Introdu��o O tema Bruxaria tem uma conota��o negativa, imposta pela Igreja, mas nem sempre foi assim. Se aprofundassem ou tentassem saber o que as bruxas fazem, talvez pensassem duas vezes antes de fazerem a catologa��o de m�. A Bruxa � uma mulher, como outra qualquer, que se d� exclusivamente ao estudo das plantas, estar em �paz� com a Natureza, adorar a Deusa M�e, fazer rituais em
sua honra, ajudar quem a procura e reger-se pela Lei Tr�plice, fa�as o que fizeres receber�s em Triplicado e tamb�m fa�as o que fizeres sem prejudicar ningu�m. Mas tudo isto n�o � de hoje. Para entendermos o porqu� da mulher entendida ter sido intitulada de bruxa temos que recuar � Idade do Bronze e verificar que surgiram v�rias vertentes das quais irei aprofundar um pouco uma delas, Wicca. N�o irei falar de tudo pois seria necess�rio ainda mais estudo e pesquisa. Hist�ria Na Idade M�dia, um
conjunto de culturas da Europa Central possu�a certos costumes semelhantes, com caracter�sticas da regi�o Reno-Dan�bio. Essas culturas estabeleceram-se numa regi�o chamada �Campo das Urnas� em refer�ncia �s tradi��es funer�rias. Esses povos, por volta de 1200-1000 a.C. come�aram um processo de individualiza��o. Os Celtas no ocidente, Eslavos a norte, os povos de l�ngua Latina no sul e os Il�nios no sudeste. Os Dru�das Os dru�das eram membros de uma elevada estirpe de Celtas que ocupavam v�rios lugares. Imbolc � celebrado a 1 de Fevereiro e era associado � Deusa Brigit, a M�e-Deusa protectora da mulher e do nascimento das crian�as. Basicamente a doutrina celta enfatizava a terra e a Deusa M�e enquanto que os dru�das mencionavem diversos deuses ligados �s formas de express�o da natureza; eles enfatizavam igualmente o mar e o c�u, acreditavam na imortalidade da alma que chegava ao aperfei�oamento atrav�s da
reencarna��o. Eles admitiam como certa a Lei de Causa e Efeito, diziam que o homen era livre para fazer aquilo que quisesse fazer mas que cada um era respons�vel pelo seu pr�prio destino, de acordo com os actos que livremente praticasse. Toda a ac��o era livre mas trazia sempre uma consequ�ncia, boa ou m�, segundo as obras praticadas. Mesmo sendo livre o homem tamb�m respondia socialmente pelos seus actos, pois para isto existia pena de morte aplicada aos criminosos perversos. A Igreja Cat�lica
acusava os Celtas e Dru�das de b�rbaros por sacrificarem os criminosos de forma sangrenta, esquecendo que tamb�m matava queimando as pessoas vivas, sem que elas tivessem cometido crimes, apenas por quest�es de f�, por praticarem rituais diferentes, por terem bens ou chegarem ao extremo de n�o gostarem delas. A ci�ncia dos Dru�das Sup�em-se que os dru�das j� existiam antes da Atl�ntida ter sido absorvida pelo oceano. A Religi�o Alguns estudosos preocuparam-se em discernir as duas correntes religiosas, a c�tica e a dru�dica. Cristandade Celta O cristianismo chegou �s Ilhas Brit�nicas no s�culo IV, mas no s�culo V os sax�es invadiram o pais e obrigaram os crist�os celtas a mudarem-se para Gales e Cornualha. Nessa altura, S�o
Patr�cio � um monge bri�nico � iniciava as suas excurs�es mission�rias pela Ilha da Irlanda. Logo, fundou-se a Igreja da Irlanda, a qual se tornou o centro da �Cristandade Celta�. WICCA Actualmete grande parte das antigas tradi��es j� se perderam. Quando as religi�es ind�genas entraram em choque com o cistianismo, foram for�adas a passar � clandestinidade para sobreviverem. As tradi��es foram passando em segredo de gera��o em gera��o, mas cada vez ficando menos n�tidas, as deidades e as celebra��es das datas do
