A bruxaria celta é a mesma coisa que wicca

A bruxaria celta é a mesma coisa que wicca
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A bruxaria celta é a mesma coisa que wicca

Introdu��o

O tema Bruxaria tem uma conota��o negativa, imposta pela Igreja, mas nem sempre foi assim. Se aprofundassem ou tentassem saber o que as bruxas fazem, talvez pensassem duas vezes antes de fazerem a catologa��o de m�. A Bruxa � uma mulher, como outra qualquer, que se d� exclusivamente ao estudo das plantas, estar em �paz� com a Natureza, adorar a Deusa M�e, fazer rituais em sua honra, ajudar quem a procura e reger-se pela Lei Tr�plice, fa�as o que fizeres receber�s em Triplicado e tamb�m fa�as o que fizeres sem prejudicar ningu�m. Mas tudo isto n�o � de hoje. Para entendermos o porqu� da mulher entendida ter sido intitulada de bruxa temos que recuar � Idade do Bronze e verificar que surgiram v�rias vertentes das quais irei aprofundar um pouco uma delas, Wicca. N�o irei falar de tudo pois seria necess�rio ainda mais estudo e pesquisa.
Com este trabalho pretendo demonstrar que bruxas somos todas embora umas aceitem o que s�o e outras recusam-se e criticam, censuram, humilham mas na hora de aflic��o s�o as primeiras a baterem-lhes � porta e estas mulheres abrem-lhes a porta, aceitam-nas nas suas casas e tentam ajud�-las a resolver os problemas. Verifica-se com isto que � t�o f�cil rotolar algu�m, apontar-lhe mesmo o dedo e depois, como se nada tivesse acontecido, pedir-lhes auxilio que n�o lhes � recusado.

Hist�ria

Na Idade M�dia, um conjunto de culturas da Europa Central possu�a certos costumes semelhantes, com caracter�sticas da regi�o Reno-Dan�bio. Essas culturas estabeleceram-se numa regi�o chamada �Campo das Urnas� em refer�ncia �s tradi��es funer�rias. Esses povos, por volta de 1200-1000 a.C. come�aram um processo de individualiza��o. Os Celtas no ocidente, Eslavos a norte, os povos de l�ngua Latina no sul e os Il�nios no sudeste.
A Idade do Ferro � dividida em duas civiliza��es distintas, sendo que a primeira delas � a cultura Hallstatt . Esta fase inicial da Idade do Ferro, que vai de 800 a 450 a.C., foi caracterizada pela confec��o de armas de bronze e grandes armas de ferro. Cr�-se que os Celtas foram o primeiro povo da Europa a usar e trabalhar o ferro. Foi neste per�odo que ap�s diversas excurs�es, os Celtas conclu�ram a ocupa��o das Ilhas Brit�nicas.
No s�cula VI a.C. ainda, no per�odo Hallstattiano, os Celtas atingiram a Pen�nsula Ib�rica, onde formaram o povo celtibero. A segunda fase da Idade do Ferro, chamada La T�ne em alus�o a uma cidade no norte su��o, marcou o afloramento da cultura e da expans�o celta. Esta cultura, La T�ne, marcou o apogeu do povo celta, o chamado per�odo Lateriano que teve um per�odo de dura��o de 450 a.C., com o fim da cultura Hallstatt, at� ao s�culo I d.C., quando Roma conquistou a Bretanha.
Nesta �poca a arte Celta viveu o seu �Per�odo de Ouro�, ao mesmo tempo deu in�cio uma grande expans�o territorial mobilizada pelo crescimento demogr�fico e pela press�o dos povos vizinhos. Os ataques ao mundo Greco-Romano, neste per�odo, eram frequentes. Em 390 a.C. Roma � saqueada pelos Celtas e em 272 a.C. acontece o mesmo com o santu�rio de Apolo na cidade grega de Delfos.
O povo Celta que provinha do sudoeste alem�o, no s�culo IV a.C j� ocupava toda a plan�cie do P� e no s�culo seguinte invadiram a regi�o hel�nica acabando por atingir em 276 a.C. a �sia Menor onde se estabeleceram como os conhecidos G�latas das Ep�stolas de S�o Paulo. Desta forma, no in�cio do s�culo I a.C. o territ�rio Celta estendia-se da Espanha � �sia Menor, das Ilhas Brit�nicas � plan�cie do P�. � impressionante como um territ�rio t�o grande em nenhum momento � constitu�do um Imp�rio com uma pol�tica consistente.
Durante todo este per�odo, o que uniu os Celtas n�o foi um rei ou qualquer outro la�o de natureza pol�tica. A arte, a l�ngua e a religi�o foram os �nicos promotores de unidade.
No mesmo momento em que se viva a grande expans�o, come�ava, por assim dizer, o crep�sculo do povo Celta, motivada essencialmente pela car�ncia de uma organiza��o entre diversas tribos.
A falta de um governo central entre as tribos Celtas fez da grande expans�o o motivo da sua decad�ncia.
Os Celtas foram o primeiro povo a submeter-se ao Imp�rio Romano, no final do s�culo II a.C.. A G�lia Cisalpina e a Celtib�ria j� eram territ�rios conquistados sob o comando de J�lio C�sar. No s�culo I a.C., a G�lia Transalpina foi tomada, e, no mesmo per�odo, a Gal�cia tornava-se prov�ncia subordinada a Roma.
Com as G�lias j� conquistadas, as legi�es avan�aram para as Ilhas Brit�nicas, onde a domina��o aconteceu de forma gradativa e foi conclu�da no fim do s�culo I d.C.. Enquanto isso, neste mesmo per�odo, as tribos Celtas da Eropa Central ca�am no dom�nio dos povos germ�nicos.
Era o fim da cultura La T�ne e a arte Celta. Assim como concebida, acabou confinada na Ilha da Irlanda, para florescer novamente no in�cio da Idade M�dia num ambiente j� crist�o cat�lico.
Na regi�o irlandesa, a tradi��o e as l�nguas de heran�a C�ltica ainda sobreviveram nas demais regi�es habitadas pelos Celtas nos �ltimos anos que antecederam a domina��o, como na Cornualha, Ilha Manx, as Higlands escocesas (Reino Unido), na Bretanha (Fran�a), na Gal�cia (Espanha) e na Gal�cia (Turquia).
Desenvolveram uma escrita, bastante complexa que ainda s�o poucos os que se atrevem a desvend�-la. Esta escrita era considerada m�gica e somente os seus sacerdotes � que a aprendiam, os famosos dru�das.
Inventaram lendas lind�ssimas, que est�o entre as mais famosas dos dias de hoje, como por exemplo as Hist�rias do Rei Artur e os Cavaleiros da T�vola redonda, Trist�o e Isolda, al�m de terem inventado quase todos os contos de fadas ( que foram modificados com o tempo).
Era um povo com muita ci�ncia unida a muito mistic�smo. T�m relatos inxplic�veis, como o de uma opera��o de transplante de cora��o realizado em 1000 a.C. e o de navios voadores que soltavam fumo enquanto desciam e pousavam no meio dos campos de Inglaterra. Utilizavam com muita perfei��o o monumento de Stonehenge, o qual dizem n�o constru�ram... outro mist�rio entre tantos que os cercam. Tinham uma estrutura de fam�lia �nica, consideravam-se animais e acreditavam numa infinidade de deuses e dem�nios, os duendes com os potes de ouros s�o inven��es Celtas, s� que eles nas hist�rias n�o s�o nada engra�ados mas sim terrivelmente malvados e sarc�sticos. Numa cultura com tantas lendas, tantos seres malvados tamb�m tinham os seus her�is e o maior deles era uma mulher cujo seu maior acto her�ico era o poder de gerar v�rios filhos por ano, 7 a 8 filhos, durante todos os anos. Como her�is a querer vencer os dem�nios tinham artefactos sagrados muito interessantes.
Um exemplo lenda � o mito de Merlin. Ningu�m sabe se ele existiu ou se � apenas uma lenda. O que se sabe apenas � que � um dos seres mais enigm�ticos, sabendo-se apenas fragmentos sobre ele e hist�rias confusas nas quais n�o se consegue definir a sua identidade. Tem momentos de lucidez, como um s�bio (como quando aconselha Artur de como reinar em perfeita harmonia) e outros como o de uma pessoa que se deixou ser enganado pelo sentimento deixando de lado a raz�o (como o facto de se ter apaixonado pela meia-irm� de Artur, Morgana, ensinando a ela a sua arte). Isto faz com que seja t�o enigm�tico e carism�tico ao mesmo tempo. Ainda hoje quando se fala de um mago o primeiro nome que vem � cabe�a � Merlin.

