Conferência de Bandung: o que foi?
- O que foi a Conferência de Bandung?
- Participantes da Conferência de Bandung
- Dez Princípios da Conferência de Bandung
Às vezes, para resolvermos uma questão, é preciso nos reunir com outras grandes mentes para discutir um determinado assunto. Ao longo da história da sociedade, isso aconteceu e acontece diversas vezes. Uma delas, de extrema relevância histórica, foi a Conferência de Bandung, que ocorreu em 1955. Saiba mais sobre esse evento a seguir!
A Conferência de Bandung foi um encontro que aconteceu na cidade homônima, localizada na Indonésia, em 1955. Ele reuniu líderes de 29 países da Ásia e da África com o objetivo de identificar os objetivos, fraquezas, pontos fortes e características do que hoje conhecemos como Terceiro Mundo.
O contexto, aqui, era o fim da Segunda Guerra Mundial e o começo do processo de descolonização dos países africanos e asiáticos, no qual o fortalecimento de aspectos econômicos e culturais dessas nações era algo importante.
Participantes da Conferência de Bandung
Diversos países participaram dessa reunião. Alguns deles foram:
- Afeganistão;
- Birmânia;
- Camboja;
- China;
- Ceilão;
- Filipinas;
- Índia;
- Japão;
- Nepal;
- Paquistão;
- Laos;
- Vietnã;
- Tailândia;
- Arábia Saudita;
- Jordânia;
- Síria;
- Líbano;
- Etiópia;
- Egito;
- Turquia;
- Gana.
No entanto, não se preocupe: não é necessário decorar todos esses nomes. Apenas compreenda o contexto e saiba que os representantes foram países asiáticos e africanos!
Dez Princípios da Conferência de Bandung
Com a conferência, foram postulados Dez Princípios, todos baseados na Carta das Nações Unidas. Eles são:
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- Respeito aos direitos fundamentais;
- Respeito à soberania;
- Reconhecimento da igualdade das nações e etnias, independentemente de seu tamanho;
- Não intervenção nos assuntos particulares das nações;
- Respeito pelo direito de defesa de cada nação;
- Recusa na participação de defesa de superpotências;
- Abstenção da intervenção em assuntos de outros países;
- Solução de conflitos internacionais com a utilização de conceitos pacíficos;
- Estímulo de cooperação entre as nações do Terceiro Mundo;
- Respeito pela justiça internacional.
Agora que você já conhece a Conferência de Bandung e sabe como ela ocorreu, além de outros detalhes, que tal conhecer mais detalhes sobre esse evento fundamental e outros assuntos relacionados? Confira algumas ótimas videoaulas sobre esse tema importantíssimo!!
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Associação livre de países que, durante a guerra fria, não tinham nenhum compromisso formal com qualquer dos dois poderosos blocos antagónicos dirigidos pelos Estados Unidos e pela União Soviética. A génese da formação deste grupo, conhecido pelo nome de Movimento dos Não Alinhados (MNA), encontra-se na divisão do mundo em dois blocos, o comunista e o capitalista, depois da
Segunda Guerra Mundial, e no subsequente processo de descolonização. De facto, este movimento foi lançado a partir de 1960 por líderes de países cujo processo de independência relativamente às potências europeias era ainda muito recente, e que se recusavam ligar a qualquer uma das duas superpotências.
Entre estes homens destacaram-se
Jawaharlal Nehru, da Índia, Sukarno, da Indonésia, Gamal Abdel Nasser, do
Egito, Kwame Nkrumah, do Gana, Sékou Touré, da Guiné e Josip Broz Tito, da Jugoslávia. O não alinhamento não representava uma atitude de neutralidade, pois distinguia-se dela na medida em que
implica uma participação ativa nos assuntos internacionais. Desta maneira os seus adeptos afirmavam a necessidade de serem avaliadas cuidadosamente diversas matérias, recusando juízos pré-determinados.
Uma larga maioria das nações não-alinhadas opôs-se aos Estados Unidos durante a Guerra do Vietname e à União Soviética após a invasão do
Afeganistão. Na prática, porém, muitas nações não-alinhadas não conseguiram manter esse espírito de total independência, inclinando-se nitidamente para um dos blocos em detrimento do outro.
O líder egípcio Abdel Nasser, um dos não-alinhados
Sukarno, da Indonésia, também não alinhou com as superpotências
Estas nações, no entanto, foram
importantes mediadoras entre alianças militares rivais e, como organização, contribuíram para impedir a escalada de violência em muitos confrontos. Qualquer tentativa para se constituir como "aliança militar", contudo, foi travada pela enorme diversidade de regimes governativos que iam desde os mais esquerdistas aos mais conservadores, dos mais democratas aos mais ditatoriais; foi travada também pelas dificuldades económicas e pela fraqueza militar de muitos países membros que, por isso,
dependiam da ajuda externa e das superpotências.
O desmembramento da União Soviética em 1991, levou as nações não-alinhadas a redefinir o seu papel (processo ainda em curso, bem longe da sua resolução) num mundo onde a intensa rivalidade militar e ideológica entre dois blocos deixou de ser um fator decisivo.