O que aparece no preventivo quando tem HPV?

Publicado em: 26/11/2018 - 11:11:40

A investigação do vírus HPV não substitui a realização do papanicolau. Ambos são feitos por meio do mesmo material. Por sua vez, a análise do HPV tem se mostrado mais sensível. “Ao investigarmos a infecção pelo vírus, quando o resultado dá negativo nós podemos afirmar, com chance muito grande de acerto, que de fato ele é negativo”, observa Glauco Baiocchi.

A decisão do A.C.Camargo de adotar a análise de subtipo de HPV como rotina clínica está alinhada às diretrizes da American Society for Colposcopy and Cervical Pathology. É recomendável para todas as meninas, a partir da primeira menstruação, a ida regular ao ginecologista para receber, entre outras orientações, dicas para a prevenção do câncer de colo do útero. 

Para mulheres de 21 a 29 anos, é indicada a triagem de rotina com citologia (HPV e papanicolau) a cada três anos. Para mulheres com idade igual ou superior a 30 anos, o resultado do HPV orienta a melhor forma de acompanhamento: se o HPV for negativo, o exame pode ser repetido após cinco anos. Se o HPV for positivo, o médico poderá recomendar uma colposcopia, exame que rastreia o colo do útero à procura de lesões que dão origem ao câncer.
 

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O que aparece no preventivo quando tem HPV?
Será que você sabe mesmo como e quando recorrer ao papanicolau? Foto: GI/Getty Images

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Embora esteja disponível na rede pública, o exame de papanicolau é subutilizado no Brasil. Não à toa, nosso país sofre com muitos casos de câncer de colo de útero — e uma taxa preocupante de mortes, em especial nas regiões Norte e Nordeste.

Só em 2016, 16 340 mulheres foram diagnosticadas com essa doença (que poderia ser erradicada se controlássemos as infecções pelo vírus HPV), segundo dados do Instituto Nacional de Câncer. E pior: 44% delas só detectaram o problema quando ele atingiu um estágio avançadíssimo, que reduz drasticamente as chances de cura.

O fato é que ainda conhecemos pouco sobre o papanicolau. Até por isso, o Instituto Oncoguia organizou um evento para informar os próprios jornalistas sobre esse exame e o tumor de colo de útero em geral.

Durante o workshop, o ginecologista Julio Resende, coordenador do Programa de Rastreamento de Cânceres Ginecológicos do Hospital de Câncer de Barretos (SP), esclareceu alguns pontos-chave que geram bastante confusão sobre o papanicolau. Veja abaixo:

1) O papanicolau não é feito para detectar DSTs

Não pense que esse exame vai captar toda e qualquer doença sexualmente transmissível. Na verdade, ele sequer confirma a presença do vírus HPV. Em resumo, o teste rastreia a presença de lesões pré-cancerosas (que são provocadas pelo vírus em questão).

Claro que, durante a avaliação do ginecologista, a busca por DSTs em geral também deve ser contemplada. Só que os meios de fazer isso são outros. Recado final deste item: pergunte para o profissional se ele pretende realizar o papanicolau ou não.

2) O resultado demora alguns dias para sair

Muitas mulheres imaginam que esse exame consiste apenas em uma observação atenta do colo do útero. Não se engane: durante o procedimento, o expert coleta material com um equipamento e, na sequência, envia-o ao laboratório para uma análise mais complexa.

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É importantíssimo cobrar os resultados para ver se está tudo em ordem — e não se satisfazer com uma avaliação puramente clínica se o objetivo é prevenir o câncer de colo de útero.

3) É um exame preventivo

Como já dissemos, a sacada do papanicolau é indicar lesões pré-cancerosas — ou seja, que vão originar um tumor se não forem removidas a tempo. Trata-se de uma estratégia diferente da mamografia, por exemplo, que detecta o câncer de mama em si.

Portanto, quando você se submete com regularidade ao papanicolau, o risco de desenvolver um tumor de colo de útero, mesmo que inicial, cai demais. Trocando em miúdos, não é um método para diagnosticar a doença, mas para impedir que ela apareça.

Aliás, se o resultado sugerir alguma anormalidade, você precisará realizar outros testes, como a colposcopia, para que os especialistas de fato saibam o que está acontecendo. Entendido?

4) Não precisa ser feito todo ano

As Diretrizes Brasileiras Para o Rastreamento do Câncer de Colo de Útero, do Ministério da Saúde, são claras. Segundo elas, as mulheres que já tiveram ou têm atividade sexual devem começar a fazer o papanicolau a partir dos 25 anos.

As duas primeiras avaliações precisam, sim, ser realizadas com um intervalo de um ano entre elas. Mas, se ambos os resultados vierem negativos (o que é bom), as próximas podem ser repetidas de três em três anos — sem prejuízos às mulheres, que fique claro.

É possível interromper essa estratégia de rastreamento aos 64 anos, desde que os últimos dois exames não tenham indicado sinais suspeitos. Agora, mulheres mais velhas que nunca realizaram o papanicolau se beneficiam ao recorrer a ele mesmo depois dessa faixa etária.

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