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A norte-americana Helen Keller (Foto: Divulgação)
A norte-americana Helen Keller é provavelmente a pessoa surdo-cega mais famosa da história. Nascida no estado do Alabama em 27 de junho de 1880, ela superou barreiras para conquistar um bacharelado e se tornou escritora, filósofa, conferencista e ativista pelos direitos de minorias e pessoas com deficiência. Sua história virou inclusive roteiro de filme, O Milagre de Anne Sullivan, de 1962, que deu às atrizes principais e coadjuvantes um Oscar e recebeu outras três indicações. Conheça a vida e trajetória de Keller:
Infância e doença
Helen Keller era filha de Kate Adams
Keller e de Arthur Keller, que foi capitão do Exército dos Estados Confederados da América. Aos 19 meses, ficou cega e surda por causa de uma doença que hoje acredita-se ter sido escarlatina ou meningite. Mas ela conseguia se comunicar com a filha da cozinheira da família usando sinais e, aos sete anos, tinha mais de 60 sinais que usava para falar com a família.
O encontro com Anne Sullivan
Inspirada por um relato do escritor Charles Dickens sobre a educação de uma
mulher surda, a mãe de Keller arranjou uma consulta para ela com um médico em Baltimore, a muito quilômetros de distância, em busca de aconselhamento. Ele encaminhou a família a Alexander Graham Bell (ele mesmo, o inventor do telefone), que os aconselhou a buscar a Perkins Institute for the Blind, em Boston. Lá, o diretor da escola solicitou a uma ex-aluna, Anne Sullivan, que também era cega, que se tornasse instrutora de Keller. Em seis meses, Keller aprendeu 625 palavras. Foi o início de uma
relação de 49 anos, com Sullivan ensinando e acompanhando Keller.
Helen Keller (à esquerda) ao lado da professora Anne Sullivan (Foto: Divulgação)
Educação
Aos 16 anos, Keller desenvolveu suas ferramentas de comunicação e conseguiu se formar no Radcliffe College em 1904. Ao longo de sua vida, publicou 14 livros. Ela também viajou o mundo dando palestras que inspiraram pessoas cegas e surdas.
A amizade com Mark Twain
Quando Keller tinha 14 anos, ela conheceu o escritor Mark Twain, e ambos cultivaram uma amizade até a morte do autor norte-americano,
16 anos depois. Foi ele, aliás, que apelidou Sullivan de “milagrosa” pelo trabalho que fez com Keller.
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Cena do filme "O Milagre de Anne Sullivan" (Foto: Divulgação)
Ativismo político
Keller era
extremamente politizada. Além de ser membro do Partido Socialista, ela fundou a Associação de Liberdades Civis Americana, que apoiava, entre outras causas, o direito ao voto feminino e do uso de anticoncepcionais — no início do século 20, eram causas bastante ousadas. Ela também apoiava os trabalhadores, defendendo um sindicalismo revolucionário.
Indicação ao Nobel
Após uma viagem ao Oriente Médio no qual se encontrou com líderes locais para defender os direitos de
pessoas com deficiências, Keller garantiu uma promessa do ministro da Educação do Egito para a criação de escolas secundárias voltadas para cegos. Em Israel, uma escola foi batizada em sua homenagem. Por sua atuação, foi nomeada ao Nobel da Paz em 1953. Ela morreu 15 anos depois, no dia primeiro de junho de 1968, aos 87 anos.
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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nome completo | Johanna Mansfield Sullivan Macy |
Nascimento | 14 de abril de 1866 |
Morte | 20 de outubro de 1936 (70 anos) Forest Hills |
Ocupação | professora |
Religião | protestante |
Anne Sullivan, Annie Sullivan, ou Johanna Mansfield Sullivan Macy (Feeding Hills, Massachusetts, 14 de abril de 1866 – Nova Iorque, 20 de outubro de 1936), foi uma educadora estadunidense (professora norte-americana), mais conhecida por ter sido a professora de Helen Keller, uma adolescente surda-cega a quem ensinou por meio da Língua de sinais por intermédio do tato.
Anne Sullivan também era deficiente; havia sido quase cega, mas depois de nove operações, recuperou alguns graus da visão.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Foi filha dos fazendeiros imigrantes irlandeses Thomas Sullivan e Alice Cloesy. Ela tinha um irmão chamado Jimmie, que contraiu tuberculose. Quando cresceu, Anne foi vítima da pobreza e de abuso físico por parte de seu pai alcoólatra e aos cinco anos ela contraiu tracoma que quase a levou a cegueira. Dois anos depois, sua mãe morreu e seu pai abandonou a ela e a seu irmão em um orfanato em Tewksbury, onde seu irmão morreu em pouco tempo.
Apesar de ser deixada em um orfanato com poucas condições de educação formal, Anne Sullivan prosperou. Quando o presidente da secretaria estadual de instituições de caridade Frank Sanborn visitou o orfanato de Tewksbury, Anne literalmente se jogou aos seus pés e chorando pediu: "Sr. Sanborn, eu quero ir à escola."
Depois de recuperar sua visão por meio de uma série de operações e de se graduar como a oradora da sala em 1886 no Instituto Perkins para Cegos, ela começou sua longa carreira como professora de Helen Keller.
Quando a senhorita Sullivan chegou, Helen tinha sete anos e era completamente indisciplinada. A senhorita Sullivan começou suas aulas a partir da obediência e do alfabeto ASL Língua de Sinais. Sullivan assistiu às aulas com Helen e monitorou-a por intermédio do Instituto Perkins, a Escola de Cambridge para Jovens Senhoras e a Faculdade de Radcliffe.
Todos que entraram em contato com Anne Sullivan se surpeenderam com a facilidade de comunicação e ensino para Helen e com o aprendizado avançado da aluna em relação a outros alunos cegos e surdos mais adiantados do que ela.
Alexander Graham Bell, Andrew Carnegie, Henry H. Rogers e John Spaulding foram apenas alguns dos que as encontraram e as apoiaram.
Ao longo do tempo, muitos duvidaram das intenções de Anne Sullivan como professora de Helen. Achavam que ela queria controlar Helen Keller.
Após Helen se formar, a senhorita Sullivan continuou a acompanhá-la em suas viagens e palestras. Quando Helen se formou em Radcliffe, Anne se casou com um jovem instrutor de Harvard, John Albert Macy em 1905. Os três viveram juntos até 1912 quado os Macy se separaram.
Anne e Helen tinham uma grande demanda de palestras para arrecadar fundos para a Fundação Americana para Cegos. No entanto, por vezes, as pessoas eram caridosas e complementavam sua renda.
Ao final de sua vida, Anne Sullivan recebeu o reconhecimento da Universidade Templo, o Instituto Educacional da Escócia e a Fundação Memorial Roosevelt, pelo ensinamento a Helen Keller.[1]
Referências
- ↑ «Título ainda não informado (favor adicionar)». www.lkwdpl.org. Consultado em 31 de agosto de 2011. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2012
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- «Cronologia da vida de Anne Sullivan» (em inglês)