Qual foi a participação percentual da energia eólica na matriz energética brasileira?

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Diálogos da Transição

epbr.com.br | 06/12/21
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Editada por Nayara Machado
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A expansão da capacidade instalada de energia elétrica a partir de fonte eólica no Brasil chegou a 3 mil megawatts (MW) em 2021, considerando os dados de novembro. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), é o maior incremento da fonte desde 2014 (2.786 MW).

Com 20,1 GW de potência instalada, as usinas eólicas respondem por 11,11% da matriz energética brasileira. A fonte também representa pouco mais de 40% dos empreendimentos em construção de geração de energia.
Somente em novembro, a Aneel liberou para operação comercial empreendimentos com potência total de 561,13 MW.

Em 2021, a nova capacidade instalada até 3 de dezembro era de 6,4 mil MW, sendo 3.051,29 MW (47,41%) a partir de fonte eólica, 2.038,91 MW (31,68%) de termelétricas, 1.252,17 MW (19,46%) de usinas solares fotovoltaicas e 89,22 MW (1,39%) de pequenas centrais hidrelétricas.

Expansão de eólicas acompanha tendência global. Relatório do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, em inglês) mostra que 2021 provavelmente verá o segundo maior número de instalações, com 92 GW previstos para entrega global.

Isso é 5% maior que a previsão do conselho para o primeiro trimestre. O GWEC também espera assistir uma queda de 4% em 2022, conforme a onda de instalação offshore na China diminui e a corrida onshore nos EUA desacelera.

“A notícia positiva é que, a partir de 2023, esperamos ver o mercado se recuperar à medida que o esforço global para combater as mudanças climáticas e atingir as metas de emissões líquidas zero continue”, diz o documento.

Pelo mundo. As adições anuais à capacidade global de eletricidade renovável devem atingir, em média, cerca de 305 GW por ano entre 2021 e 2026 na previsão da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês).
O que implica uma aceleração de quase 60% em relação à expansão das energias renováveis ​​nos últimos cinco anos.

Segundo a agência, o apoio contínuo à política em mais de 130 países, as metas de emissões líquidas zero de nações que respondem por quase 90% do PIB global e a melhoria da competitividade da energia eólica e solar fotovoltaica estão impulsionando essa expansão.

Mas alerta para incertezas políticas e de implementação que podem atrasar o avanço.

Na avaliação da IEA, os aumentos atuais nos preços das commodities pressionaram os custos de investimento, enquanto a disponibilidade de matérias-primas e o aumento dos preços da eletricidade em alguns mercados representam desafios adicionais para os fabricantes de energia eólica e solar fotovoltaica no curto prazo.

“No entanto, espera-se que o impacto dos preços voláteis das commodities e dos transportes sobre a demanda seja limitado, uma vez que os altos preços dos combustíveis fósseis melhoram ainda mais a competitividade da energia eólica e solar fotovoltaica”, diz o relatório.

Globalmente, a previsão é de expansão da capacidade renovável em mais de 1.800 GW em 2026, sendo responsável por quase 95% do aumento na capacidade total de energia em todo o mundo.

A China continua sendo a líder, respondendo por 43% do crescimento global, seguida pela Europa, Estados Unidos e Índia. Esses quatro mercados sozinhos fornecem quase 80% da expansão da capacidade renovável em todo o mundo.

Na América Latina, os leilões competitivos retomados após os atrasos devido à crise da Covid-19 continuam sendo um fator chave para o desenvolvimento de energia eólica e solar fotovoltaica em escala, avalia a agência.

Além disso, a implantação de esquemas de política externa por meio de contratos bilaterais está aumentando na região, especialmente no Brasil e no Chile, levando a revisões em alta para renováveis intermitentes.

  • Mais: Nuclear, eólica offshore, hidrogênio e térmicas: as apostas de Bento Albuquerque na COP26

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Usinas híbridas. Recentemente a Aneel aprovou a regulamentação para usinas híbridas, permitindo combinações de fontes de geração – usinas fotovoltaicas, eólicas, hidrelétricas grandes e pequenas e termelétricas –, o que pretende dar mais competitividade aos projetos.

