Desejando achar algum freio para isso tudo e parar com essa estupidez de amar que nunca me amou e que jamais vai me amar.
E o ideal, parar de amar a quem só sente pena de mim.
Algo pior que não amar, é sentir pena da pessoa.
E ele sente pena de mim.
Ele só pode sentir isso.
Tudo é incrivelmente triste e tudo é incrivelmente chato.
Não acho graça em nada.
Não consigo mais ler livros.
Não tenho mais a concentração de escrever textos.
Não consigo nem ao menos, colocar as idéias em ordem.
Quero iniciar citando a última frase da terceira estrofe do Poeta Algusto dos Anjos em sua poesia Versus Intimos "“A mão que afaga é a mesma que apedreja” Temos ter cuidado com quem convivemos, e a quem devemos estender a mão e acolhermos quando necessário, muitas vezes as pessoas figuradas de anjos se tornam feras traiçoeiras, eu não devo nem mim impressionar com esses de tipos de pessoas, pois Lucífer (que significa Anjo de Luz) que era o segundo na hierarquia de Deus, anjo de
confiança, segundo a Bíblia Sagrada ele se rebelou contra Deus e hoje é conhecido como o anjo do mal (demônio). Como diz um ditado popular muitos cospem no prato que comeram. As pessoas esquecem que o mundo dá muitas voltas, e quando menos esperamos retornamos ao ponto onde iniciamos a nossa trajetória. Será que vale a apena sermos traiçoeiros e arrogantes e sermos como Judas dar o beijo da traição e virarmos as costas para as pessoas que nos deram a mão e nos acolheram. Pensem nisso, isso faz
parte da história de vida real que acontece constantemente nas relações humanas e nas melhores famílias. Mais uma coisa, sei que não é facil por em pratica essa frase " NUNCA SE ARREPENDA DO BEM QUE VOCÊ FEZ, MESMO QUE VOCÊ TENHA SE DEPARADO COM A INGRATIDÃO". Mais vale apena tentar. SERÁ?
No vídeo, o ator Amaro Vieira declamou Versos íntimos e A obsessão do sangue. Para o impresso, ele posou para as cinco fases do luto, da negação à aceitação. O repórter do Viver, Fellipe Torres, contou com este auxílio luxuoso para contar, em duas páginas do Diario de Pernambuco deste domingo, histórias de pessoas cheias de vida que convivem diariamente com a morte: um coveiro, um agente funerário, uma zeladora de jazigos, um fiscal de cemitério e um vendedor de flores. A frase anterior ficou deliberadamente tortuosa e ambígua. Tudo para ressaltar a importância de Augusto dos Anjos, poeta paraibano cujo trágico passamento, aos 30 anos de idade, completa um centenário na quarta-feira. Autor de um único livro – Eu – Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (1884-1914) continua tendo a sua obra estudada e revisitada, ao contrário dos muitos detratores da sua época. Um anjo de asas negras, para os íntimos.
Uma informação relevante: a ideia do ator para ilustrar o material foi do editor de arte, Christiano Mascaro.
VERSOS ÍNTIMOS
Vês! Ninguém assistiu ao
formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te
afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
Vês! Ninguém assistiu ao formidável Acostuma-te à lama que te espera! Toma um fósforo. Acende teu cigarro! Se alguém causa inda pena a tua chaga,
Enterro de sua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que
apedreja.
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!