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São receptores sensoriais que possuem fibras encontradas na junção dos músculos com seu tendão. Consistem em fibras nervosas sensitivas aferentes do tipo Ib.
A principal diferença entre o órgão tendinoso de Golgi e o fuso é que o fuso muscular detecta o comprimento do músculo e suas alterações e o órgão tendinoso de Golgi detecta a tensão muscular.
Quando saber que é um órgão tendinoso?
Os sinais no órgão tendinoso de Golgi são transmitidos por fibras nervosas do tipo Ib e, da mesma maneira que as fibras primárias do fuso, elas transmitem influxo para a medula e para áreas centrais distantes.
Aqui está o fato que mais interessa em termos de osteopatia. É que quando estimulamos um Golgi por um aumento de tensão muscular (contração muscular), os sinais são transmitidos para a medula espinhal para causar efeitos reflexos no próprio músculo estimulado.
Esse reflexo é, no entanto, inteiramente inibitório, ou seja, a sinapse com motoneurônio alfa libera substâncias inibitórias, como vimos anteriormente. Essas substâncias ocasionam nos músculos um estado de hiperpolarização. Na prática significa que o meio intracelular ficará com um aumento de cargas negativas, dificultando, desta forma, a contração do músculo.
Este reflexo evita que a tensão do músculo se torne excessiva de tal modo que, quando esta tensão chegar a limites extremos, a interferência via reflexos do órgão tendinoso faz com que o músculo sofra relaxamento instantâneo.
Da mesma forma que no fuso, também no Golgi podemos observar uma resposta dinâmica e estática.
Qual é a função?
Basicamente, o OTG inibe a contração do músculo agonista (agente do movimento) e estimula a contração do antagonista (músculo que se opõe ao agonista) quando a tensão muscular alcança níveis críticos.
A esse mecanismo dá-se o nome de reflexo tendinoso. Esse processo inibitório existe para evitar a contração excessiva do músculo, pois isso poderia gerar uma sobrecarga no tendão e resultaria em.
Como o OTG força o músculo agonista a se relaxar, isso acarreta uma dificuldade maior de geração de força máxima naquele movimento.
Qual a importância do órgão tendinoso de Golgi?
Na prática, a importância clínica deste reflexo para os osteopatas é que as técnicas de músculo-energia e as técnicas miotensivas se utilizam dos reflexos propiciados pelo Golgi para alcançar objetivos terapêuticos, como relaxamento muscular.
Veremos melhor este mecanismo nas descrições das técnicas osteopáticas.
Toda esta fisiologia discutida até aqui é extremamente importante para os praticantes de osteopatia.
A lesão osteopática acontece devido a um arco reflexo patológico e as técnicas empregadas têm a função de normalizar essa ação reflexa patológica.
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Torrejais, M.M.; Brancalhão, R.M.C.; Lima, B.; Kunz, R.I¹
O fuso muscular é uma estrutura sensorial pequena e alongada (cerca de 100 µm diâmetro e 10 mm comprimento), em forma de fuso, disposto entre as fibras musculares. É formado por 3 à 12 fibras musculares modificadas, as fibras intrafusais, circundadas por uma cápsula de tecido conjuntivo. As fibras musculares regulares fora fuso são muitas vezes denominadas de extrafusais.
A região central da fibra intrafusal é envolta por neurônio sensitivo e não contrai, já as extremidades têm capacidade contrátil e são inervadas por neurônios motores (motoneurônios).
O fuso responde a variações no comprimento das fibras musculares; assim, no alongamento muscular o neurônio sensitivo, na região central da fibra intrafusal, envia impulsos à medula espinal, fazendo sinapse com motoneurônio. Este, por sua vez, envia impulsos para as fibras musculares estiradas, encurtando o mesmo músculo. Esta ação reflexa evita a ruptura da fibra muscular, gerando uma resposta protetora.
A junção neuromuscular é a região de sinapse entre fibra muscular estriada esquelética e axônio motor; cuja função é a transmissão do impulso nervoso. A junção é constituída por ramificações de axônios motores na superfície da célula muscular, cada ramificação forma um botão pré-sináptico, separado do terminal pós-sináptico, correspondente à membrana sarcoplasmática, pela goteira sináptica. O axônio e todas as fibras musculares que ele inerva formam uma unidade motora.
Referências:
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013, 556 p.
DI FIORE, M. S. H. Atlas de histologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 229 p.
KIERSZENBAUM, B. L. Histologia e biologia celular: uma introdução à patologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 720 p.
Como citar:
- na referência, TORREJAIS, M.M.; BRANCALHÃO, R.M.C.; LIMA, B.; KUNZ, R.I. Fuso muscular, 2016. Disponível em: . Acesso em: 16 jul. 2016. (conforme data de acesso ao site);
- no texto, Torrejais et al. (2016) ou (TORREJAIS et al., 2016).