Que fatores são determinantes para o desenvolvimento de diferentes formações vegetais existentes no planeta?

Vegetação mundial

Os tipos de vegetação são o elemento mais evidente na classificação dos ecossistemas e biomas do nosso planeta. Os fatores abióticos – por exemplo, elementos climáticos, tipos de solo e hidrografia – são determinantes para o tipo de vegetação de uma área. A vegetação mundial passou por grandes processos de destruição ao longo dos anos devido às implicações do sistema capitalista. Isso ocasionou em uma séria preocupação ambiental, tendo em vista que a preservação de áreas verdes é extremamente importante para a qualidade da atmosfera, dos recursos hídricos e dos solos. Os ecossistemas reúnem diferentes comunidades ecológicas, tais como as existentes em lagos, encostas de montanha, floresta etc. Os biomas são formados por um conjunto de ecossistemas associados e abrangem grandes extensões. Entre os principais biomas terrestres, destacam-se a floresta tropical, a savana, o deserto, a vegetação mediterrânea (Chaparral), as pradarias, a floresta temperada, a floresta de conífera e a tundra.

PRINCIPAIS BIOMAS

As áreas recobertas por florestas no planeta vão variar de acordo com os condicionantes ambientais, principalmente os climáticos. • Floresta tropical: nas regiões tropicais quentes e úmidas, encontramos florestas que se desenvolvem em decorrência de elevados índices pluviométricos. São formações higrófilas e latifoliadas, extremamente heterogêneas, que se localizam em baixas latitudes na América, na África e na Ásia. • Savana ou cerrado: em regiões onde o índice de chuvas é elevado, porém concentrado em poucos meses do ano, pode desenvolver-se a savana, formação vegetal complexa que apresenta estratos arbóreos, arbustivos e herbáceos. As savanas são encontradas em grandes extensões da África, na América do Sul (no Brasil, corresponde ao domínio dos cerrados) e em menores porções na Austrália e na Índia. • Deserto: suas espécies vegetais estão adaptadas à escassez de água em regiões de índice pluviométrico inferior a 250 mm anuais. Apresenta espécies vegetais xerófilas, destacando-se as cactáceas. • Estepe: ocorre em áreas de planície que possuem clima frio, como nas zonas temperadas norte e sul.

Nessas regiões, predomina a gramínea, vegetação do tipo herbácea. • Mediterrânea ou chaparral: desenvolve-se em regiões de clima mediterrâneo, que apresentam verões quentes e secos e invernos amenos e chuvosos.

É encontrada em pequenas porções da Califórnia (Estados Unidos, onde é conhecida como Chaparral), do Chile, da África do Sul e da Austrália.

• Vegetação de altitude: distribui-se em áreas montanhosas de clima frio, como na Cordilheira dos Andes e do Himalaia. Nesses locais, é possível encontrar musgos, liquens e gramíneas. • Pradarias: compostas basicamente de gramíneas, são encontradas principalmente em regiões de clima temperado continental. Desenvolvem-se na

Rússia e Ásia Central, nas Grandes Planícies americanas, nos Pampas argentinos, no Uruguai e no Sul do Brasil.

• Floresta temperada: formação florestal de caducifólias, típica dos climas temperados e subtropicais, é encontrada em latitudes médias e sob maior influência da maritimidade. Atualmente, subsiste na Ásia, na América do Norte e em pequenas extensões da América do Sul e da Oceania.

• Floresta de conífera ou taiga: é uma formação bastante homogênea, na qual predominam coníferas do tipo pinheiro. As coníferas são espécies adaptadas à ocorrência de neve no inverno, aciculifoliadas e com árvores em forma de cone, o que facilita o deslizamento da neve por suas copas. Sua maior abrangência é na Rússia, onde cobre mais da metade do território.

• Tundra: vegetação rasteira, de ciclo vegetativo extremamente curto. Por encontrar-se em regiões subpolares, desenvolve-se apenas durante os três meses de verão, nos locais onde ocorre o degelo. As espécies mais típicas são os musgos, nas baixadas úmidas, e os liquens, nas porções mais elevadas do terreno, onde o solo é mais seco, aparecendo raramente pequenos arbustos.

• Halófitas: plantas adaptadas à salinidade. • Higrófilas: plantas perenes adaptadas à muita umidade. • Xerófilas: plantas adaptadas à aridez. • Tropófilas: plantas adaptadas à variação de umidade, por meio da estação seca e chuvosa. • Latifoliadas: plantas de folhas largas que permitem intensa transpiração. • Aciculifoliadas: plantas que possuem folhas em forma de agulhas. • Caducifólias: plantas que perdem as folhas em épocas muito frias ou secas do ano. • Perenifólias: plantas que não perdem suas folhas.

QUESTÕES

QUESTÃO 1 (INÉDITA)

Nas montanhas da China, do Japão, do Sudeste dos Estados Unidos e de algumas áreas da América do Sul, ocorre este tipo de vegetação. Nele as chuvas são bem distribuídas durante todo o ano, alcançando 1.500 mm anuais em média, mas as temperaturas são mais baixas do que na zona tropical.

