Mae de isis helena

A presa estava na unidade desde abril de 2020, após confessar a morte da filha. Inicialmente ela ficou presa na penitenciária de Mogi Guaçu e depois transferida para a P1 de Tremembé. A unidade é conhecida por abrigar presas de casos de repercussão e comoção, como Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga.

Segundo a apuração do G1, a suspeita é que ela tenha cometido suicídio, mas o caso será apurado. Jennifer estava sozinha em sua cela e foi encontrada pelos agentes com um lençol no pescoço por volta das 15h.

Mãe da menina Ísis Helena é encontrada morta em cela da penitenciária de Tremembé

O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para perícia e foi feito registro do caso na Polícia Civil.

Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) confirmou a morte por suicídio e disse que o caso foi registrado na Polícia Civil e que abriu procedimento administrativo para apurar os fatos.

Ísis Helena sumiu em 2 de março, em Itapira (SP) — Foto: Reprodução/EPTV

O caso

A menina Ísis Helena nasceu prematura, com microcefalia, e tomava remédios controlados. Em março de 2020, a mãe teria dito a polícia que a menina estava desaparecida. Ela contou que saiu de casa deixando a menina com o avô. Ao voltar, encontrou a casa aberta e não achou a bebê.

Inicialmente, ela disse que a filha estava doente, e que deu mamadeira e a colocou para dormir de barriga para cima e no dia seguinte, encontrou a criança morta por ter se asfixiado com o alimento. Após isso, jogou o corpo da criança em um rio. Depois, mudou a versão e contou ter enterrado a menina, que foi encontrada em abril. Jennifer estava presa desde 17 de abril de 2020.

Após perícia, corpo da bebê Ísis Helena é sepultado durante cerimônia reservada em Itapira

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A Polícia Civil e a Secretaria de Administração Penitenciária investigam a morte de Jennifer Natália Pedro, de 26 anos, encontrada morta em uma cela da Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba. Ela era acusada pela morte da filha Isis Helena, então com 1 ano e 10 meses, caso que aconteceu ano passado na cidade de Itapira, interior paulista.

O UOL teve acesso a um primeiro boletim de ocorrência registrado dentro da cadeia, em que consta que Jennifer teria cometido suicídio.

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Jennifer foi encontrada por uma agente penitenciária que fazia a inspeção de rotina por volta das 15h de ontem.

O advogado de defesa de Jennifer, William Cesar Pinto de Oliveira, está em Taubaté (SP) para acompanhar o caso. Em rápido contato com a reportagem na manhã de hoje, disse que os laudos ainda não estão prontos.

"Apenas após a chegada do laudo necroscópico e do documento emitido pelo Instituto Médico Legal, podemos trazer informações mais detalhadas sobre o que aconteceu", contou.

A morte acontece aproximadamente duas semanas depois que a justiça determinou que o caso dela fosse levado a júri popular. A data do julgamento ainda não havia sido marcada.

Relembre o caso

Isis Helena sumiu no dia 2 de março. Em seu primeiro depoimento, Jennifer disse que tinha ido deixar outro filho em uma creche, enquanto Isis estava em casa com o avô - que a família suspeitava ter Alzheimer. Quando voltou para casa, a garota teria sumido.

Isis Helena, que, segundo a mãe, morreu engasgada

Imagem: Reprodução

Depois, ela mudou a versão. Jennifer confessou que no dia anterior ao desaparecimento tinha dado para a filha um remédio para febre e uma mamadeira com leite. Quando acordou, Jennifer disse que Isis já estava morta.

Com medo de possíveis represálias, já que foi denunciada por maus tratos anteriormente, resolveu se livrar do corpo.

Neste depoimento, Jennifer disse que jogou o cadáver da filha no rio, e levou os policiais até o local. Uma busca foi feita, mas o corpo não foi encontrado.

Em abril, segundo a polícia, ela deu uma nova versão dos fatos, afirmando que tinha enterrado o corpo de Isis Helena. O depoimento foi dado a pedido da detenta, após contato telefônico feito pela Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu, onde foi levada em um primeiro momento.

Semanas depois, ela foi transferida a Tremembé.

Centro de Valorização da Vida

Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV (Centro de Valorização da Vida) e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.

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