An�lises Epidemiol�gicas
Histórico
O Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) foi desenvolvido e implantado no Brasil pelo Ministério da Saúde em 1975, envolvendo alguns estados que já coletavam essas informações, com o ajuste dos respectivos sistemas, e todos os municípios de capital. Essa iniciativa estava inserida no conjunto definido como básico e essencial para a criação de um sistema de vigilância epidemiológica para o país.
Em 1976 foi criado o Centro Colaborador da OMS para Classificação das Doenças em Português, mais conhecido como Centro Brasileiro de Classificação de Doenças (CBCD) com sede na USP. Desde sua criação até a presente data o CBCD vem trabalhando continuamente com o Ministério da Saúde, secretarias estaduais de saúde e secretarias municipais de saúde em assuntos relacionados ao uso da Classificação Internacional de Doenças e Estatísticas de Mortalidade, principalmente treinamento de recursos humanos.
Em 1992, foi desenvolvido por técnicos da Fundação Nacional de Saúde/MS, e implantado nas secretarias estaduais de saúde, um sistema destinado a microcomputadores que tornava obsoletas as Planilhas para Codificação da Declaração de Óbito, uma vez que os dados passaram a ser digitados diretamente para uma tela de entrada.Isso propiciou maior agilidade ao sistema, além de sua descentralização para o estado.
Ainda com vistas a esses objetivos, a partir de 1994, passou a ser desenvolvido um novo módulo para o sistema, que automatizasse a codificação das causas básicas a partir dos diagnósticos lançados pelo médico no bloco “Atestado Médico” da DO. Esse módulo, que recebeu o nome de Seletor de Causa Básica (SCB), encontra-se já testado e em pleno funcionamento.
A continuidade da operação do SIM, com um maior volume de dados a cada ano e com o conseqüente aumento de banco de dados, ocasionou uma lentidão no sistema.
Com a detecção freqüente de problemas no programa, surgiu a necessidade de uma reformulação de todo o sistema, utilizando recursos tecnológicos mais modernos.
Em 1998, foi desenhada uma nova versão da Declaração de Óbito (DO), acompanhada do desenvolvimento de um novo aplicativo informatizado e da elaboração de manuais para sua utilização, que entraram em vigor em 1999.
Desde o ano 2000, o software do SIM vem sofrendo mudanças em sua plataforma e atualmente está na plataforma WEB com linguagem de programação ASP.
Para maiores informações:
Setor de Informações Epidemiológicas
Vigilância Epidemiológica de Alfenas – MG
(35) 3698-2154
P�gina atualizada em 17/04/2010 - 14:45:49
Vigilância Epidemiológica
Rua Coronel Pedro Correa, 896 - Jd Vista Alegre - CEP: 37130-000, Alfenas-MG
(35) 3698-2154 / (35) 3698-2213
Sistemas de Informação em Saúde
Segundo Siqueira (2005), um sistema de informação (SI) precisa de três matérias-primas: dado, informação e conhecimento. O dado é o elemento mais simples desse processo; a informação é composta de dados com significados para quem os vê; o conjunto de nosso aprendizado segundo algumas convenções, nossas experiências acumuladas e a percepção cognitiva irão transformar em conhecimento uma dada realidade.
No setor da saúde, a informação subsidia o processo decisório, uma vez que auxilia no conhecimento sobre as condições de saúde, mortalidade e morbidade, fatores de risco, condições demográficas, entre outras (ROUQUAYROL; ALMEIDA FILHO, 2006).
Os Sistemas de Informação da Saúde (SIS) são compostos por uma estrutura capaz de garantir a obtenção e a transformação de dados em informação, em que há profissionais envolvidos em processos de seleção, coleta, classificação, armazenamento, análise, divulgação e recuperação de dados. Para profissionais da saúde, o envolvimento na construção de instrumentos de coletas, treinamentos para captação correta dos dados e o processamento da informação são importantes, uma vez que possibilitam maior domínio dessa área do conhecimento.
