Carlos martel ficou conhecido como salvador da cristandade por quê

SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DO NOROESTE FLUMINENSE

HISTÓRIA DO CRISTIANISMO NO OCIDENTE - MUNDO CRISTÃO MEDIEVAL E A REFORMA PROTESTANTE (SÉCULOS IV - XVI)

Professor: Ronaldo Viana S.

O presente trabalho, trata-se de uma síntese dos capítulos XI a XIV, do Livro História do Cristianismo no Ocidente - Mundo Cristão Medieval e a Reforma Protestante (séculos IV - XVI),  cujo autor é o Pastor Ronaldo Ronaldo SRonaldo Viana S., Pastor Batista, Teólogo, historiador, escritor(autor de cinco livros). Especialista em História do Cristianismo e Ciências da Religião. Possui Curso de treinamento em Teologia Bíblica do Antigo e Novo Testamento. Professor de Seminários Batistas. Professor de História, Sociologia, e Filosofia no Estado do Rio de Janeiro, e Professor de História do Cristianismo e Teologia Brasileira no Seminário Batista do Noroeste Fluminense. .

A síntese tem o objetivo de trazer um pequeno resumo das principais  ideias dos capítulos mencionados. Capítulo XI - "O Princípio: Aproximação de Roma com os Reinos Bárbaros e a 'Cristianização' desses Reinos"; Capítulo XVII - "Os principais Povos Bárbaros e a História de suas 'conversões' ao Cristianismo"; Capítulo XVIII - "Dinastia Merovíngia - Mulçumanos detidos  na 'batalha de Poitiers'. Conversão em massa dos povos Francos, o cristianismo avança e prospera"; Capítulo XIV - "Dinastia Carolíngia: Carlos Magno, o Grande, expansão do Cristianismo". 

Capítulo XVI

Com a queda do Império Romano, o cisma eclesiástico entre a Igreja romana ocidental e a Igreja romana do oriente é inevitável, devido a aproximação da Eclésia ocidental, dos ditos dos "povos bárbaros", e ainda, interferências por parte dos poderes do oriente, então submissos a autoridade imperial bizantina.

A pretensão da Igreja romana ocidental para o seu crescimento, e a extensão de seus "poderes", foi na aproximação com os reinos bárbaros. A "conversão" desses povos à liturgia e administração eclesiástica, do ocidente e sua hierarquia. A Igreja buscava ampliar seus domínios com a imposição de seus dogmas junto a estas nações que invadiam Roma, com a sua fragilização e fragmentação como Império. 

A sobrevivência da Igreja Católica Romana dependia desta aproximação e vencimento do desafio da cristianização destes povos. Embora algumas nações, consideradas como Bárbaras, confessar o "cristianismo ariano", pois negavam a Trindade, e acreditavam que Jesus Cristo, fosse divino, superior aos homens, porém inferior a Deus. Eram assim denominadas, nações bárbaras, por não possuírem a língua, a cultura, e a arte greco-romana, e  claro, não confessarem os dogmas da Igreja Romana ocidental.

Capítulo XVII

Os principais povos bárbaros, os novos dominadores da Europa, as tribos germânicas, ou seja, os Vândalos da África do Norte; os Anglo-saxões da Grã-Bretanha; os Visigodos da Espanha que eram arianos; os Ostrogodos da Itália; os Suevos de Portugal; Lombardos do Norte da Itália, e que eram arianos; e os Francos da França que eram pagãos. Fazem parte do contexto da história da Cristandade da Idade média.

Em 410, Roma que é saqueada pelos Visogodos, tem de forma gradativa a sua conversão ao cristianismo tradicional. Oficialmente se dá em 589, com a declaração de Recaredo no Sínodo de Toledo, rompendo com o arianismo para ser tornar um cristão católico. Até este momento, durante muitos anos, cristão romanos e arianos permaneceram em constantes lutas internas.

