Métodos e meios de treino mais adequados ao desenvolvimento das capacidades motoras

Atualizámos a nossa política de privacidade de modo a estarmos em conformidade com os regulamentos de privacidade em constante mutação a nível mundial e para lhe fornecer uma visão sobre as formas limitadas de utilização dos seus dados.

Pode ler os detalhes abaixo. Ao aceitar, está a concordar com a política de privacidade atualizada.

Obrigado!

Ver política de privacidade atualizada

Encontrámos um problema, por favor tente novamente.

1 Treino das Capacidades Motoras Condicionais e Coordenativas Orientador: Dr.ª Mariana Cunha Professora Cooperante:...

Treino das Capacidades Motoras Condicionais e Coordenativas

Orientador: Dr.ª Mariana Cunha Professora Cooperante: Dr.ª Júlia Gomes Professor Estagiário: Fernando Santos

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

1. Índice 2. Introdução .................................................................................................... 3 3. Postura Corporal ......................................................................................... 5 4. Capacidades Motoras condicionais ......................................................... 6 4.1. Força ............................................................................................................ 6 4.1.1. Membros Superiores ............................................................................ 6 4.1.2. Tronco (Abdominais e Costas) ........................................................... 8 4.1.3. Membros Inferiores ............................................................................. 14 4.2. Velocidade ................................................................................................ 16 4.3. Resistência ................................................................................................ 18 4.4. Flexibilidade ............................................................................................ 20 4.4.1. Membros Superiores ........................................................................... 20 4.4.2. Tronco .................................................................................................... 21 4.4.3. Membros Inferiores ............................................................................ 22 5. Capacidades Motoras Coordenativas ..................................................... 24 6. Conclusão ..................................................................................................... 25 7. Sitografia/Bibliografia ............................................................................... 26

2

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

2. Introdução Este anexo vai ao encontro do desenvolvimento de um dos conteúdos da disciplina de Educação Física, a Condição Motora Condicional e Coordenativa. Com este será apresentado um grupo de exercícios que servirão de orientação para as preferências que posteriormente serão realizadas aquando do trabalho a realizar com os alunos em cada aula e, ou, Unidade Temática. Um dos objetivos da Educação Física é o de melhorar as capacidades motoras dos jovens, possuindo reflexos na saúde física, intelectual e relacionamento social dos mesmos. Com o desenvolvimento destas capacidades possibilitamos ao aluno a melhoria das suas capacidades físico desportivas a nível quantitativo e qualitativo e consequentemente o aumento da sua prestação nas aulas de Educação Física. Em forma de uma pequena síntese, os exercícios que se seguem neste anexo vão abordar: -

Capacidades Condicionais;

-

Capacidades Coordenativas. Capacidades Condicionais - são essencialmente determinadas por componentes

energéticas, predominando o processo de obtenção e transformação de energia, sendo por isso de caráter quantitativo. Capacidades Coordenativas – são essencialmente determinadas pelas componentes onde predominam os processos de condução do Sistema Nervoso Central (SNC), sendo assim de caráter quantitativo. Atuam no desenvolvimento do aluno de forma a que consiga dominar de forma segura e económica a ação motora, tanto em situações estereotipadas como também em situações imprevisíveis (que necessitam de uma rápida adaptação). É devido a estas capacidades que a aprendizagem do movimento técnico se efetua. 3

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

Passando à caracterização das Capacidades Motoras: Capacidade Motora Condicional compreende: -

a Força;

-

a Velocidade;

-

a Resistência;

-

a Flexibilidade. A Capacidade Motora Coordenativa compreende uma etapa para cada capacidade.

Assim podemos verificar que para obter melhores resultados teremos de realizar um trabalho de forma mais diferenciada de capacidade para capacidade. Assim sendo, e em forma de remate, o desenvolvimento mais notório das capacidades coordenativas ocorre entre os 7 e os 12 anos, período em que existem todos os pressupostos favoráveis para o seu desenvolvimento (sociais, psíquicos, anatómico- fisiológicos e motores).

