Quando a densitometria óssea é indicada?

Especialista em Ortopedia e Traumatologia com titulo de especialista pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatolo...

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Quando a densitometria óssea é indicada?

Escrito por Carolina Serpejante Redatora


Atualizado em 6 de janeiro de 2023 Publicado em 19 de novembro de 2013

O que é Densitometria óssea?

A densitometria óssea avalia a coluna lombar, a região proximal do fêmur e o terço distal do rádio. Consiste em um teste rápido (dura cerca de 5 minutos) e indolor para a medição da densidade mineral óssea.

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Esse método utiliza aparelhos sofisticados e que apresentam duas vantagens importantes: são rápidos e produzem uma baixa exposição à radiação - até dez vezes menor que a exposição gerada por uma radiografia (raio x) normal de tórax. 

Contraindicações

  • Mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez, por conta da radiação;
  • Pessoas que fizeram exame com contraste de iodo ou bário não podem fazer a densitometria óssea durante uma a duas semanas a depender do contraste utilizado (tempo para que seja eliminado do corpo), pois este interfere no resultado;
  • Cirurgia ortopédica extensa ou prótese extensa na região avaliada: no caso de pessoas que tem próteses em um fêmur, é feita a avaliação do outro. Para pessoas que tem prótese na coluna, é feita uma análise do fêmur e outra do antebraço;
  • Obesidade grave: a maioria dos aparelhos para a densitometria óssea suporta até até 160 kg. Alguns aparelhos suportam até 200 kg.

Indicações

O exame de densitometria óssea é indicado para mulheres acima de 65 anos e homens acima de 70 anos. Entretanto, pode ser indicado para mulheres abaixo de 65 anos e homens abaixo de 70 anos que preenchem um dos critérios abaixo:

  • Baixo Peso (Índice de Massa Corporal - IMC - menor que 18,5 kg/m²);
  • Fratura prévia;
  • Medicações que aumentam o risco de osteoporose;
  • Doenças que aumentam o risco de osteoporose;
  • Monitorar osteoporose já diagnosticada;
  • Monitorar tratamentos.

O procedimento também tem aplicação em pediatria, para acompanhar o crescimento da criança e do adolescente. Os pediatras pedem a densitometria para avaliar a massa óssea e quanto de massa magra e massa de gordura o paciente tem, funcionando como um complemento à avaliação clássica da idade óssea do raio X de mãos e punhos. Em crianças e adolescentes até 20 anos, os sítios usados são coluna e corpo inteiro (o fêmur ainda está em crescimento e não é avaliado). Nesse grupo, compara-se a massa óssea do paciente com crianças da mesma idade e não usamos o termo osteoporose como nos adultos.

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Perguntas frequentes

Preparo para o exame

No dia do exame de densitometria óssea, evite usar roupas com botões ou fivelas de metal para o teste, pois estes podem inferir no resultado. Joias como colares e pulseiras também devem ser evitados, bem como sutiãs com aros de ferro. É recomendado também que a pessoa não tome qualquer suplementação de cálcio no dia, pois a pílula pode aparecer no exame da coluna e interferir no resultado.

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Como é feita a densitometria óssea

A densitometria óssea pode ser feita por um técnico em radiografia ou médico capacitado em densitometria óssea. No momento do exame, você será solicitado a trocar sua roupa por uma vestimenta do hospital, própria para fazer exames.

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O técnico irá pedir para você se deitar no aparelho, sobre uma mesa acolchoada, e irá posicionar suas pernas em um suporte de esponja, alinhando sua pelve e a coluna vertebral. O laser do aparelho passará em zique-zague sobre os órgãos a serem analisados, irá digitalizar seus ossos e medir a quantidade de radiação que eles absorvem.

O teste de densitometria óssea deverá ser feito em pelo menos dois ossos diferentes, de preferência o quadril e coluna vertebral. No caso das crianças, é feito o scanner do corpo inteiro e coluna. A densitometria óssea não causa dor. Se você tem dor nas costas, pode ser desconfortável ficar parado durante a verificação.

Duração do exame

A densitometria óssea dura em média cinco minutos para coluna e fêmur e dez minutos para corpo total.