Os Dru�das

Os dru�das eram membros de uma elevada estirpe de Celtas que ocupavam v�rios lugares.
Os Dru�das Brithem eram os ju�zes. Os Celtas nunca chegaram a ter as suas leis escritas, apenas os Brithem as conheciam, sendo a fun��o deles percorrer as casas e as cidades para resolverem os impasses que surgiam.
Os Dru�das Liang eram os m�dicos e curandeiros. Em geral passavam mais de vinte anos a estudar antes de praticarem a cura, tinham as suas especializa��es, entre elas estavam as ervas, as cirurgias (como a do transplante do cora��o), entre outras.
Os Dru�das Scelaige eram os narradores, tinham como fun��o apenas repetir a grande hist�ria dos Celtas que tinha sido contada por outros Scelaige. A escrita era pro�bida a n�o ser para os rituais de religi�o. Apenas repetiam para que a hist�ria n�o fosse esquecida. Tamb�m juntavam � sua hist�ria as novas trazidas pelos Sencha.
Os Dru�das Sencha percorriam as terras Celtas a compor novas hist�rias sobre o que acontecia que seriam repassadas aos Scelaige para as decorarem.
Os Dru�das Tilid eram a classe mais alta dos dru�das, a sua fun��o era o contacto directo com os deuses (alguns eram descendentes dos deuses). O mago Merlin era um dru�da filid.
Os Dru�das Poetas aprendiam as hist�rias com os Scelaige e contavam-nas ao povo para manter a tradi��o Celta viva.
Os dru�das eram tamb�m grandes conhecedores da ci�ncia dos cristais.
As mulheres celtas usufruiam de mais liberdade do que as de outras culturas contempor�neas, incluindo, at� mesmo, o direito de participarem nas batalhas e de solicitarem o div�rcio.
Na cultura dru�dica a mulher tinha um papel preponderante pois era vista como a imagem da Deusa.
No contexto religioso os dru�das eram sacerdotes e sacerdotisas dedicados ao aspecto feminino da divindade da Deusa M�e. Embora adorassem a Deusa M�e mesmo assim admitiam que todos os aspectos expressos a respeito da divindade eram ainda de percep��o imperfeita do Divino. Assim, todos os deuses e deusas do mundo n�o eram nada mais do que os aspectos de um s� Ser Supremo, qualquer que fosse a sua denomina��o, visto sob a �ptica humana.
A palavra dru�da � de origem c�ltica, e segundo o historiador romano Pl�nio � o velho, est� relacionada com o carvalho que na realidade era uma �rvore sagrada para eles.
Uma vez que o povo Celta n�o usava a escrita para transmitir os seus conhecimentos, ap�s o dom�nio do cristianismo perdeu-se muitas das informa��es daquela civiliza��o e especialmente das que a precederam desde o fim da Atl�ntida, excepto aquilo que permaneceu zelosamente guardado nos registos de algumas Ordens Inici�ticas, a Ordem C�ltica e a Ordem Dru�dica. A hst�ria dos dru�das continua envolvida num mist�rio para os historiadores, sabem que existiram entre o povo Celta mas que n�o nasceram nesta civiliza��o. V�rios estudiosos afirmam que os dru�das originariamente pertenceram�dica foi alvo � pr�-c�ltica (n�o Ariana) popula��o da Bretanha e da Esc�cia.
Desde o dom�nio romano, instigado pelo catolicismo, a cultura dru�dica foi alvo de severas e injustas repress�es que fez com que fossem apagados quaisquer tipos de informa��es a respeito dela embora na hist�ria de Roma consta que J�lio C�sar reconhecia a coragem que os dru�das tinham em enfrentar a morte em defesa dos seus princ�pios.
Os dru�das dominavam quase todas as �reas do conhecimento humano, cultivavam a m�sica, a poesia, possu�am not�veis conhecimentos de medicina natural, de fitoterapia , agricultura, astronomia e possu�am ainda um avan�ado sistema filos�fico muito semelhante ao dos neoplat�nicos. O povo Celta tinha uma tradi��o eminentemente oral, n�o faziam uso da escrita para transmitir os seus conhecimentos fundamentais embora possu�ssem uma forma de escrita m�gica conhecida pela escrita r�nica. Mesmo n�o a usando eles possu�am suficiente sabedoria a ponto de influenciarem outros povos e assim marcar profundamente a literatura da �poca, criando uma esp�cie de aura de mist�rio e misticismo.
A Igreja Cat�lica, inspirada pela Conjura, demonstrou grande �dio aos dru�das que, como outras culturas, foram consideradas pag�s, bruxos terr�veis, magos negros que faziam sacrif�cios humanos entre outras coisas cru�is. Na realidade nada disso correspondia � verdade, pois quando os primeiros crist�os chegaram naquela regi�o foram muito bem recebidos, at� porque a tradi��o c�ltica conta que Jos� de Arimat�ia, disc�pulo de Jesus, viveu entre eles e levou para l� o Santo Graal .
A religi�o dru�dica na realidade era uma express�o mais m�stica da religi�o celta. Esta era mais m�gica, por isso mais popular, com formas de rituais mais m�sticos e muito mais ligados � natureza ambiental, � terra que era tratada como um caminho especial. A mais popular das express�es religiosas dos celtas constituiu-se a WICCA que o Catolicismo fez quest�o de descrever como um conjunto de rituais sat�nicos.
S�o frequentes os festivais c�lticos. Para eles o ano estava dividido em quatro per�odos de tr�s meses e em cada in�cio havia um grande festival. S�o eles:

