Cirurgia tireoide quantos dias de repouso

Orientações para os pacientes que farão cirurgia da tireóide

A cirurgia para a retirada de toda a glândula tireóide ou parte dela, é denominada de tireoidectomia. O tipo de cirurgia, ou seja, tireoidectomia total ou parcial, irá depender de diversos fatores que o médico irá discutir com seu paciente. A cirurgia da glândula tireoide, em casos de neoplasia maligna, poderá incluir a retirada de linfonodos do pescoço, da cadeia linfática próxima a glândula tireoide (compartimento central) ou de linfonodos da cadeia linfática lateral do pescoço. A cirurgia da glândula tireoide, quando realizada por especialista possui um risco baixo de complicações e sequelas. Por isso é importante certificar-se da experiência, da certificação e habilitação do especialista que irá realizar o procedimento.

Orientações pré operatórias

A cirurgia da glândula tireoide é realizada com anestesia geral, e para tanto, uma bateria de exames deve ser realizada para avaliação clínica do doente, antes do procedimento cirúrgico, que inclui, Rx de tórax, exames bioquímicos e eletrocardiograma que deverão ser apresentados previamente ao médico cirurgião e mostrados na consulta pré-anestésica. A consulta pré-anestésica geralmente é realizada no dia que antecede a cirurgia, pela equipe de anestesia do Hospital na qual será realizado o procedimento. Esta consulta é importante para que o anestesista conheça previamente o caso clínico antes do procedimento anestésico, confeccione a ficha de anestesia com os dados do cliente, informações com relação ao seu

estado de saúde, comorbidades, alergias, uso de medicamentos, etc. A segurança do procedimento anestésico aumenta em muito com essa entrevista prévia ao procedimento. Este momento é importante também para que o cliente tire suas dúvidas com relação a sua anestesia, seus riscos e cuidados. Durante a internação hospitalar, que geralmente é feita no dia da cirurgia, o cliente deve levar todos os exames referentes a investigação da doença, incluindo exames de imagem, e os exames pré-operatórios, para que possam ser analisados durante a cirurgia, caso seja necessário.´ É importante lembrar para evitar de tomar qualquer medicação que contenha ácido acetil salicílico por 7 dias antes da cirurgia. Remédios como AAS, Aspirina, Buferin ou Melhoral, por exemplo, não devem ser tomados. O uso destes remédios aumenta muito o risco de sangramento durante a cirurgia e no pós operatório. Caso a pessoa faça uso de antiocoagulante oral ou anti-adesivo plaquetários, é fundamental que o cirurgião e anestesista tenham ciência disto, para planejar as medidas que devem ser tomadas durante o período de internação, sendo importante também, lembrar nos casos em que a pessoa já teve algum episódio prévio de trombose venosa. Com relação ao jejum, pelo fato de a anestesia ser do tipo geral, faz-se necessário um jejum de pelo menos 8 horas.

Cirurgia

A tireoidectomia demora em média 2 horas de procedimento, sendo que após a cirurgia, o paciente permanece na sala de recuperação pós-anestésica por pelo menos mais 1 hora. Nos casos em que é necessário a associação de procedimentos como esvaziamento cervical ou esternotomia para bócios mergulhantes, ou outros procedimentos associados, este tempo pode se estender, em função da complexidade do mesmo. Em raríssimas situações a recuperação pós cirúrgica é realizada em ambiente de terapia intensiva. A cirugia de tireoide pode ser realizada por procedimento cirúrgico convencional, com cirurgia aberta, ou por

procedimento videoassistido, na qual se utiliza equipamento de vídeo para visualização do ato operatório e material cirúrgico especial. Esta técnica é extremamente segura, permite uma incisão cirúrgica única de somente 2 cm, e é indicada para nódulos de tireoide suspeitos de neoplasia maligna, menores de 2,0cm de diâmetro. A cirurgia de tireoide habitualmente não necessita do uso de dreno, principalmente quando se usa tecnologia de selagem de vasos sanguíneos, tipo Ligasure (fabricante Covidien). O dreno só é utilizado em cirurgias para retirada de bócios grandes, mergulhantes, procedimentos associados a ressecção em conjunto dos linfonodos, e quando o cirurgião julgar adequado. Anestesia A anestesia geral é a utilizada pela grande maioria dos médicos. Poucos serviços utilizam a anestesia loca/sedação e não foi demonstrado nenhum benefício em relação a anestesia geral, que é mais segura e confortável para o paciente. Tempo de Internação Hospitalar É claro que diversos fatores como tipo de cirurgia, complicações clínicas do paciente e evolução pós-operatória influenciam no tempo de internação. Se não houver nenhum problema, a média de internação é de 1 dia, ou seja, o paciente recebe alta no dia seguinte a cirurgia. Curativo A incisão de tireoidectomia fica coberta por um curativo de micropore. Este curativo é formado por vários pedaços dispostos em paralelo e tem uma tripla função: proteger a incisão de bactérias e sujeiras servir como pontos falsos auxiliando no resultado estético da cicatriz, proteger do sol, que é um dos grandes inimigos de uma boa cicatrização. O paciente sai do hospital com este curativo, que só será retirado no retorno de cirurgia, em consultório, após 1 semana. Durante este período, o paciente pode tomar banho, mas deve proteger o micropore com um plástico, toalha, ou lavar o cabelo em salão de beleza. Caso o curativo molhe inadvertidamente, o mesmo pode ser secado com aparelho de secador de cabelo, sem prejuízo para sua manutenção.

