Qual a relação da teoria Neomalthusiana com o crescimento populacional?

Economia

A teoria malthusiana é muito conhecida por apontar uma possível crise no mercado de commodities, devido ao crescimento populacional acelerado no mundo.

Por isso, é fundamental entender o que é a teoria malthusiana, assim como suas principais contribuições e as principais críticas feitas à ela.

O que é a teoria malthusiana?

A teoria malthusiana defende que, mediante ao crescimento acelerado da população mundial, haveria um problema de escassez de alimentos, visto que a perspectiva do crescimento da oferta de alimentos era inferior ao que se previa para população.

De autoria do economista britânico Thomas Malthus, a teoria, conhecida também como malthusianismo, foi elaborada no ano de 1798.

Naquele contexto, havia uma percepção de que a população mundial vinha crescendo, e que o ritmo de crescimento tendia a se tornar cada vez mais acelerado.

Para consolidar suas ideias, Malthus publicou o “Ensaio Sobre o Príncipio da População“, uma das mais importantes obras que trabalha com o crescimento demográfico.

Basicamente, sua ideia central era que a pobreza fazia parte do destino da humanidade, já que o potencial de crescimento populacional era altíssimo, em contradição com a oferta de alimentos.

O que é o Neomalthusianismo?

Posterior à teoria de Malthus, o neomalthusianismo surgiu tempos depois, utilizando o raciocínio malthusiano para resolver problemas do contexto da época em questão.

Indo um pouco mais adiante do que foi proposto por Thomas Malthus, a teoria neomalthusiana defendia a utilização de medidas governamentais para realizar um controle sobre a natalidade e, assim, controlar a taxa de crescimento populacional.

É importante ressaltar que o neomalthusianismo tinha foco, principalmente, sobre os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, já que estes, normalmente, apresentavam maiores taxas de crescimento populacional.

Entre as medidas defendidas pelos neomalthusianos para controlar o crescimento populacional, estavam:

  • Abstinência sexual (Malthus);
  • Casamento tardio (Malthus);
  • Restrição de número de filhos por família (Neomalthusiana);
  • Ampla utilização de anticoncepconais (Neomalthusiana).

Críticas a teoria malthusiana

A teoria de Thomas Malthus não se concretizou, já que ele não previu que, entre as contribuições da revolução industrial, estariam técnicas que impulsionaram a produção agrícola e, portanto, de alimentos.

Com o apoio da tecnologia, foi possível oferecer uma oferta de alimentos maior que o crescimento da população. O que gerou muitas críticas aos defensores da teoria malthusiana.

Entre as principais críticas relacionadas a teoria malthusiana, estão:

  • A teoria foi considerada muito pessimista, já que malthus acreditava que a humanidade estava fadada ao fracasso;
  • Malthus acreditava também em uma redução do assistencialismo para as populações mais pobres, e isso foi extremamente criticado por outros pensadores da economia;
  • Malthus não viu soluções eficientes como a emancipação das mulheres no mercado de trabalho para a redução da taxa de natalidade.

Por isso, hoje em dia, as contribuições de Malthus tem muito mais respaldo sobre o estudo da evolução do pensamento social e econômico. A teoria não traz muitas contribuições práticas para serem utilizadas no mundo atual.

Apesar disso, esse episodio serviu de exemplo para entender que o ser humano tem uma capacidade incrível de inovar e se adaptar a uma demanda específica.

Esse artigo te ajudou a entender melhor sobre a teoria malthusiana? Deixe dúvidas e comentários no espaço abaixo.

Inúmeras teorias foram elaboradas para tentar explicar o crescimento populacional. Dentre elas, é comum se destacarem três, que estão profundamente inter-relacionadas: a malthusiana, a neomalthusiana e a reformista.

Teoria Malthusiana

A teoria demográfica formulada pelo economista inglês Thomas Robert Malthus (1776-1834) foi publicada em 1798, no livro Ensaio sobre o princípio da população.

Segundo Malthus, a população mundial cresceria em um ritmo rápido, comparado por ele a uma progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64...), e a produção de alimentos cresceria em um ritmo lento, comparado a uma progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6...).

Assim, segundo a visão de Malthus, ao final de um período de apenas dois séculos, o crescimento da população teria sido 28 vezes maior do que o crescimento da produção de alimentos. Dessa forma, a partir de determinado momento, não existiriam alimentos para todos os habitantes da Terra, produzindo-se, portanto, uma situação catastrófica, em que a humanidade morreria de inanição.

Malthus chegou a propor como única solução - para o problema da defasagem entre população e alimentos - o que ele chamou de "sujeição moral", ou seja, a própria população deveria adotar uma postura de privação voluntária dos desejos sexuais, com o objetivo de reduzir a natalidade, equilibrando o crescimento demográfico com a possibilidade de expansão da produção de alimentos.

Naquela época, a obra fez muito sucesso, mas hoje suas idéias são consideradas ultrapassadas pela maioria dos estudiosos. Para os críticos de Malthus, não se elimina a falta de alimentos diminuindo o número de nascimentos entre a população mundial, mas redistribuindo a riqueza produzida no mundo.