Imbolc � celebrado a 1 de Fevereiro e era associado � Deusa Brigit, a M�e-Deusa protectora da mulher e do nascimento das crian�as.
Beltane � celebrado a 1 de Maio. Significa �brilho do fogo�. Este festival era marcado por milhares de fogueiras.
Lighnasadl (ou Lammas) � celebrado a 1 de Agosto e era dedicado ao Deus Lugh.
Samhain � celebrado a 1 de Novembro e a mais importante das quatro festas. Hoje est� associada com o Hallows Day, celebrado na noite anterior ao Halloween.

Basicamente a doutrina celta enfatizava a terra e a Deusa M�e enquanto que os dru�das mencionavem diversos deuses ligados �s formas de express�o da natureza; eles enfatizavam igualmente o mar e o c�u, acreditavam na imortalidade da alma que chegava ao aperfei�oamento atrav�s da reencarna��o. Eles admitiam como certa a Lei de Causa e Efeito, diziam que o homen era livre para fazer aquilo que quisesse fazer mas que cada um era respons�vel pelo seu pr�prio destino, de acordo com os actos que livremente praticasse. Toda a ac��o era livre mas trazia sempre uma consequ�ncia, boa ou m�, segundo as obras praticadas. Mesmo sendo livre o homem tamb�m respondia socialmente pelos seus actos, pois para isto existia pena de morte aplicada aos criminosos perversos. A Igreja Cat�lica acusava os Celtas e Dru�das de b�rbaros por sacrificarem os criminosos de forma sangrenta, esquecendo que tamb�m matava queimando as pessoas vivas, sem que elas tivessem cometido crimes, apenas por quest�es de f�, por praticarem rituais diferentes, por terem bens ou chegarem ao extremo de n�o gostarem delas.
A cren�a celta ou dru�dica dizia que o homem teria a ajuda dos esp�ritos protectores e a sua liberta��o dos ciclos reencarnat�ricos seria mais r�pida assim. Cada pessoa tinha a responsabilidade de passar os conhecimentos adiante, para as pessoas que estivessem igualmente aptas a entenderem a Lei de Causa e Efeito, tamb�m conhecida como Lei do Karma.
N�o admitiam que a Divindade pudesse ser adorada dentro de templos constru�dos por m�os humanas e assim, faziam dos campos e florestas, principalmente onde existiam carvalhos antigos, os locais das suas cerim�nias.
Em vez de templos fechados eles reuinam-se nos c�rculos de pedra, como nas ru�nas de Stonehenge Avebury, Silbury Hill e outros.
Enquanto que em alguns festivais celtas os participantes estavam sem as roupas, os dru�das usavam t�nicas brancas. Formavam sempre os c�rculos m�gicos visando a canaliza��o da for�a.
Por n�o usarem roupas em alguns festivais e por desenvolverem rituais ligados � fecundidade da natureza, os padres da Igreja, por ignor�ncia, m� f� ou mesmo crueldade, os Celtas foram terrivelmente acusados de praticarem rituais libidinosos, quando na verdade tratava-se de rituais sagrados.