Entre as vantagens elencadas pela Aneel estão a complementaridade das fontes de geração, a utilização da rede de transmissão de maneira mais eficiente e estável, a mitigação de riscos comerciais e a economia na compra de terreno e em outros custos.

A expectativa é que a regra beneficie sobretudo as energias renováveis, com o aumento da produtividade. De acordo com a desenvolvedora de projetos Casa dos Ventos, para cada 1 MW de energia eólica instalado é possível colocar até 35% de capacidade solar, já que as duas fontes são complementares.

Planejamento. A Empresa de pesquisa Energética (EPE) publicou nova versão de Nota Técnica para atualizar a metodologia e as premissas para obtenção de dados de geração representativos das usinas eólicas (onshore e offshore) e fotovoltaicas (centralizadas e flutuantes) para os estudos de planejamento da geração e transmissão.
A metodologia busca aderência às contribuições energéticas das fontes de acordo com o comportamento nos locais onde os empreendimentos são instalados.

Traz atualizações sobre: ganho por bifacialidade para usinas fotovoltaicas centralizada; metodologia para usinas fotovoltaicas flutuantes; inclusão do ano de 2020 na análise das usinas eólicas onshore; utilização de uma turbina de 12 MW na análise das usinas eólicas offshore. Íntegra da nota técnica (.pdf) 

Transição justa. Os impactos das negociações da COP26 na transição energética, na economia e no acesso a energia foi tema de um debate promovido pelo think tank E+ Transição Energética. Em destaque, as estratégias da África do Sul para transição justa. Vale assistir (YouTube)

Eletrificação de plataformas. A ExxonMobil disse hoje (6) que pretende atingir zero emissões líquidas nos ativos operados na Bacia do Permian dos EUA até 2030, expandindo seus planos de redução de emissões para operações não convencionais no Novo México e Texas.
Entre as ações, a empresa planeja eletrificar suas operações com energia de baixo carbono, que pode incluir eólica, solar, hidrogênio, gás natural com captura e armazenamento de carbono ou outras tecnologias emergentes.

Armazenamento. A Equinor assinou um contrato com a Noriker Power Limited, desenvolvedora de armazenamento de bateria no Reino Unido, para aquisição de 45% do capital da Noriker, com opção de aquisição de toda a empresa em um estágio posterior.

Além do investimento de capital, a Equinor e a Noriker concordaram em uma cooperação estratégica que concederá à empresa de energia a oportunidade de participar diretamente de projetos que estão sendo amadurecidos pela Noriker.

Qual foi a participação percentual da energia eólica na matriz energética brasileira em 2007 e segundo as previsões qual será em 2026?

Resposta verificada por especialistas. Em 2017, a energia eólica era responsável por 8,3% da energia produzida no país, e para o ano de 2026 a previsão é que esse percentual chegue a 12,5%.

Qual a participação atual da energia eólica na matriz energética mundial?

Fontes solar e eólica atingiram participação de quase 10% na matriz de energia global, aponta estudo. As fontes solar e eólica alcançaram uma participação recorde de 9,8% da geração de energia global durante o primeiro semestre de 2020, aponta levantamento da organização ambiental britânica Ember.

Qual a composição da matriz energética brasileira?

Além da hidrelétrica, a matriz energética do Brasil também é dividida em: gás natural (9,3%), eólica (8,6%), biomassa (8,4%), carvão e derivados (3,3%), nuclear (2,5%), derivados do petróleo (2,0%), solar (1,0%).

Qual fonte renovável de energia possui a maior participação na matriz energética brasileira?

Segundo o Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional 2021, da EPE, as fontes renováveis presentes da matriz energética brasileira são: biomassa de cana (19,1%), hidráulica (12,6%), lenha e carvão vegetal (8,9%) e outras renováveis (7,7%).

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