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Fatima de Freitas Barrios perguntou Publicado em 3 de novembro de 2015
Respondido em 3 de novembro de 2015
- Carne vermelha, fígado, coração de galinha, moela, ou seja, as vísceras em gerais;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Não ingerir suplementos vitamínicos ou comprimidos que contenham ferro e só consumir suplementos de vitamina C quando a ferritina diminuir;
- Não consumir frutos do mar crus, pois podem conter a bactéria Vibrio vulnificus, que pode ser fatal para os indivíduos com excesso de ferro;
- Evitar alimentos industrializados enriquecidos com ferro;
- Reduzir o consumo de feijões, ervilha, lentilha, ervilhas, grão de bico etc;
- Evitar o consumo de alimentos ricos em vitamina C (morango, kiwi, acerola, laranja, limão etc) em conjunto com alimentos ricos em ferro, pois ela auxilia na absorção do mineral;
- Evitar as verduras verde-escura (brócolis, couve folha, rúcula, espinafre, alface, cheiro verde, etc.).
- Consumir café, chás escuros (preto, mate e verde), leite antes ou imediatamente depois das refeições;
- Preferir consumir as frutas cítricas nos intervalos das grandes refeições(lanches);
- Preferir sobremesas a base de leite, como sorvete, pudins, doce de leite (se não for diabético) ou frutas (banana, mamão, melão) com leite condensado ou creme de leite light.
- Fazer uso de fitatos (sementes), fibras, pectina (maçã, pera etc), cálcio (leite e derivados), taninos encontrados nos chás e café, e oxalatos presente no chocolate amargo para diminuir a absorção do ferro.
- Procurar tomar chá verde antes ou depois das refeições para diminuir a absorção de ferro.
Organizei princípios nutrológicos para redução da ferritina quando saturação de transferrina normal e associação com a esteatose hepática – ou seja para ajudar no tratamento da hiperferritinemia metabólica.
Ai vão eles:
- dieta com no máximo 7% de valor calórico proveniente de gordura saturada;
- baixa quantidade de frutose – um tipo de açúcar que o grande vilão da saúde, em especial do fígado;
- preferir carboidratos com baixo índice glicêmico;
- controlar o nível de sódio (1500 mg ao dia) – não quer dizer eliminá-lo da dieta!;
- ingerir pelo menos 30 gramas de fibras ao dia;
- dieta com níveis adequados de ácidos graxos poliinsaturados (PUFA), em especial ômega-3 – em pacientes que ingerem pouco peixe gordo, por exemplo, recomendo as cápsulas;
- controlar a quantidade de ferro ingerida, porque há a tendência de acúmulo de ferro mesmo sem os genes de hemocromatose – panela de ferro, adeus!;
- dica para quando for consumir carne vermelha: tomar café ou chá verde logo após;
- evitar consumir alimentos ricos em vitamina C próximos aos ricos em ferro;
- respeitar a indicação da quantidade mínima de proteínas em 1 grama por kg de peso ao dia (é maior em atletas e menos em pacientes com sérios problemas renais);
- suplementação de vitaminas E e D caso baixos níveis baixos da última;
- oferta de antioxidantes e flavanóides (silimarina) se necessário;
- indicação de vitamina B6 se necessário;
- uso de metformina quando resistência insulínica, pré-diabetes ou diabetes – ou seja, o paciente não necessita ser diabético para usar essa medicação quando tem a hiperferritinemia metabólica;
- restrição ao consumo de bebidas alcóolicas (máximo de 1 dose ao dia);
- indicação de exercícios aeróbicos e resistidos – sempre!;
- buscar o emagrecimento de pelo menos 5 a 10% do peso corporal;
- por último, estimular o paciente e comer sempre muito devagar!
Com esses princípios em mãos, procure seu médico e enfrente esse grande sinal de alerta que é a hiperferritinemia metabólica. Longe de ser um achado ocasional, é um marcador importante de risco à sua saúde e indica pressa na mudança de estilo de vida.
Abraços fraternos,
Leandro Minozzo, médico nutrólogo
Aprenda mais:
Texto sobre andropausa (deficiência de testosterona – comum em homens com sobrecarga de ferro e esteatose hepática)
Vídeo sobre ferritina elevada (hiperferritinemia metabólica e DIOS), de palestra ministrada no Congresso de Bioanálises da FEEVALE, em 2015.