4

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

3. Postura Corporal A Postura Corporal é de estrema importância na realização dos exercícios de força, velocidade, agilidade e resistência. É através da realização destes exercícios que propiciamos o desenvolvimento e aperfeiçoamento da mesma, sendo o principal caminho (e o mais seguro) na prevenção e tratamento de distúrbios dos sistema músculo esquelético. Para obter o máximo dos exercícios (e para evitar lesões), é preciso manter uma postura corporal acertada, tornando a execução do movimento harmoniosa e simplicista. A postura corporal é tida segundo os seguintes aspetos: -

Numa posição vertical, manter os segmentos corporais alinhados, com o peso distribuído pelos dois apoios;

-

Os abdominais devem-se encontrar firmes, tentando encostar a coluna ao umbigo;

-

Numa posição horizontal a coluna, os músculos abdominais e lombares devem-se encontrar estabilizados e sólidos;

-

A respiração é crucial de forma a aliviar a pressão arterial. Deve-se inspirar entre cada repetição e expirar ao executar o movimento.

5

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

4. Capacidades Motoras Condicionais 4.1. Força Capacidade de vencer uma determinada resistência, através de atos de levantar, puxar, empurrar ou sustentar, através da contração muscular. Podemos considerar dois tipos de força: - Força Geral - quando todos os músculos intervêm no movimento a realizar. - Força Específica – quando grupos musculares ou músculos característicos de um gesto de um determinado movimento.

4.1.1. Membros Superiores (M.S.): Flexões: Com o corpo numa posição horizontal, em posição de prancha, com os dedos das mãos direcionados para a frente e abdómen e costas contraídos, realizar: Etapa 1: Flexão dos cotovelos lentamente, mantendo o corpo rígido, até aproximar ao solo, realizando a expiração enquanto realiza força muscular. Etapa 2: Mantendo a posição ereta do corpo, realizar a extensão dos cotovelos até à posição inicial.

6

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

Observação: Realizar 2 séries de 8 a 10 repetições. As alunas, ou os alunos com maior dificuldade podem realizar o exercício com mais um apoio (com os joelhos no solo).

Tríceps: Com a ajuda de uma cadeira, ou de um banco sueco, sentar-se na beira, com as mãos sob a bacia. Posicionar os pés á frente com os membros inferiores (M.I.) em extensão, ou formando um ângulo de 90º.

Etapa 1: Com o tronco em extensão, e alinhado com a anca, realizar flexão úmero radial (aproximadamente de 90º), trazendo o corpo abaixo do nível da cadeira. Etapa 2: Sem tocar com as nádegas no solo, voltar a realizar a extensão dos membros superiores (M.S.) de forma a voltar à posição inicial.

Observação: Realizar 2 séries de 8 a 10 repetições.

7

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

4.1.2. Tronco (Abdominais e Costas): Abdominais: Os movimentos realizados com estes grupos musculares devem ter em conta os seguintes aspetos: -

Executar a contração abdominal durante a execução do exercício;

-

Realizar a respiração enquanto executa o movimento, expirando sempre quando realiza força muscular e inspirando quando repousa desse esforço;

-

Nos abdominais superiores nunca mover ou forçar bruscamente o pescoço, mantendo sempre o queixo para cima e para a frente.

Observação: Na maioria dos exercícios que seguidamente serão explanados, executar duas séries de 10 a 15 repetições.

Abdominal Reto: Etapa 1: Deitado em decúbito dorsal, com os joelhos dobrados e as mãos no peito (ou nos ombros, ou com os dedos a tocar nas orelhas), e com os cotovelos direcionados para fora realizar a elevação da parte superior do dorso (cervical e a zona das omoplatas) realizado contração muscular durante 2 segundos Etapa 2:

8

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

Retorne lentamente à posição inicial, colocando o dorso em contacto total com o solo. Observações: Realizar 2 séries de 10 a 15 repetições.

Abdominal Reto com Torção do Tronco: Em decúbito dorsal, com os M.I. em elevação superior e o dorso em completo contacto com o solo. Colocar os M.S. no prolongamento dos ombros. Etapa 1: Com a parte superior do tronco contraída, com a mão direita tentar tocar na ponta dos pés. Voltando em seguida à posição inicial. Etapa 2: Após realizar o movimento com a mão direita, realizá-lo em seguida com a mão esquerda, tentando alcançar a ponta dos pés. Observação: Realizar 2 séries de 10 a 15 repetições com cada M.S.