A ci�ncia dos Dru�das

Sup�em-se que os dru�das j� existiam antes da Atl�ntida ter sido absorvida pelo oceano.
Os dru�das tinham grandes conhecimentos astron�micos como se pode ver pelos c�rculos de pedr. As construc��es tinham dupla finalidade, a de servir como centros de for�as tel�ricas e siduais para a realiza��o dos rituais assim como funcionavam como observat�rios especialmente dedicados � marca��o das efem�ridas anuais, ou seja, eram calend�rios de maneira a que o povo, atrav�s da posi��o do Sol e de alguma estrelas em rela��o com determinados monumentos perdessem saber as datas festivas, de in�cio dos per�odos pr�prios para in�cio do plantio, entre outro. Mas o principal uso dizia respeito � utiliza��o das for�as tel�ricas e siderias, e em especial aquelas for�as ligadas �s ci�ncias dos cristais, trazidas para a Europa pelos emigrantes da Atl�ntida.
Os dru�das eram considerados magos, feiticeiros, devido aos conhecimentos que tinham de medicina, do uso das ervas medicinais, do controlo do clima, etc. eram capazes de provoca ou cessar chuvas, isto �, controlar o ritmo das chuvas, de desviar furac�es e ciclones, controlar as mar�s, atenuar os tremores de terra e as erup��es vulc�nicas, al�m de outros fen�menos climatol�gicos. Este era o seu �dom� e procediam em parte com o uso de cristais e me parte pela ac��o da mente, com um poder muito ampliado gra�as aos rituais procedidos em lugares de for�a, como Stonehenge e outros c�rculos de pedra. Os Eg�pcios e os Maias faziam atrav�s de pir�mides e obeliscos. Os pr�prios Eg�pcios embora tivessem grandes conhecimentos do uso da energia mental ampliada, usavam mais expedientes f�sicos como recorreram ao uso de cristais.
A preocupa��o dos dru�das era o lado pr�tico da vida, como a fertilidade dos campos e o desenvolvimento espiritual e n�o o desenvolvimento t�cnico.
O druidismo � bastante similar � WICCA, uma vez que existe uma rela��o com a M�e Natureza, incentivando a dignidade, a liberdade, a responsabilidade e coisas assim. As cerim�nias principais dos Dru�das eram nas mesmas datas em que os Celtas tamb�m festejam, mas a diferen�a ent� nos rituais, estes s�o diferentes em muitos detalhes mas visam o mesmo objectivo, estabelecer um elo de liga��o sagrado entre o homem e a natureza, criar um espa�o sagrado � invoca��o da Diedade, celebrando cerim�nias n�o em templos mas em contacto directo com a Natureza, criando e intensificando assim um elo entre a Deusa M�e e a comunidade.
A ci�ncia dos Dru�das cria muitos mist�rios e durante s�culos comentava-se a respeito de Avalon, uma �ilha encantada�, lugar de grandes mist�rios.
N�o podemos afirmar que Stonehenge, Glastonbury e outros s�tios megal�tcos foram constru�dos pelos Dru�das deste mil�nio, apenas usaram o que os seus antepassados constru�ram.
Atrav�s do Carbono-14 p�de-se verificar que aquelas construc��es s�o anteriores � fase cl�ssica do Druidismo.
A linguagem escrita n�o era usada nem pelos Dru�das nem pelos Celtas, especialmente para transmitir os seus conhecimentos, mas mesmo assim eles tinham o seu pr�prio alfabeto, o alfab�to r�nico. As runas s�o s�mbolos gr�ficos com os quais podem ser gravados sons, palavras, mas principalmente o uso de desenhos nas runas � de natureza m�gica. Fazendo uma compara��o, estas s�o s�mbolos evocativos de poderes e representam para o Dru�dismos o que o alfabeto hebra�co representa para a Cabala.
As runas t�m o poder de canalizar as for�as mentais, de projectar a mente da pessoa a um n�vel ampliado de consci�ncia e da� a capta��o de conhecimentos ocultos, de conhecimentos velados, de situa��es afastadas no espa�o e no tempo. Estas propriedades eram usadas como forma de saber o passado e o futuro. Este conhecimento � milenar e secreto cujo dom�nio � reservado somente aos iniciados.
Hoje ouve-se falar muito de esta ou aquela sociedade dru�dica ou c�ltica, na realidade elas existem mas n�o se anunciam, o ingresso a elas � mediante convite, isto �, n�o � a pessoa que procura as Ordens mas sim elas que de alguma forma especial contacta as pessoas devidamente preparadas.

A Religi�o

Alguns estudosos preocuparam-se em discernir as duas correntes religiosas, a c�tica e a dru�dica.
Embora sejam muito semelhantes (e tendo em conta que a c�ltica � derivada da dru�dica) existe uma tend�ncia a fazer certas considera��es. Cr�-se que o celtismo era mais rudimentar e fazia o culto da M�e Natureza, enquanto o dru�dismo fazia o culto �s divindades ligadas � Natureza.
O dru�dismo baseava-se em grandes princ�pios: o respeito � Natureza e a cren�a da imortalidade.
Os dru�das eram os sacerdotes e presidiam �s cerim�nias religiosas.
Acreditavam na f�gura suprema da Deusa-M�e e nas divindades �elementais� (ar, fogo, terra e �gua).
As �rvores tamb�m tinham a sua import�ncia na religi�o celta, como o carvalho (ligado � sabedoria), o freixo (� protec��o) e o salgueiro (�s divindades), entre outras esp�cies. Alguns animais tamb�m tinham a sua simbologia, o touro (representava a fertilidade) e a serpente (a sabedoria).
A cren�a na alma e na vida ap�s a morte est� presente no dru�dismo. Os Celtas acreditavam na exist�ncia do �Outro Mundo� onde residem os antepassados e outros esp�ritos. Acreditavam tamb�m que determinadas pessoas eram dotadas do poder de comunica��o com este mundo. Os guerreiros celtas eram bravos e destemidos e cr�-se que este facto deve-se a que eles acreditavam que a morte nada mais era do que uma passagem.
As cerim�nias eram realizadas em lugares abertos, em campos ou florestas. As florestas de Carvalho eram as preferidas dos dru�das, pelo facto de ser uma �rvore sagrada.