Pós operatório

O período pós–operatório de uma cirurgia da tireoide, é bem suportado pelo doente, sendo a analgesia realizada com drogas anti-inflamatórias e dependendo, outras drogas mais específicas. De uma maneira geral, o paciente pode falar e se comunicar logo após a cirurgia e alimentar-se em média 4 horas após o procedimento. Durante a internação hospitalar, a dieta oferecida é do tipo pastosa ou branda, e no dia seguinte, após a alta hospitalar, a dieta é normal, sendo incentivado o uso de alimentos ricos em cálcio, como derivados do leite e algumas verduras como alface, brócolis, e outros, que são ricos neste nutriente. Alguns pacientes que passam por uma anestesia geral, podem sentir náuseas ou vômitos depois da cirurgia.

Normalmente estes sintomas ocorrem no dia da cirurgia e tendem a melhorar bastante no dia seguinte, após uma noite de sono. Medicações para náuseas e vômitos, ou anti-heméticos, são prescritos de rotina para que o paciente não sinta estes desagradáveis sintomas. A tireoidectomia é uma cirurgia que apresenta um pós-operatório pouco doloroso, porém é comum sentir uma sensação de garganta inflamada por até uma semana após a cirurgia. A cada dia que passa espera-se uma melhora gradual. O retorno ao consultório para reavaliação pós-operatória ocorre de 7 a 10 dias após a cirurgia, sendo neste momento, retirado os pontos cirúrgicos, e para receber-se o diagnóstico definitivo. Com relação ao esforço físico, sugere-se evitar levantar peso, baixar a cabeça além de atividades como carregar peso, ginástica, correr ou atividades domésticas onde haja utilização de força. Este cuidado visa diminuir o aparecimento de inchaço e possível sangramento no leito cirúrgico. Isto não quer dizer que haja necessidade de repouso no leito. É permitido andar, subir escadas, desde que com moderação. O paciente pode movimentar o pescoço já nos primeiros dias depois da cirurgia, mas deve evitar traumas na região. Medicações Antiinflamatórios: Esta medicação para dor é utilizada durante a internação e sugere-se manter por mais 2 dias após a alta hospitalar para controle do sintoma Cálcio: A reposição com cálcio via oral se faz necessária no período pós-operatório de cirurgia de tireóide, pelo fato de, apesar das para paratireoides serem preservadas de rotina, uma boa parte de sua vascularização vem da glândula tireoide, fazendo com que abruptamente haja um corte de sua oxigenação, além do edema pós-operatório, causando uma deficiência temporária na produção e liberação de seu hormônio, que é o paratormônio (PTH). O PTH é responsável pelo metabolismo do cálcio, e em função disto, o paciente pode apresentar sintomas de hipocalcemia, com formigamento nas mãos, lábios e pés, podendo até evoluir para câimbras, em situações mais severas. Por isso faz-se a reposição com o cálcio via oral por um perído mínimo de 7 dias, sendo que o risco maior de se observar estes sintomas ocorrer no 3º dia pós-operatório. Reposição Hormonal: A reposição hormonal com levotiroxina já é iniciada na alta hospitalar e a reposição hormonal para quem faz a cirurgia de tireoidectomia total é realizada por toda a vida.

Risco cirúrgico

Toda cirurgia envolve risco de complicações. Apesar da cirurgia de tireóide ter índice um muito baixo de complicações, aqui serão relatadas as mais importantes que o paciente deverá saber. A alteração temporária da voz ocorre em um a cada 10 pacientes que são operados da glândula, enquanto que 1 em cada 250 pode evoluir com alterações definitivas. Isto ocorre devido a proximidade da glândula com os nervos responsáveis pelos movimentos das cordas vocais. Estas mudanças na voz podem ser rouquidão, dificuldade em alcançar notas agudas ou cansaço ao falar, que normalmente regridem em algumas semanas, mas que podem perdurar por vários meses. O hematoma é uma complicação temida pelos cirurgiões pois pode por em risco