Abdominal Inferior: Este abdominal consiste na elevação dos M.I. em direção ao teto. Etapa 1: Em decúbito dorsal, e com os M.I. levantados, alinhados com a anca e cruzados ao nível dos tornozelos. Com os

9

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

M.S. no prolongamentos dos ombros, e palma das mãos viradas para o solo.

Etapa 2: Levantar a zona pélvica, lentamente, evitando realizar esse movimento para tras ou para a frente. Não importa a altura da elevação mas sim a forma como essa é executada. A melhor forma de o realizar é imaginar que os M.I. estão a ser pressionados contra uma parede e a única forma direção que podem tomar é a vertical. Observações: Realizar 2 séries de 10 a 15 repetições.

Abdominal Inferior com bola: Em decúbito dorsal, com os M.I. e M.S. em extensão, segurando a bola com as mãos. Etapa 1: Levantar lentamente a bola e os M.I. do chão até um ângulo de 45º (aproximadamente). Etapa 2: Realizar o retorno à posição inicial, sem apoiar os M.I. no solo.

Observações: 10

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

Realizar 2 séries de 10 a 15 repetições.

Abdominal Oblíquo: Os abdominais oblíquos envolvem uma flexão e rotação da cintura, de forma a isolar a correta execução do movimento. O aluno deve ter sempre em mente a contração dos abdominais oblíquos do lado para o qual é executado o movimento. Movimentando-se sempre lentamente. Etapa 1: Com o dorso em completo contacto com o solo, os joelhos flexionados. Colocar o pé direito no joelho esquerdo, a mão esquerda por baixo da cabeça e o M.S. direito no prolongamento do ombro. Etapa 2: Com o corpo imóvel, realizar a torção e elevação superior do tronco tentando alcançar o joelho direito com o cotovelo esquerdo. Voltar à posição inicial lentamente, repetindo o movimento. Observações: Realizar 2 séries de 10 a 15 repetições com cada M.S.

Dorsal: A combinação da elevação dos M.S. e M.I. é de extrema eficiência no fortalecimento da região superior e inferior das costas e no desenvolvimento e aperfeiçoamento de equilíbrio muscular na região central do corpo. 11

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

Etapa 1: Deitado no solo, em decúbito ventral, com os membros no prolongamentos do corpo. Etapa 2: Realizar a elevação gentilmente de um M.S. alternado com o M.I. contrário, sem realizar a flexão excessiva dos mesmos. Repetir o movimento elevando o M.S. e o M.I, contrários. Observações: Realizar 2 séries de 10 a 15 repetições (para cada M.S. e M.I.).

Rotação do Tronco com peso adicional: Realizando grupos de dois alunos , de costas um para o outro e com os apoios separados à largura dos ombros. Etapa 1: O aluno segura a bola, próxima ao corpo, e realiza a rotação do mesmo entregando a bola ao colega. Etapa 2: O colega recebe a bola e entrega-a, realizando nova rotação para o lado contrário.

12

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

Observações: É necessária uma rápida execução do movimento de rotação do tronco, sem esquecer do tónus muscular ao nível abdominal e dorsal (costas e tronco direitos durante a totalidade da execução do exercício). Realizar 2 séries de 10 a 15 repetições.

Equilíbrio e Reforço Muscular: Conjunto de exercícios que potenciam o desenvolvimento do grupo muscular central (abdómen e músculos inter costais). Estabilizam igualmente a coluna e mantêm a pratica de uma postura corporal acertada

- Prancha Frontal Isométrica: Em decúbito ventral e com quatro apoios no solo (a ponta dos pés e os antebraços), manter a posição de forma isométrica (estática) durante o tempo estipulado. Observações: Realizar 2 séries de 30 segundos.

- Prancha Lateral Isométrica: Etapa 1: Numa posição lateral, com os segmentos corporais alinhados e em extensão, realizar um apoio no antebraço direito e 13

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

outro na parte lateral do pé direito. Manter a posição isométrica durante o tempo estipulado.

Etapa 2: Realizar a mesma posição, mas com os apoios do antebraço e do pé, do lado esquerdo do corpo, permanecendo na mesma durante o tempo estipulado. Observações: Realizar 2 séries de 30 segundos para cada lado.