Cristandade Celta

O cristianismo chegou �s Ilhas Brit�nicas no s�culo IV, mas no s�culo V os sax�es invadiram o pais e obrigaram os crist�os celtas a mudarem-se para Gales e Cornualha. Nessa altura, S�o Patr�cio � um monge bri�nico � iniciava as suas excurs�es mission�rias pela Ilha da Irlanda. Logo, fundou-se a Igreja da Irlanda, a qual se tornou o centro da �Cristandade Celta�.
O �cristianismo celta� desenvolveu-se de modo extremamente distinto do padr�o romano. Organizado atrav�s de um sistema mon�stico, os bispos estavam submetidos � autoridade abacial. Os monges dedicavam-se com afinco ao estudo da religi�o e `preserva��o da literatura romana.
Nos s�culos IX � XII, o cristianismo celta foi perdendo for�a e o seu modo organizacional j� n�o era compat�vel ao modelo romano, que se preocupava com a centraliza��o do poder.

WICCA

Actualmete grande parte das antigas tradi��es j� se perderam. Quando as religi�es ind�genas entraram em choque com o cistianismo, foram for�adas a passar � clandestinidade para sobreviverem. As tradi��es foram passando em segredo de gera��o em gera��o, mas cada vez ficando menos n�tidas, as deidades e as celebra��es das datas do calend�rio celta foram cristianizadas, e hoje em dia temos v�rias tradi��es cujo significado j� muito dificilmente � explic�vel. Os modernos wiccans continuam a manter os rituais de acordo com a udan�a das esta��es, as fases da Lua, as necessidades pessoais e os ritos de passagem, mas a pr�tica foi reinventada e adaptada a cada um.
A Wicca actual constitui uma forma de neopaganismo, tal como o druidismo e o xamanismo. O que distingue a Wicca das outras correntes neopag�s � sobretudo a pr�tca da magia.
A Wicca � uma religi�o da terra. A palavra religi�o pode ser entendida � letra, no seu sentido etimol�gico de re-liga��o (do latim re-ligio), porque os seus praticantes, os wiccans, procuram recuperar entre o homem e divino. � tamb�m uma filosofia positiva de vida, que se baseia no respeito pela natureza e na rever�ncia perante a vida em todas as formas. Pretendem viver em harmonia com a natureza e os seus rituais procuram sintonizar o indiv�duo com o universo. Por isso, muitos deles est�o ligados a grupos ecologistas e dedicam-se a actividades � preserva��o do ambiente e das esp�cies.
A reencarna��o e o Karma s�o conceitos aceites pela maior parte dos wiccans. A energia (positiva ou negativa), produzida em todos os momentos da vida de um indiv�duo, retorna multiplicada ao seu emissor, afectando-lhe tanto a vida presente como a futura.
De acordo com esta filosofia, todas as actividades devem ser controladas pela consci�ncia, tentando evitar os baixos sentimentos que envenenam o indiv�duo, j� que lhe comprometem seriamente tanto o curso desta vida como a das pr�ximas. Esta ideia n�o pretende assustar ningu�m, provocando um constante autopoliciamento, uma censura constante dos pensamentos pelo medo da puni��o. Trata-se de cada um desenvolver a sua consci�ncia, de forma a poder assumir todas as consequ�ncias dos seus actos. Os Wiccans n�o precisam de nenhuma regar a n�o ser a da sua pr�pria consci�ncia. O pre�o da liberdade � a responsabilidade. � essa �nica regra, repetida em todos os textos wiccans, � recisamente �faz o que fizeres, se isso n�o prejudicar ningu�m�.
Segundo a sua pr�pria teoria da reencarna��o, a alma n�o tem sexo, limitando-se a assumir a identidade masculina ou feminina do ser que se encarna. Paralelamente, os wiccans n�o valorizam nenhum dos seos acima dos outros, uma vez que se completam.
O sexo � valorizado como fonte de prazer, de energia e de procria��o. A puls�o er�tica usada ritualmente � tamb�m uma forma de criar energia para a pr�tica de magia, raz�o pela qual a moral burguesa pseudopuritana condena o paganismo associando-o a reuni�es de tarados sexuais que fazem sexo em grupo. No entanto, a utiliza��o da puls�o sexual nem sequer implica a pr�tica do coito, tal como acontece na pr�pria Igraja Cat�lica, onde o celibato dos seus membros � uma forma de canalizar a energia sexual para o desenvolvimento espiritual do indiv�duo.
A Wicca n�o tem uma �nica forma de culto, uma vez que, embora siga sempre princ�pios id�nticos, ele � reinventado por cada praticante, que cria para si o seu pr�prio modelo de ritual, com completa autonomia. N�o tem nenhuma s�rie de preceitos a cumprir nem cren�as religiosas obrigat�rias, pois cada indiv�duo tem em si mesmo a capacidade de alcan�ar e experimentar o sentimento de unidade com o divino, cabendo a cada um o trabalho de procurar o seu pr�prio caminho para atingir esse objectivo.
