Mortalidade Infantil
A taxa, ou coeficiente de mortalidade infantil, � uma estimativa do risco de morte a que est� exposta uma popula��o de nascidos vivos em determinada �rea e per�odo, antes de completar o primeiro ano de vida (PEREIRA, 1995).
A taxa de mortalidade infantil � calculada por meio da seguinte equa��o:
A taxa de mortalidade infantil � um dos indicadores mais consagrados mundialmente, sendo utilizado, internacionalmente como indicador de qualidade de vida e desenvolvimento, por expressar a situa��o de sa�de de uma comunidade e as desigualdades de sa�de entre grupos sociais e regi�es.
Entre suas limita��es, podemos citar a exist�ncia de sub-registro de �bitos de menores de 1 ano e de nascidos vivos, erros na defini��o de nascido vivo e erros na informa��o da idade da crian�a na declara��o de �bito. Ou seja, em alguns casos, as estat�sticas oficiais podem nos fornecer informa��es imprecisas sobre nosso numerador e nosso denominador.
O risco de morte n�o � constante ao longo do primeiro ano de vida, sendo uma fun��o decrescente conforme a idade avan�a. Por este motivo, ele � subdividido em dois componentes, denominados neonatal e p�s-neonatal.
Conforme melhora o n�vel de desenvolvimento de uma regi�o, a mortalidade infantil diminui e os �bitos tendem a se concentrar pr�ximos ao per�odo neonatal (entre 0 e 27 dias de vida). As causas da mortalidade no per�odo neonatal se relacionam com as condi��es da gesta��o e do parto, sendo particularmente influenciadas pela qualidade da assist�ncia ao pr�-natal e ao parto. Quanto mais pr�ximas do momento do nascimento (per�odo neonatal precoce, de 0 a 6 dias de vida), mais forte ser� a influ�ncia das condi��es de nascimento (especialmente peso ao nascer e idade gestacional) e da assist�ncia neonatal para a sobreviv�ncia infantil (VERMELHO; LEAL; KALE, 2005).
J� as causas da mortalidade no per�odo p�s-neonatal, cujos principais exemplos s�o a diarreia e a pneumonia, relacionam-se com as condi��es socioecon�micas e ambientais, sobretudo nutri��o e agentes infecciosos.
Veja, a seguir, alguns gr�ficos que ilustram a mortalidade infantil no Brasil e em Santa Catarina (Gr�ficos 4 e 5).
Gr�fico 4 � Taxa de mortalidade infantil, neonatal e p�s-neonatal (por 1.000 nascidos vivos), Brasil e Santa Catarina, 1996 Fonte: Brasil, 2009a, 2009b.
Gr�fico 5 � Taxa de mortalidade infantil, neonatal e p�s-neonatal (por 1.000 nascidos vivos), Brasil e Santa Catarina, 2006 Fontes: Brasil, 2009a, 2009b.
A compara��o entre Brasil e Santa Catarina revela que, em 1996, o estado j� apresentava mortalidade infantil considerada baixa, com predom�nio dos �bitos no per�odo neonatal. Dez anos depois, em 2006, este indicador mostrou redu��o importante no Brasil, aproximando-se mais de Santa Catarina, sugerindo melhorias nas condi��es de vida.
A seguir, nos gr�ficos 6 e 7, compare a taxa de mortalidade infantil em pa�ses selecionados, com previs�o at� 2015.
Gr�fico 6 � Taxa de mortalidade infantil (por 1.000 nascidos vivos) em pa�ses selecionados, 1970-2015 Fonte: Organiza��o Pan-Americana da Sa�de. Sa�de nas Am�ricas, 2007.
E agora, compare a taxa de mortalidade infantil entre nossos vizinhos na Am�rica do Sul, com previs�o at� 2015.
Gr�fico 7 � Taxa de mortalidade infantil (por 1.000 nascidos vivos) em pa�ses selecionados, 1970-2015 Fonte: Organiza��o Pan-Americana da Sa�de, 2007.
A compara��o entre o Brasil e seus vizinhos mostra que estamos em uma situa��o intermedi�ria, melhor que a de pa�ses como Bol�via, Peru e Paraguai, e pior que a da Venezuela, Argentina e Uruguai. A mortalidade infantil diminuiu bastante em todos os pa�ses no per�odo estudado, por�m as desigualdades entre os pa�ses ainda permanecem.
Continuamos os nossos estudos sobre mortalidade, s� que agora tratamos sobre a mortalidade materna. Preste bastante aten��o!
Boing, d�Orsi e Reibnitz Jr.
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