4.1.3.Membros Inferiores (M.I.): Agachamento Frontal (90º): Com as mãos atrás da cabeça, ou no prolongamento dos ombros, os pés afastados à largura dos ombros e com o peso distribuído por toda a superfície plantar. Etapa 1: Realizar flexão dos M.I., permanecendo com o tronco resto e olhar em frente, até formar um ângulo coxo femoral de 90º. Os joelhos devem estar direcionados para a frente, à largura da anca, sem passar a linha da ponta dos pés. Etapa 2: Realizar a extensão dos M.I., permanecendo com o tronco reto, até voltar à posição inicial. A força realizada nesta

etapa

do

exercício

deve-se

concentrar

essencialmente nos quadríceps e nadegueiros. Observações: 14

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

Realizar 2 séries de 8 repetições.

Agachamento Frontal com deslocamento: Com as mãos ao nível da cintura, os pés afastados à largura dos ombros e com o peso distribuído por toda a superfície plantar. Etapa 1: Realizar um passo à frente com flexão coxo femural. O M.I. de apoio deve atingir um ângulo de 90º e o M.I. “livre” não deve tocar com o joelho no solo.

Etapa 2: Extensão da articulação coxo femural, realizando força no M.I. de apoio para voltar à posição inicial. Realizar a alternância dos M.I. Observações: Realizar 2 séries de 8 repetições para cada M.I.

15

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

4.2. Velocidade É a capacidade de executar movimentos num curto espaço de tempo, com intensidade máxima e com duração não superiores que 6 a 8 segundos. Existem certos desportos onde ter velocidade e agilidade é fundamental para um bom desempenho.

Escada de Agilidade: Os exercícios que recorrem às escadas de agilidade são uma excelente forma de desenvolver a velocidade, associada à agilidade e coordenação. Para os realizar é necessário ter em consideração certos aspetos: -

Pousar no solo a totalidade da planta dos pés;

-

Utilizar os movimentos dos M.S. coordenados com os dos M.I. de forma a conseguir uma maximização da execução da atividade;

-

Manter os M.S., ombros e mãos relaxados;

-

Manter a cabeça o mais estável possível, com o olhar dirigido em frente.

Exercícios: Os exercícios básicos a serem utilizados com as Escadas de Agilidade são: -

Skipping (frontal e lateral);

-

Dois apoios dentro, dois fora (frontal e lateral);

-

Um apoio (um trajeto com o pé esquerdo e o retorno com o pé direito).

Observações: As escadas devem ser realizadas por tempo de execução ou por número de 16

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

repetições, estando à disposição do professor a escolha para o desenrolar da atividade. Segue-se algumas esquematizações de exercícios a serem executados: conectados

Exercícios tipo Yo Yo (Velocidade de Reação): Para desenvolver a velocidade também podem ser realizados exercícios tipo Yo Yo em que os alunos terão de realizar percursos pré- estipulados pelo professor, ou realizar estafetas inseridas nas disciplinas a serem lecionadas. Ou realizar partidas com estímulos divergentes (visuais e/ou auditivos) de diferentes posicionamentos. Desenvolvendo a velocidade de reação a que os alunos respondem a um estímulo, aperfeiçoando a capacidade cinética dos mesmos.

Exercícios de Velocidade de Deslocamento (Zig Zag):

17

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

Exercícios que se caracterizam pela rapidez com que se executam uma determinada distância.

Força rápida: Lançamento da bola medicinal é um exercício onde os alunos podem desenvolver não só a força como também a velocidade de execução. Os exercícios podem ser variados, indo desde lançamentos dois a dois, ou individualmente (contra uma parede) numa posição vertical, horizontal ou sentados no solo. O objetivo é realizar um maior número de lançamentos, executados com força e rapidez durante um curto espaço de tempo.

4.3. Resistência É a capacidade de realizar e suportar um esforço de uma certa intensidade, mantendo-o durante um período de tempo sem perder a eficácia da execução, ou seja, resistência à fadiga física e psíquica.