Alguns praticantes re�nem-se em pequenos grupos (covens) com um n�mero de indiv�duos que normalmente varia entre 3 e 13. Os membros desses grupos fazem rituais em conjunto, portanto todos eles obedecem as mesmas regras. A maior parte dos wiccanos aconselham a todos os interessados a praticar sozinhos os seus pr�prios rituais, pelo menos durante um ano, antes de se juntarem a um grupo. Desta forma, torna-se mais dif�cil que um indiv�duo se deixe arrastar pelos outros. Ningu�m pode ser obrigado a seguir uma via com a qual n�o esteja de acordo. N�o existe nenhum livro sagrado, nem nenhum profeta, embora muitos tenham deixado testemunhos escritos � quase todos os wiccans possuem um �Livro das Sobras�, um caderno de apontamentos onde v�o escrevendo os rituais e as f�rmulas m�gicas que v�o criando.
O indiv�duo tem acesso ao divino atrav�s da sua pr�pria experi�ncia, sem necessitar de intermedi�rios, e todo o iniciado pode-se considerar um sacerdote ou uma sacerdotisa. Esta ideologia impede que se fa�a alguma ac��o no sentido de evangelizar os outros, tentado-os convencer a aderir. � uma religi�o onde n�o h� mestres detentores da verdade para guiar os aprendizes; cada um pode tentar obter informa��es onde quiser, seja um livro, em confer�nciasou contactando directamente com wiccans, mas o caminho a seguir ser� sempre tra�ado pelo pr�prio indiv�duo e nunca imposto por nenhum professor.
Ningu�m herda poderes especiais que fa�am das pessoas um �wiccan heredit�rio� (como pretendem algumas tradi��es folcl�ricas), e tamb�m n�o se atinge nenhum estatuto superior atrav�s da colec��o de t�tulos, cursos, graus ou inicia��o. Os wiccans fazem-se a si mesmos, atrav�s da sua pr�pria consci�ncia.
Embora a Wicca seja um caminho espiritual, os seus seguidores n�o pretendem que esta seja �a �nica via�. Todas as religi�es s�o consideradas v�lidas desde que trabalhem no sentido da evolu��o dos seus seguidores. A animosidade da Wicca contra a cristandade ou contra outra qualquer religi�o ou filosofia da vida, reside apenas no facto de se afirmarem como �a �nica via�, negando a liberdade de pensamento e tentando suprimir as outras formas de cren�a e pr�tica religiosa.
Os rituais da Wicca incluem a magia propriamente dita e as celebra��es: os chamados ritos de passagem, presentes em todas as culturas, que s�o as celebra��es para assimilar mudan�as, como o nascimento, a morte ou o casamento e os rituais que celebram as fases da Lua e o ciclo das esta��es, como forma de sintonizar os indiv�duos com o ritmo da natureza.
Celebra tanto o nascimento como o fim da vida, porque a vida e a morte s�o duas faces da exist�ncia e n�o existe nada de negativo nisso. A morte � temida porque � um passo para o desconhecido, mas deixa de ser t�o assustador quando � naturalmente aceite tanto pelos que ficam como por quem parte.
O calend�rio wiccan inclui treze celebra��es da Lua Cheia, os Esbats e oito Sabbats, os dias de poder. Os Sabbats s�o as datas que marcam o in�cio de cada ciclo da Roda do Ano.
A Roda do Ano � o calend�rio dos rituais sagrados, muito antigo, que marcam a jornada do Sol ao longo de um ano � Solst�cios, Equin�cios, fim e princ�pio doa anos, �pocas de ca�a e todas as �tapas relacionadas com a actividade agr�ria sementeira, colheita, ordenha, tosquia, etc.. Cada �tapa da Roda marca um momento importante de progresso e mudan�a na M�e Natureza. Os Sabbats s�o rituais solares que marcam esses momentos do ciclo anual do Sol.
A Lua � um s�mbolo da Deusa, enquanto o Sol � um s�mbolo do Deus. Por isso, os Esbats s�o apenas dedicados � deidade feminina, enquanto que os Sabbats, embora sejam festivais Solares, s�o dedicados a diversos deuses e deusas, os respectivos regentes da actividade festejada naquela data.
A n�vel de deidade, a Deusa � a mais popular, sendo a ela que a maior parte das celebra��es se dirigem (treze Esbats por ano). � uma f�gura materna, � a protectora a quem todos se dirigem de uma forma familiar. Mesmo na Igreja Cat�lica, o culto Mariano assume contornos mais populares do que o culto a Jesus. A f�gura masculina � sempre mais distante do que a feminina � a m�e est� mais intimamente ligada aos filhos.
Deus e Deusa s�o dois aspectos de uma mesma entidade, a que se pode chamar simplesmente energia. Essa energia nunca � positiva ou negativa; isso depende do que se faz com ela. A energia � neutra. � a energia contida em todas as coisas, que actua em todos os fen�menos do planeta, manifestando-se sob diversas formas, mas n�o d� pr�mios, n�o toma partidos, nem julga ningu�m. O nosso destino n�o � determinado por mais ningu�m a n�o ser por n�s mesmos. A protec��o somos n�s que a fazemos ou atra�mos.
A maior parte dos rituais � realizado num espa�o marcado por um c�rculo. Os wiccans n�o constroem edif�cios para criar este espa�o sagrado, pois toda a M�e Natureza � sagrada e est� em contacto com o divino. Portanto, todos os lugares, dentro ou fora de uma casa, podem ser consagrados para o uso do ritual.

