Existe algum país cuja população rural seja maior que a população urbana

Conforme dados divulgados em 2010 pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), o planeta Terra é habitado por aproximadamente 6,908 bilhões de pessoas. Esse contingente populacional poderá atingir a marca de 9 bilhões em 2050, de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU).

A Ásia é o continente mais habitado, cuja população total é de aproximadamente 4,1 bilhões de indivíduos (60,3% da população mundial). Essa região do planeta detém a maioria dos países mais populosos. A China (país asiático) é a nação com o maior número de habitantes, sendo seguida pela Índia. Porém, conforme estimativas da ONU, o contingente populacional indiano ultrapassará o chinês até 2050.

Com exceção da Oceania e da Antártida, todos os outros quatro continentes (América, África, Ásia e Europa) possuem países entre os 30 mais habitados do mundo. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a lista é composta pelas seguintes nações:

1° China: 1.345.750.973 habitantes (Ásia).

2° Índia: 1.198.003.272 habitantes (Ásia).

3° Estados Unidos: 314.658.780 habitantes (América do Norte).

4° Indonésia: 229.964.723 habitantes (Ásia).

5° Brasil: 190.755.799 habitantes (América do Sul).

6° Paquistão: 180.808.096 habitantes (Ásia).

7° Bangladesh: 162.220.762 habitantes (Ásia).

8° Nigéria: 154.728.892 habitantes (África).

9° Federação Russa: 140.873.647 habitantes (Europa e Ásia).

10° Japão: 127.156.225 habitantes (Ásia).

11° México: 109.610.036 habitantes (América do Norte).

12° Filipinas: 91.983.102 habitantes (Ásia).

13° Vietnã: 88.068.900 habitantes (Ásia).

14° Egito: 82.999.393 habitantes (Oriente Médio).

15° Etiópia: 82.824.732 habitantes (África).

16° Alemanha: 82.166.671 habitantes (Europa).

17° Turquia: 74.815.703 habitantes (Europa e Oriente Médio).

18° Irã: 74.195.741 habitantes (Oriente Médio).

19° Tailândia: 67.764.033 habitantes (Ásia).

20° República Democrática do Congo: 66.020.365 habitantes (África).

21° França: 62.342.668 habitantes (Europa).

22° Reino Unido: 61.565.422 habitantes (Europa).

23° Itália: 59.870.123 habitantes (Europa).

24° África do Sul: 50.109.820 habitantes (África).

25° Mianmar: 50.019.775 habitantes (Ásia).

26° Coreia do Sul: 48.332.820 habitantes (Ásia).

27° Ucrânia: 45.708.081 habitantes (Europa).

28° Colômbia: 45.659.709 habitantes (América do Sul).

29° Espanha: 44.903.659 habitantes (Europa).

30° Sudão: 42.272.435 habitantes (África).

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O êxodo rural é um movimento migratório em que a população residente no espaço rural – no campo – desloca-se definitivamente para as cidades – áreas urbanas. Embora tenha ocorrido em todos os continentes, nos países desenvolvidos, esse processo aconteceu de maneira mais gradativa, levando, em média, de 100 a 200 anos para efetivar-se. Nos países subdesenvolvidos, como no caso do Brasil e seus vizinhos latino-americanos, a migração campo-cidade – como também é conhecido o êxodo rural – ocorreu de forma bem mais acelerada e em grande volume populacional.

Êxodo Rural no Brasil

No Brasil, o êxodo rural ocorreu de forma mais intensa em um espaço de três décadas: entre 1960 e 1990. O rápido deslocamento da população ocorreu em razão da industrialização do país, que se concretizou a partir da década de 1950, especialmente nos estados da Região Sudeste do Brasil. A expectativa de emprego atraiu grande volume de trabalhadores rurais de diversas partes do país em busca de melhores condições de vida.

Mais tarde, outro fator importante – nesse caso, de expulsão – deslocou ainda mais pessoas do campo para a cidade: a mecanização do campo. A substituição da mão de obra humana por máquinas, como plantadeiras, colheitadeiras, roçadeiras e outros implementos agrícolas, causou desemprego e intensificou o êxodo rural.

A explosão de pessoas vindas do campo causou em muitos centros urbanos um forte desequilíbrio em vários aspectos das estruturas sociais. Vejamos a seguir alguns efeitos do êxodo rural nos países subdesenvolvidos como o Brasil:

  • Segregação urbana – A população que migra do campo para a cidade, por causa dos altos custos, não consegue habitar os locais mais próximos do centro das cidades. Em razão disso, é obrigada a ocupar áreas cada vez mais periféricas e sem a devida estrutura urbana.

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  • Favelização – Desde o início do êxodo rural, as populações tiveram, muitas vezes como única alternativa, que construir e ocupar habitações em áreas irregulares e de risco, o que contribuiu para o crescimento das favelas em muitas metrópoles brasileiras.

  • Desemprego – A expectativa em relação ao trabalho nem sempre se concretizava. A ausência de qualificação profissional e de escolaridade fez com que o ex-trabalhador rural tivesse dificuldade de encontrar trabalho na cidade.

  • Subemprego – Como a oferta de trabalhadores é maior que a de postos de trabalho, as pessoas que migraram do campo para sobreviver na cidade realizam trabalhos de baixa qualidade e entram para o mercado informal. É a solução para muitas famílias, especialmente nas grandes cidades.

  • Mobilidade urbana e Transporte público prejudicados – A ausência de planejamento estatal e adequação à transformação demográfica fez com que, em muitas cidades, houvesse um verdadeiro caos na mobilidade urbana e nos transporte públicos. O investimento em infraestrutura viária e em veículos e equipamentos para o transporte de passageiros não acompanhou o ritmo de crescimento da população e a necessidade de deslocamento das pessoas.

  • Aumento da desigualdade social – os efeitos acima listados já são retratos significativos da desigualdade social intensificada pelo processo acelerado de êxodo rural. No entanto, existem outros efeitos resultantes da ineficiência do Estado em lidar com a chegada da população do campo nas cidades, a saber: ausência de profissionais e unidades de saúde que atendam toda a população urbana, creches e escolas em número insuficiente e falta de iluminação pública em bairros periféricos, segurança pública, equipamentos de lazer, entre outros.

Por Amarolina Ribeiro
Graduada em Geografia

Qual é o país que tem a maior população rural?

Infelizmente, não é o que acontece. Reside na Índia a maior população rural do planeta. São 857 milhões de pessoas ou 68% da população.

Em que país à população rural é maior do que a urbana?

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2015 a maior parte da população brasileira, 84,72%, vive em áreas urbanas. Já 15,28% dos brasileiros vivem em áreas rurais.

Por que a população urbana passou a ser maior que a população rural?

O processo de urbanização no Brasil teve início no século XX, a partir do processo de industrialização, que funcionou como um dos principais fatores para o deslocamento da população da área rural em direção a área urbana.

Qual é o país menos urbanizado do mundo?

1° Vaticano: 990 habitantes (Europa). 2° Nauru: 9.771 habitantes (Oceania).

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