Foram um dos fatores que mais contribuíram para a desagregação do Império Romano do Ocidente?

Avalie os seus conhecimentos a respeito de todo o processo que levou ao fim do Império Romano do Ocidente e é conhecido entre os historiadores como desagregação de Roma. Publicado por: Daniel Neves Silva

No processo que causou o fim do Império Romano do Ocidente, os povos germânicos cumpriram um papel fundamental para o enfraquecimento do poder de Roma. Selecione a alternativa que consta o nome de um povo que NÃO teve envolvimento com as invasões germânicas:

a) etruscos

b) hérulos

c) alamanos

d) vândalos

e) visigodos

Os historiadores têm como marco para a desagregação do Império Romano do Ocidente o ano de 476 d.C. O que aconteceu nessa data que marcou a desgregação do Império Romano?

a) O ataque dos hunos, liderados por Átila, à cidade de Roma.

b) A destituição do imperador Rômulo Augusto após a conquista da cidade pelos hérulos.

c) A transferência da capital de Roma para Avelino por ordem de Constantino.

d) A fundação da cidade de Constantinopla.

e) A transferência dos membros do senado romano para Constantinopla.

A desagregação do Império Romano do Ocidente que levou ao seu fim definitivo em 476 d.C. foi resultado de uma junção de acontecimentos. São razões utilizadas para explicar esse fato, exceto:

a) crise do sistema escravista

b) crise econômica

c) guerra civil entre Roma e Constantinopla

d) invasões germânicas

e) corrupção

Como a religião explica o aumento da rivalidade entre romanos e germânicos?

a) Muitos germânicos converteram-se ao arianismo, crença considerada uma heresia para a Igreja Católica de Roma.

b) Os romanos haviam abandonado o paganismo e abraçado o cristianismo, o que mobilizou os germânicos contra Roma.

c) Roma ordenou a execução de sacerdotes de uma religião pagã que haviam sido enviados pelos francos à Hispânia.

d) Os hunos invadiram a cidade de Roma e atacaram a Santa Sé em um ato que criou um revanchismo dos romanos contra todos os germânicos.

e) A religião não explica a rivalidade entre romanos e germânicos, uma vez que ambos eram pagãos.

respostas

LETRA A

Os etruscos não tiveram envolvimento com as invasões germânicas. Esse povo já habitava a Península Itálica quando a cidade de Roma foi fundada em 753 a.C. Os etruscos chegaram até a dominar a cidade de Roma em algum momento do período monárquico e foram responsáveis por nomear reis na cidade. Foram conquistados pelos romanos por volta do século I a.C. durante o período republicano.

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LETRA B

O marco levantado pelos historiadores foi a conquista da cidade de Roma pelos hérulos e a destituição do imperador Rômulo Augusto por Odoacro, rei dos hérulos, um dos povos germânicos. Esse evento aconteceu na data citada, 476 d.C.

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LETRA C

Nunca houve uma guerra civil entre Roma e Constantinopla. A desgregação do Império Romano foi um evento causado por uma série de fatores, tais como a corrupção e a disputa pelo poder em Roma, a crise do sistema escravista e a subsequente crise da economia romana, o enfraquecimento do exército romano e os constantes ataques realizados por diferentes povos germânicos.

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LETRA A

A religião não foi responsável diretamente pela desagregação do Império Romano, mas foi um fator que se somou a vários outros, que a seu modo interferiram e ampliaram a crise do Império Romano. No caso da religião, pode-se argumentar, por exemplo, que a rivalidade entre os romanos e alguns povos germânicos foi ampliada porque alguns povos germânicos converteram-se ao arianismo, considerado uma heresia pela Igreja Católica Romana.

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Foram um dos fatores que mais contribuíram para a desagregação do Império Romano do Ocidente?

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Após o auge vivido nos dois primeiros séculos da Era Cristã, o Império Romano viveu anos de extrema dificuldade. Uma série de fatores reuniu-se para que um dos maiores impérios do mundo Antigo viesse a ruir paulatinamente, podemos apontar a crise do sistema escravista, a estagnação comercial, a diminuição da produção agrícola e a pressão exercida pelos povos germânicos que viviam nas fronteiras do império.

Durante o auge da economia imperial, a produção de riquezas dependia intimamente do vasto número de escravos. Provenientes das regiões dominadas por Roma, esses escravos eram utilizados nas grandes propriedades responsáveis pelo abastecimento da população romana. No entanto, a falta de escravos (observada a partir do século III) acabou gerando uma recessão econômica sentida pela diminuição da produção agrícola e a diminuição dos impostos arrecadados pelo império.