O calend�rio

O calend�rio wiccan festeja oito Sabbats, quatro maiores e quatro menores. Os maiores s�o: Samhain, Imbolc, Beltane e Lammas; os menores s�o: Yule, Ostara, Litha e Mabon.
Muitos dos actuais dias de festa coincidem com os do calend�rio judeu e crist�o. Esta coincid�ncia n�o � acidental; estes pontos do ano eram importantes para as comunidades e foram conservadas praticamente intactos embora reconsagrados a um santo ou ao deus crist�o. Os nomes podem ter mudado, mas as velhas pr�ticas pag�s ainda transparecem.

Samhain � 31 de Outubro

Esta noite, do p�r do Sol de 31 de Outubro at� � madrugada de 1 de Novembro, � a primeira celebra��o do Inverno e o dia em que come�a o ano novo celta.
O cristianismo manteve a tradi��o da festa dos mortos, embora a restringisse aos mortos aben�oados, da� que o feriado do dia 1 de Novembro se chame �dia de todos os santos�. Como as pessoas exigiam o direito de celebrar tamb�m os seus mortos na data em que sempre tinham feito, criou-se o �dia de finados�, a 2 de Novembro.
� um tempo de come�os e de encerramentos, atrav�s da morte no Inverno que se aproxima e do renascimento na pr�xima Primavera.
Nos tempos antigos, o povo Celta celebrava a festa dos mortos para honrar a mem�ria dos seus antepassados, pois esta era a noite em que as barreiras entre o mundo dos vivos e dos mortos estavam mais finas e perme�veis, permitindo aos antepassados misturarem-se com os vivs. Os wiccans conservam este costume, aproveitando a alta carga ps�quica desta noite para contactar os esp�ritos. Tamb�m s�o realizados encantamentos para afastar situa��es negativas, de forma a renovar a energia para uma nova vida.
� a noite em que se contam hist�rias de fantasmas, em que se interpretam as cartas de tarot e que se estimula a capacidade de visualiza��o apoiada na superf�cie de um espelho ou de uma bola de cristal.
A ideia de �noite das bruxas�, divulgado pelo cristianismo, deu um aspecto muito negativo a esta data.

Yule � Solst�cio de Inverno � 21 de Dezembro

Yule � o Solst�cio de Inverno, o dia mais curto e a noite mais longa do ano. Os tempos sombrios entre o Samhain e Yule chegam ao fim quando os dias come�am de novo a crescer. � um Sabbat pr�prio para a reflex�o sobre como todas as coisas se inter-relacionam, para fundir as mem�rias e para celebrar o regresso da luz, que em breve ir� de novo fertilizar e aquecer a Terra. � o dia em que se festeja o Sol, o trov�o e as deidades do fogo.
O costume de trocar prendas nesta data tamb�m � pr�prio das tradi��es de Yule. As pessoas costumam dar presentes umas �s outras para assinalar a passagem dos ciclos da vida, ou seja, sempre que se completa um ano de vida, quando nasce uma crian�a, quando h� um casamento e nos sucessivos anivers�rios da data, e at� a morte, com oferendas ao defunto. Em Yule, � o ciclo do Deus Sol que se comemora. � a partir do Solst�cio de Inverno que os dias come�am a crescer, portanto � esta a data do seu �nascimento�. Daqui veio a ideia da troca de prendas para comemorarem mais um ano todos juntos e relembrarem o que acontece durante o ano que passou.
O Natal � a cristianiza��o de Yule. Muitos dos costumes crit�os nesta �poca derivam das tradi��es Celtas, como o nascimento de Jesus, o tronco de Natal, a �rvore e outros. O Natal encontra-se completamente ligado �s tradi��es wiccan, quase que se pode dizer que � mais uma festa pag� do que crist�.
O nome �Yule� deriva da palavra n�rdica �yuka� que significa �roda�, e este dia tamb�m � dia de Fionna (divindade Celta).

Imbolc, Candlemas, Oimbc ou Brigid � 1 de Fevereiro

Imbolc � o Sabbat que celebra a Deusa na sua forma de noiva do Deus Sol, sendo tamb�m conhecido como �o dia da noiva�. A proximidade da Primavera j� desenvolve as plantas ainda escondidas no terreno... a fertilidade da terra s� ser� celebrado em Beltane (1 de Maio), mas o seu pren�ncio j� � lembrado nesta data.
Quando a luz do dia se torna percept�vel, muitas velas s�o acessas para ajudarem o aquecimento da terra e enfatizar o reviver da natureza.
�Imbolc� � uma palavra do antigo irland�s que significa �no ventre�. �Oimbc� significa �leite de ovelha� porque esta � a �poca em que nascem os cordeiros.
As ovelhas eram animais muito importantes para a sociedade Celta, visto delas terem carne, leite, l� e peles.
� tamb�m a festa da Deusa Celta do fogo, Brigid, que rege a metalurgia, a poesia, a inspira��o, a divina��o e a cura. O fogo de Brigid � o s�mbolo da transforma��o, da energia vital do nascimento e da cura, que tamb�m pode ser o fogo da forja e o fogo da inspia��o po�tica. Este dia � celebrado com o fogo, sob a forma de velas acesas e fogueiras. Antes da cristianiza��o, as sacerdotizas de Brigid mantinham uma chama sempre acesa em sua honra. Depois, a Igreja Cat�lica dedicou este dia � ben��o das velas que iriam ser usadas na liturgia do ano seguinte, origem do nome Candlemas (candle = vela).
O termo ingl�s �bride� (noiva) deriva do nome da Deusa por ser ela a padroeira dos casamentos. A popularidade era tanta que a Igreja Cat�lica resolveu canoniz�-la, transformando-a em Santa Br�gida, dedicada exactamente �s mesmas causas.
A Igreja Cat�lica tamb�m chamou a esta data �o dia da purifica��o da Virgem Maria� porque, segundo a tradi��o juda�co-crist�, as mulheres ficavam impuras durante seis semanas ap�s o parto, portanto esta seria a data em que Maria se teria purificado.
De acordo com a tradi��o, coloca-se uma vela acesa em todas as janelas da casa, que come�am a arder ao p�r do Sol do dia 1 de Fevereiro, para se extinguirem s� na alvorada.

Ostara � Equin�cio da Primavera � 21 de Mar�o

Ostara � o Sabbat do equil�brio. O dia e a noite s�o iguais quando a Primavera come�a. A natureza acorda cheia de energia depois do seu per�odo de repouso, mais activa, criadora e regeneradora, provocando o crescimento das plantas e o aumento do nascimento dos animais. � a �poca em que se celebra a vit�ria da vida sobre a morte. � uma festa de comunh�o com a natureza, que por essa raz�o deve ser celebrada ao ar livre, quando poss�vel.
Ostara � celebrado como a data em que o Deus e a Deusa geram a crian�a que vai nascer no Solst�cio de Inverno, nove meses mais tarde. Na Igreja Cat�lica, o dia 25 de Mar�o � o dia da Anuncia��o, o dia em que o anjo Gabriel comunica a Maria que ela est� gr�vida. A escolha desta data foi feita pela mesma raz�o, ou seja, por causa do Natal ser comemorado nove meses depois.

