Em relação à sondagem vesical de demora, assinale a alternativa correta.
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Quando o paciente está com sonda vesical de demora e há necessidade de coletar urina para exame, deve-se desconectar a junção sonda-sistema coletor para realização da coleta.
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Recomendam que a conexão do sistema de drenagem fechado à sonda seja realizada após a inserção da sonda no paciente.
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Quando o paciente encontra-se desidratado, a saída da urina não serve como parâmetro para avaliar a eficácia do cateter de demora.
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O teste para avaliar a integridade do balonete deve ser feito antes da colocação das luvas estéreis.
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A contaminação da bexiga por via extraluminal se dá durante o esvaziamento da bolsa coletora.
Enfermagem
Orientações de alta ao paciente em uso de Sonda Vesical de Demora
Definição: é um procedimento invasivo, que deve ser realizado por meio de técnica estéril. Consiste em manter um cateter para drenagem continua da urina do interior da bexiga.
Cuidados de manutenção da sonda e prevenção de infecção urinária:
- Lava bem as mãos com água e sabão antes e depois de manusear a sonda
- Sempre deixar sua sonda presa na coxa com fita (esparadrapo ou micropore) para que não ocorra tracionamento da mesma
- Nunca deixar a bolsa coletora no chão
- Clampear a extensão da sonda durante a movimentação do paciente. (deitar/levantar/mudar o decúbito)
- Esvazie com frequência a bolsa coletora, para prevenir o refluxo da urina
- Não erguer a bolsa coletora acima do nível da cintura
- Realize a higiene íntima diariamente ou após evacuação
- Comunique o médico se o paciente apresentar febre, coloração escura da urina ou sangramento, odor fétido da urina, presença de pus na urina ou dor
Troca da sonda: Não há indicação de troca periódica da sonda, devendo ser trocada apenas em caso de mal funcionamento ou a critério médico. Retirar a sonda logo que possível, conforme recomendação médica.
Como prevenir a infecção do trato urinário associada a cateter vesical de demora?
Seguindo nossa série de medidas para Segurança do Paciente, baseada nas publicações da Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde – GGTES/ANVISA, vamos apresentar algumas ações do 3.º cartaz Medidas de prevenção de infecção do trato urinário associada a cateter vesical de demora.
Vamos abordar algumas medidas de prevenção de infecção do trato urinário associada a cateter vesical de demora. São elas:
- Evitar inserção de sonda vesical de demora
- Remoção oportuna do cateter vesical
- Alternativas à cateterização
- Técnica asséptica para inserção do cateter urinário
- Manutenção do cateter urinário
- Assegurar equipe treinada e recursos que garantam a vigilância do uso do cateter e de suas complicações
1. Evitar inserção de sonda vesical de demora
- Inserir sonda vesical no paciente apenas nas indicações apropriadas;
- Realizar protocolos de sondagem, incluindo as situações peri-operatórias;
- Implantar protocolos escritos de uso, inserção com técnica asséptica e manutenção do cateter;
- A inserção do cateter urinário deve ser realizada apenas por profissionais capacitados e treinados.
2. Remoção oportuna do cateter vesical
- Revisar, diariamente, a necessidade da manutenção do cateter;
- Disponibilizar lembretes padrão para a remoção do cateter no prontuário escrito ou eletrônico;
- Implantar visita diária com médico e enfermeiro revisando a necessidade da manutenção do cateter.
3. Lembrar-se das alternativas à cateterização
- Cateter vesical intermitente;
- Condom;
4. Sempre utilizar técnica asséptica para inserção do cateter urinário
5. Manutenção do cateter urinário
- Realizar capacitação periódica da equipe de saúde na inserção, cuidados e manutenção do cateter urinário com relação à prevenção de ITU-AC;
- Manter o sistema de drenagem fechado e estéril;
- Trocar todo o sistema quando ocorrer desconexão, quebra da técnica asséptica ou vazamento;
- Manter o fluxo de urina desobstruído;
- Esvaziar a bolsa coletora regularmente;
- Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga;
- Não realizar irrigação do cateter com antimicrobianos nem usar antissépticos tópicos ou antibióticos aplicados ao cateter, uretra ou meato uretral.
6. Assegurar equipe treinada e recursos que garantam a vigilância do uso do cateter e de suas complicações
- Estabelecer rotina de monitoramento e vigilância, considerando a frequência do uso de cateteres e os riscos potenciais – monitorar cateter e densidade de ITU-AC;
- Desenvolver protocolo de manejo de retenção urinária no pós-operatório, incluindo cateterização intermitente e ultrassonografia – Ultrassom de bexiga, com medida do resíduo pós-miccional.
7. Pacote de Medidas para Prevenção de ITU- AC
- Adesão às medidas de prevenção de ITU-AC (higiene das mãos, capacitação da equipe, técnica asséptica na inserção, manutenção correta do cateter e vigilância);
- Bexiga – Ultrassom de bexiga para evitar cateterização de demora;
- Condom e cateter intermitente como alternativas possíveis;
- Direcionar o uso de cateter urinário de demora apenas para os casos com indicações claras.
Leia também: Como posso contribuir para aumentar a segurança do paciente?