Na realidade, ocorre grande concentração de alimentos nos países ricos e, consequentemente, má distribuição nos países pobres. Porém, em nenhum momento a população cresceu conforme o cálculo de Malthus.

Teoria Neomalthusiana

É uma teoria que começa a se desenvolver nas primeiras décadas do século 20, baseada no pensamento de Malthus, razão pela qual passou a ser denominada de neomalthusiana.

O neomalthusianismo somente se firmou entre os estudiosos da demografia após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em função da explosão demográfica ocorrida nos países subdesenvolvidos. Esse fenômeno foi provocado pela disseminação, nos países subdesenvolvidos, das melhorias ligadas ao desenvolvimento da medicina, o que diminuiu a mortalidade sem, no entanto, que a natalidade declinasse.

Os neomalthusianos analisam essa aceleração populacional segundo uma ótica alarmista e catastrófica, argumentando que, se esse crescimento não for impedido, os recursos naturais da Terra se esgotarão em pouco tempo.

Para conter o avanço populacional, esses teóricos utilizam várias propostas, principalmente a da adoção de políticas visando o controle de natalidade, que se popularizaram com a denominação de Planejamento Familiar.

Algumas medidas adotadas por entidades mundiais (ONU, FMI, Banco Mundial, UNICEF, entre outros) nos países subdesenvolvidos, ajustadas a cada população, são exemplos de políticas de controle de natalidade: esterilização em massa de populações pobres (como foi feito na Índia e na Colômbia); distribuição gratuita de anticoncepcionais; assistência médica para uso de dispositivos intrauterinos (DIUs); divulgação de um modelo de família bem-sucedida, com no máximo dois filhos, em programas de televisão, na publicidade e no cinema.

Teoria Reformista

As idéias básicas desta teoria são todas contrárias às de Malthus: sua principal afirmação nega o princípio malthusiano, segundo o qual a superpopulação é a causa da pobreza. Para os reformistas, é a pobreza que gera a superpopulação.

De acordo com a teoria reformista, se não houvesse pobreza as pessoas teriam acesso a educação, saúde, higiene, etc., o que regularia, naturalmente, o crescimento populacional. Portanto, é exatamente a falta dessas condições o que acarreta o crescimento desenfreado da população.

Neste caso, é necessário explicar a origem da pobreza: os reformistas atribuem sua origem à má divisão de renda na sociedade, ocasionada, sobretudo, pela exploração a que os países desenvolvidos submetem os países subdesenvolvidos. Assim, a má distribuição de renda geraria a pobreza - e esta, por sua vez, geraria a superpopulação.

Outra crítica dos estudiosos reformistas aos malthusianos diz respeito ao crescimento da produção. Como vimos, para Malthus esta crescia em ritmo inferior ao da população. Para os reformistas, contudo, isso também não é verdadeiro, pois, com o início da revolução industrial e a consequente revolução tecnológica, tanto a agricultura quanto a indústria aumentaram sua capacidade produtiva, resolvendo, dessa forma, o problema da produção.

Os reformistas defendem que os governos deveriam implantar uma política de reformas sociais - na tecnologia, para aumentar a produção e resolver definitivamente o problema da sobrevivência humana, e na distribuição da renda, visando o acesso da maioria às riquezas produzidas. Só assim o problema da pobreza se resolveria. E, resolvendo o problema da pobreza, se resolveria também o problema da superpopulação. Ou seja, não haveria mais desequilíbrio entre uma e outra.

Qual é a relação entre a teoria Neomalthusiana com o crescimento populacional?

A premissa da Teoria Neomalthusiana determina que o crescimento da população tem como resultado o aumento da pobreza. Portanto, a principal característica dessa teoria é a defesa do controle da população, com vistas a evitar o aumento da pobreza na sociedade.

O que diz a Teoria Malthusiana a respeito do crescimento populacional?

O crescimento populacional era uma das grandes preocupações de Thomas Malthus. A Teoria Malthusiana, ou Malthusianismo, foi elaborada por Thomas Robert Malthus no ano de 1798 e defendia que a população cresceria em ritmo acelerado, superando a oferta de alimentos, o que resultaria em problemas como a fome e a miséria.

Qual o objetivo da teoria Neomalthusiana?

Teoria neomalthusiana Os neomalthusianos defendiam que se a aceleração do crescimento da população não fosse reduzida, em alguns anos os recursos naturais da Terra esgotariam. De forma a evitar que isso viesse a ocorrer, os teóricos da teoria neomalthusiana recorreram a propostas que visavam o controle da natalidade.

Qual a consequência da teoria Neomalthusiana?

A teoria neomalthusiana e o controle populacional Segundo a teoria neomalthusiana, a expansão populacional é a principal fonte da miséria. Desse modo, obriga os governos a deslocarem fundos, que poderiam ser alocados na economia, em medidas sociais de auxílio dessas parcelas mais pobres da população.

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