Em 597, por iniciativa do Papa Gregório I, o cristianismo chega aos anglo-saxões que eram pagãos, por meio de uma ação missionária de 40 monges beneditinos, sob a direção de Agostinho, o "Apostolo dos Ingleses" que posterior fora nomeado o primeiro Bispo de Cantuária. Uma multidão foi batizada seguindo os passos do rei Etelberto convertido aos cristianismo católico romano.

Em 568, os Lombardos que tem sua origem ao Norte da Europa, chegam ao pobre e esquecido território italiano, a "Itália Bizantina". Conquistaram e dividiram as terras em ducados. Eram um povo intolerante, colocavam fogo nos templos e matavam bispos católicos, invadiam monastérios. Os Lombardos que eram arianos, viviam em disputa com os católicos por primazia religiosa. Após muitos anos de luta, pelo menos uma parte dos Lombardos, estavam convertida ao Catolicismo Romano.

Neste tempo a Igreja de Roma era uma grande proprietária de terras na Itália, o "patrimônio de São Pedro". O papa Gregório I enfrentou os lombardos e conquistou um importante acordo de paz. O domínio dos Lombardos termina em 774, com as conquistas dos Francos no comando de Carlos Magnos.

 Capítulo XVIII

Dinastia Merovíngia - Mulçumanos detidos na "batalha de Poitiers. Conversão em massa dos povos francos, o cristianismo avança e prospera.

Com a decadência do Império Romano, as tribos francas adentram na Europa ocidental. Tomaram Gália, província romana. Essas tribos não eram unidas. Com as ameaças dos Hunos, se uniram para defesa dos territórios conquistados.

Esta unidade progressiva, começa com Meroveu (451-458), considerado fundador da Dinastia Merovíngia. Ainda uma tribo, os francos salianos, com a morte de Meroveu, seu filho Childerico I (458-482), assume o comando. Teve muitos aliados romanos, como o General romano Egídio, aliado com quem derrotara os Visigodos. Com Odoacro (rei dos hérulos), fez aliança para a proteção de Roma contra os alamanos.

Com a morte de Childerico I, seu filho Clóvis I (482-511) assume o poder e promove a unificação dos povos francos, sendo assim o primeiro rei da Dinastia Merovíngia. Clóvis I era pagão, em 493, casa-se com Clotilde, uma princesa cristã da Borgonha. O rei Clóvis I, influenciado pela esposa se torna um cristão, recebendo em 496, o batismo católico, juntamente com sua irmã, aproximadamente 3 mil guerreiros francos recebem o batismo no mesmo dia, seguindo os passos  do Soberano.

A mudança de religião de Clóvis I, e seus súditos fora de muita relevância para a Igreja Católica Romana no combate a corrente herética cristã ariana. Depois da morte de Clóvis I, foram cerca de 200 anos de enfraquecimento da Dinastia Merovíngia. Seguiu-se uma sucessão desastrosa de reis envolvidos em intrigas e traições, que dividiram as tribos francas.

Surge neste tempo os senhores do feudo, tomando conta de suas terras, ocupando uma posição de independência em relação aos reis divididos, como era o costume germânico. O povo ficou negligenciado, a nobreza aumenta o seu poder e torna-se uma grande proprietária de terras.

Neste tempo de anarquia, em 721, surge o filho de Pepino de Héristal, Carlos Martel ou "Martelo". Recebera este nome, devido a vitória que obteve sobre os Mulçumanos, na batalha de Poitiers em 732. Carlos Martel é conhecido com o "salvador da cristandade", por por fim ao avanço mulçumano em suas conquistas na Europa ocidental.

Em 741, com a morte de Carlos Martel, seus filhos Carlomano e Pepino assumem seus domínios. Todos os poderes ficam o chamado Pepino, o "breve", ou Penino, "o moço". Com a bênção do papa Zacarias(741-752), Pepino protetor dos interesses da Igreja romana, tira do trono o ultimo rei merovíngio Childerico III, e o envia para um mosteiro.