Ao atingir os limites máximos de suas conquistas militares, os exércitos romanos não mais conseguiram o mesmo número de escravos outrora observado. Com isso, houve a escassez da mão-de-obra escrava causando o encarecimento dos gêneros alimentícios. Dessa maneira, as grandes propriedades começaram a ser arrendadas, fazendo com que a base da economia agrícola romana centrasse na pequena propriedade. Com pequenas unidades de produção, a utilização de escravos se tornou ainda mais desvantajosa.

Além disso, outro fator de importância religiosa contribuiu para a crise escravista. A ascensão do ideário cristão fez com que a escravidão fosse vista de forma negativa. Muitos proprietários convertidos ao cristianismo libertaram seus escravos em prova de sua nova fé. Além disso, os próprios escravos atraídos pela palavra cristã negavam-se a privar-se de sua liberdade. Com isso, a economia romana teve que se adaptar a novas formas de trabalho e produção que contornassem a nova situação.

O sistema de arrendamento promoveu a associação entre escravos, agricultores livres e os antigos grandes proprietários. Nessa nova modalidade, o camponês arrendatário recebia um lote de terras onde poderia produzir seu próprio sustento. Em troca, ele deveria destinar parte de sua produção ao proprietário de terras. Dessa forma, as cidades deixavam de ser o grande centro da economia romana. O processo de ruralização fez com que o extenso sistema de cobrança de impostos e o comércio perdessem o grande papel outrora desempenhado.

O governo romano não tinha como se sustentar da mesma forma. Com isso, uma série de reformas administrativas foi adotada nessa época. Os contingentes do exército foram reduzidos e muitos dos povos que viviam às margens do império ganharam terras para que evitassem a invasão de outros estrangeiros. Os chamados povos confederados passaram a formar a principal força militar romana.

A inviabilidade de um vasto império foi marcante durante o reinado de Diocleciano. Em seu governo, o antigo império único foi divido em dois: Império Romano do Oriente e Império Romano do Ocidente. Além disso, a tetrarquia foi instituída, sistema onde um imperador (Augusto) era auxiliado por um imperador menor chamado César. Depois de vinte anos o César ascendia ao cargo de Augusto e nomeava um novo César que deveria seguir a mesma trajetória.

Com a morte de Diocleciano, os imperadores disputaram o poder entre si. Desses conflitos, Constantino saiu vitorioso e voltou a centralizar o governo nas mãos de um único imperador. Escapando da decadência econômica da cidade de Roma, transferiu o império para a cidade de Constantinopla e buscou apoio político ao oficializar o culto cristão.

No século IV, o avanço intermitente dos povos germânicos deu sinais da derradeira extinção do Império. Pressionados pelos hunos e à procura de terras mais férteis, os germânicos invadiram as possessões romanas. Somente no século V, com a invasão dos hérulos à cidade de Roma, vemos a derrocada final do Império Romano. A queda do último imperador romano, Rômulo Augústulo, encerrou o antigo Império Romano.

Por Rainer Sousa
Mestre em História

Que fatores levaram a desagregação do Império Romano do Ocidente?

Dentre as causas da queda do Império Romano estão: disputas internas pelo poder, invasões bárbaras, divisão entre o Ocidente e o Oriente, a crise econômica e o crescimento do cristianismo.

Como ocorreu a desagregação do Império Romano Ocidental?

A queda do Império Romano ocorre no ano de 476 d.C. com a destituição do Imperador Rômulo Augusto por Odoacro, líder do povo hérulo. O fim do Império Romano é resultado de crises econômicas e políticas e das invasões bárbaras no território romano.

Quais os fatores determinantes para a decadência desintegração do Império Romano do Ocidente e as razões de sobrevivência do Império Romano do Oriente?

Historiadores modernos mencionam como fatores que causaram a decadência do Império a eficácia e os números do exército romano, a saúde e os números da população romana, a força da economia, a competência do Imperador, as mudanças religiosas do período e a eficiência da administração civil.

Qual foi a principal causa da queda do Império Romano?

Ao lado da crise econômica e da desestruturação militar, as invasões bárbaras levaram ao fim do Império Romano do Ocidente. Os bárbaros recebiam essa denominação, de origem grega, pois os gregos não entendiam a língua dos povos do norte.