Em outubro de 1966, o Congresso Nacional foi fechado, s� reabrindo para aprovar a Constitui��o de 1967, promulgada em 15 de mar�o de 1967, e eleger o candidato �nico, marechal Costa e Silvam para a Presid�ncia da Rep�blica. Com 186 artigos a nova Carta foi elaborada pelo governo e aprovada praticamente sem discuss�es, com regras determinadas pelo Ato Institucional n.� 4, de dezembro de 1966. Show DA REDA��O Desde meados de 1966, estava em preparo o projeto de uma nova constitui��o que deveria incorporar todos os elementos permanentes dos atos institucionais e complementares, bem como os diversos decretos e leis promulgados a partir de 1964 - s� em seu �ltimo ano de governo, Castelo Branco promulgou cerca de 190 decretos e leis. Em 6 de dezembro de 1966, foi publicado o projeto de constitui��o redigido por Carlos Medeiros Silva, ministro da Justi�a, e por Francisco Campos. Diante dos protestos suscitados pelo documento, tanto na oposi��o como entre setores da Arena, no dia seguinte o governo decidiu editar o AI-4, convocando o Congresso em sess�o extraordin�ria, de 12 de dezembro de 1966 a 24 de janeiro de 1967, para discutir, votar e promulgar a nova Carta, sob o regime de trabalho acelerado. Daquela data at� a entrada em vigor da Constitui��o, prevista para 15 de mar�o de 1967, o Executivo poderia legislar por decretos em tudo o que se referisse � seguran�a nacional, administra��o e finan�as. Um dia depois de promulgada, o presidente Castelo Branco expediu o Decreto-Lei n�.200, que introduzia altera��es fundamentais na Organiza��o da administra��o federal. Em 15 de mar�o, Costa e Silva tomou posse na presid�ncia da Rep�blica e a nova Constitui��o entrou em vigor. A Carta de 1967, considerada pelo presidente "moderna, viva e adequada", formalizou as modifica��es por que passara a estrutura de poder a partir de 1964, at� a consolida��o do predom�nio indiscut�vel do Executivo. Ainda assim, durante o governo Costa e Silva a ordem constitucional continuaria a ser sacrificada � ordem institucional, ditada por uma legisla��o de exce��o. Ainda em 15 de mar�o de 1967, foi baixado o Decreto-Lei n�. 314, pelo qual entrou em vigor a nova Lei de Seguran�a Nacional. Tornando todos os cidad�os respons�veis pela seguran�a do pa�s, a lei introduziu grande parte da doutrina da Escola Superior de Guerra (ESG) no ordenamento jur�dico brasileiro e marcou profundamente o sistema pol�tico nacional. O AI-5 e o fechamento do regime No final de 1967, o ex-governador Carlos Lacerda, um dos l�deres da Frente Ampla, movimento nacional de oposi��o civil ao regime militar que se vinha articulando desde meados de 1966, iniciou uma campanha contra a pol�tica do governo Costa e Silva. No in�cio de 1968, ao mesmo tempo em que se intensificava a rea��o da "linha dura" � Frente Ampla, come�aram a surgir conflitos pol�ticos na �rea estudantil, que era apoiada por setores da classe m�dia e da Igreja. Em resposta � mobiliza��o oposicionista, o ministro da Justi�a, Lu�s Ant�nio da Gama e Silva, ap�s uma reuni�o com os tr�s ministros militares, baixou no dia 5 de abril a Portaria n�. 177, que proibia as atividades da Frente Ampla sob a forma de manifesta��es, reuni�es, com�cios ou passeatas. Logo depois, o ministro do Trabalho, Jarbas Passarinho declarou que a posse dos eleitos para a dire��o dos sindicatos estava condicionada � apresenta��o de um "atestado de ideologia". Enquanto o movimento estudantil era duramente reprimido, sofrendo ataques ostensivos de tropas de choque da Pol�cia Militar em conflitos de rua, em meados de julho ocorreu na cidade industrial de Osasco (SP) a primeira greve oper�ria desde a ascens�o dos militares. Por essa �poca, o ministro do Ex�rcito, Aur�lio de Lira Tavares passou a insistir na necessidade de o governo "combater id�ias subversivas" oferecendo para isso o apoio incondicional das for�as armadas. Ap�s reuni�o do Conselho de Seguran�a Nacional, realizada em 16 de julho, Tavares afirmou que existia no pa�s "um processo bem adiantado de guerra revolucion�ria" que unia a oposi��o e o comunismo. Ao lado dos oficiais da "linha dura", o Servi�o Nacional de Informa��es (SNI), ent�o chefiado pelo general Em�lio Garrastazu M�dici, passou exigir medidas repressivas mais radicais. No m�s de agosto, o governo intensificou ainda mais a repress�o e no dia 30 daquele