Capítulo XIV

Dinastia Carolíngia: Carlos Magno, o Grande, expansão do cristianismo. 

Em 768, morre Pepino e o reino é dividido entre seus filhos, Carlos Magno(ocidental), e Carlomano(oriental). Em 771, morre Carlomano tendo governado apenas 3 anos sobre a Austrásia. Carlos Magno assume o poder absoluto dos francos.

Começa oficialmente a Dinastia Carolíngia. Pepino havia sido coroado por Bonifácio, monge missionário, rei dos francos. Como já foi dito. Pepino era protetor dos interesses da igreja romana. Bonifácio fora o que promoveu nos tempos de Carlos Martel, cinco Sínodos (741-747), para combater a prática da compra e venda de coisas sagradas, cargos eclesiásticos, sacramentos, a "simonia".

Pepino reconquistara para a Igreja católica de Roma as terras que haviam sido invadidas pelos Lombardos. Lutou a favor do papa Estevão(752-757). Pepino fez com que os Lombardos devolvem-se as terras. Formalmente o rei dos francos fez as chamadas, "doações de Pepino". Neste tempo funda-se os chamados "Estados Pontifícios", ou seja, "patrimônio de São Pedro".

Carlos Magno, se tornou um dos maiores guerreiros da Idade média. Com o poder absoluto, observa-se em três áreas as ações políticas do seu comando. Suas conquistas militares na luta contras os mulçumanos na Espanha, contra os lombardos na conquista ao norte e centro da península itálica em ajuda ao papado. Guerreou contra os saxões germânicos, na Saxônia, ao leste na Bavária. Suas conquistas na expansão do cristianismo, através de alianças com o papado e Igreja romana, promovendo a "conversão em massa" ao catolicismo dos povos bárbaros.

Faze necessário observar o termo entre aspas. Porque a medida que as nações bárbaras eram "cristianizadas", o que na verdade tratava-se de uma imposição. Eram obrigados a mudar de religião, ou enfrentar a espada. Uma verdadeira "caça as bruxas". Entre a "cruz e a espada", os que não aderiam a fé católica eram mortos. Alguns livros escolares narram muitas mortes em campanhas de Carlos Magno, por rejeitarem o batismo da Igreja romana.

Uma outra área de conquista por parte de Carlos Magno é a cultural ou intelectual. O renascimento da cultura greco-romana. Neste tempo são criados centros de cultura e educação. Escolas no palácio como modelo para todo território franco. A educação, a cultura e a arte eram voltadas para os clérigos e a nobreza da época. O povo normalmente negligenciado como sempre.

Em 774, Carlos Magno derrotou os Lombardos, passa a ser o rei dos Lombardos. Já no ano 800, em 25 de dezembro foi coroado pelo papa Leão III(795-816), como o Imperador dos Romanos. Neste tempo nasce o Império Carolíngio, ou o Sacro Império Romano. Nota-se uma mistura entre a Igreja e o Estado. Ambos buscando uma nova primazia: Uma política a outra religiosa. 

Por que Carlos Martel é considerado o salvador da cristandade ocidental?

É mais lembrado por ter vencido a Batalha de Poitiers (ou batalha de Tours) em 732, tradicionalmente considerada a ação que salvou a Europa do expansionismo muçulmano que já havia conquistado a Península Ibérica; a partir de então não houve mais invasões muçulmanas nos territórios francos, e a vitória de Carlos é ...

Quem foi Carlos Martel e qual a sua importância histórica?

Nobre franco, nascido cerca de 688, conseguiu unir e governar o território franco entre 715 e a data da sua morte, em 741. Em 732 derrotou os invasores árabes em Poitiers. A sua vitória nesta batalha constituiu um triunfo decisivo para salvar a Europa cristã.

Quem foi o sucessor de Carlos Martel?

Carlos Magno.

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