Qual a importância da inclusão de pessoas com deficiência nas atividades físicas?

“Ficar de fora” é algo que as pessoas sempre evitam. Humanos são seres sociáveis, que necessitam de aceitação. Muitos não suportam a rejeição e tomam atitudes ou criam hábitos que não fazem bem para esses próprios indivíduos.

Quem sofre alguma deficiência, seja física ou intelectual, sabe bem disso. Na escola, é comum o bullying com os “diferentes” – os que não seguem a cartilha do padrão pré-estabelecido pela sociedade.

Então desde cedo é um desafio a inclusão de pessoas com deficiência nos mais diversos espaços sociais, com ênfase na escola e no trabalho.

Com relação ao trabalho, há a “Lei de Cotas” (art. 93 da Lei nº 8.213/91), que estabelece que que empresas com cem ou mais empregados sejam obrigadas a preencher vagas com pessoas deficientes conforme a quantidade geral de funcionários, com o mínimo de 2% e o máximo de 5% (para organizações a partir de mil colaboradores).

No Brasil, há o desafio de incluir essa parcela da sociedade, pois as empresas acumulam problemas para conseguir cumprir o determinado pela lei. Há a falta de profissionais habilitados no mercado de trabalho, resultado da exclusão histórica dos deficientes.

O estereótipo e o preconceito prevalecem e os cargos oferecidos a eles são em sua maioria pouco atrativos. Soma-se isso o problema da estrutura do Estado, que se é ruim para a população sem deficiência, imagina para os que têm dificuldades físicas ou intelectuais.

A atuação nas empresas é uma forma dos portadores de deficiência exercerem uma atividade laboral de forma digna. E, de quebra, estabelecerem interatividade a todo tempo com outros profissionais. Trabalho traz aumento da autoestima e independência a todos. Para os deficientes isso é altamente favorável, o que pode ser replicado em outros espaços sociais.

Para as empresas, esse convívio só traz aprendizado. São quebras de paradigmas em todos os sentidos. O cidadão comum vai estar de cara com os seus preconceitos e estará apto a aceitar essa condição em qualquer ambiente.

 A inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho é apenas a ponta do iceberg. Na sociedade em geral, o desrespeito é notado cotidianamente, as leis de benefício dos deficientes como vagas de estacionamento, filas preferenciais e muitas outras são infringidas. Além da falta de estrutura fornecida pelo Estado, como já mencionamos.

Portanto, é de suma importância uma sociedade multifacetada, com espaço para pessoas com deficiência vivendo harmonicamente com o resto da sociedade. Isso começa por uma Educação de qualidade que esteja de olhos abertos para a diversidade humana.

Tanto em relação a diferenças sociais e econômicas que insistem em gritar, entre as pessoas que não portam nenhuma deficiência, como pelas pessoas que precisam de um auxílio maior da sociedade, sendo incluídas por completo.

O esporte tem comprovada importância na qualidade de vida de qualquer pessoa. A atividade esportiva contribui não só para o desenvolvimento físico, como também é uma poderosa ferramenta de ajuda na reabilitação e inclusão social de pessoas com deficiência.

O esporte tem comprovada importância na qualidade de vida de qualquer pessoa. A atividade esportiva contribui não só para o desenvolvimento físico, como também é uma poderosa ferramenta de ajuda na reabilitação e inclusão social de pessoas com deficiência.

Mais que isso, o esporte pode transformar tanto a vida de uma pessoa com deficiência que em pouco tempo de prática ela pode estar representando o Brasil nos maiores eventos esportivos do mundo.

Para fortalecer a importância do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro, o site Saúde Brasil conversou com o educador físico Guigo Lopes, que há anos trabalha com pessoas que têm alguma deficiência. Ele explicou que, em alguns casos, a prática do esporte vira profissão e pode levar a pessoa a viajar o mundo inteiro. 

A paranaense Jady Malavazzi, 23 anos, conheceu Guilherme Lopes quando ainda tinha 12 anos, no centro de reabilitação de um hospital em Brasília. Lá ela recebia aulas de basquete e natação e acabou tomando gosto pelo esporte. Hoje, Jady é atleta de ciclismo paralímpico, categoria Handbike H3. Prata nos Jogos ParaPan-Americanos de Guadalajara, em 2011, e pentacampeã brasileira, Jady é a quarta melhor do mundo na modalidade. Jady é beneficiária do programa Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte.

"Ela era do interior do Paraná e quando se tornou atleta profissional se mudou para Brasília. Quando chegou aqui me chamou para fazer parte da equipe, como preparador físico. Foi bacana porque eu vi esse amor pelo esporte se desenvolver desde a adolescência, logo após o acidente, com todas as dificuldades. Hoje ela representa o Brasil ao redor do mundo. Dá para se ter uma ideia de onde o esporte pode levar você", orgulha-se Lopes.

Guilherme também ajudou na preparação física de outra atleta que foi para os Jogos Paralímpicos 2016, no Rio de Janeiro. "A Maiara Barreto é tetraplégica. Ela fazia natação por recreação, mas tinha um tempo muito bom. Quando percebemos que ela estava nadando perto do índice de classificação para a Paralimpíada, propusemos que ela continuasse treinando forte e participasse de competições. Ele se esforçou, conseguiu o índice e representou o Brasil, tudo isso em apenas três meses", conta Guigo Lopes. 

"Normalmente um esportista olímpico treina a vida inteira para chegar lá, mas o que ocorre com a pessoa com deficiência é diferente, porque ela, por exemplo, sofre um acidente com 18 anos de idade. Então acaba conhecendo o esporte mais tarde e em muito pouco tempo descobre que pode estar num evento esportivo mundial, como foi o caso da nadadora. Não quer dizer que seja fácil, mas pode acontecer com qualquer um e em um período curto de tempo", afirma. 

O esporte paralímpico é praticado por atletas com deficiência física, intelectual e visual. Procure por federações em sua cidade ou estado e passe a praticar esportes, mesmo que apenas por lazer. 

» Conheça mais informações sobre os esportes paralímpicos no site Rede do Esporte, produzido pelo Ministério do Esporte

» No site do Comitê Paralímpico Brasileiro também é possível encontrar mais dados sobre a prática.

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»  Atividades físicas para pessoas com deficiência também ajudam o aspecto psicológico

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Qual a importância da inclusão de pessoas com deficiência em atividades físicas?

Os benefícios para a saúde física também são muitos. Segundo o Guia, os principais benefícios da prática de atividade física para pessoas com deficiência são: aumento da força muscular, da resistência, da coordenação motora, do equilíbrio, da flexibilidade e da agilidade.

Qual é a importância da inclusão para as pessoas com deficiência?

A inclusão das pessoas com deficiência é fundamental para a organização, tanto pela responsabilidade social quanto pela aprendizagem da equipe e por respeito a esse público.

Qual a importância da prática esportiva na vida de pessoas com deficiência?

A atividade esportiva contribui não só para o desenvolvimento físico, como também é uma poderosa ferramenta de ajuda na reabilitação e inclusão social de pessoas com deficiência. O esporte tem comprovada importância na qualidade de vida de qualquer pessoa.

Qual a importância da educação física no processo de inclusão O que é inclusão para você?

A Educação Física Inclusiva pode ser explicada como “educação física para todos”, a qual tem como objetivo garantir o desenvolvimento cognitivo, psicomotor e afetivo não só de estudantes com deficiência, mas todos os alunos.

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