferentes que deixam descendentes férteis. Isso acontece com algumas moscas, por exemplo”, afirma a bióloga Francisca Carolina do Val, do Museu de Zoologia da USP.

Que critérios restam, então, para distinguir uma espécie da outra? Um dos mais básicos é a chamada morfologia: diferenças na cor, no tamanho e no aspecto geral do organismo, tanto em seu exterior quanto em suas estruturas internas. Esses parâmetros, porém, não bastam – se fôssemos só por eles, ficaria difícil classificar um pastor alemão e um poodle como membros da mesma espécie. Deve-se, portanto, observar também diferenças comportamentais, como o fato de o animal viver sozinho ou em bando, ter hábitos diurnos ou noturnos etc.

Outro critério é o fisiológico, que busca particularidades no funcionamento de cada organismo – como o tipo de alimento com que ele se dá bem. Existe ainda o critério ecológico, segundo o qual seres parecidos, mas que vivem em regiões com pouco ou nada em comum (um deserto e uma floresta, por exemplo), são considerados diferentes. Tudo isso mostra que a classificação das espécies evoluiu bastante desde que foi introduzida, há mais de dois séculos, pelo botânico sueco Carlos Lineu (1707-1778).

Parentes próximos e distantes
Classificação biológica dos seres obedece a oito diferentes categorias

ESPÉCIE

Cavalos, zebras e burros até que são bem parecidos, mas suas peculiaridades físicas (listras nas zebras, orelhas compridas nos burros etc.) e os diferentes ambientes em que vivem são suficientes para que os biólogos os classifiquem em espécies distintas

GÊNERO

As três diferentes espécies acima são de eqüinos – ou seja, pertencem ao gênero Equus, como se pode ver pelo nome científico de cada uma, em latim

FAMÍLIA

Todos os membros do gênero Equus pertencem à família Equidae (ou Eqüídeos), cuja característica é possuir apenas um casco em cada pata

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ORDEM

Toda a família Equidae pertence à ordem dos perissodátilos, formada por herbívoros com um ou mais dedos em forma de casco em cada pata. Isso o cavalo, a zebra e o asno têm em comum com a anta e o rinoceronte. O ser humano é da ordem dos primatas

CLASSE

Todos os membros da ordem dos perissodátilos são da classe dos mamíferos – junto conosco, seres humanos, e todos os outros animais nutridos na infância por leite materno. Outra característica típica da classe são os pêlos

SUBFILO

Todos os mamíferos pertencem ao subfilo dos vertebrados, animais que têm coluna vertebral. Isso nós e os eqüinos temos em comum até com os peixes e os sapos. Existem cerca de 45 mil espécies de vertebrados

FILO

Todo vertebrado pertence ao filo dos cordados – isto é, têm notocorda, tecido gelatinoso revestido por uma membrana dura, como a espinha dorsal. Poucos cordados, aliás, são invertebrados: só alguns primitivos animais marinhos

REINO

Todos os cordados pertencem ao reino animal – porque são capazes de se movimentar espontaneamente. Isso não acontece com os outros reinos: vegetal, fungos, monera (bactérias e algas azuis) e protista (outras algas e protozoários)

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O que é necessário para que dois organismos sejam considerados da mesma espécie?

Como se define uma espécie biológica?

O que aprendemos na escola é que dois indivíduos são considerados da mesma espécie quando seu acasalamento produz filhos férteis, certo? Errado!

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O que é necessário para que os organismos sejam considerados da mesma espécie?

De acordo com esse conceito, espécies são agrupamento de populações naturais que são capazes de reproduzir-se naturalmente e são reprodutivamente isoladas de outros grupos. Isso quer dizer que, para organismos serem considerados de uma mesma espécie, eles devem ter capacidade de reproduzir-se em ambiente natural.

O que faz um indivíduo ser da mesma espécie?

Atualmente, aceita-se que organismos de uma mesma espécie são aqueles encontrados em uma mesma população, que se cruzam ou possuem potencial para cruzar e produzem descendentes férteis em condições naturais.

Como saber se são da mesma espécie?

Que critérios restam, então, para distinguir uma espécie da outra? Um dos mais básicos é a chamada morfologia: diferenças na cor, no tamanho e no aspecto geral do organismo, tanto em seu exterior quanto em suas estruturas internas.

Quais são as três características que dois animais tem que ter para serem considerados da mesma espécie?

Com essa última característica, excluímos todos os seres que estão organizados no reino Fungi. Assim sendo, podemos dizer que um ser vivo, para ser considerado animal, deve ser eucarionte, multicelular, heterotrófico e não apresentar parede celular.