O que é controlado por hormônios da hipófise e dos ovários e dura em média 28 a 30 dias?

O ciclo menstrual é o resultado dos eventos coordenados pelo eixo hipotalâmico-hipofisário-ovariano através de mecanismos de retroalimentação e de sua natureza cíclica. Podemos dividí-lo em três fases: Folicular, Ovulação e Lútea. O controle é feito principalmente com os hormônios produzidos pela hipófise (gonadotrofinas: FSH e LH), e dos hormônios produzidos pelos ovário (Estrogênio e Progesterona).

O processo se inicia com a liberação do hormônio liberador das gonadotrofinas – GnRH – que é produzido no hipotálamo. Em resposta, a hipófise produz e libera  os hormônios Folículo Estimulante (FSH) e Luteinizante (LH). Estes influenciam diretamente os ovário que por sua vez produz os hormônios  estradiol e progesterona.

A fase folicular inicia-se no primeiro dia da menstruação e dura até o pico do LH, apresentando uma duração média de 10 a 14 dias. Nesta fase um pool de folículos é selecionado para iniciar seu crescimento, sendo que apenas um deles irá completar seu desenvolvimento até atingir a ovulação, estimulado pela elevação na produção de FSH.

Durante seu crescimento, o folículo produz o hormônio estrogênio que inibe a produção de FSH e estimula o crescimento das células internas do útero (endométrio) se preparando para receber o embrião (implantação).

Quando o folículo atinge aproximadamente 20mm de tamanho, a produção de estrogênio e alta o suficiente para estimulara a produção do Hormônio Luteinizante (pico de LH), responsável pela ruptura do folículo (ovulação).

Além de ser responsável pela ovulação, o pico de LH induz a retomada da meiose do oócito, passando de prófase I para metáfase II. Esse fato permite que o óvulo seja fertilizado, pois passa a ter a metade do número de cromossomos (23).

Ao se unir ao espermatozoide, que tem os outros 23 cromossomos, forma uma nova célula com 46 cromossomos, chamada de embrião que, após implantar, irá se desenvolver em uma gravidez. A fertilização e o desenvolvimento embrionário ocorrem dentro da tuba uterina, em uma jornada em direção ao útero, onde ocorrerá a implantação.

Após a ovulação, o folículo passa a se chamar corpo lúteo e produzir progesterona. Esse hormônio é responsável pelo termino do preparo do endométrio para que ocorra a implantação. O LH é capaz de sustentar o corpo lúteo por 14 dias.

Caso não ocorra a gravidez, com a diminuição fisiológica dos níveis de LH, a sustentação do corpo lúteo será interrompida, com consequente queda nos níveis de estrogênio e progesterona, seguida da descamação do endométrio (menstruação).

Caso se concretize a gravidez, o corpo lúteo recebe o estímulo da gonadotrofina coriônica humana (hCG), secretada pelas células do embrião recém implantado, que age de forma semelhante ao LH, sustentando o corpo lúteo e impedindo a sua involução. Com a manutenção do corpo lúteo, persiste a secreção de estrogênio e progesterona, que estimulam o endométrio a se tornar receptivo à implantação embrionária. O hCG sustenta a atividade do corpo lúteo, até que a placenta assuma a produção dos esteroides, em torno da 8a à 12a semana de gestação.

Então como é percebido, o ciclo menstrual feminino é complexo e sofre a influência de diversos hormônios e entre eles são muitas variáveis que devem ser estudas profundamente para verificar seu perfeito funcionamento em cada parte do ciclo. Com isso, um pequeno desequilíbrio em qualquer uma das fazes do ciclo pode ser a causa da não gestação natural. Converse com seu médico especialista, somente através de exames específicos é possível aferir e verificar cada etapa do ciclo.

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O ciclo menstrual corresponde a um ciclo de transformações que ocorrem no útero. Esse ciclo é responsável por preparar a parede uterina para o estabelecimento de um embrião, caso ocorra a gravidez. Esse processo possui três fases: fase proliferativa, fase secretora e fase menstrual.

O ciclo menstrual é regulado por diversos hormônios, como os produzidos pelo ovário, sendo, assim, controlado pelo ciclo ovariano. Apresenta uma duração de cerca de 28 dias.

Leia também: Sistema reprodutor feminino – órgãos e funções

O ciclo menstrual é o termo utilizado para designar as transformações cíclicas que ocorrem no útero, sendo também chamado de ciclo uterino. O ciclo menstrual tem duração de cerca de 28 dias, entretanto, podem ocorrer variações, como ciclos de 20 a 40 dias.

O ciclo menstrual, também chamado ciclo uterino, tem duração média de 28 dias.

O ciclo menstrual é controlado pela ação de hormônios produzidos pela hipófise e pelos ovários. A ação desses hormônios interliga o ciclo menstrual, responsável por preparar o revestimento uterino para o estabelecimento de um embrião em uma possível gestação, e o ciclo ovariano, que envolve o crescimento do folículo ovariano e a ovulação.

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Fases do ciclo menstrual

O ciclo menstrual inicia-se a partir do primeiro dia da menstruação e é controlado pela ação dos hormônios produzidos pelos ovários, como veremos a seguir. No entanto, para ficar mais claro, apresentaremos as fases do ciclo menstrual a partir da fase proliferativa, encerrando com a fase menstrual, quando ocorre a menstruação.

O ciclo menstrual pode ser dividido em fase proliferativa, secretora e menstrual.

  • Fase proliferativa: a ação do hormônio estradiol, produzido pelo folículo em crescimento no ovário, estimula oespessamento da parede uterina (endométrio).

  • Fase secretora: assim que o folículo se rompe, liberando o ovócito, origina-se o corpo-lúteo, que secreta estradiol e a progesterona, estimulando a manutenção e o desenvolvimento da parede uterina, onde ocorrerá, por exemplo, o crescimento das glândulas do endométrio, responsáveis por secretar um líquido que nutrirá o embrião antes de ele se implantar na parede uterina.

  • Fase menstrual: se nenhuma embrião tiver sido implantado na parede uterina até o final da fase anterior, o corpo-lúteo irá se desintegrar, o que ocasionará uma queda na concentração dos hormônios ovarianos. A queda desses hormônios causa a constrição das artérias da parede uterina, o que desencadeia a desintegração de parte dessa parede, que é eliminada na menstruação.

Leia também: O que causa a cólica menstrual?

Ciclo ovariano

Os ovários são as gônadas femininas, isto é, os responsáveis por produzir os gametas femininos, bem como os hormônios sexuais (estrógeno e progesterona). Ainda durante o período embrionário, os ovários produzem as ovogônias, que, por mitose, originam os ovócitos primários.

Esses ovócitos iniciam o processo de meiose, no entanto, permanecem estacionados na etapa de prófase I. Assim, permanecem envolvidos por uma camada de células, sendo denominados de folículos primordiais. Ao longo da vida, desenvolvem-se, passando a ser chamados de folículos primários.

O ciclo ovariano inicia-se com a liberação do hormônio gonadotrofina hipofisária (GnRH) pelo hipotálamo, estimulando a adeno-hipófise a secretar os hormônios folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH). O FSH, auxiliado pelo LH, estimula o crescimento do folículo primário, que passa a secretar pequenas quantidades do hormônio estradiol.

A secreção do estradiol ajuda a manter os níveis de FSH e de LH baixos enquanto o folículo cresce e o ovócito amadurece. Quando a secreção do estradiol aumenta, ocorre também um aumento nos níveis de FSH e de LH, levando a um pico nos níveis de LH. Em resposta a esses aumentos nos níveis hormonais, o folículo e a parede adjacente do ovário rompem-se, liberando o ovócito secundário (ovulação).

O tecido folicular deixado no ovário transforma-se em corpo-lúteo, sob a ação do LH, e secreta progesterona e estradiol. A liberação desses hormônios desencadeia a redução da secreção de LH e FSH, o que evita a maturação de um novo folículo enquanto uma gravidez estiver em andamento.

Se não houver gravidez em andamento, os baixos níveis de gonadotrofina levam a uma desintegração do corpo-lúteo, o que acarreta a queda dos níveis de estradiol e de progesterona. Assim, a hipófise passa a secretar FSH em quantidades suficientes para estimular o crescimento de um novo folículo no ovário, iniciando um novo ciclo ovariano.

Veja também: Gametogênese – processo de produção dos espermatozoides e ovócitos

Período fértil

Para calcular o período fértil, ou seja, o período mais propício para engravidar, é importante conhecer como ocorre o ciclo menstrual, cujo tempo de duração pode variar de mulher para mulher. Para isso, deve-se marcar em um calendário, durante pelo menos seis meses, o primeiro dia de cada menstruação (data que se inicia um novo ciclo), assim, é possível mensurar quantos dias durou cada ciclo.

Para se calcular o período fértil, deve-se diminuir 18 dias do ciclo com duração mais curta, obtendo-se, assim, o primeiro dia do período fértil, e 11 dias do ciclo mais longo, obtendo-se, assim, o último dia do período fértil. A seguir, apresentamos um exemplo que pode ajudar a compreender melhor esse cálculo.

Exemplo de cálculo do período fértil

Após anotar por seis meses a duração de seus ciclos, uma mulher observou que seu menor ciclo tinha duração de 28 dias e o maior, de 30 dias. Para descobrir seu período fértil, fez os cálculos da seguinte maneira:

  • Diminuiu 18 do ciclo de menor duração: 28-18=10

  • Diminuiu 11 do ciclo maior: 30-11=19

Assim, o período fértil dessa mulher corresponde ao período que vai do 10º ao 19º dia do seu ciclo menstrual.

É importante destacar que esse método pode ser um aliado para quem quer programar uma gravidez, mas é um método pouco eficaz para se prevenir a gravidez. Isso se deve ao fato de muitas mulheres apresentarem ciclos irregulares, o que poderia levar a uma mudança no período fértil. Entenda melhoracessando nosso texto: Dia fértil.

Conhecer o período fértil pode ser útil para quem está planejando uma gravidez.

Menopausa

Com o passar dos anos, vai havendo uma perda gradativa de folículos primários, restando um número bastante reduzido após os 40 anos e praticamente acabando após os 50. A ausência desses folículos é a principal causa da menopausa. Na menopausa, a mulher para de ovular e menstruar, chegando ao fim de seu período reprodutivo.

Durante o período que precede a menopausa e após seu início, a mulher pode sentir diversos desconfortos, decorrentes das alterações hormonais. Mudanças de hábitos na alimentação e a prática de atividades físicas podem ajudar a diminuir esses desconfortos. No entanto, é importante sempre conversar com um médico de confiança para receber orientações sobre a melhor forma de enfrentar esse período.

Por Helivania Sardinha dos Santos

O que é controlado por hormônios da hipófise e dos ovários e dura em média de 28 a 30 dias?

O ciclo menstrual é, em média, de 28 a 30 dias e compreende alterações nos ovários e no útero. Ele é regulado por hormônios.

É controlado por hormônios da hipófise e dos ovários?

O FSH (hormônio folículo estimulante) e o LH (hormônio luteinizante) são produzidos pela hipófise e regulam a atividade dos ovários e testículos. O hormônio folículo-estimulante (FSH) estimula a secreção de estrogênio, responsável pelo desenvolvimento e maturação dos folículos ovarianos.

O que é um ciclo de 28 dias?

O ciclo menstrual dura em média 28 dias e corresponde ao intervalo de tempo entre o primeiro dia da menstruação e o último dia antes da menstruação seguinte. O ciclo menstrual é dividido em 3 fases, de acordo com as alterações hormonais que ocorrem no corpo da mulher.

Quais são os hormônios produzidos pela hipófise que controla os ciclos menstruais?

O ciclo menstrual é regulado pelos hormônios. O hormônio luteinizante e o hormônio folículo-estimulante, que são produzidos pela hipófise, promovem a ovulação e estimulam os ovários a produzir estrogênio e progesterona.

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