Exercícios de resistência muscular com tração: Nesta tipologia de exercícios os alunos realizam percursos de velocidade com tração, ou seja, um dos colegas impede que o se realize o deslocamento, infringindo um maior esforço muscular. As imagens que se seguem exemplificam o exercício mas com a utilização de elásticos

(o

que

provavelmente

não

se

verificará nos exercícios realizados na escola). O principal objetivo neste exercício é realizar a maior quantidade de força durante um curto espaço de tempo, ou durante um curto espaço 18

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

físico. Assim o movimento dos executantes terá de ser rápido e com grande volume. Observação: Realizar 2 séries de 2 percursos intercalados

Saltos: Este é um exercício onde, igualmente são realizados um maior número de repetições em um curto espaço de tempo. Desenvolvendo assim a capacidade dos músculos resistirem à fadiga, sem perder a eficácia de execução da atividade. Podem ser executados movimentos com o auxílio de um banco sueco (como ilustra a figura em cima representada), ou então por meio de uma corda. Observações: Estes exercícios poderão ser realizados em circuitos com séries de 30 segundos (com 30 segundos de pausa).

19

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

4.4. Flexibilidade É a capacidade que o atleta tem de executar, ao longo de uma total amplitude articular, movimentos de grande amplitude por si mesmo ou com auxílio de forças externas.

4.4.1. Membros Superiores (M.S.): Tríceps: Etapa 1: Sentado, com o correto posicionamento da coluna, e as pernas cruzadas. Etapa 2: Realizar a elevação do M.S. esquerdo, encostando a palma da mão nas costas. Com o a mão direita, apoiar no cotovelo esquerdo e imprimir força de forma a que a mão esquerda pareça que vá tocar o solo. Permanecer na posição durante aproximadamente 30 segundos, repetindo o procedimento com o M.S. direito.

Ombros: Etapa 1: Para diminuir a tensão dos músculos posteriores do pescoço, sentar-se com o correto posicionamento da coluna, as pernas cruzadas e os M.S. estendidos lateralmente no prolongamento dos ombros. Etapa 2: 20

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

Cruzar o M.S. direito sobre o peito, pressionando a parte anterior do ombro direito sobre o peito. Permanecer nesta posição durante aproximadamente 30 segundos, repetindo o procedimento com o M.S. esquerdo.

4.4.2. Tronco Músculos Dorsais (1): O objetivo deste exercício é alongar o grupo muscular reunido desde a cintura até ao M.S. do lado executado. A principal finalidade é alongar a região central, lateral do tronco. Etapa 1: Numa posição vertical, com os apoios à largura dos ombros, joelhos semifletidos, apoios virados para a frente, posicionamento correto da coluna e ombros relaxados. Etapa 2: Com os M.S. no prolongamento corporal, realizar flexão lateral do tronco com o M.S. contrario à flexão sobre a cabeça. Realizar o movimento completo, suave e lentamente. Voltar ao ponto inicial e repetir o mesmo movimento para o lado contrário. Observações: Realizar 8 a 10 repetições para cada M.S.

Músculos Dorsais (2): Este alongamento deve ser realizado de forma lenta, evitando assim o condicionamento da dorso-lombar. É necessário ter alguns aspetos em consideração: -

Manter a bacia em completo contacto com o solo; 21

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

-

Os cotovelos devem permanecer em contacto com o solo;

-

A elevação deve ser realizadas até onde for possível, tendo em conta os parâmetros anteriores.

Etapa 1: Em decúbito ventral, colocar as mãos por baixo dos ombros, com os cotovelos flexionados ao longo do tronco e com os antebraços em contacto total com o solo. O olhar está dirigido para o solo e os M.I. estão em extensão com a ponta dos pés como apoio. Etapa 2: Levantar a parte superior do tronco de forma lenta e gentil, mantendo os antebraços e cotovelos em contacto com o solo. Voltar à posição inicial lentamente, voltando a repetir o movimento. Observação: Realizar 8 a 10 repetições.

4.4.3. Membros Inferiores (M.I.): Região Posterior dos Membros Inferiores Gémeos: Etapa 1: Apoios à largura dos ombros e com um alinhamento corporal correto, realizar um afastamento posterior do pé direito. O calcanhar deve manter contacto com o solo e o M.I. direito em 22

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

completa extensão. Este exercício pode ser executado com ou sem apoio, colocando as mãos sobre o M.I. que se encontra flexionado.

