A contratransferência inicialmente passou pelas mesmas sequências

Liquid and troubled times, where the relationships take place more in the virtual space than the real world and do not last more than few weeks or months, when everyone and everything are turned into products on display and ready for “consumption”, within a logic where the affections must be tranformed into immediate pleasure; and the other is promptly rejected if, by chance, it is perceived as a possibile pain threat, so it can be preserved the illusory perception of happiness. A social imaginary where there is no place for the basic human affections, since the objective is to banish anguish and sorrow from the post-modern ideary. At the minimum signal of the possibility of those affections, it must seek anesthetic devices to be used as antidepressives and other drugs (legal and ilegal), sex, compulsive shopping and other objects-buffers. Therefore, we witness, in the clinic, pacients that have been provoking reflections on the need to think about a flexibilization of the psychoanalytical technique, where it can be possibile to offer a part of the psychoanalist subjectivation capacity as support and continent for the pacient, in a way that he can build its own subjectivation process and reintegrate rejected traumatic experiences and, therefore, its symbolic elaboration capacity. A reflection on the limits and a possible flexibilization of the technique, where the objective is to reflect on a ethical posture where the primacy of affection is imposed as the main reference in the psychoanalyst’s behaviour throughout these cases. Thus, the discussion on the ways of the contemporary psychoanalytic clinic is established, valuing the use of countertransferential affections experienced by the analyst as tools capable ogf giving support and help within the pacient’s symbolic elaboration. My goal is to think the possible reflection developments in the construction of a psychoanalytical clinic that understands the crossings that are being experienced by the Human in this post-modernity that feeds acute and permanent anxieties and inadequacies. Keywords : clinic of caring, sensitive clinic, sensitive psychoanalysis, post-modernity, transferential and countertransferential affections, subjectivation, fragmented subjects

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A contratransferência inicialmente passou pelas mesmas sequências

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infantil vivido com um sentimento de atualidade acentuada. 
Castro (2005) diz que em 1910, surgiu o conceito de contratransferência, como sendo uma 
reação do analista provocada pela transferência do paciente, e, como tal, algo a ser superado ou 
ultrapassado para que o analista volte a trabalhar em condições adequadas. No trabalho de 1912, 
Freud conclui que o médico tenta compelir o paciente a ajustar seus impulsos emocionais ao nexo 
do tratamento e da história de sua vida, submetendo-os à consideração intelectual e a 
compreendê-los à luz de seus valores psíquicos. E que “esta luta, entre o médico e o paciente, entre 
o intelecto e a vida instintual, entre a compreensão e a procura da ação, é travada, quase 
exclusivamente nos fenômenos das transferências”. 
Segundo Isolan (2005), a contratransferência inicialmente passou pelas mesmas vicissitudes 
da transferência, sendo vista como uma manifestação indesejável no tratamento. O conceito de 
contratransferência foi introduzindo por Freud que o definiu como sendo aquilo que "surge no 
médico como resultado da influência que exerce o paciente sobre os seus sentimentos 
inconscientes". (FREUD, 1969, p.125-36) 
Entrevista clínica – anamnese 
• Anamnese - trazer de novo à memória (técnica + percepção + ética) 
• Premissas: contato, vínculo, conteúdo, condução (puxar a linha) e aproveitamento do tempo 
• Depende de treinamento e aperfeiçoamento 
Tipos de entrevista/ tipo de pergunta 
• Aberta (como vc esta?) 
• Fechada (como foi seu sono?) 
• Semiestruturada (colher a história clínica) não se tem padrão a seguir; (abertas e fechadas) - 
começa com a anamnese como meio de condução 
• Vantagens e desvantagens 
Pergunta estruturada: padrão/ roteiro/ fechada 
 
Sara Luiza Costa Silva - Medicina 
Fases da entrevista/ Fase de recepção – rapport 
➢ Contato inicial (primeiro minuto) 
• Consultar ficha e prontuário; chamar o paciente pelo nome 
• Cumprimentar e apresentar-se; Esclarecer seu papel e sua função 
• Manter contato visual; Demonstrar interesse e respeito 
• Cuidar do conforto físico do paciente 
 
Fases da entrevista/ Fase exploratória - Motivo da consulta 
➢ Dados necessários para estabelecer a natureza do problema 
• Demandas do paciente; Formular questões pertinentes para complementar as 
informações (abertas e fechadas) – não perguntar “o que te trouxe aqui?” 
• Escutar atentamente; Esclarecer as declarações do paciente 
• Usar linguagem compatível; Estabelecer as datas e as sequências de eventos 
(patobiografia) linha cronológica dos eventos/acontecimentos 
• Explorar quais as ideias/crenças que o paciente possui em relação a sua enfermidade 
• Explorar os sentimentos provocados; Explorar o contexto familiar, social e laboral 
 
Fases da entrevista/ Fase Resolutiva 
➢ Informativa (relatar um resumo do que foi dito e confirmar) 
• Responder às expectativas do paciente 
• Melhorar a adesão ao tratamento 
➢ Negociadora (manejo do problema/ plano) 
• Pacto das condutas e orientações entre o médico e o paciente 
• Paciente opina e participa do processo 
(o paciente tem de participar) 
 
Entrevista Clínica 
Habilidades de comunicação para profissionais de saúde 
ESCUTAR O PACIENTE 
 
IDEIAS-CHAVE 
• Escutar é prever o que vão dizer e se surpreender quando não coincide. 
• Somente quem é curioso escuta bem, os demais acabam fi cando entediados... e se desligam! 
• Quem pergunta obtém respostas, mas apenas respostas (Balint M, 1961). 
 
