a) Não se emprega nas enumerações do tipo das seguintes:
Comprei um livro e um caderno.
Fui ao supermercado e à farmácia.
b) A vírgula separa elementos com a mesma função sintáctica, excepto se estiverem ligados pela conjunção e:
O João, o António, a Maria e o Joaquim foram passear.
c) Quando a conjunção e liga duas orações muito extensas, deve ser precedida de vírgula:
A Maria e o Ernesto foram ontem à tarde passear com os filhos, e regressaram por volta das 8 horas para jantar.
Há quem seja de opinião de que, mesmo que as orações não sejam longas, devem ser separadas por vírgula:
O João foi ao cinema, e a mulher ficou em casa.
d) A conjunção e é também precedida de vírgula, quando inicia uma expressão intercalada ou do tipo das intercaladas:
Comprei esta casa, e até o automóvel, para me sentir mais realizado.
Haverá vírgula antes de “e” em três ocasiões:
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1- Quando “e” tiver sentido de oposição, adversidade, com o mesmo sentido de “mas”:
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- Tentou muito, e não conseguiu.
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2- Quando houver polissíndeto, ou seja, quando “e” estiver repetido:
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- Fala e grita, e pula, e gesticula, e esperneia.
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3- Quando os verbos posterior e anterior a “e” tiverem sujeitos diferentes:
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- Ela irá no primeiro avião, e seus filhos, no próximo.
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A vírgula depois de “filhos” indica a retirada do verbo anterior para evitar a sua repetição.
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3a- Se houver sujeitos diferentes, mas, se, antes do primeiro, houver conjunção (que, quando, se…), não haverá vírgula antes de “e”:
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- Ele disse que a irmã iria à missa e o irmão, ao futebol.
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Essa frase equivale a esta:
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- Ele disse que a irmã iria à missa e que o irmão iria ao futebol.
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Na primeira frase, a vírgula depois de “irmão” indica a retirada do verbo anterior para evitar a sua repetição.
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Depois de “e” também pode haver vírgula; somente se surgir um termo intercalado, entre vírgulas. Por exemplo:
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- Tentou muito, e, infelizmente, não conseguiu.
- Fala e grita, e, às vezes, pula, e gesticula, e esperneia.
- Ela irá no primeiro avião, e, provavelmente, seus filhos, no próximo.
- Ele disse que a irmã iria à missa e, mais tarde, o irmão, ao futebol.
A vírgula antes da conjunção e só tem vez se dois requisitos estiverem presentes:
- a conjunção e deve ligar orações com sujeitos diferentes;
- a falta da vírgula pode conduzir a uma leitura ambígua.
A vocação do Brasil é a produção de alimentos eos setores do agronegócio estão organizados para produzir e preservar.
No exemplo, a vírgula é necessária para deixar claro que "os setores do agronegócio" são o sujeito da segunda oração, e não objeto direto da primeira. Sem a vírgula, uma primeira leitura poderia ser "A vocação do Brasil é a produção de alimentos e os setores do agronegócio".
Para evitar a ambiguidade, a vírgula é obrigatória:
A vocação do Brasil é a produção de alimentos, eos setores do agronegócio estão organizados para produzir e preservar.
Abaixo, outros exemplos que preenchem os dois requisitos para o uso obrigatório da vírgula:
A eleição se dará simultaneamente às eleições para deputados federais, e os parlamentares do Mercosul terão mandato de quatro anos.
Para ele, o Brasil está vivendo um momento singular em que milhões de pessoas excluídas e invisíveis estão começando a ascender como cidadãos, e conduzir esse processo é um dos maiores desafios do país.
— Nesse tipo de agressão, o anonimato tende a aumentar a crueldade dos comentários e das ameaças, e os efeitos tendem a ser extremamente graves. Muitas vezes, o bullying resulta em transtornos irreversíveis, causadores até mesmo de suicídio — diz Clésio.
Agora um exemplo em que o uso da vírgula não é necessário. Há dois sujeitos na frase, mas a falta da vírgula não prejudica a leitura. Veja:
O senador considerou constitucional a medida provisória que dá ao Banco Central a competência para a regulação, e disse que o caminho mais seguro seria a aprovação de uma lei complementar.
O senador considerou constitucional a medida provisória que dá ao Banco Central a competência para a regulação e disse que o caminho mais seguro seria a aprovação de uma lei complementar.
O senador considerou constitucional a medida provisória que dá ao Banco Central a competência para a regulação. Disse também que o caminho mais seguro seria a aprovação de uma lei complementar.
De acordo com o DataSenado, 85% dos entrevistados acham que deve ser crime esse tipo de ofensa, e 77% dos entrevistados se manifestaram favoráveis à criminalização da homofobia.
De acordo com o DataSenado, 85% dos entrevistados acham que deve ser crime esse tipo de ofensa e 77% dos entrevistados se manifestaram favoráveis à criminalização da homofobia.