Beltane � 1 de Maio

Tal como o Samhain � o princ�pio do ciclo do Inverno, Beltane marca o segundo maior ciclo do ano, o Ver�o. Assim como o tempo aquece e as plantas se desenvolvem a disposi��o torna-se exuberante.
Um voto feito entre duas pessoas, testemunhando e aben�oado pelo Deus e pela Deusa, dura por um ano e um dia, podendo depois ser renovado e continuar pelo resto da vida.

Litha � Solst�cio de Ver�o � 21 de Junho

Neste dia, o mais longo do ano, a luz e a vida s�o abundantes.
Apesar de n�o ser a data exacta do Solst�cio, convencionou-se que seria celebrada no dia 24 de Junho, que mais tarde se tornou o dia de S. Jo�o. S. Jo�o tamb�m foi visto como uma entidade pag�, identificada com o Rei Carvalho, possivelmente por causa da sua apar�ncia selvagem.
As fogueiras de S. Jo�o tinham o prop�sito de afastar os maus esp�ritos, as pessoas saltavam as fogueiras para dar sorte.
Cinco plantas t�m propriedades m�gicas especiais durante esta noite: arruda, as rosas, a erva de S. Jo�o, a verbena e o trevo.

Lughnasadh ou Lammas � 1 de Agosto

Lughnasadh � o primerio festival das colheitas. � a �poca da primeira colheita na Roda do Ano.
Para a Igreja Cat�lica tamb�m era a festa das prim�cias, em que os primeiros gr�os de cereal eram colocados nos altares.
Lammas era a �poca do ano em que se faziam festivais de magia, onde os grupos armavam bancas de venda muito enfeitadas e se apresentavam em paradas, com dan�as e representa��es de teatro.
As deidades para este Sabbat s�o os Deuses das colheitas e dos cereiais e as Deusas parturientes.

Mabon � Equin�cio de Outono � 23 de Setembro

Este dia tem de novo a luz e a escurid�o em equil�brio, antes de come�ar a �poca sombria. � o segundo festival das colheitas na Roda do Ano, em que se agradece � Deusa o sustento que deu aos homens para os alimentar durante o Inverno que vem. Celebram-se sobretudo as vindimas e a colheita das ma��s, s�mbolo da vida renovada. A �poca da ca�a grossa come�a nesta altura do ano, por isso esta ser a data dedicada aos Deuses da ca�a, pesca e da plenitude, em agradecimento pelos benef�cios recebidos ou ainda aguardados.
No ritmo do ano, Mabon marca o tempo do descanso depois do trabalho das colheitas.
Desta forma a Roda do Ano continua o seu percurso, conduzindo outra a Samhain onde se recome�a um novo ciclo.

O Mist�rio da Magia

Neste mundo moderno em que vivemos, � dif�cil confiar nos nossos instintos naturais e ressuscitar os poderes que possu�mos nas fases iniciais da evolu��o. Ao aceitarmos que o esp�rito, corpo e mente s�o um todo que refor�a a energia ps�quica, torna-nos capazes de usar a magia como forma de valorizar e controlar o nosso pr�prio destino.
N�o s�o necess�rios acess�rios dispendiosos, os ingredientes podem ser quase todos encontrados nas lojas especializadas, no jardim ou mesmo em casa. A verdadeira magia est� na for�a da mente e na afinidade com os instrumentos que se utiliza.
Tudo o que existe no mundo est� � disposi��o para ser usado e usufruir por empr�stimo da natureza e regressar depois � natureza, como tamb�m regressaremos. Os feiti�os devem ser usados com sensatez. Jamais devem ser canalizados para dominar ou fazer o mal a outro ser humano se nos rodearmos de pensamentos de �dio, esse �dio recair� sobre n�s.
Ao fazer-se um feiti�o, est� a afirmar-se aquilo que se pretende. Manter sempre na mente esse prop�sito e, � medida que se sentir melhor a consigo e com a situa��o, a magia acontece.

Ingredientes M�gicos

As velas s�o usadas em muitos feiti�os por irradiarem uma luz suave e natural e ajudarem a criar o ambiente ideal para a concentra��o. O fogo � um importante elemento espiritual. Deve-se escolher uma vela com a cor indicada para potencializar a magia.
Quando nos concentramos na vela, deixamos qua a mente absorva toda a aura dourada, ao mesmo tempo que visualizamos as for�as invis�veis que nos rodeiam e deixamos que o nosso esp�rito atinja um estado mediativo.
As ervas e os �les essenciais s�o ingredientes vitasi para muitos feiti�os.
Um queimador de �leo, carv�o ou incenso, uma garrafa, um c�lice e uma tesoura s�o acess�rios essenciais. Estes acess�rios s�o especiais devendo ser personalizados de alguma forma e utilizados unicamente para fins m�gicos.

Uma ajuda providencial

A Lua � uma ajuda poderosa para a magia.
Regra geral: a Lua na fase Crescente, atrai, pelo contr�rio a Lua em fase Minguante, quando a luz come�a a esmorecer a seguir � Lua Cheia, repele; a Lua Cheia � a que mais poder exerce sobre os feiti�os.
Para praticar magia � necess�rio ter em conta a cor, o n�mero e as associa��es esot�ricas dos ingredientes utilizados, uma vez que se trata de aliados poderosos que podem ser incorporados nos feiti�os para os adaptar �s nossas necessidades.

A formula��o dos desejos

Por �ltimo, mas o mais importante, a magia deve ser usada para conjurar os desejos suavemente. Em momento algum se deve tentar for�ar qualquer pessoa a passar por uma situa��o em que n�o se sinta bem nem feliz, pois essa infelicidade recair� sobre quem a for�ar.

A bruxaria celta é a mesma coisa que wicca