Sara Luiza Costa Silva - Medicina 
• Quem deixa falar obtém histórias. 
• Nos primeiros minutos da entrevista, principalmente se deixarmos o paciente falar, surgirão 
diamantes em estado bruto que talvez não voltem para ser explorados. 
• A empatia não será possível sem antes desenvolver a paciência. 
• A empatia, diferentemente da simpatia amigável, mantém uma distância emocional com o 
sofrimento do paciente, para nos permitir chegar a melhores e mais justas decisões. 
• Aquele que não conhece suas zonas de irritabilidade está à mercê de suas emoções negativas. 
• A hostilidade encoberta e o rancor, na relação assistencial, fazem com que corramos o risco de 
cometer erros clínicos. 
• Conhecer uma pessoa é descobrir o estereótipo que estávamos aplicando para desmenti-lo! 
• Trabalhar nosso ponto de perplexidade consiste em reconhecer que “não sabemos” o que ocorre 
com o paciente e vencer a tentação de negar ou encobrir isso com soluções “de rotina”. 
 
Habilidades básicas para a escuta: 
• Antes de começar uma consulta 
• Estabelecer uma conexão terapêutica 
• Exemplo prático: prevenção de demandas aditivas 
O preguiçoso contempla o paciente segundo sua conveniência, seja banalizando suas queixas, seja 
dogmatizando a respeito do que deve fazer ou deixar de fazer, em uma tentativa de retirar do 
mundo essa complexidade tão incômoda e poupar o esforço de repensar. 
A competência sempre é construída no presente, a partir da criatividade, nos últimos meses de 
nossa vida, e graças a uma permanente vontade de agir assim e dar o melhor de nós. 
Mediocridade não consiste em fazer mal as coisas, mas em não querer fazê-las melhor. 
Em primeiro lugar, veremos como fazer um primeiro estereótipo do outro, veremos também 
algumas técnicas para integrar os dados do paciente, mapear suas demandas e queixas e 
aprenderemos também a reconhecer quando estamos em fluxo emocional com o paciente; 
1. Estabelecer uma relação: a imagem do outro 
A imagem que o paciente nos oferece: Somente podemos afirmar que “conhecemos uma pessoa” 
quando, de maneira mais ou menos confiável, podemos prever sua conduta. O desafio consiste, 
por um lado, em neutralizar os estereótipos negativos e os julgamentos extremos de preto ou 
branco e em expandir a escala de cinzas e, por outro lado, em conhecer os compartimentos que 
usamos. 
 
 
 
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2. Parte exploratória: entrevista semiestruturada (anamnese completa) 
 
• Recomendamos a técnica de resumo aberto ou epícrise aberta (termos equivalentes): 
consiste em um resumo que é atualizado a cada consulta (principalmente quando há 
novidades) possível de ler em apenas alguns minutos. 
 
• Devemos dar a mão quando o paciente entra? Dar a mão obriga a olhar de frente e sorrir 
para o outro. Somente assim é possível amenizar determinadas condutas agressivas do 
paciente. No entanto, é importante mencionar o nome do paciente e sorrir. São dois 
marcadores básicos de cordialidade; 
• O valor simbólico do primeiro minuto de entrevista é inquestionável: significa reconhecer o 
paciente como centro do ato clínico, e não os papéis nem a tela do computador. 
 
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• Faça um mapa de queixas e demandas que seja o mais completo possível, pois é a única 
maneira de chegar ao fundo dos problemas do paciente. 
• começar do zero, aplicando a técnica de patobiografia. Para isso, traça uma linha que parte 
do ano de nascimento do paciente e repassa toda a cronologia de doenças, incluindo a 
doença atual. 
• Trabalhar com a demanda aparente, mas atento a sinais que indiquem a demanda real, é 
importante nos casos onde o paciente não foi claro ou quando os fatos o desmentem 
• Escuta ativa: “ponto de fuga” da entrevista e técnica de “puxar a linha”: facilitações, frases 
interrogativas, frases por repetição e expressões empáticas. 
• Leitura textual dos sintomas: Consiste em anotar literalmente as expressões do paciente, 
quase de maneira taquigráfica, e, em um segundo momento, ler essas anotações como se 
fossem de outro paciente desconhecido. 
• A técnica da adição sugerida consiste em propor ao paciente algo que pensamos que ele 
quer dizer, mas não tem coragem ou não encontra as palavras adequadas. É uma escuta 
empática, na qual se imagina com os sintomas do paciente. 
• “O que ele quer de mim?” A resposta que damos a essa pergunta em cada momento da 
entrevista é o enquadramento ou a intencionalidade da entrevista. 
 
 
 
 
 
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Erros a

Como ocorre a contratransferência?

A contratransferência se trata das emoções e sensações que o terapeuta vive ao longo de uma sessão. Trata-se de uma reação interna resultante da relação com o seu paciente e da forma como o terapeuta é impactado pelas histórias dele.

Quando ocorre a contratransferência?

Entende-se por contratransferência as emoções que o terapeuta experimenta no decorrer de uma análise, em relação ao paciente, e que são relacionadas com circunstâncias sentidas na sua própria vida, que o afetaram consciente e inconscientemente.

O que é transferência e contratransferência na psicologia?

A transferência e a contratransferência são uma forma de projeção típica da relação terapêutica entre paciente e terapeuta e pode-se caracterizar de forma positiva, com sentimentos de afeto e admiração, ou negativa, com sentimentos de agressividade e resistência, dependendo dos laços inconscientes e emocionais que ...

O que é contratransferência para Lacan?

Para Lacan a contratransferência seria o conjunto de obstáculos imaginários que se opõem a essa ocupação do lugar do objeto. Assim, como Nasio afirma, o termo contratransferência se define não no interior da relação do psicanalistacom o seu paciente, mas no interior da relação do psicanalista com o lugar do objeto.