Região Anterior dos Membros Inferiores Quadríceps (1): Etapa 1: Partindo de uma posição confortável com o apoios à largura dos ombros e um alinhamento corporal correto realizar um passo em frente com o M.I. direito, permanecendo com os apoios virados para a frente, o peso do corpo distribuído pelos calcanhares e o s ombros relaxados. Etapa 2: Realizar a flexão de ambos os joelhos, realizando a elevação do calcanhar do M.I. esquerdo. Os músculos abdominais devem permanecer firmes de forma a conseguir um correto alinhamento corporal. Permanecer na posição durante aproximadamente 30 segundo e voltar lentamente para a posição inicial. Voltar a realizar o movimento mas com o M.I. esquerdo.

Quadríceps (2): Etapa 1: Com ou sem auxílio de um colega, iniciar com os apoios à largura dos ombros e executar a flexão do M.I. segurando o tornozelo com a mão direita forçando o músculo (colocando o pé perto da coxa). O M.I. esquerdo deve permanecer semifleccionado de forma a proteger a zona lombar e o alinhamento corporal deve 23

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

ser acertado, sem inclinação.

Etapa 2: Realizar a extensão do M.I. lentamente, voltando à posição inicial. Recomeçar o exercício exercitando o M.I. esquerdo. Observações: Permanecer na posição final durante aproximadamente 30 segundos.

5. Capacidades Motoras Coordenativas São capacidades que permitem a regularização e a organização do movimento, sendo por isso a base para a aprendizagem, execução e domínio dos gestos técnicos. Estas são desenvolvidas pelos analisadores: -

Tácteis (recolhendo a pressão sobre as várias partes do corpo);

-

Visuais (recolhendo a imagem do mundo exterior, que o rodeia);

-

Estáticos Dinâmicos (informam sobre a aceleração do corpo, colaborando para a manutenção do equilíbrio);

-

Cinestésicos (recolhendo informações sobre tensões produzidas pelos músculos).

É através destas capacidades que o atleta adquire um conhecimento rápido sobre o gestos motores, a forma como os utilizar, regular, no tempo e no espaço.

24

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

6. Conclusão A edificação deste trabalho veio no intuito de aumentar o rol de conhecimentos e exercícios passíveis de serem realizados nas aulas de Educação Física. Estes propõem-se a desenvolver as capacidades importantes para o aumento do empenhamento e prestação motora dos alunos, nas variadas disciplinas a serem lecionados durante o ano letivo. Este trabalho é uma orientação, um fundamento teórico, que irá nortear o desenvolvimento das capacidades condicionais e coordenativas, espelhado durante as aulas. Em suma, ao elencarmos este conjunto de exercícios que versam sobre o treino das capacidades motoras, incrementamos o role de ferramentas ao nosso dispôr, assim como, o manancial de exercícios que poderão vir a ser operacionalizados na prática pedagógica.

25

ESCOLA EB 2,3 NICOLAU NASONI

7. Sitografia/Bibliografia Anderson, B., Burke, Ed., Pearl, B. (1995). Estar en forma: el programa de ejercícios más eficaz para ganar fuerza, flexibilidad y resistencia. Barcelona: Ed. Integral. http://sports.specialolympics.org/specialo.org/Special_/English/Coach/Coaching/ Portuguese/Nutrition_Safety_and_Fitness/Exercises_to_Develop_Back_and_Abdom en_Muscles.htm#situps

26

Como podemos desenvolver as capacidades motoras?

Estas capacidades podem ser aprimoradas com atividades físicas específicas e, juntamente com as habilidades motoras, integram o desenvolvimento motor.

Quais são as principais capacidades motoras desenvolvidas no treinamento funcional?

O TF está intimamente relacionado ao desenvolvimento da capacidade funcional das pessoas, compreendendo o desenvolvimento das principais capacidades biomotoras: força, velocidade, resistência, coordenação, flexibilidade e equilíbrio.

Quais ações motoras podem ser executadas através das capacidades físicas?

Todos nós possuímos capacidades motoras ou físicas e é através delas que conseguimos executar ações motoras, desde as mais básicas às mais complexas (andar, correr, saltar, pular, nadar, etc.). As capacidades motoras dividem-se em condicionais e coordenativas.

Quais os dois fatores que influenciam o desenvolvimento das capacidades motoras?

DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES MOTORAS: A grandeza dessa influência depende de dois fatores: • a característica da sobrecarga utilizada; • o nível de treino físico.