J. B; FURKAN S. A. Geoecologia: o clima, os solos e a biota. In: Ross, Jurandyr (org.): Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2008 (adaptado).

A paisagem vegetal descrita no texto corresponde

Aao Cerrado. B à Caatinga. C à Floresta Temperada. D à Floresta Equatorial. E à Floresta Boreal.

QUESTÃO 2 (INÉDITA)

Nas regiões tropicais quentes e úmidas, encontramos florestas que se desenvolvem graças aos elevados índices pluviométricos. São formações higrófilas e latifoliadas, extremamente heterogêneas, que se localizam em baixas latitudes na América, na África e na Ásia. No litoral brasileiro esse tipo de vegetação está com menos de 9% de área remanescente, sendo que 80% dessa área está em propriedade privada. Qual tipo de vegetação mais se enquadra nesse contexto?

ATundra. B Cerrado. C Floresta Tropical. D Floresta Temperada. E Floresta de Conífera.

QUESTÃO 3 (INÉDITA)

No mundo há climas secos, úmidos, alternadamente úmidos e secos e ao longo do ano, que interagem com climas quentes, frios, alternadamente quentes e frios etc. Esses diferentes climas refletem-se na cobertura vegetal, definindo a altura das plantas, a forma das folhas, a espessura dos caules, a fisionomia geral da vegetação, e servem de base para a classificação dos vegetais. Com isso, como são chamadas as plantas adaptadas à aridez?

AEsclerófilas. B Aciculifoliadas. C Latifoliadas. D Xerófilas. E Caducifólias.

QUESTÃO 4 (ENEM)

As mudanças climáticas e da vegetação ocorridas nos trópicos da América do Sul têm sido bem documentadas por diversos autores, existindo um grande acúmulo de evidências geológicas ou paleoclimatológicas que

evidenciam essas mudanças ocorridas durante o Quaternário nessa região. Essas mudanças resultaram em restrição da distribuição das florestas pluviais, com expansões concomitantes de habitats não florestais durante períodos áridos (glaciais), seguido da expansão das florestas pluviais e restrição das áreas não florestais durante períodos úmidos (interglaciais).

Disponível em: zoo.bio.ufpr.br. Acesso em: 10 mai. 2009.

Durante os períodos glaciais,

Aas áreas não florestais ficam restritas a refúgios ecológicos devido à baixa adaptabilidade de espécies não florestais a ambientes áridos. B grande parte da diversidade de espécies vegetais é reduzida, uma vez que necessitam de condições semelhantes a dos períodos interglaciais. C a vegetação comum ao cerrado deve ter se limitado a uma pequena região do centro do Brasil, da qual se expandiu até atingir a atual distribuição. D plantas com adaptações ao clima árido, como o desenvolvimento de estruturas que reduzem a perda de água, devem apresentar maior área de distribuição. E florestas tropicais como a amazônica apresentam distribuição geográfica mais ampla, uma vez que são densas e diminuem a ação da radiação solar sobre o solo e reduzem os efeitos da aridez.

QUESTÃO 5 (ENEM)

As áreas do planalto do Cerrado – como a chapada dos Guimarães, a serra de Tapirapuã e a serra dos Parecis, no Mato Grosso, com altitudes que variam de 400 m a 800 m – são importantes para a planície pantaneira mato-grossense (com altitude média inferior a 200 m), no que se refere à manutenção do nível de água, sobretudo durante a estiagem. Nas cheias, a inundação ocorre em função da alta pluviosidade nas cabeceiras dos rios, do afloramento de lençóis freáticos e da baixa declividade do relevo, entre outros fatores. Durante a estiagem, a grande biodiversidade é assegurada pelas águas da calha dos principais rios, cujo volume tem diminuído, principalmente nas cabeceiras.

Cabeceiras ameaçadas. Ciência Hoje, Rio de Janeiro: SBPC, v. 42, jun. 2008 (adaptado).

A medida mais eficaz a ser tomada, visando à conservação da planície pantaneira e à preservação de sua grande biodiversidade, é a conscientização da sociedade e a organização de movimentos sociais que exijam

Aa criação de parques ecológicos na área do pantanal mato-grossense. B a proibição da pesca e da caça, que tanto ameaçam a biodiversidade. C o aumento das pastagens na área da planície, para que a cobertura vegetal, composta de gramíneas, evite a erosão do solo. D o controle do desmatamento e da erosão, principalmente nas nascentes dos rios responsáveis pelo nível das águas durante o período de cheias. E a construção de barragens, para que o nível das águas dos rios seja mantido, sobretudo na estiagem, sem prejudicar os ecossistemas.

QUESTÃO 6 (ENEM)

Uma pesquisa realizada por Carolina Levis, especialista em ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, e publicada na revista Science, demonstra que as espécies vegetais domesticadas pelas civilizações pré-colombianas são as mais dominantes. “A domesticação de plantas na floresta começou há mais de 8 000 anos. Primeiro eram selecionadas as plantas com características que poderiam ser úteis ao homem e em um segundo momento era feita a propagação dessas espécies. Começaram a cultivá-las em pátios e jardins, por meio de um processo quase intuitivo de seleção”.

