Mestre em Educação, Comunicação e Tecnologia (UDESC, 2016)
Graduada em Geografia (UDESC, 2014)
O clima é a sucessão habitual dos tipos de comportamento atmosférico a longo prazo. Portanto, para definir o clima de uma região é necessário considerar a atuação de seus fatores: radiação solar, latitude, relevo, continentalidade, massas de ar e correntes oceânicas. Tais fatores condicionam a frequência e comportamento dos elementos climáticos como: temperaturas, precipitações, umidade do ar e pressão atmosférica, que por sua vez, definirão os tipos climáticos.
O clima de Santa Catarina recebe grande influência das massas de ar polares e intertropicais, cuja atuação define um carácter mesotérmico, isto é, um clima predominantemente subtropical (temperatura média anual menor que 18ºC), úmido e com temperaturas médias que variam de 13ºC e 25ºC.
A massa polar atlântica (mPa) atua intensivamente no inverno. Sua presença proporciona ondas de frio, intensas geadas e até neve em alguns pontos. Isso ocorre devido a localização próxima ao trópico de capricórnio, entre 25º e 29º latitude Sul.
Pequena cachoeira congelada na Serra do Rio do Rastro, no Planalto Serrano de Santa Catarina. Foto: Lucas Martins / InfoEscola
Nos Planaltos, em função da altitude, os invernos são mais rigorosos do que no litoral. As temperaturas são eventualmente inferiores a 0º e as geadas são mais frequentes. Nas maiores altitudes ao sul, com condições atmosféricas propícias, ocorrem ocasionalmente precipitações de neve, especialmente em Urubici e São Joaquim.
Nas outras estações do ano, a massa Polar perde intensidade e intercala com a atuação mais marcante da massa Tropical atlântica (mTa) e da massa Tropical continental (mTc).
É possível constatar que a circulação atmosférica proporciona chuvas bem distribuídas no território, não havendo caracterização de uma estação seca ou chuvosa. Alguns fenômenos climáticos isolados proporcionam enchentes no litoral e estiagens no Extremo Oeste.
Na classificação climática de Köppen, a mais utilizada em todo o mundo, o território catarinense se enquadra nos climas do Grupo C – mesotérmico, uma vez que as temperaturas médias do mês mais frio estão abaixo de 18º C e superior a 3º C. Pertence ao tipo (f), sem estação seca definida, pois não há índices pluviométricos inferiores a 60 mm mensais. Dentro desse tipo é ainda possível distinguir, graças ao fator altitude, dois subtipos: de verão quente (a) encontrado no litoral e no oeste, onde as temperaturas médias de verão são mais elevadas; e de verão fresco (b), nas zonas mais elevadas do planalto.
Portanto, segundo Köppen, o Estado de Santa Catarina possui dois subtipos climáticos:
- Cfa – Clima mesotérmico úmido com chuvas bem distribuídas, verões quentes e invernos brandos. Atua em todo o litoral e na Planície do Rio Uruguai.
- Cfb – Clima mesotérmico úmido com chuvas bem distribuídas, verões brandos e invernos rigorosos. Atua em todo o planalto serrano e na porção norte da região Oeste do estado.
Referencial Bibliográfico:
PERON, André; MAAR, Alexander; NETTO, Fernando Del Prá. Santa Catarina: História, Espaço Geográfico e Meio Ambiente. Florianópolis: Insular, 2009.
//geovest.files.wordpress.com/2012/09/santa-catarina1.pdf
//www.spg.sc.gov.br/mapas/atlas/AtlasBranco.pdf//www.cfnp.com.br/documentos/aspectos_fisicos_de_santa_catarina_3serie_100315.pdf
Texto originalmente publicado em //www.infoescola.com/geografia/clima-de-santa-catarina/
A região Sul é a menor do Brasil em extensão territorial e a segunda mais povoada do País. Formada por três estados – Paraná (PR), Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS) –, a região tem uma economia influente no País, distribuída em vários setores, tais como agropecuária, indústria, extrativismo, turismo, entre outros.
O relevo da região Sul é caracterizado, em sua maior parte, pelo planalto (Planalto Atlântico e Planalto Meridional), que se localiza mais ao norte da região, onde é possível encontrar uma formação vegetal típica chamada de Mata das Araucárias, que são árvores de grande porte da família dos pinheiros e se encontram, principalmente, no Estado do Paraná. Ao sul da região, encontram-se formações de relevo mais plano, conhecidas como planície dos Pampas. A formação dos Pampas também dá nome ao tipo de vegetação rasteira, de gramíneas, mais encontrada no Rio Grande do Sul.
O clima predominante é o subtropical. Caracteriza-se por ter as estações do ano bem diferenciadas, com grandes variações de temperatura. É a região mais fria do País, onde, durante o inverno, ocorrem geadas e até neve em alguns lugares.
Em termos de recursos hídricos, a região Sul é importante para a produção de energia elétrica do Brasil, pois possui duas grandes bacias hidrográficas: a bacia do Rio Paraná, onde está instalada a Usina Hidroelétrica de Itaipu, uma das maiores do mundo, e a bacia do Rio Uruguai.
A população da região tem uma grande influência europeia, por causa da chegada de imigrantes no século XIX e início do XX, principalmente alemães, italianos e açorianos. Outros povos também foram para o Sul, como ucranianos, poloneses, russos, entre outros, introduzindo seus costumes na cultura, na culinária, na arquitetura e até no idioma. Também se deve aos imigrantes europeus o desenvolvimento da economia baseada na pequena e média propriedade rural de policultura (cultivo de vários produtos agrícolas).
Existem sete Unidades de Pesquisa da Embrapa localizadas na Região Sul: duas no Paraná (Embrapa Florestas, em Colombo, e Embrapa Soja, em Londrina); uma em Santa Catarina (Embrapa Suínos e Aves, em Concórdia); e quatro no Rio Grande do Sul (Embrapa Clima Temperado, em Pelotas, Embrapa Pecuária Sul, em Bagé, Embrapa Trigo, em Passo Fundo, e Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves).