Imagens mostram o interior da boate Kiss com exclusividade ao R7
Veja como está o imóvel onde ocorreu o incêndio que matou 242 pessoas e deixou 680 feridos. Julgamento começará no dia 1º
Cidades | Do R7
- 20/11/2021 - 08h00 (Atualizado em 20/11/2021 - 08h00)
Na metade direita da boate, próximo ao
bar, pedaços de revestimento e espuma ainda pendem do teto. São de material melhor do que o da espuma colocada no teto do palco, onde começou o incêndio. O espaço foi totalmente destruído pelo fogo vindo do sinalizador manipulado pelo vocalista da banda Gurizada Fandangueira, que fazia o show da noite e hoje está extinta GABRIEL HAESBAERT O letreiro da boate, que se destacava e chamava
atenção pela beleza e luminosidade até aquele 27 de janeiro de 2013 na Rua dos Andradas, hoje se perde entre o preto triste do luto da fachada e o desgaste de portas, madeiras, contornos e outros materiais GABRIEL HAESBAERT
Círculo decorativo danificado, com o nome da boate, na parede no hall de entrada. Quatro dos 12 espaços definidos nesta parede estavam vazios, sem qualquer vidro ou espelho. Os oito restantes resistiram
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O local onde funcionava o caixa da Kiss, no início da metade esquerda da casa, à frente, virou depósito de parte dos entulhos surgidos no prédio desde que foi fechado. As barras de ferro limitando a mobilidade dão o tom da casa
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A transformação da grande boca de batom que decorava o fundo da metade direita da boate Kiss mostra como o incêndio atingiu as paredes: o lábio de cima ficou borrado de preto e o de baixo manteve o vermelho mais vivo. À esquerda, muitas das barras de ferro que impunham dificuldade adicional aos jovens na hora da fuga
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Barras de ferro como as duas da foto, no hall de entrada, impediram pessoas de sair. No desespero e espremido em filas de presentes que pressionavam para sair, quem estava mais próximo da saída não teve como pensar em retirar as cercas de ferro do seu encaixe
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Sujeira, cascalhos, partes desprendidas e, ao fundo, à direita, o local onde era o bar da boate Kiss. Ao menos duas mesas ainda tinham anotações com o nome das pessoas que as reservaram. Problemas no teto contribuíram para causar inundações do local após o fechamento, pela ação da chuva
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Como o fogo e a fumaça da espuma vieram do teto, a metade superior das paredes ficou preta. A inferior permaneceu no tom lilás. A peça com a anotação do nome de quem fez a reserva para a noite fatídica ainda resiste em duas das mesas da boate
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No desespero, muitos presentes confundiram a luz de uma faixa luminosa de propaganda de uma cerveja, colocada nos banheiros, com uma abertura para o exterior da boate e se aglomeraram nos banheiros da casa, onde foram encontradas muitas vítimas
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O banheiro masculino da boate Kiss. Grande parte dos mortos foi encontrada nos sanitários masculino e feminino. Quando o fogo, a fumaça e o gás liberado pela espuma começaram a se intensificar. Muitos jovens entraram nos banheiros acreditando que havia abertura para saírem
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A parte esquerda da boate. Ao fundo ficava o palco e, à direita, a área vip. O repórter fotográfico precisou fazer um pequeno malabarismo para fotografar essa parte pois o acesso a ela está vetado pelo risco de queda de partes do telhado e da estrutura. Quando as visitas são autorizadas, o uso de capacete é obrigatório
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Frase escrita pela organização Mães de Janeiro lembra do luto e da luta dos familiares. No início, mães de vítimas se encontravam quase todos os dias em uma tenda montada em uma praça do centro da cidade, com as fotos dos 242 mortos. Com o tempo, a frequência das reuniões e a quantidade de pais envolvidos foram reduzidas
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Faixa colocada na fachada lembra que a impunidade não deve continuar. Parte externa foi pintada de preto pela associação dos familiares das vítimas da tragédia para lembrar o sofrimento pelo abalo provocado nas famílias
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Fachada da Kiss. Em primeiro plano, o piso de uma das entradas do estacionamento hipermercado que fica em frente, onde foram colocados os jovens retirados da boate no início do socorro. Motoristas de carro que passam pela rua dos Andradas costumam diminuir a velocidade ao passar em frente ao prédio
GABRIEL HAESBAERT
Fachada da Kiss com uma faixa em plástico e uma frase para lembrar os oito anos de impunidade, feitas pela associação dos familiares das vítimas. As tintas para os trabalhos, renovados anualmente, são guardadas dentro do prédio da boate
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