calend�rio celta foram cristianizadas, e hoje em dia temos v�rias tradi��es cujo significado j� muito dificilmente � explic�vel. Os modernos wiccans continuam a manter os rituais de acordo com a udan�a das esta��es, as fases da Lua, as necessidades pessoais e os ritos de passagem, mas a pr�tica foi reinventada e adaptada a cada um. O calend�rio O calend�rio wiccan festeja oito Sabbats, quatro maiores e quatro menores. Os maiores s�o: Samhain, Imbolc, Beltane e Lammas; os menores s�o: Yule, Ostara, Litha e Mabon. Samhain � 31 de Outubro Esta noite, do p�r do Sol de 31 de Outubro at� � madrugada de 1 de Novembro, � a primeira celebra��o do Inverno e o dia em que come�a o ano novo celta. Yule � Solst�cio de Inverno � 21 de Dezembro Yule � o Solst�cio de Inverno, o dia mais curto e a noite mais longa do ano. Os tempos sombrios entre o Samhain e Yule chegam ao fim quando os dias come�am de novo a crescer. � um Sabbat pr�prio para a reflex�o sobre como todas as coisas se inter-relacionam, para fundir as mem�rias e para celebrar o regresso da luz, que em breve ir� de novo fertilizar e aquecer a Terra. � o
dia em que se festeja o Sol, o trov�o e as deidades do fogo. Imbolc, Candlemas, Oimbc ou Brigid � 1 de Fevereiro Imbolc � o Sabbat que celebra a Deusa na sua forma de noiva do Deus Sol, sendo tamb�m conhecido como �o dia da noiva�. A proximidade da Primavera j� desenvolve as plantas ainda escondidas no terreno... a fertilidade da terra s� ser� celebrado em Beltane (1 de Maio), mas o seu
pren�ncio j� � lembrado nesta data. Ostara � Equin�cio da Primavera � 21 de Mar�o Ostara � o Sabbat do equil�brio. O dia e a noite s�o iguais quando a Primavera come�a. A natureza acorda cheia de energia depois do seu per�odo de repouso, mais activa, criadora e regeneradora,
provocando o crescimento das plantas e o aumento do nascimento dos animais. � a �poca em que se celebra a vit�ria da vida sobre a morte. � uma festa de comunh�o com a natureza, que por essa raz�o deve ser celebrada ao ar livre, quando poss�vel. Beltane � 1 de Maio Tal como o Samhain � o princ�pio do ciclo do Inverno, Beltane marca o segundo maior ciclo do ano, o Ver�o. Assim como o tempo aquece e as plantas se desenvolvem a disposi��o torna-se exuberante. Litha � Solst�cio de Ver�o � 21 de Junho Neste dia, o mais longo do ano, a luz e a vida s�o abundantes. Lughnasadh ou Lammas � 1 de Agosto Lughnasadh � o primerio festival das colheitas. � a �poca da primeira colheita na Roda do Ano. Mabon � Equin�cio de Outono � 23 de Setembro Este dia tem de novo a luz e a escurid�o em equil�brio, antes de come�ar a �poca sombria. � o segundo festival das colheitas na Roda do Ano, em que se
agradece � Deusa o sustento que deu aos homens para os alimentar durante o Inverno que vem. Celebram-se sobretudo as vindimas e a colheita das ma��s, s�mbolo da vida renovada. A �poca da ca�a grossa come�a nesta altura do ano, por isso esta ser a data dedicada aos Deuses da ca�a, pesca e da plenitude, em agradecimento pelos benef�cios recebidos ou ainda aguardados. O Mist�rio da Magia Neste mundo moderno em que vivemos, � dif�cil confiar nos nossos instintos naturais e ressuscitar os poderes que possu�mos nas fases iniciais da evolu��o. Ao aceitarmos que o esp�rito, corpo e mente s�o um todo que refor�a a energia ps�quica, torna-nos capazes de usar a magia como forma de valorizar e controlar o nosso pr�prio destino. Ingredientes M�gicos As velas s�o usadas em muitos feiti�os por irradiarem uma luz suave e natural e ajudarem a criar o ambiente ideal para a concentra��o. O fogo � um importante elemento espiritual. Deve-se escolher uma vela
com a cor indicada para potencializar a magia. Uma ajuda providencial A Lua � uma ajuda poderosa para a magia. A formula��o dos desejos Por �ltimo, mas o mais importante, a magia deve ser usada para conjurar os desejos suavemente. Em momento algum se deve tentar for�ar qualquer pessoa a passar por uma situa��o em que n�o se sinta bem nem feliz, pois essa infelicidade recair� sobre quem a for�ar. |