OLIVEIRA, J. Indígenas foram os primeiros a alterar o ecossistema da Amazônia. Disponível em: brasil.elpais.com. Acesso em: 11 dez. 2017 (adaptado).

O texto apresenta um novo olhar sobre a configuração da Floresta Amazônica por romper com a ideia de

Aprimazia de saberes locais. B ausência de ação antrópica. C insuficiência de recursos naturais. D necessidade de manejo ambiental. E predominância de práticas agropecuárias.

QUESTÃO 7 (INÉDITA)

Os incêndios ou queimadas de florestas, que consomem uma quantidade incalculável de biomassa todos os anos, são provocados devido ao desenvolvimento de atividades agropecuárias, muitas vezes, em grandes projetos que recebem incentivos governamentais. Podem também ser resultado de práticas criminosas ou ainda de acidentes, inclusive naturais.

Aà extração de madeira e silvicultura. B à instalação de projetos agropecuários. C a incêndios naturais e capeamento. D a técnicas de cultivo rudimentar. E ao reflorestamento predatório.

QUESTÃO 8 (ENEM)

Então, a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma estepe nua. Nesta, ao menos, o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a perspectiva das planuras francas. Ao passo que a outra o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o com as folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos estalados em lanças, e desdobra-se-lhe na frente léguas e léguas, imutável no aspecto desolado; árvore sem folhas, de galhos estorcidos e secos, revoltos, entrecruzados, apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante… Os elementos da paisagem descritos no texto correspondem a aspectos biogeográficos presentes na

Acomposição de vegetação xerófila. B formação de florestas latifoliadas. C transição para mata de grande porte. D adaptação à elevada salinidade. E homogeneização da cobertura perenifólia.

QUESTÃO 9 (ENEM)

Participação percentual do extrativismo vegetal e da silvicultura no valor da produção primária florestal — Brasil — 1996 - 2014

90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Silvicultura Extrativismo vegetal

IBGE: Produção da extração vegetal e da silvicultura. Rio de Janeiro: IBGE, 2014 (adaptado). IBGE. Produção da extração vegetal e da silvicultura. Rio de Janeiro: IBGE, 2014 (adaptado). Considerando as diferenças entre extrativismo vegetal e silvicultura, a variação das curvas do gráfico foi influenciada pela tendência de

Aconservação do bioma nativo. B estagnação do setor primário. C utilização de madeira de reflorestamento. D redução da produção de móveis. E retração da indústria alimentícia.

QUESTÃO 10 (ENEM)

Ao destruir uma paisagem de árvores de troncos retorcidos, folhas e arbustos ásperos sobre os solos ácidos, não raro laterizados ou tomados pelas formas bizarras dos cupinzeiros, essa modernização lineariza e aparentemente não permite que se questione a pretensão modernista de que a forma deve seguir a função.

HAESBAERT,R. “Gaúchos” e baianos no “novo” Nordeste: entre a globalização econômica e a reinvenção das identidades territoriais. In: CASTRO, I.E; GOMES,P.C.; CORRÊA,R.L.(Org.). Brasil: questões atuais da reorganização do território. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.

O processo descrito ocorre em um área biogeográfica com predomínio de vegetação

Atropófila e clima tropical. B xerófila e clima semiárido. C hidrófila e clima equatorial. D aciculifoliada e clima subtropical. E semidecídua e clima tropical úmido.

Quais os fatores que influenciam as formações vegetais do planeta?

Desta forma podemos confirmar que o clima, temperatura e umidade, são fatores que imprimem grande impacto no tipo de vegetação natural, mas não podemos esquecer outros fatores como: Tipo e composição do solo, altitude, maritimidade, continentalidade e outros.

Quais são os principais fatores para o desenvolvimento das formações vegetais?

Principais fatores que influenciam na vegetação: 1 – Disponibilidade de água no solo. 2 – Clima: temperaturas, umidade do ar, presença de chuvas (pluviosidade), geada, vento, neve e outros fatores climáticos. 3 – Tipos de relevo (planalto, planície, montanha, vale, etc.).

Que fatores influenciam na formação vegetal de uma determinada região?

A influência da vegetação sobre o clima ocorre através da alteração de dois elementos atmosféricos: a temperatura e a umidade do ar. Sabemos que existe uma grande relação entre o clima e a cobertura vegetal de um determinado lugar.

Como que as formações vegetais se desenvolvem?

De maneira bem simples, elas são associações de vegetais específicos que se desenvolvem a partir do tipo de clima, solo e relevo do ambiente. Nesse sentido, podemos dizer que a vegetação se forma de maneiras diferentes dependendo da temperatura local, bem como da umidade, da característica do solo e do relevo presente.

Toplist

Última postagem

Tag