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Era uma vez um tempo no qual cavaleiros, princesas, magos e dragões povoavam a imaginação da Europa; um tempo em que o capitalismo como a gente conhece sequer tinha sido inventado e a religião andava de mãos dadas com o Estado. Aliás se tem uma coisa pela qual esse período é conhecido é o pensamento religioso e principalmente pelo que se entende como seus excessos: quem nunca ouviu um professor de história bradar contra as Cruzadas, contra a Santa Inquisição e, claro, contra a toda poderosa senhora feudal da época, a Igreja Católica?
Mas nem tudo são trevas na Idade da Trevas e esse podcast vai te explicar por quê. O assunto de hoje é a Idade Média, período que durou cerca de mil anos e que, claro, gerou impactos na nossa civilização: alguns mais profundos e duradouros do que nós conhecemos. E para contar um pouquinho da história não contada da Idade Média, convidamos o professor Ricardo da Costa, da Universidade Federal do ES, e o jornalista Marcelo Musa Cavallari, que recentemente traduziu os quatro Evangelhos para a Editora Mnêma em parceria com a Editora Ateliê.
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- Ideias #198: Era das Trevas? A verdadeira história da iluminada Idade Média
Mestrado em História (UFJF, 2013)
Graduação em História (UFJF, 2010)
Ouça este artigo:
A Idade das Trevas na Grécia Antiga liga-se a um período posterior ao das invasão dos dórios, no qual toda a rica estrutura comercial e urbana que tinham sido construídas até então chegam ao fim. A Idade das Trevas é caracterizada pela inutilização da escrita durante três séculos aproximadamente e pela reconstrução da sociedade grega.
Os primeiros a invadir a Ilha de Creta foram os aqueus, dominando a principal cidade cretense, Knossos, e fundando a cidade de Micenas. Mesmo com uma tomada violenta dos aqueus sobre as terras na Ilha de Creta, ocorreu um intercâmbio entre a cultura que estava ali presente e a que acabava de chegar. A associação das duas culturas deu origem à cultura micênica.
Após este primeiro momento e implantação da cultura micênica vieram mais duas invasões de povos indo-europeus. A segunda invasão da ilha se deu pelo grupo que unia jônios e eólios, os quais chegaram pacificamente e se estabeleceram tranquilamente na Ilha de Creta assimilando os costumes micênicos. Já a terceira invasão foi a mais violenta e impactante na alteração dos hábitos cretenses. Os dórios invadiram a Hélade e dominaram a Ilha de Creta destruindo seus palácios. O povo que vivia na ilha tentou migrar como alternativa para sobrevivência. Primeiro se refugiaram em um canto da ilha e depois partiram para outros territórios no interior do continente, Ásia Menor e em regiões do Mar Mediterrâneo. Esse movimento é chamado de Primeira Diáspora Grega.
A presença dos dórios na Hélade foi muito impactante, foram os responsáveis por destruir tudo que havia sido construído até então. A civilização minóica tinha desenvolvido um intenso comércio no Mar Egeu, construído palácios e transformado cidades em importantes pólos urbanos. Em seguida, mesmo com a invasão violenta dos aqueus, a civilização micênica se aproveitou do legado da ilha para expandir mais ainda as relações comerciais e as colônias gregas. Todavia os dórios não ligaram para nada disso, destruíram todos os portos, arruinaram os pólos urbanos e por fim expulsaram a antiga civilização da ilha.
Após a chegada dos dórios teve início a Idade das Trevas na Grécia e os tempos mudaram. A sociedade foi toda alterada, os gregos passaram a viver em dependência de pequenas propriedades familiares. Era o início de uma nova fase de construção da sociedade. Todo o comércio foi perdido, os núcleos familiares produziam para a subsistência e o excedente era repartido com outros núcleos para que nenhum fosse superior. Com o tempo esses núcleos foram se fragmentando e a sociedade recebendo novas divisões, separava os possuidores das melhores terras, de terras nas periferias e aqueles que não tinham nenhum acesso à terra.
Essa fase rendeu muitos conflitos sociais devido a situação de carência vivida por grande parte da civilização grega contra uma aristocracia baseada na propriedade da terra. Muito dos costumes gregos foram alterados, os ritos funerários foram empobrecidos e principalmente o uso da escrita foi abandonado. Este é o principal fato para a determinação do período compreendido entre 1.200 a.C. e 800 a.C. como Idade das Trevas, os principais registros históricos sobre esse momento são os relatados na literatura épica de Homero bastante tempo depois, o alfabeto grego só voltaria a ser usado no século VIII a.C..
Fontes:
//pt.wikipedia.org/wiki/Idade_das_Trevas_(Grécia)
//web.archive.org/web/20151203083835///www.utexas.edu:80/courses/classicalarch/images.html
Texto originalmente publicado em //www.infoescola.com/grecia-antiga/idade-das-trevas/
Arquivado em: Grécia Antiga