Erisipela fotos antes e depois

Erisipela é uma infecção cutânea causada por bactérias que penetram por ferimentos na pele, como picadas de insetos e micoses. Pernas são a região mais atingida. Conheça os sintomas e tratamentos.

Erisipela é uma infecção cutânea causada geralmente pela bactéria Streptococcus pyogenes do grupo A, mas pode também ser causada por Haemophilus influenzae tipo B, que penetram através de um pequeno ferimento (picada de inseto, frieiras, micoses de unha etc.) na pele ou na mucosa, disseminam-se pelos vasos linfáticos e podem atingir o tecido subcutâneo e o gorduroso.

A maior parte das bactérias que causam a erisipela são comuns e existem até na nossa pele, mas geralmente elas precisam dessas “portas de entrada” para penetrar o organismo. Algumas condições também facilitam a infecção. Pessoas com excesso de peso, portadoras de diabetes não compensado, de insuficiência venosa nos membros inferiores, cardiopatas e nefropatas com problemas de circulação nas pernas, pessoas com baixa imunidade ou com doenças crônicas debilitantes são mais vulneráveis.

Na maioria dos casos, a lesão tem limites bem definidos e aparece mais nos membros inferiores. Embora menos frequente, ela pode localizar-se também na face e está associada à dermatite seborreica.

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Sintomas da erisipela

Os primeiros sintomas pode se instalar precocemente:

  • Febre alta;
  • Tremores;
  • Mal-estar;
  • Náuseas;
  • Vômitos.

A lesão na pele é brilhante e vem acompanhada de dor, rubor (vermelhidão), edema (inchaço). Em alguns casos, formam-se bolhas ou feridas, sinal de necrose dos tecidos.

Diagnóstico de erisipela

O diagnóstico é essencialmente clínico. Às vezes, pode-se recorrer à biópsia e ao exame de cultura, mas esse não é o procedimento de rotina.

Tratamento da erisipela

Erisipela fotos antes e depois
Ilustração digital de uma bactéria Streptococcus pyogenes, principal causadora da erisipela | Public Health Image Library (PHIL)

Na fase inicial da doença, antibióticos orais, repouso e elevação do membro afetado por pelo menos duas semanas costumam ser suficientes para a regressão do processo infeccioso em cerca de 4 dias, se a pessoa estiver em condições físicas favoráveis. A resposta é mais rápida quando é ministrada penicilina por via intramuscular (benzetacil).

Em muitos casos, o uso dos antibióticos deve ser repetido periodicamente, por tempo a ser determinado pelo médico, para evitar as erisipelas de repetição (mais frequente em pessoas com fatores de risco como diabetes descompensado e obesidade).

Recomendações para prevenir erisipela

  • Siga rigorosamente o tratamento prescrito para evitar as crises de repetição. Mal controlada, a erisipela pode ter consequências graves;
  • Enxugue bem os vãos entre os dedos dos pés para evitar a proliferação de fungos. Eles podem provocar lesões por onde penetrará a bactéria causadora da erisipela;
  • Varie o calçado que você usa no dia a dia para não facilitar  o desenvolvimento de micoses e outras condições que podem lesionar a pele e abrir caminho para as bactérias;
  • Lembre-se que o portador de diabetes, esteja a doença compensada ou não, pode perder parte da sensibilidade nos pés, o que os torna mais suscetíveis a ferimentos e infecções pelo estreptococo. Se não conseguir examiná-los sozinho, pelo menos uma vez por semana, peça ajuda para verificar se não há sinal de micose entre os dedos, bolhas, pequenos cortes ou calosidades que possam transformar-se em porta de entrada para bactérias. A escolha dos calçados deve ser criteriosa;
  • Use meias elásticas para reduzir o edema das pernas;
  • Não se automedique; ao perceber os sintomas iniciais da erisipela, procure assistência médica para diagnóstico e tratamento;
  • Tente manter o peso nos limites recomendados.

Perguntas frequentes sobre erisipela

Erisipela pode matar?

Sim. Sem tratamento e, principalmente, em pacientes imunodeprimidos, a doença pode evoluir para a forma de erisipela bolhosa, que acomete camadas mais profundas da pele e começa a destruir gordura e músculos. A progressão pode levar a amputações ou a quadros de sepse, que oferecem risco de morte.

Por que se recomenda manter as pernas elevadas ao repousar?

Porque, dessa forma, o fluxo do sangue dos membros inferiores para o coração fica facilitado, o que favorece a boa circulação.

Por que as pernas são mais atingidas?

Porque feridas que servem como porta de entrada são mais frequentes nessa região, como frieiras e micoses.

Como diferenciar a erisipela de outras infecções de pele?

Geralmente, a erisipela atinge um membro inferior (perna ou pé). Além disso, a lesão inicial vai aumentando de tamanho, em vez de surgirem diversos focos em regiões diferentes.

Quem tem varizes tem mais risco de pegar a doença?

Sim. As varizes podem levar a úlceras na pele, que servem como porta de entrada. Pessoas com varizes não tratadas podem até sofrer de erisipela de repetição.

Por que obesidade favorece a infecção por erisipela?

Porque a obesidade é um fator de risco importante para insuficiência venosa. A má circulação nos pequenos vasos favorece a proliferação de bactérias.

O que é erisipela e fotos?

Erisipela é uma infecção de pele frequente, cujo principal agente etiológico é o Streptococcus b hemolítico do grupo A de Lancefield. Acomete ambos os sexos, sendo mais frequente em pessoas entre 50 a 60 anos, os membros inferiores e face são os locais mais acometidos.

Como fica a perna de uma pessoa com erisipela?

Na região afetada pela erisipela, inicialmente, a pele fica quente, vermelha, brilhosa e com um leve inchaço. Com o tempo, passa para um inchaço maior, deixando a região dolorida e, em alguns casos, surgem na pele bolhas ou feridas. Este é um sinal da necrose dos tecidos, que exige cuidados.

Qual é a melhor pomada para erisipela?

O antibiótico mais usado é a penicilina procaína ou cristalina.

Como se inicia a erisipela?

No início, a pele se apresenta lisa, brilhosa, vermelha e quente. Com a progressão da infecção, o inchaço aumenta, surgem as bolhas com conteúdo amarelado ou cor de chocolate e, por fim, a necrose da pele. É comum o paciente queixar-se de “íngua” (aumento dos gânglios linfáticos na virilha).