m�s a Universidade Federal de Minas Gerais foi fechada e a Universidade de Bras�lia foi invadida pela Pol�cia Militar, o que repercutiu imediatamente no Congresso. O deputado M�rcio Moreira Alves, do MDB, fez discurso veemente na C�mara, em 2 de setembro daquele ano, conclamando o povo a realizar um "boicote ao militarismo" e a n�o participar dos festejos comemorativos da Independ�ncia do Brasil. O pronunciamento foi considerado ofensivo "aos brios e a dignidade das for�as armadas" e, em 12 de dezembro a C�mara recusou, por uma diferen�a de 75 votos e contando com o concurso da pr�pria Arena, o pedido de licen�a encaminhado pelo governo para processar M�rcio Moreira Alves. Preferindo enfrentar a crise com uma alternativa autorit�ria, o governo editou no dia seguinte o AI-5, o mais dr�stico de todos os atos institucionais at� ent�o editados. Relacionando diretamente sua edi��o com o incidente na C�mara, o AI-5 autorizou o presidente da Rep�blica, independente de qualquer aprecia��o judicial, a decretar o recesso do Congresso Nacional e de outros �rg�os legislativos, a intervir nos estados e munic�pios sem as limita��es previstas na Constitui��o, a cassar mandatos eletivos e a suspender por 10 anos os direitos pol�ticos de qualquer cidad�o, a decretar o confisco de "bens de todos quantos tenham enriquecido ilicitamente" e a suspender a garantia de h�beas corpus. Ainda no dia 13 de dezembro, o AC-38 decretou o recesso do Congresso Nacional por tempo indeterminado. Logo ap�s a edi��o do AI-5, foram presos diversos jornalistas e pol�ticos que haviam manifestado sua oposi��o ao governo, dentro ou fora do Congresso. Entre eles, estavam inclu�dos o ex-presidente Juscelino Kubitschek, o ex-governador Carlos Lacerda e v�rios deputados federais e estaduais da Arena ou do MDB. No dia 30 de dezembro foi divulgada a primeira lista de cassa��es posterior ao AI-5: 11 deputados federais - encabe�ados por M�rcio Moreira Alves, seguido de Hermano Alves e Renato Archer - tiveram seus mandatos cassados, enquanto Carlos Lacerda teve seus direitos pol�ticos suspensos. Em 31 de dezembro, o presidente Costa e Silva dirigiu-se � na��o, atrav�s de uma cadeia de r�dio e televis�o, afirmando que o AI-5 n�o fora "a melhor das solu��es, mas sim a �nica para combater a ansiada restaura��o da alian�a entre a corrup��o e a subvers�o". No dia 16 de janeiro de 1969, ap�s uma reuni�o do Conselho de Seguran�a Nacional, o governo divulgou uma lista com quatro tipos de puni��es: cassa��o de mandato, cassa��o de mandato com suspens�o de direitos pol�ticos, suspens�o de direitos pol�ticos e aposentadoria compuls�ria. Os 43 atingidos inclu�am dois senadores - Aar�o Steinbruck e Jo�o Abra�o -, 35 deputados federais - entre os quais Osvaldo Lima Filho, Martins Rodrigues, Ivete Vargas, Jo�o Herculino e Ant�nio Cunha Bueno -, tr�s ministros do STF - Hermes Lima, Evandro Lins e Silva e V�tor Nunes Leal - e um ministro do Superior Tribunal Militar (STM) - Peri Constant Bevilacqua. Como era eleito o presidente na ditadura militar?O Congresso Nacional ratificou a indicação do comando militar e, em eleição no dia 11 de abril de 1964, elegeu Presidente da República o marechal Castelo Branco, então Chefe do Estado-Maior do Exército. Como Vice, foi eleito o deputado pelo PSD José Maria Alkimim, secretário de finanças do governo de Minas Gerais.
Como eram as eleições durante a República?Foi introduzido o sistema de governo presidencialista, exercido pelo presidente da República, chefe do Poder Executivo, que passou a ser eleito pelo voto direto para um mandato de quatro anos, sem direito à reeleição. Tinham direito a voto todos os homens alfabetizados maiores de 21 anos.
Como os militares tomaram o poder em 1964?O golpe de Estado no Brasil em 1964 foi a deposição do presidente brasileiro João Goulart por um golpe militar de 31 de março a 1.º de abril de 1964, pondo fim à Quarta República (1946–1964) e iniciando a ditadura militar brasileira (1964–1985).
Como foi a primeira eleição para presidente do Brasil?A primeira eleição no Brasil aconteceu em 1532, em São Vicente, quando da instalação da Câmara por Martim Afonso de Sousa, comandante da expedição que fundou a primeira vila do país. Durante o período colonial as eleições se tornaram corriqueiras.
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