No Brasil, o Departamento de Informática do SUS (DATASUS) desempenha um papel de importância vital na condução do processo de informação na saúde, sendo responsável por:
Fomentar, regulamentar e avaliar as ações de informatização do SUS, direcionadas para a manutenção e o desenvolvimento do sistema de informações em saúde e dos sistemas internos de gestão do Ministério;
Desenvolver, pesquisar e incorporar tecnologias de informática que possibilitem a implementação de sistemas e a disseminação de informações necessárias às ações de saúde, em consonância com as diretrizes da Política Nacional de Saúde;
Manter o acervo das bases de dados necessárias ao sistema de informações em saúde e aos sistemas internos de gestão institucional;
Assegurar aos gestores do SUS e órgãos congêneres o acesso aos serviços de informática e bases de dados, man¬tidos pelo Ministério;
Definir programas de cooperação técnica com entidades de pesquisa e ensino para prospecção e transferência de tecnologia e metodologia de informática em saúde, sob a coordenação do Secretário-Executivo;
Apoiar estados, municípios e o Distrito Federal na informatização das atividades do SUS (DATASUS, 2011).
Este departamento mantém a disposição todos os SIS em uso no Brasil, bem como, manuais, programas para download, podendo ser acessados pelos profissionais da saúde, dado à relevância desse conhecimento para o planejamento das equipes, quer sejam locais ou não. Nesse ambiente é possível obter informações como: Indicadores de Saúde; Assistência à Saúde (internação hospitalar, produção ambulatorial, imunização, saúde da família, vigilância alimentar e nutricional); Epidemiológica e Morbidade (morbidade hospitalar do SUS, doenças de notificação, estado nutricional e outros agravos); Rede Assistencial (informações do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde - CNES); Estatísticas Vitais (natalidade, mortalidade, câncer); Demográficas e Socioeconômicas (população, educação e saneamento), Inquéritos e pesquisas; Saúde Suplementar. Também disponibiliza informações financeiras, sistemas e aplicativos para tabulação de dados, como o TABNET e o TABWIN.
Como profissionais da saúde, precisamos aprender a utilizar a informação gerada por estes sistemas em nosso planejamento estratégico, permitindo-nos identificar e modificar uma realidade. Nem todos os sistemas disponíveis atendem à nossa necessidade de obtenção da informação obrigando-nos a buscar outras formas, mas, quando não temos a informação que procuramos, o que fazer? Primeiramente precisamos identificar o que estamos buscando, só então poderemos escolher o SIS que atenderá à nossa busca.
Quando iniciamos o planejamento local de um território, é preciso caracterizá-lo, identificando sua população, condições socioeconômicas, saúde, trabalho, moradia, entre outras; para obtenção destes dados iniciais, utilizaremos os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), RIPSA e o Sistema Estadual de Análise de Dados (SEAD), facilmente obtidos nos meios eletrônicos, como podemos ver na figura 1 o IBGE com abrangência nacional, na figura 2 temos RIPSA também com abrangência nacional e na figura 3 temos a Fundação SEAD com abrangência no estado de São Paulo, caso você esteja em outros estado, procure no site do governo estadual o link de sistemas de informação e dados epidemiológicos.
O Ministério da Saúde vem alinhando uma proposta de reestruturação dos Sistemas de Informação em Saúde, de modo a garantir qualidade à gestão de informação e consequentemente ao atendimento da população, no sentido de integrar SIS mais abrangentes, diminuindo assim o número de sistemas atualmente disponíveis.
Dentre os SIS em utilização no SUS, dois representam o tronco desta estrutura, pois neles todos os outros são conectados; de uma maneira bem simples podemos dizer que um sistema identifica o "cliente" e o outro identifica o "prestador do serviço", estamos falando do Cartão SUS do cidadão e do CNES (Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde), a seguir detalhamos um pouco mais estes dois SIS