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Periodicidade

A densitometria óssea é feita a cada um ou dois anos, a depender do controle da osteopenia ou osteoporose determinado pelo médico assistente. Intervalos mais curtos podem ocorrer em casos de rápida perda óssea, como em pessoas que utilizam medicamentos a base de corticoides.

Recomendações pós-exame

Não há nenhuma recomendação especial após o exame de densitometria óssea. A pessoa pode sair do laboratório e prosseguir normalmente com as suas atividades.

Resultados da densitometria óssea

O exame é feito para identificar qual a sua densidade óssea, se você tem osteopenia ou osteoporose e ajudar a avaliar seu risco de fratura. Você recebe os resultados como as fotos de um Raio-X, só que as imagens são um pouco menos nítidas, por conta da quantidade diminuída de radiação. É como se fosse uma radiografia em menor resolução. Os seus ossos são comparados com o de uma pessoa jovem e saudável e fornecem a distância da sua massa óssea da média normal.

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 A partir disso é calculado o T-score, um padrão de referência internacional desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde. É ele que mostra o quanto você está próximo ou distante desse ideal. O T-score inicia do número zero (que representa a média) e parte para uma escala de números negativos ou positivos - quanto mais negativo é o número, mais longe sua massa óssea está do ideal.

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O resultado para crianças utiliza o Z-score e não o T-score. O Z-score compara a massa óssea da criança com a média para a mesma idade. O resultado não é de osteopenia ou osteoporose e sim dentro da média ou abaixo da média para a idade.

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Valores de referência

Para adultos, isto é, homens com 50 anos ou mais e mulheres a partir de 40 anos (período de transição menopausal) ou mulheres na menopausa. Sítios usados: coluna, fêmur ou antebraço:

  • Normalidade: T-Score de 0 a -1,0 DP (Desvio Padrão)
  • Osteopenia: T-Score de - 1,0 a -2,4 DP
  • Osteoporose: T-Score de -2,5 ou menos.

Para adultos jovens (Homens entre 20 e 49 anos e mulheres dos 20 aos 40 anos com ciclos menstruais normais) utilizamos o Z-score. Sítio usados: coluna, fêmur ou antebraço:

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Z-Score igual ou inferior a -2,0 DP é considerado abaixo dos padrões para a idade. Acima disso, os valores são considerados dentro dos padrões para idade.

Para crianças (Homens e Mulheres dos 5 aos 19 anos). Sitios usados: coluna e corpo total.           

Z-Score igual ou inferior a -2,0 DP é considerado abaixo dos padrões para a idade. Acima disso, os valores são considerados dentro dos padrões para a idade.

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Referências

Patrícia Dreyer, endocrinologista especializada em metabolismo ósseo do Fleury Medicina e Saúde - CRM 126284 SP

Weldson Muniz, ortopedista do Hospital Santa Luzia, em Brasília - CRM 9076 DF

Katia Zacchello, patologista do Lavoisier Medicina Diagnóstica, especialista em patologia clínica e com capacitação em densitometria óssea - CRM 66433 SP

Quando é necessário fazer o exame de densitometria óssea?

Os idosos são os mais afetados pelas doenças nos ossos, principalmente, a osteoporose, por isso, a densitometria óssea deve ser realizada periodicamente (pelo menos uma vez por ano) por mulheres acima de 65 anos e por todos os homens acima de 70 anos.

Qual patologia precisa do exame de densitometria óssea para ter seu diagnóstico confirmado?

A densitometria óssea é um exame utilizado no diagnóstico de patologias como osteoporose e osteopenia, condições relacionadas à perda de massa dos ossos. Por meio do exame, é possível identificar se o paciente apresenta redução na densidade óssea e iniciar o tratamento com agilidade.

O que o exame de densitometria óssea mostra?

Densitometria óssea: como funciona A densitometria óssea é o exame destinado a medir a densidade de cálcio no tecido ósseo a partir da idade e do sexo do paciente. Ele serve para diagnosticar alterações como osteoporose, osteopenia e outras doenças que atingem os ossos.

Qual médico pode solicitar densitometria óssea?

Qual médico solicita o exame de densitometria óssea? Qualquer médico pode solicitar o exame. Dentre as especialidades mais comuns de médicos solicitantes estão reumatologistas, endocrinologistas, clínicos gerais, geriatras, ortopedistas e ginecologistas.