a vida do paciente. Apesar da grande preocupação do médico para que não haja sangramento no pós operatório, pode ocorrer um acúmulo de sangue no local operado(hematoma), podendo levar a dor e dificuldade de respirar. Esta é uma condição que tem de ser avaliada imediatamente pelo cirurgião, que pode decidir reoperar em caráter de urgência. Felizmente este tipo de complicação é rara, e a hemostasia com selagem dos vasos por equipamentos que auxiliam o cirurgião, tem demonstrado uma maior segurança na realização desta cirurgia. A hipocalcemia pode ocorrer em função de uma diminuição temporária ou definitiva da função das glândulas paratireoides, levando a queda dos níveis de cálcio no sangue (hipocalcemia). Felizmente, é muito raro ocorrer uma deficiência definitiva na função que é chamada de hipoparatireoidismo definitivo e quase sempre estão associados com a tireoidectomia total. O paciente pode apresentar como sintomas formigamentos nas mãos, nos pés, ao redor dos lábios e nas orelhas que podem evoluir para câimbras. O tratamento consiste em receber doses suplementares de cálcio e vitamina D. Raramente estes sintomas ocorrem em tireoidectomias parciais. A cicatriz é uma consequência inerente ao ato cirúrgico. Todo corte sobre a pele produz cicatriz. Contudo, dificilmente as cicatrizes de tireoidectomia produzem cicatrizes com mal resultado estético, pelo contrário, são normalmente discretas. O tamanho da incisão cirúrgica varia de 3 a 15 cm, dependendo do tamanho da tireóide, aspectos anatômicos do paciente, tipo de cirurgia, necessidade de esvaziamento cervical e da experiência da equipe médica. Quando realizada por técnica videoassistida, esta consequência é minimizada, pois a cicatriz é de 2 cm. As cicatrizes hipertróficas, popularmente chamadas de quelóides, são cicatrizes mais grossas, endurecidas e avermelhadas. Fatores como predisposição racial (japoneses), localização no corpo (tórax), complicações na ferida cirúrgica (infecções) e aspectos técnicos cirúrgicos estão implicados neste tipo de complicação. A exposição solar deve ser evitada diretamente sobre a cicatriz por um período de até 6 meses após a cirurgia. Isto pode ser conseguido com o uso de protetores solares (Mínimo FPS 30) e visam um melhor resultado estético da cicatriz. A tireoidectomia é uma cirurgia que apresenta um pós-operatório pouco doloroso, porém é comum sentir uma sensação de garganta inflamada por até uma semana após a cirurgia. A cada dia que passa espera-se uma melhora gradual. O retorno ao consultório para reavaliação pós-operatória ocorre de 7 a 10 dias após a cirurgia, sendo neste momento, retirado os pontos cirúrgicos, e para receber-se o diagnóstico definitivo. Com relação ao esforço físico, sugere-se evitar levantar peso, baixar a cabeça além de atividades como carregar peso, ginástica, correr ou atividades domésticas onde haja utilização de força. Este cuidado visa diminuir o aparecimento de inchaço e possível sangramento no leito cirúrgico. Isto não quer dizer que haja necessidade de repouso no leito. É permitido andar, subir escadas, desde que com moderação. O paciente pode movimentar o pescoço já nos primeiros dias depois da cirurgia, mas deve evitar traumas na região. Medicações Antiinflamatórios: Esta medicação para dor é utilizada durante a internação e sugere-se manter por mais 2 dias após a alta hospitalar para controle do sintoma Cálcio: A reposição com cálcio via oral se faz necessária no período pós-operatório de cirurgia de tireóide, pelo fato de, apesar das para paratireoides serem preservadas de rotina, uma boa parte de sua vascularização vem da glândula tireoide, fazendo com que abruptamente haja um corte de sua oxigenação, além do edema pós-operatório, causando uma deficiência temporária na produção e liberação de seu hormônio, que é o paratormônio (PTH). O PTH é responsável pelo metabolismo do cálcio, e em função disto, o paciente pode apresentar sintomas de hipocalcemia, com formigamento nas mãos, lábios e pés, podendo até evoluir para câimbras, em situações mais severas. Por isso faz-se a reposição com o cálcio via oral por um perído mínimo de 7 dias, sendo que o risco maior de se observar estes sintomas ocorrer no 3º dia pós-operatório. Reposição Hormonal: A reposição hormonal com levotiroxina já é iniciada na alta hospitalar e a reposição hormonal para quem faz a cirurgia de tireoidectomia total é realizada por toda a vida.

Quantos dias de repouso após retirada da tireoide?

Manter repouso nos primeiros dias O período de internação da tireoidectomia costuma ser de um ou dois dias, apenas. Após esse período, o paciente recebe alta e pode retornar retorna para sua casa. Ainda assim, precisará passar por um período de repouso que dura de 10 a 20 dias, a depender do caso.

Pode falar depois da cirurgia de tireoide?

O período pós–operatório de uma cirurgia da tireoide, é bem suportado pelo doente, sendo a analgesia realizada com drogas anti-inflamatórias e dependendo, outras drogas mais específicas. De uma maneira geral, o paciente pode falar e se comunicar logo após a cirurgia e alimentar-se em média 4 horas após o procedimento.

Como é o repouso da cirurgia de tireoide?

Fazer repouso Após a tireoidectomia total o paciente fica internado entre um a dois dias. Ao receber alta o paciente deverá permanecer em repouso por cerca de 10 a 20 dias, dependendo do caso. Durante esse período o paciente deverá afastar-se do trabalho, e evitar atividades que requeiram maior esforço físico.

O que fazer depois da cirurgia da tireoide?

De toda forma, os cuidados são simples: lavar a ferida diariamente com água e sabonete comum e manter a ferida coberta com Micropore ou Curativo Siliconado por no mínimo 30 dias. O cirurgião vai prescrever alguns medicamentos para dor e o hormônio tireoidiano nos casos de tireoidectomia total.